O Rebelde

O Rebelde Jack Whyte




Resenhas - O Rebelde


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Enricky 09/03/2022

Mais do que eu esperava.
Confesso que não esperava muito desse livro, mas ele me supreendeu desde o prólogo.

Já começa pelo fato da arma do protagonista ser um arco (que é a arma medieval que mais curto). Adorei o processo de aprendizado deles e adoro o Ewan.

Gosto também do contraste entre o Will e o Jamie, que seguem caminhos totalmente diferentes, talvez até opostos, e mesmo assim se mantêm próximos um do outro. E é legal ver a evolução de cada um, o processo de mudança e reconhecimento próprio de ambos.

Mas o que eu mais curti nesse livro foi a comunidade que o Will criou em Selkirk. Totalmente independente, auto sustentável e livre. Eles apenas vivem a sua vida sem incomodar ninguém e sem ter que pagar ninguém. Eu odeio tudo relacionado a qualquer tipo de nobre ou magnata, e como o próprio Will diz: é um bando de VERMES! Aliás, o Will é muito foda.

Eu sou muito mais das vivências de pessoas comuns do que teatrozinhos de nobres que só querem poder. Aliás tem algumas partes sobre politica nesse livro e são bem chatas, exceto as que tem relação à ascensão dos burgueses.

É evidente que o patriotismo tem uma espaço enorme nesse livro. Pois ele é praticamente inteiro voltado à demonização dos Ingleses. E o pior é que os personagens tem TODA a razão de odiar os Ingleses. O tanto de atrocidade cometida por eles é bizarro. Agora não sei o quanto disto foi real ou é patriotismo pelo lado do próprio autor.

Agora alguns pontos negativos: esse livro é muito inconscistente. Toda hora o livro pula semanas do nada, fica pulando de história em história sem desenvolver ela tão bem em algumas vezes. Isso quebra o rítimo da leitura. Tu ta lá empolgado pra saber como os personagens vão reagir àquilo e de repente pula 3 meses pra outra história que não tem relação com aquela.

E isso faz com que as vezes o livro saia de uma parte MUITO legal pra uma explicação política chata em questão de uma página.

E também as vezes me sinto um pouco perdido com as localidades desse livro, não conheço nada da Escócia kkkkkkkkkk com certeza um escocês se acharia melhor. Mas bem que poderia ter um mapinha né kkkkkkkk Tolkien e George Martin me deixaram mal acostumado.

E o final... bizarro.

Will fez atrocidades. Mas a grande maioria de seus atos foram de defesa. nada justifica.

Gostei.

ps: não sei fazer resenha pequena kkkkk
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Dude 22/11/2020

Coração Valente
Comprei o livro pensando que era a mesma história do filme, mas não é. Tem boas passagens mas só recomendaria para fãs do gênero.
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Vanessa Pipi 19/06/2020

Bom
Uma boa história cumpre o papel de entreter.

Mas se torna meio lenta em alguns pontos!
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Manuela 04/10/2019

O Rebelde - Jack Whyte
Em uma Era Feudal. Dois primos, William e Jamie Wallace fogem da sua infância para viver um vida normal com seu tio Malcolm de Elderslie e com seu novo protetor, Ewan Scrymgeour. Mas passam o início de sua vida em Paisley na abadia com outros dois tios. William aos 18 anos vira um silvicultor de Elderslie e Jamie aos 16 anos decidi estudar para ser padre.
William conhece Mirrem e se casa com ela. Ao longo dos anos William decidi ir para Selkirk junto com Mirren, Ewan e outros arqueiros para lutar por mais direitos sobre os ingleses.
Vários escoceses são assassinados por ingleses sem razão. Jamie começa a visitar William e seu novo filho. A Escócia começa a ter várias rivalidades entre a Inglaterra por causa do acordo de paz com a França.
Acontecem muitas guerras dentro do país incluindo com o povo de Selkirk.
Mirrem e seus outros dois são assassinados. William fica furioso e decidi ter uma vingança.
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Raphael 04/09/2018

