Dignidade!

Dignidade! Mario Vargas Llosa
Eliane Brum




Resenhas - Dignidade!


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Giovanna 16/01/2023

A ELITE DOS LIVROS!
Esse foi o melhor livro que já li até agora. É em forma de documentário, e ele é incrível. Comecei a ler na época do cursinho, e eu queria muito ser médica e trabalhar no MSF. Lembro da sensação de ir ao cursinho lendo esse livro, me dava um gás para os estudos. É um livro muito bom, lembro das histórias até hoje com nitidez (coisa rara em outros livros). Sem contar que tem uma parte escrita pelo meu querido Dr Dráuzio Varella, então sem comentários, apenas leiam!
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allnbrs 20/08/2021

Denúncia
Esse livro sem dúvidas é um livro de denúncia, pra você acompanhar de perto, narrativas detalhadas sobre atrocidades que acontecem pelo mundo e ao seu lado que passam desapercebidas. MSF fazem um trabalho, indescritível.
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Vino 11/03/2019

Bom livro, porém não correspondeu às minhas expectativas
São viários contos, porém só alguns realmente são cativantes :/
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Binha 29/01/2019

Dignidade!
Um dos melhores livros que já lí na vida. Realidades duras, apresentadas ao público, afim de que não fechemos os olhos para o que esses médicos vivenciam. Dignidade nos traz de volta a sensibilidade a dor do outro. Leitura imprescindível para nos tornarmos seres melhores!!!
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Odeio Sagu 14/03/2016

O que mais me assustou nesse livro é o quanto a gente não faz ideia do que acontece no mundo, mesmo tendo a disposição. A Bolívia é do lado do nosso país e eu não sabia o quanto a doença de chagas, que é quase inofensiva pra gente que mora em São Paulo, consegue destruir gerações e gerações dos nossos vizinhos.
Ao termino do livro, você com certeza vai pensar duas coisas. A primeira é que você precisa fazer algo para mudar o mundo, seja ele no seu próprio bairro ou do outro lado do mundo. A segunda, é que ‘Dignidade!’ é muito mais que um título. É um apelo para que todos possam viver em condições dignas e com mais respeito.

site: https://odeiosagu.wordpress.com/2016/03/10/na-estante-dignidade/
skuser02844 26/03/2021minha estante
perfeito esse comentário...




Stella 07/03/2016

uma lição de vida
sensacional. emocionante. cativante. triste. vale muito a pena ler
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Luciana 30/12/2015

Vi esse livro na livraria do aeroporto. Comprei porque o título e a capa me chamaram a atenção, além do fato de conter relatos dos trabalhos dos Médicos Sem Fronteiras, organização não-governamental que admiro e ajudo. O livro correspondeu totalmente às minhas expectativas. Entre histórias de vida de muito sofrimento está o amor e a dedicação de pessoas muito especiais que têm como objetivo de vida ajudar ao próximo. Senti-me tocada por cada uma das histórias e em algumas chorei de emoção e compaixão. Sem dúvida, é um livro que jamais esquecerei. Histórias para serem lidas com o coração.
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Mylena Lilian 19/11/2014

Amor a raça humana
Simplesmente incrível! Após esse livro, prepare-se para mudar sua percepção de vida.
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Saskia 11/03/2013

Emocionante!
Histórias impressionantes, experiências que nos fazem pensar sobre a nossa própria vida.

Eu recomendo!
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Leitor Cabuloso 11/12/2012

http://leitorcabuloso.com.br/2012/12/resenha-dignidade/
“O mal prospera não só porque os homens perversos fazem o mal, mas porque os homens bons não fazem nada” – Martin Luther King.

Essa é uma frase dita em um dos contos de Dignidade e que permaneceu em minha cabeça no restante da leitura.

Dignidade foi um livro que peguei por falta de opção, não tinha real interesse nele. Um livro escrito por nove escritores que vivenciaram o trabalho da MSF (Médicos Sem Fronteiras) nos lugares mais remotos do mundo, lugares esquecidos por todos. A primeira coisa que me veio à mente foi: é um livro para impressionar. Um livro que quer me fazer chorar e me mostrar o quanto o mundo é ruim. Estava errada.

É claro que o livro mostra o quanto o mundo é ruim, o quanto algumas pessoas passam dificuldades que você e eu nunca seríamos capazes sequer de imaginar, mas não é um livro para te fazer chorar. O livro me horrorizou. Tentei imaginar como as pessoas conseguem viver nas condições descritas e não consegui. É um livro com poucas esperanças. Mostra que o trabalho da MSF é essencial, mas que é preciso de muito trabalho ainda para realmente acontecer uma mudança. Os finais felizes são temporários.

