A Arte da Ficção

A Arte da Ficção David Lodge




Resenhas - A arte da ficção


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Thomás 08/01/2023

Esse é o segundo livro que leio sobre escrita. O primeiro foi Escrever Ficção do Luiz Antônio de Assis Brasil.

O primeiro foi uma aula a cada linha que lia. Eu amei.

Já esse, ele é bom, mas não se presta a ensinar como o Assis Brasil. Ele tem algumas sacadas legais, mas por vezes é técnico demais.

Além disso, Lodge usa trechos de livros para dar lições de escrita. Apesar de parecer uma boa ideia, não funcionou pra mim kkk fiquei mais confuso, do que me esclareceu... Talvez porque primeiro ele citava o trecho do livro e depois explicava. Talvez funcionasse melhor pra mim se desse uma pequena introdução, citasse o exemplo e continuasse a explicação.

O livro é bom. Serve de referência para pontos específicos, mas para iniciantes talvez não seja a melhor leitura.
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Franco 25/01/2020

O próprio autor é modesto e reconhece que sua intenção aqui não é exatamente fazer um tratado, um manual ou um guia da escrita ficcional. Ainda assim, o leitor (talvez mais voraz por ensinamentos diretos a respeito de como ler/escrever uma boa ficção) pode se frustrar, já que o ritmo da escrita é eminentemente cronístico.

Assim, temos 50 crônicas abordando algum aspecto diferente da escrita ficcional. O fato de serem dedicadas poucas páginas a cada aspecto torna a leitura mais fácil e fluida. Também é positivo o uso de trechos de romances e contos já no início da crônica para exemplificar o aspecto abordado. E o autor, em sua escrita clara e leve (não é cansativa a leitura), também insere sutis tiradas cômicas.

Contudo é notável que alguns temas são meio que forçados (no decorrer do texto do capítulo o autor divaga sobre outras coisas que não o tema específico). E aqueles que não foram forçados, parecem um tanto superficiais, sem muito aprofundamento. Claro, como dito antes, isso aqui não é para ser um tratado sobre a escrita ficcional... Contudo, em muitas crônicas o gosto que fica na gente é de 'quero-mais' ou, pior, 'não foi o suficiente'.

Ainda assim, é um livro bastante recomendável. Se não ajuda muito o escritor em formação, certamente é de uma valia enorme ao leitor em formação (ah se eu tivesse lido um livro assim na minha adolescência!).


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Fang.Dani 13/05/2022

Um bom livro com boas dicas para escritores.
Eu estou escrevendo um livro, e quando vi esse na Leitura eu logo conprei.

Ele entrega bem várias dicas sobre "a arte da ficção" em 50 artigos publicados pelo autor David Lodge.

Alguns artigos eu achei bem úteis e práticos, outros eu achei um pouco complicados de se entender, sendo necessário reler estes em específico para uma melhor compreensão.
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Igor Gil 24/12/2015

Incipente
"A arte da ficção" parece útil, mas só no começo. Propõe mostrar aos leitores vários aspectos estruturais de um romance e como estes funcionam. Uma caixa de ferramentas ao escritor em formação. Porém, ao terminar o livro, o que encontrei foram cinquenta capítulos que não disseram quase nada. São temas extremamente complexos que são tratados em três ou cinco páginas (coisas como "mostrar e dizer" que poderiam levar, no mínimo, trinta páginas de debate) de forma básica, muitas vezes de forma mais rasa que isso, como o capítulo "o fim" que é usado como uma forma de defender o final de um romance escrito pelo próprio autor.Os pontos altos do livro são as comparações e exemplificações com as obras clássicas da literatura inglesa, o que dá um arcabouço cultural gigantesco, assim como certas comparações teóricas com Saussure e Todorov, dando peso e explicando o que está sendo (rasamente) debatido. Não é um livro de todo ruim, David Lodge fez uma escolha entre um livro curto porém incipiente (talvez mais atrativo ao grande público) e um livro provavelmente gigantesco porém profundo e útil (e acabou por escolher erroneamente, ao meu ver). Recomendaria àqueles que aspiram em ser escritores somente se não tiverem noção nenhuma (NENHUMA MESMO) de literatura.
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Vitória Salviano 05/04/2024

Um ótimo primeiro passo.
Ótimo livro para quem quer começar a estudar sobre escrita criativa. O livre traz 50 artigos curtos que esclarecem os principais tópicos que compõem a escrita.