Gostei do livro, ficava a todo tempo com o filme do Coração Valente na cabeça, mas é bem diferente, recomendo a todos
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Elaine 22/03/2017

O REBELDE
DUAS CRIANÇAS SOBREVIVEM A UMA BATALHA ONDE SEUS PAIS SÃO MORTOS E JUNTOS ESCREVEM UMA LINDA HISTORIA DE AMIZADE. UM DECIDE SER PADRE E O OUTRO ARQUEIRO E JUNTOS LUTAM POR UM PAIS MELHOR. O LIVRO CONTA LUTAS INCRÍVEIS E UM FINAL SURPREENDENTE.
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03/01/2016


"I shall tell you of William Wallace".

Pois é. Para quem viu o filme, era assim que esse livro deveria começar. Mas...

"Para mim é doloroso ouvir as pessoas dizerem que William Wallace morreu um rebelde, um patriota heroico com um grito de liberdade nos lábios, porque isso é mentira." (p. 11)

E assim, em poucas palavras Jack Whyte acaba com a beleza do mito de William Wallace. Pelo menos neste primeiro - e por enquanto único, pelo menos aqui no Brasil - volume da trilogia Corações Valentes.

Neste primeiro volume, quase não se reconhece o William Wallace que conhecemos. Ainda crianças, ele e seu primo Jamie conhecem de perto a crueldade e o ódio pelos ingleses. Fugindo de sua aldeia, onde eles testemunharam o assassinato de toda a sua família, bem como foram vítimas de estupro, eles acabam conhecendo Ewan Scrymgeour, um arqueiro que também já sofreu horrores nas mãos dos ingleses, e que vai ajudá-los em sua criação.

Agora na casa do tio, William e Jamie vão para o mosteiro local p0ara receber sua educação formal, mas o tempo todo treinando combate com Ewan. Will logo se mostra bem à vontade com o arco e com o bastão, mas Jamie tem mais inclinação às letras. Desde já fica traçado o destino dos dois. Will se tornará o líder de homens, lutando pela liberdade, e Jamie seguirá no clero, mas acompanhando de perto as atividades de seu primo.

Will aqui ainda não é exatamente um líder, apesar de inspirar nos outros simpatia. É inteligente, perspicaz e decidido. Também é muito determinado, e não esquece nunca o que lhe aconteceu tantos anos antes. Ele tenta evitar a todo custo complicações com os ingleses, que já andam pela Escócia, ,as ainda não como vemos no filme. Mas, depois de um incidente com um padre inglês, Will é declarado fora da lei, e é obrigado a viver com sua família na floresta de Selkirk. Ele se estabelece como o líder de um bando de homens que, como ele, acabaram entrando em conflito com os ingleses. Ele lidera vários saques aos carregamentos ingleses, no maior estilo Robin Hood. Isso até que Mirren (você deve conhecê-la como Murron) tem seu primeiro filho. Daí, ele se conforma em ficar nos bastidores, e jura só lutar se e quando aparecer um rei, ou nobre, que realmente inspire confiança e por quem valha a pena lutar. Mas todo mundo sabe como isso acaba, certo?

Assim, neste primeiro, Will ainda não é o William Wallace que conhecemos. É um homem mais plácido e comedido. E com um humor e entusiasmo que envolvem qualquer um a seu lado. Pelo menos é assim que seu primo Jamie, que narra a história, o descreve. Na verdade, isso às vezes beira a adoração, e às vezes irrita. Jamie, como eu disse, segue na carreira religiosa, e, para m aluno relativamente inteligente, ele demora para entender algumas coisas. Ou, mais precisamente, não tem a perspicácia de Will. Na verdade, acho que às vezes ele inveja seu primo. A liberdade de viver na floresta, a mulher, a liderança... Jamie é mais diplomático e serve de ponte entre o bispo Wishart, patriota, e Will. O bispo é quem fornece muitas informações a Will. Gosto muito do bispo, mas Jamie não tem aquele charme de Derfel narrando a história de Arthur. Já volto nisso.