Vou relatar aqui um pouco dos contos que mais me levaram àquela realidade. São eles:

Viagem ao coração das trevas – Mario Vargas Llosa

“O problema número um do Congo são os estupros – disse o dr. Tharcisse – Matam mais mulheres que a cólera, a febre amarela e a malária. Cada bando, facção, grupo rebelde, inclusive o exército, onde encontra uma mulher procedente do inimigo, a estupra. Ou melhor, a estupram. Dois, cinco, dez, quantos sejam. Aqui, o sexo nada tem a ver com o prazer, só com o ódio.” – Pg. 11

Quantas vezes nós já ouvimos falar que o estupro no Congo é dessa maneira. Algumas. Mas o livro nos leva além. Nos conta casos de estupro que nos revoltam e ao mesmo tempo deixa uma sensação de incapacidade. Como fazer parar uma atitude que os homens consideram um ato de orgulho, algo que os faz mais homens? O estupro é tão cruel que é comum acharem pedaços de facas dentro das mulheres. Algumas nem tem a chance de se sentirem sujas, de sofrerem psicologicamente, pois morrem. Muitas são idosas com até 87 anos de idade. O conto de Mario nos mostra essa realidade e as dificuldades políticas e culturais para mudá-la.

Os Vampiros da Realidade só matam pobres – Eliane Brum

“Noite após noite dona Josefina viu os vampiros se despregarem do teto de palha e caírem sobre seus bebês ainda quentes de suas entranhas. A cada vez que ela via seu ventre espichar sabia que estava criando um filho para a Vinchuca. Seu horror era tamanho que, para sua vergonha e para desespero da família, seus seios secavam. E sem comida para os maiores, don Fanor havia de encontrar leite de vaca para que os recém nascidos não morressem de fome antes que de Chagas.” – Pg. 31

A quanto tempo não ouvimos falar da doença de Chagas? Parece algo tão distante… mas ela ainda existe. Assola 70% em regiões da Bolívia. Eles chamam o bicho de Chagas de Vinchuca e lá ele é tão comum como um pernilongo no verão. Só que lá, ele existe o ano todo. A história de Eliane é uma história de horror. Ela mesmo nos diz que planejava de inicio escrever uma, mas não precisou já que a realidade fez o seu trabalho.

Phool Gobi quer dizer couve-flor – Paolo Giordano

“Por que não come alguma coisa? Eu trouxe você a este restaurante que custa os olhos da cara, e você está deixando a comida toda esfriar.
Marije olhou em torno, as pessoas sentadas ás outras mesas, comportadas e silenciosas. Havia abajures acesos inutilmente em todos os ângulos. Sentiu-se estranha e desambientada. – Pg. 66

Diferente dos contos acima, Paolo escreveu o seu de forma diferente. Ele usou uma personagem fictícia – ou não, isso não fica claro – que vai como voluntária a um dos postos da MSF em Bangladesh onde o caos e a mortalidade infantil são exorbitantes devido a desnutrição. Mostra como essa dura realidade mudou a personagem Marije.

Khayelitsha, Cidade do Cabo – Catherine Dunne

“Agora mesmo, em todo o mundo, 4 mil pessoas por dia estão morrendo de TB (Tuberculose): a maioria delas na África Subsaariana. Ela causa mais mortes prematuras que qualquer outra doença, e essas mortes triplicaram entre 1997 e 2005. Quatro mil pessoas a cada dia. Todos os dias.” – Pg. 73

Catherine nos recorda nesse conto de outra doença esquecida: a Tuberculose. E pelos cálculos acima ela só está esquecida por nós, mas está muito presente em algumas regiões da África juntamente com o HIV. É uma luta constante contra a doença em si e o preconceito que ela causa, fazendo com que as pessoas soro positivas sejam expulsas de casa, da sociedade.


Em A Proposta de Alicia Gimenez ela nos dá o relato das pessoas presas tentando ultrapassar ilegalmente a fronteira entre a Grécia e a Turquia. A maioria são presas durante meses em condições desumanas, incluindo mulheres e crianças.

Makass de James A. Levine é um dos maiores contos do livro. Ele usa um relato real e nos conta uma história. A narrativa dele é muito boa e por vezes nos esquecemos de que o livro não se trata de somente essa história.

Em Minha vida como uma bolsa de Esmahan Aykol ela nos mostra a realidade do ponto de vista de uma bolsa que tem como dona uma enfermeira que cuida de pessoas com HIV.

Os dois últimos contos são em forma de relato do trabalho da MSF na Índia e Burundi.

