spoiler visualizarMaria 23/01/2022
Não, não, não, não!
Ano de 88. Dois jovens apaixonados. Um professor assassinado. Um outro "desaparecido" (embora com dezenas de testemunhas). Um publicitário brilhante que há anos não consegue um emprego, afinal, vive no Chile, em meio à ditadura Pinochet e encontra-se "à esquerda de quem entra", como diria Lispector.
Como imortalizou o maravilhoso Benedetti: "Liberdade é uma palavra Enorme"!
Em meio a mortes, torturas, "desaparecimentos", encontramos, também, o amor, a beleza (a poesia de Shakespeare, a lógica aristotélica, a valsa de Strauss), a ESPERANÇA, enfim.
Já dizia Brecht que a cadela do fascismo está sempre no cio; mas eu digo: ninguém nasceu para ser escravo. Homens como Pinochet (e como vocês sabem quem) são apenas "homens". E, não se esqueçam, "todos os homens são mortais".
Muitos não se entusiasmam com a prosa de Skármeta por julgá-la "superficial", mas,aleluia, fluidez era tudo o que eu precisava. Concluí a leitura me sentindo INSPIRADA. Ainda que, assim como certo personagem do livro, eu sempre me prepare para o pior, eu SINTO que "eles passarão". É isso.
"P4RR1, como a democracia é erótica!"