E Mirren é uma mulher forte e decidida também. Mas ela não aparece muito no livro, fica mais em segundo plano. Ela também é ´perspicaz, e entende tudo o que Will faz. Muitas vezes, é ela quem joga uma luz para Jamie. E, como eu disse, ela tem poder de decisão suficiente sobre Will para convencê-lo a deixar a luta para outros.

"De pé ao lado de Will, mal chegando à metade de seu braço inchado e olhando para todo o mundo como uma criança fraca e pequena - embora não fosse nada disso -, a garota Mirren erguia os olhos para ele, vendo seu rosto com um olhar profundamente reflexivo. À medida que eu me aproximei a jovem se afastou dele para abrir espaço para mim. Estava consciente de seus olhos azuis brilhantes me examinando da cabeça aos pés, os lábios sorrindo gentilmente.Mas, sendo quem sou, ignorei o olhar dela e me virei para Will, alegremente inconsciente de que no curto tempo em que estivera olhando para outro lugar, a vida de William Wallace, e todo o destino da Escócia, haviam mudado para sempre." (p. 101)

A nobreza escocesa ainda briga entre si, e francamente, me confundo toda com todos os nobres e quem está apoiando quem. Faz falta neste livro uma relação dos personagens no começo (ou no final). A narrativa é fácil, mas a parte política às vezes cansa. Há muita semelhança com a narrativa de Bernard Cornwell com as Crônicas de Arthur, mas Jamie não tem o mesmo humor refinado (aliás, isso falta completamente) de Derfel. Apesar de amar a história (como já disse aqui, Coração Valente é um dos meus filmes preferidos. Morro um pouquinho toda vez que vejo William Wallace gritando Freeeeeedom!!!!!!!!!!!!!! no final), e acho mesmo, pelo menos por enquanto, que o filme supera em muito o livro, ainda que não seja historicamente preciso, mas o livro ainda não me empolgou muito. É provável, pelo final deste, que o segundo, se um dia eu conseguir ler, me empolgue mais. Agora é manter os dedinhos cruzados para que a Fantasy publique.

Trilha sonora

Não tem outra: Braveheart Theme Song.

Se você gostou de O Rebelde, pode gostar também de:


As Crônicas de Arthur - Bernard Cornwell;
As Crônicas Saxônicas - Bernard Cornwell;
A Busca do Graal - Bernard Cornwell;
1346 - Bernard Cornwell;
Azincourt - Bernard Cornwell;
Os Pilares da Terra - Ken Follett;
Mundo Sem Fim - Ken Follett;
Trilogia do Século - Ken Follett.

site: natrilhadoslivros.blogspot.com
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Juliana 14/07/2014

Um livro sobre um guerreiro sem guerra
No geral, não gostei livro. Discordo profundamente da pequena fala contendo na sua capa. Jack Whyte não faz com William metade do que Cornwell fez com Artur. O livro é cheio de diálogos. Cheio de argumentações. Cheio de moral cristã. A pergunta que ficou latente a medida que as páginas foram avançando é : cadê a guerra ? cadê os corpos suando? pessoas sangrando ? Ora, o livro é sobre um guerreiro que inflamou todo um país. Ele não era um nobre para discutir sobre a legitimidade da guerra.Era um homem simples que era visto como um líder pelo seu povo e paradoxalmente durante a narrativa de sua vida sabemos muito sobre seu espírito, sobre sua família , sobre sua habilidade com armas porém não o vemos em combate.
O fim do livro me pareceu errado, a história poderia ter crescido a a partir do ultimo evento, mas ela morreu ali juntamente com toda a minha vontade de ler mais algum livro do autor.
Madalena oliveira 29/12/2015minha estante
Obrigada pela resenha. O fato de você alertar que é cristão me fez interessar pelo livro. Gosto muito quando as resenhas no skoob falam a respeito dos aspectos morais, que infelizmente muita gente ignora. Mesmo que tenhamos opiniões diferentes, o seu aviso me ajudou. Da minha parte, abandonei Bernard Cornwell. Acontece de errarmos nas escolhas :)