Acho que o livro conseguiu me passar o que queria: a realidade pode mudar muito ao redor do mundo. São pessoas que nunca têm o suficiente para comer e que precisam de ajuda urgentemente. Por conseguir passar essa mensagem de forma tão clara e objetiva, ele ganha cinco selos.
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Adriana 10/12/2012

Obrigatório
Logo que comecei a ler Dignidade percebi que não seria um livro fácil de ler, não que eu já não soubesse isso antes de começar, mas logo de cara ele nos conta que a principal causa de morte de mulheres no Congo é o estupro, e isso me fez chorar, porque pra mim não existe nada mais triste do que a crueldade humana. Pensei em desistir do livro, ele me deixava realmente triste, porém um dos maiores problemas que essas pessoas enfrentam é o fato de serem ignoradas e embora eu possa fazer pouco ou nada por elas, eu não seria mais uma a ignorá-las, eu precisava terminar de ler e em momento algum me arrependo, foi difícil, mas foi também uma lição de vida, as vezes reclamamos tanto e quando olhamos para situações como as relatadas no livro percebemos que não temos o direito de reclamar, temos que aproveitar a sorte e ser feliz, pois para uma grande parcela da população mundial essa opção não existe
Se recomendo o livro? Sim, com toda a certeza, mais do que recomendar, se eu pudesse eu obrigaria todas as pessoas a lerem

http://hobbyecletico.blogspot.com.br/2012/12/dignidade.html
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gleicepcouto 23/11/2012

O real significado da palavra “dignidade” em contraste com a sua ausência na vida de milhões
http://murmuriospessoais.com/?p=4979

***

“Agora mesmo, em todo mundo, 4 mil pessoas por dia estão morrendo de Tuberculose: a maioria delas na África Subsaariana. Ela causa mais mortes prematuras que qualquer outra doença, e essas mortes triplicaram entre 1997 e 2005. Quatro mil pessoas a cada dia. Todos os dias.”

O médico, cientista e escritor Dráuzio Varella é o responsável pelo prefácio de Dignidade! (LeYa) – livro que reúne textos de escritores diversos, que acompanharam de perto a organização Médico Sem Fronteiras (MSF).

Não conhece? Vamos lá, um breve histórico.

Fundada por médico e jornalistas, em 1971, na França, o MSF tem como missão levar assistência médica à população de baixa renda, assim como denunciar casos de ajuda humanitária falha e descaso da opinião pública frente à dura realidade dos menos favorecidos. A organização foi contemplada com o Nobel da Paz em 1999 e atua ao redor do mundo, sem discriminação de etnia, religião ou ideologia política.

No time dos escritores do livro temos gente de peso como o peruano Mario Vargas Llosa, a brasileira Eliane Brum, o italiano Paolo Giordono, a indiana Tishani Doshi, dentre outros. Pode-se perceber na escolha dos participantes a miscigenação cultural, e isso traz algo interessante para a compilação: diferentes pontos de vista, unificados apenas pela sensação de impotência que todos deixaram transparecer.

Traduzir o horror, a miséria, a doença em palavras é muito difícil. Alguns autores preferiram narrar o que presenciaram, como uma reportagem; outros, já preferiram passar sua mensagem em forma de contos, mas baseados em fatos reais.

Como resultado, temos um amplo quadro da situação caótica em muitos países. A gente sempre pensa “Ok, é. Em alguns lugares, a situação está bem crítica.”; mas poucas vezes paramos para analisar isso atentamente, ou por comodismo, ou por falta de interesse, mas basicamente porque... É perturbador. Encarar a dor alheia e nela, o reflexo de que pouco fazemos para minimizar isso, é uma tarefa árdua.

No Congo, o problema é o estupro, não só de adultas, mas também de idosas e crianças. Na Bolívia, a Doença de Chagas dizima famílias a cada geração. Em Bangladesh, dois terços dos casos de mortalidade infantil são causados pela desnutrição. A África do Sul definha com Tuberculose e HIV, onde 17% da população é portadora do vírus. Na Grécia, imigrantes irregulares são tratados como animais, enjaulados.

Esses fatos são chocantes e desconcertantes, ao ponto de quem ler, pensar “Onde estava esses anos todos que não sabia desses ‘detalhes’?”. A reflexão que vem desta pergunta, porém, é frutífera, pois não deixa o leitor limitado a se afundar na culpa de sua própria inércia e ignorância. A reflexão aqui leva-o ao patamar pro-ativo de: "Tenho que ajudar. O que posso fazer a respeito?"

E esse é o grande trunfo de Dignidade!. Além, claro, de fazer conhecer os pormenores da organização MSF, traz à tona uma consciência do que é ser humano e de como muitos nunca vivenciaram o significado pleno da palavra dignidade. O recado é: é preciso abrir os olhos para a situação limite na qual milhões de pessoas estão sujeitas no mundo.

O livro transcende a técnica literária, mas em se tratando dela, não tem nada a perder. Os textos são bem escritos e coesos, mesclando dados e informações, com emoção e humanidade. Dignidade!, por fim, é um must read. É uma sacudida para todos aqueles que muitas vezes pensam que o mundo gira ao redor do próprio umbigo. Como eu, por exemplo.
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