Francisco 14/12/2020
Desbravando o Oriente
O mercador veneziano Marco Polo (1254-1324) iniciou sua exploração do Oriente até então desconhecido ainda na adolescência com seu pai e seu tio, ambos mercadores, com cerca de dezoito anos. Suas aventuras tornaram-se conhecidas na Europa por meio do Livro das Maravilhas e Diversidades, publicado por volta de 1298 e narrado por Marco Polo ao poeta Rusticiano de Pisa, quando estavam ambos presos em Gênova, durante a Batalha de Cúrzola. Suas peripécias vão desde Bagdá a locais como o deserto de Gobi, as Ilhas de Cipango (atual Japão), a Ilha de Ceilão, cidades indianas e o reino tártaro de Kublai Khan (neto de Gengis Khan), onde torna-se embaixador de grande estima por parte de Khan. Embora existam trechos onde o folclore, as lendas locais e o exagero predominem, é uma obra agradável de se ler.
O que torna-se marcante e evidente ao longo do texto é que Polo não apenas descreve os aspectos geográficos de onde passa, mas descreve seus aspectos religiosos, como o budismo, o taoísmo, o confucionismo, a religião tártara, o hinduísmo e a doutrina de Zoroastro. Além disso, traz informações sobre a origem e formação de muitas nações como o Japão e a Índia. Nesse ínterim, é uma leitura agradável e única como eu, antes da leitura, imaginava que não fosse.