Renato S. Grun 27/11/2013
Embora Pagels não mergulhe muito fundo sobre como a concepção de Satan foi originalmente gerada, sua tese sobre o mito sociopolítico que nutriu e se desenvolveu a figura parece ser sem precedentes. Com o subtitulo "Como cristãos demonizaram judeus, pagãos e hereges" ela faz uma análise do 'bode expiatório' personificado pela igreja em vários de seus opositores: Desde os primeiros dias do Novo Testamento o grupo ao qual coube o papel de satan sempre mudou. Mas há sempre alguém para preencher...Fariseus, judeus, romanos, outros cristãos, mórmons, muçulmanos, ateus e comunistas têm sido a cada página virada na história um argumento conveniente para os crentes. As vezes para estes, a única maneira de combatê-lo era através da destruição. Um livro que explica a história de outra forma apontando preconceitos na arena da religião.