Jogos Sagrados

Jogos Sagrados Vikram Chandra




Resenhas - Jogos Sagrados


8 encontrados | exibindo 1 a 8


Edu021 13/11/2022

Jogos Sagrados
Uau! Foi uma experiência muito boa ler essa "bíblia" de mais de 900 páginas. Gostei da série(Netflix) mas o livro - como de praxe - é muito superior. Inicialmente pode ser complicado de entender algumas palavras, o autor usa muitas destas de idiomas falados na Índia. Você fará algumas consultas ao glossário (final do livro); mas, em algum momento, acabará entendendo o significado pelo contexto. Gostei muito das inserções, principalmente do Aadil, que mostra como realmente a vida pode ser complicada e te levar numa direção que você sequer imagina.

No mais, bom trabalho, Sartaj. No meio de tudo isso, você foi o melhor que pode e mereceu o final.
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Robson Souza 30/08/2022

Esse livro é um evento!
Um dos livros mais envolventes e pulsantes que já li. A Índia descrita na história é viva e tão real que salta das páginas. A forma como o autor desenvolve os personagens, até os secundários, é maestral! Vikram Chandra é um escritor fenomenal!
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Konshal 03/12/2020

Dois Tempos, Duas Vozes
O romance policial indiano Jogos Sagrados mostra um embate entre seus dois protagonistas em dois tempos.

No agora, vemos Sartaj Singh e seu cotidiano policial. Narrado em terceira pessoa, vemos o dia-a-dia da Índia em suas mais diferentes matizes. Ao exercer sua função, ele leva a história a vários ambientes: desde as favelas pobres até cidades de veraneio indianas.

No passado, e em primeira pessoa, é narrada a ascensão e queda de Ganesh Gaitonde, um dos mais famosos gângsters internacionais da Índia. A sua história começa com o contrabando de ouro de Dubai e vai, aos poucos, galgando espaços na sociedade indiana.

A progressão lenta e gradativa de sua Companhia-G vai aumentando a área e o poder da influência de Ganesh Gaitonde. Astuto e inteligente, podia, as vezes, até enganar com as suas atitudes e comportamentos, mas a violência extrema que sempre empregava demonstrava que ele era muito mais lobo do que cordeiro. Gaitonde era companheiro, gângster, galanteador, ambicioso, político, devoto, confidente, empreendedor, e até certo ponto, influenciável. Um homem de múltiplas facetas.

Mas, de todos os seus passos, o mais ousado deles foi se aliar ao governo indiano através da política "inimigo do meu inimigo". Uma aliança que impulsionou a internacionalização de suas atividades, agindo, muitas vezes anonimamente, em favor do serviço secreto da Índia.

Impaciente na recém iniciada vida espiritual ao estabelecer um vínculo com um guru; inseguro na sua vida amorosa em um relacionamento de fachada com uma promissora atriz indiana em ascensão. Pouco a pouco, as ações de Ganesh Gaitonde passam a ser mais impulsivas, passionais. Impulsividade que será o combustível de sua derrocada.

O ponto final da história de Ganesh Gaitonde é o parágrafo inicial da de Sartaj Singh. Vale destacar que ambas narrativas são apresentadas de forma alterada no livro. Vindo de um divórcio recente, Sartaj acaba se inserindo (contra a sua vontade) na investigação sobre o ocorrera com Ganesh, já que o paradeiro do gângster internacional era totalmente desconhecido para o governo, polícia e inteligência indianas.

Mas esse era um exercício extracurricular para o policial. O cotidiano de Sartaj envolvia outras situações mais banais e corriqueiras do que uma conspiração internacional. Dentro da corporação a corrupção era o principal expediente. Sartaj, desde sempre, fora o homem de confiança, o interlocutor de Parulkar (seu chefe e comandante da delegacia) no recolhimento de valores provenientes de suborno. Uma realidade que surgia bastante no dia-a-dia de Sartaj, mas que não era abraçado com tanto entusiasmo assim por ele.

