Superinteressante Nº 176 (Maio de 2002)

Superinteressante Nº 176 (Maio de 2002) Editora Abril



Resenhas - Superinteressante 176 - Maio 2002


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z..... 11/03/2022

Maio de 2002
Perdi recentemente a revista e fiz releitura no site da Super, onde os textos costumam ser revisados, resumidos, destituídos de ilustrações e sujeitos a censura. Prefiro os originais, para aprendizagens em paralelos com a atualidade.
Li três artigos (dois de destaque na capa e outro com curiosidades na etimologia).

"Pedofilia"
Reportagem de capa, sem grandes novidades no que é conhecido, como casos frequentes no lar, pacto de silêncio e transtornos psicossomáticos gerados.
Entre as causas a doentia ilusão de poder (dominância sádica sobre ser indefeso); o perfil comum do pedófilo foi descrito segundo os dados estatísticos; e dois tipos de pedofilia foram citados ("de situação" - abusos com desfaçatez - e "preferencial" - a relação sexual propriamente dita). Acredito que atualmente desenvolve-se um terceiro tipo, de sedução e abuso pela internet, num contexto de exposição hiper sexualizada que vivemos, favorável ao crime.
O texto do site cortou boa parte da reportagem. Fiquei curioso, gostaria ainda de conferir a edição física...

"Profissão sofredor"
Reportagem anunciada na capa como "o feitiço da arquibancada", em busca de entendimento sobre a paixão dos torcedores nos estádios, misto de alegria e fúria em algo que, no final das contas, não tem grandes vantagens para sua vida em termos prâticos. A dedicação chega a superar interesses mais significativos.
Entre as respostas, a satisfação de necessidade primordial de inclusão em grupo; o espaço com liberdades teoricamente democráticas (preferi colocar "teoricamente" porque temos visto condutas arbitrárias criminosas, já atacaram e mataram pessoas por usar camisa de time rival); euforia instigada pela percepção de segurança e invisibilidade na multidão; e retorno a comportamento ancestral de solução de embates pela força, não na diplomacia. Esses e outros aspectos afloram as emoções.
Creio que poderia ser abordado o consumismo instigado pela mídia e o entretenimento como alienação à realidades sofridas.
O que achei mais interessante foi a denominação de "suplício voluntário" para o ato de torcer, em alusão à sofrimento que retorce o corpo de diferentes maneiras.
Na atualidade, falar de torcida é falar também de violência, infelizmente, com necessidade urgente de leis específicas e atuantes com severidade contra os crimes entre os torcedores.

"7 palavras que surgiram com conotação sexual ou chula"
Bacana, babaca, virilha, entres outras, não tem explicações extraordinárias. A que me pareceu mais curiosa foi "coitado", apresentada com duas explicações. Viria de "coita", palavra ainda em uso, sobre sofrimento por desilusão amorosa, ou, segundo explicações direcionadas aos idos medievais, vinha do sofrimento pelo ato sexual, o coito, mal compreendido pelas moças em seu recato (coito e ah, coitada...). Também não acredito nessa segunda explicação e tem uma picardia salafrária.
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