Danyllo 14/11/2012
RESENHA: Cinquenta Tons de Cinza – E L James!
Título: Cinquenta tons de cinza
Título original: Fifty Shades of Grey
Escritora: E. L. James
Editora: Intrínseca
Páginas: 480
Sinopse: Quando Anastasia Steele entrevista o jovem empresário Christian Grey, descobre nele um homem atraente, brilhante e profundamente dominador. Ingênua e inocente, Ana se surpreende ao perceber que, a despeito da enigmática reserva de Grey, está desesperadamente atraída por ele. Incapaz de resistir à beleza discreta, à timidez e ao espírito independente de Ana, Grey admite que também a deseja - mas em seus próprios termos. Chocada e ao mesmo tempo seduzida pelas estranhas preferências de Grey, Ana hesita. Por trás da fachada de sucesso - os negócios multinacionais, a vasta fortuna, a amada família -, Grey é um homem atormentado por demônios do passado e consumido pela necessidade de controle. Quando eles embarcam num apaixonado e sensual caso de amor, Ana não só descobre mais sobre seus próprios desejos, como também sobre os segredos obscuros que Grey tenta manter escondidos.
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Depois de inúmeras resenhas, estou aqui agora para dar a minha opinião sobre o famoso e comentado “Cinquenta Tons de Cinza”, o primeiro livro da trilogia de maior sucesso da atualidade, escrito pela nova escritora E. L. James, que até então nunca tinha escrito livros, sendo esta trilogia sua estreia no mundo editorial – e que estreia! –, o segundo livro é o “Cinquenta Tons Mais Escuros” e o terceiro o “Cinquenta Tons de Liberdade”.
Antes de ler esse livro, já tinham me informado, mesmo sem querer, sobre os assuntos ou o assunto, abordado no mesmo, afinal, trilhões de sites, blogs, redes sociais, falaram sobre esse fenômeno, o que não podia ser diferente.
O livro conta a história de uma jovem ingênua, Anastasia Steele, no caso, a mesma que narra a história sob sua ótica, e Christian Grey, um homem muito rico. Anastasia Steele acaba, por influência do acaso, se ‘apaixonando’ por esse homem, quando o conhece em uma entrevista que ela faz com ele, a partir disso, mergulha em seu mundo, um mundo obscuro, misterioso, que ela, muito vulnerável e inexperiente na vida ‘amorosa’, deixa-se levar por aquele homem tão sedutor, com a intenção de guiar, de certa forma, ele à luz, junto dela.
Definitivamente Cinquenta Tons de Cinza, e provavelmente, toda a trilogia, não é indicada para menores de 18 anos, e é justamente sobre isso que muitos da imprensa, e as notícias espalhadas pela rede ‘polemizam’, o livro trata de um romance erótico, que faz uso constantemente de práticas sadomasoquistas e bondage, mesmo taxado como um livro erótico para mulheres, isso envolve questões muito polêmicas que são discutidas em todas as sociedades que se prezem.
Quer queira quer não, as sociedades e o mundo atual, ainda é muito conservador, e esse tema envolve valores, que são em muitas famílias deixadas de lado, porém há outras, e muitas outras, que dão bastante atenção aos mesmos. Então, a história virou febre e ganhou o mundo, porque além de ser um assunto polêmico, e todos sabemos que a polêmica sempre atrai as pessoas, sempre instiga a curiosidade, tem uma boa história.
Mas, além disso, o livro não se arrebata todo de polêmicas, tem todo um romance, tem seu humor, que podemos notar em várias passagens e falas, um envolvimento com os personagens, seja torcendo contra ou a favor, enfim.
As conversas por e-mail, as ‘brigas’ e ‘conselhos’ envolvendo Anastasia seu inconsciente e sua deusa interior são muito divertidas. A narração abre muitas portas e nos mostra a personagem principal por completo, desde suas partes mais exteriores do seu corpo, até suas partes mais íntimas, e todos, absolutamente todos os seus pensamentos, angústias e aflições; a autora empregou uma excelente linguagem, claro, no bom sentido da palavra (risos).
“- Tudo bem. – Pisco para Ray, tentando encontrar o equilíbrio. O que você fez?, grita meu inconsciente. Minha deusa interior está dando saltos mortais, numa coreografia digna de um ginasta olímpico russo.”
Ainda sobre a linguagem, é outra parte digamos não polêmica, mas ousada do livro, acredito que E. L. James inovou e quebrou todo aquele tabu, de falar sempre o correto, de usar sempre termos que não firam o ‘certinho’. Puta merda! Chega de não mostrar a realidade, e tenho certeza que essa trilogia está aí para mudar isso, a partir de agora, penso eu, que virão muitos outros escritores de mente aberta, escrevendo e se abrindo mais com relação a essa nova linguagem empregada por E. L. James, corajosa ela!
Agora é esperar os outros volumes, pelo menos eu, e voltarmos a enrubescer com a ex-ingênua, Anastasia Steele!
Recomendo a leitura, vale a pena.