Vários casos corriqueiros compõem a jornada de Sartaj: adolescentes problemáticos da periferia, caso de violência doméstica que evoluiu para traição/chantagem, entre outros. Interessante observar que, não importa a tensão que ele sofresse no trabalho, a mãe de Sartaj, Prabhjot 'Nikki' Kaur, sempre se revelava um porto seguro para o filho, seja em ligações madrugada a fora, seja presencialmente em visitas despretensiosas.

Quem sempre recorria a Sartaj sobre novos passos, novas pistas, novas instruções na investigação sobre Gaitonde era Anjali Mathur, agente do serviço secreto indiano, herdeira (indireta) de K. D. Yadav (ou Mr. Kumar), profissional responsável por recrutar Gaitonde. incansável, a agente vê como uma questão de honra a resolução desse mistério envolvendo o retorno do gângster à Índia. Um trabalho que se tornaria uma espécie de homenagem a Yadav, visto o delicado estado de saúde de seu padrinho. Cenário que gera uma das maiores expectativas na história, uma vez que é ele quem melhor conhecia o mafioso.

A leitura de Jogos Sagrados pode ser um tanto burocrática num primeiro momento. O autor utiliza muitas expressões indianas o tempo todo (não a toa, o livro conta com um glossário de 15 páginas), mas, a partir do momento que nós nos acostumamos a elas ou as deduzimos a partir do contexto da trama, a leitura adquire uma agradável fluidez. Nos chocamos com as perdas (repentinas) que ocorrem; nos identificamos com o cansaço recorrente que o Sartaj enfrenta e, podemos também, nos simpatizar com as astúcias de Gaitonde e seus vários questionamentos, embora os seus lampejos de ódio sejam e venham na mesma proporção que sua inteligência.
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Arthur Mont'Morency 13/06/2020

Uma visão caleidoscópia de uma sociedade multicolor
Recomendo muitíssimo esse livro, principalmente para quem nutre certo fascínio pelas culturas orientais, em especial a cultura hindi. Essa obra provavelmente vai ajudar a entender melhor como eles pensam, e muito do que os levou até ali. É um livro grande, mas garanto, no final compensa demais. Abaixo, vai uma resenha poética que eu escrevi para essa belezura de romance:

"Poucos livros me propuseram uma imersão tão profunda, mas também ministrada com tamanha sutileza quanto esse livro. Numa miríade de sensações, cores, cheiros, sabores e emoções, vemos a Índia moderna ser aberta e dissecada com uma maestria que avança em níveis macro e micro ao mesmo tempo: Como um corpo vivo, a sociedade indiana passou por uma complexa metamorfose cultural tanto no nível dos seus signos e credos quanto no plano das emoções e motivações humanas; e sem se tornar enfadonho ou mesmo minimamente didático, Vikram Chandra explora tamanha riqueza cultural e humana por meio de um enredo cativante e simples de ser digerido, com personagens altamente complexos em suas delicadas sutilezas.

Por meio da relação virtualmente ambígua entre o policial corrupto Sartaj Singh e seu investigado, o gângster Ganesh Gaitonde, interligados de forma bastante sutil em suas jornadas de vida distintas, somos possibilitados a entender muitos dos fatores sociais que moldaram todo um modo de pensar e coexistir numa sociedade tão contrastante dentro de si quanto à da Índia. Como é mesmo dito em uma das orelhas do livro, somos apresentados a uma visão caleidoscópica da Índia moderna, e realmente é disso que se trata o livro: Conflitos religiosos, éticos, a relação entre a conservação dos valores do passado e a ânsia pelo progresso futuro; tudo isso são dilemas diários, constantes, os quais as pessoas que nasceram e cresceram ali foram obrigados a lidar desde sempre.

A história principal, que gira em torno da investigação de Sartaj sobre o suicídio de Ganesh, é apenas um veículo confortável e seguro para que possamos viajar por meio desse campo turbulento e entendermos de forma sutil verdades grosseiras e violentas sem nos machucarmos, tal qual como se estivéssemos lidando com esses dilemas desde sempre. Sartaj e Ganesh são personagens com histórias extraordinárias, mas que servem apenas para refletir de forma visível todas as matizes belas e extraordinárias que formam essa cultura tão rica quando a indiana, tais quais caleidoscópios, nos mostrando todas as cores do mundo sintonizadas em menos de mil páginas.