Como leitura crítica gostei dos exemplos pois posso facilmente encontrar referências tanto para meus estudos como para indicar para os autores com quem trabalho.
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Coruja 15/08/2019

Não consigo me lembrar exatamente o motivo pelo qual esse livro me chamou a atenção - talvez tenha sido só pelo título, ou por indicação em alguma lista. Seja como for, ele estava há tempos na lista de desejados, até que aproveitei uma daquelas promoções de desconto progressivo para enfiá-lo no meio das compras. Comecei a ler praticamente no momento em que o tirei da caixa e terminei no dia seguinte, mal conseguindo largá-lo para ir dormir.

Conclusão: se tivesse descoberto esse livro antes de escrever o ensaio sobre minha biblioteca crítica, ele definitivamente teria entrado na lista.

David Lodge escreveu esses artigos originalmente para uma coluna semanal no The Independent, publicada entre 1991 e 1992. São artigos curtos, de três a cinco páginas, iniciando sempre com um trecho de uma obra escolhida por Lodge para exemplificar o tema do dia; temas que variam de elementos comuns à toda ficção - começo e fim, pontos de vista - a escolas literárias, passando por técnicas características de alguns autores consagrados - Virginia Woolf e o fluxo da consciência, por exemplo.

Sendo um professor de literatura, Lodge é bastante didático, explicando termos técnicos e referenciando outras obras e autores com que se aprofundar (Tzvetan Todorov já estava na minha lista, mas agora fiquei ainda mais curiosa…). Ele peca um pouco pela autopromoção, que chega a soar forçada em alguns capítulos, mas não acho que isso tire o mérito do livro. Cada um tem de vender seu peixe, afinal…

Na verdade, meu maior ‘senão’ ao livro foi mais uma questão da edição que do conteúdo: encontrei-o apenas em versão de bolso e, normalmente, não tenho problemas com livros pocket, mas a letra desse aqui era muito pequena. Isso tornou a leitura um pouco desconfortável - talvez eu tivesse largado o livro com uma dor de cabeça se não tivesse ficado tão absorvida pelos ensaios.

Ao fim, A Arte da Ficção é um bom livro para começar a entender crítica literária e também como apresentação de certos recursos para quem se interessa por escrever. Lodge é técnico sem se tornar indecifrável e pode funcionar como uma base para construção de outros debates e pesquisas. Não se compara ao James Wood - que me deixou apaixonada com Como Funciona a Ficção - mas serve ao propósito de introdução ao universo da crítica.

site: https://owlsroof.blogspot.com/2019/08/uma-introducao-critica-arte-da-ficcao.html
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Rocolmar 09/02/2018

Simples, conciso e esclarecedor
Com textos curtos em linguagem objetiva, ilustrados com belos exemplos (a maioria excertos citados por extenso - extraídos principalmente da literatura anglo-saxã), o livro é bastante informativo e fácil de ler. Trata-se quase de um glossário, com cada capítulo tentando definir um conceito ou um tema específico. No entanto, aborda de modo apenas superficial conceitos literários mais complexos, pincelando a obra de alguns autores teóricos e apontando o caminho para quem deseja se aprofundar, mas sem dar continuidade. Em alguns momentos o autor usa exemplos de sua própria obra, o que poderia não ser um problema, mas realmente essa escolha dele não agrega boas ilustrações e termina forçando um pouco a barra no sentido da autopromoção. Na minha opinião, a tradução do inglês é outro ponto que deixa a desejar, mas não chega a prejudicar a compreensão. De todo, um bom livro introdutório para quem é interessado por ficção: simples e sem arrodeios.
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jota 12/03/2014

Você não sabe o que é intertextualidade e tem vergonha de perguntar para o professor de literatura? Seus problemas acabaram...
Como professor de literatura e autor de vários romances David Lodge sabe do que está falando em A Arte da Ficção. Com clareza e usando “como exemplos trechos tirados de obras-primas de grandes autores ele conduz o leitor por um incrível passeio pelo universo da ficção”, conforme afirma o editor brasileiro do livro. É isso mesmo.

Citando um trecho de Mr. Dalloway, de Virginia Woolf, ele ilustra e explica o que é “fluxo de consciência”. Depois temos Ulisses, de James Joyce, como exemplo de “monólogo interior”, etc. E Lodge também responde a várias questões: Como um romance deve começar? E como ele deve acabar? O que é intertextualidade, realismo mágico, manipulação temporal, metaficção, romance de não ficção?

O livro de Lodge tem tudo isso e muito mais. Seu conteúdo pode interessar não apenas quem pretende ser escritor ou simplesmente melhorar sua escrita, mas igualmente serve àqueles leitores cuja curiosidade sobre livros e autores continua após o término da leitura de uma obra de ficção.

Lido entre 09 e 12/03/2014.
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