Ao final, você percebe que a jornada direta pelo qual os personagens passaram é a parte menos importante da história. Ao final, não sei se consigo explicar o que aprendi com os povos da índia, mas posso afirmar que, em um certo nível mais íntimo e delicado... Eu os COMPREENDI..."

Não sei se essa resenha foi boa, mas espero que tenha deixado minimamente nítido o que eu senti quando terminei de ler. :)
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Biblioteca Álvaro Guerra 09/01/2020

O casamento do policial quarentão Sartaj Singh acabou e sua carreira está em franca decadência. Mas uma pista importante do paradeiro do maior gângster de Mumbai pode mudar sua história. Jogos Sagrados forma um mosaico impressionante da contraditória Índia contemporânea.

Empreste esse livro na biblioteca pública.

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535913101
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Lista de Livros 24/12/2013

Lista de Livros: Jogos Sagrados, de Vikram Chandra
“– Se pretende viver na cidade, precisa antecipar três rodadas, e ver através de uma mentira para conhecer a verdade, e ver através da verdade para ver a mentira.”
*
“A comida é o maior e mais confiável dos prazeres.”
*
“Existem sadhus (milagres), mesmo. Reais e falsos. Ambos são úteis.”
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“Eu sabia até a medula dos ossos que todos os presentes são traições, que nascer é ser enganado, que nada nos é concedido sem que algo maior nos seja tirado”.
*
Mais do blog Lista de Livros em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com/2013/09/jogos-sagrados-vikram-chandra.html
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digo26 09/12/2012

Por enquanto estou achando interessante,se bem que ainda estou me adaptando a escrito do autor.
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Luis Netto 28/01/2011

JOGOS SAGRADOS
“Jogos Sagrados” obra do indiano Vikram Chandra, relata a incrível historia de um poderoso gangster que vivia em Mumbai na Índia. Esta historia é contada de forma retrospectiva. Ganesh Gaitonde, o poderoso gangster, líder da máfia hindu e chefe da Companhia-G de Mumbai, logo nas primeiras paginas dos livros comete o suicídio, neste momento o autor começa a montar toda a trama da história, já deixando a seguinte pergunta ao leitor: “Porque Gaitonde se suicidou?”.

Descobrir o paradeiro de Gaitonde era o trabalho de Sartaj Singh, inspetor da policia sikh em Mumbai. A única informação que Singh tinha era que o suicídio de Gaitonde teria sido no bunker que ele havia construído. Para poder descobrir o motivo do suicídio, Singh teria que dispor de toda sua capacidade investigativa e experiência policial.

Ganesh Gaitonde, ajudado pelo consultor financeiro, Paritosh Shah, um especialista em lavagem de dinheiro se integra a um grupo extremista que pretende ocasionar uma guerra entre hindus e paquistaneses. Quando o objetivo é alcançado, Paritosh percebe que não é mais importante, que é apenas uma peça nos planos de Gaitonde, e que pode ser descartado a qualquer momento.

O policial Singh encontrava imensas dificuldades para realizar seu trabalho, mas acreditava estar no caminho certo pois começou investigando o motivo da construção do bunker; a vida de Suleiman Isa, outro temido gangster de Mumbai; Paritosh Shah e Badriya, guarda-costas de Paritosh. Estas investigações levaram Singh descobrir o verdadeiro e único motivo do suicídio de Gaitonde.

É um livro de tirar o fôlego, com um suspense que envolve o leitor até as ultimas paginas. Somente encarando as 965 páginas desta narrativa fantástica é que vocês, meus amigos, poderão esclarecer a duvida que Vikram Chandra, autor da obra, transmite durante toda a história.

Leiam. Vale a pena.
Eduardo 25/06/2012minha estante
Li ele em 2009. Que livro..Poderia ser chamado de ´´o poderoso chefão´´ versão india ;)


Luciana.Garcia 07/04/2016minha estante
Adorei a resenha. Fiquei mais aliviada, rs, porque acabei de comprá-lo pela sinopse e estava na dúvida quanto à qualidade da obra. Agora fiquei mais interessada em ler!




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