Virgílio César 25/04/2014

O autor escreve muito bem, mas a história fica muito repetitiva e cansativa. O ideia de colocar um narrador um pouco distante da história não foi muito boa. De qualquer forma acho que o autor tem capacidade de escrever bons livros. Vou tentar ler outra obra dele.
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Noronha 23/12/2013

O Livro mais chato e longo que ja li
O livro é bem interessante, começa até bem, vai te deixando ligado e excitado nos acontecimentos das crianças, das vilas e cidades invadidas e destruidas, mas ai o autor começa com o famoso ''embromation'' paginas e mais paginas de longas descrições de lugares, coisas, pessoas, tudo isso repetidamente, o que vai tornando a leitura chata e parada, por varias vezes quase abandonei a leitura. O livro vai indo bem com ação e bons dialogos, mas de repente ele para e fica um saco. é uma boa leitura sim, mas é preciso ter muita paciencia pra ler esse livro e força de vontade.

O livro conta com muito patriotismo a história de William Wallace e como ele é importante. o autor mostra ao resto do mundo uma história muito além do que podemos ver no filme “Coração Valente”.

Narrado por seu primo, o padre James Wallace, então o prólogo – que é a narrativa de como o tal padre fez para chegar até William, como foi a sua conversa e seus sentimentos quando presenciou a execução- em primeira pessoa, deixa você super empolgado com o livro e querendo saber como toda a história começou e como William foi parar na Torre de Londres.

O livro então volta anos, quando James e William ainda são crianças e são os únicos sobreviventes da família que foi brutalmente morta por ingleses. O padre James então começa a narrar (com extremos detalhes) tudo o que William fazia deixando o livro chato e focado numa unica coisa e distante do personagem principal.

Emfim a história é boa o que mata é a narrativa arrastada.Parece que quando a coisa vai ficar boa, a ação que eu tanto esperava ao ler um livro sobre um guerreiro como William Wallace, a narrativa ficava meio embaralhada, a ação do momento não era nada emocionante e logo acabava.
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Karol 27/05/2013

Resenha para LivrosEmSerie.com.br
A primeira coisa que você nota ao começar o livro é que Jack Whyte é um patriota confesso. Ele deixa claro que da onde ele veio, a história de William Wallace é importante e que o resto do mundo deveria saber como ela realmente foi, muito além do que podemos ver no filme “Coração Valente”. Fica claro que nele existe uma certa incredulidade pelo resto do mundo não admirar o que veio a ser o principal personagem de seu livro, assim como ele o admira.

Páginas depois de um texto explicativo de Jack Whyte que se resume ao parágrafo que vocês acabaram de ler, o livro começa. E começa bem! No prólogo, William Wallace está preso na Torre de Londres esperando o dia da sua execução, e então seu primo que se tornou padre, aparece disfarçado para escutar suas últimas confissões e se despedir do primo e amigo.

O livro é narrado por esse primo, o padre James Wallace, então o prólogo – que é a narrativa de como o tal padre fez para chegar até William, como foi a sua conversa e seus sentimentos quando presenciou a execução- em primeira pessoa, deixa você super empolgado com o livro e querendo saber como toda a história começou e como William foi parar na Torre de Londres.

Acabou o prólogo, acabou o interesse! O livro então volta anos, quando James e William ainda são crianças e são os únicos sobreviventes da família que foi brutalmente morta por ingleses. O padre James então começa a narrar tudo o que William fazia, e isso acabou me deixando meio distante do personagem principal desse livro. No começo achei que talvez pudesse ser birra minha, já que no prólogo que tanto gostei, William fala mal dos ingleses e eu, como apaixonada pela Inglaterra e pela sua história, acabei me sentindo meio ofendida. Tirei essa ideia da cabeça logo, e pensei comigo mesma que William deveria ter seus motivos para odiar tanto os ingleses, e realmente tinha, e que eu deveria ler o livro sem nenhum preconceito. Segui a leitura e continuei distante do rebelde; para tirar minhas dúvidas resolvi ler algumas resenhas pela internet e encontrei muitas pessoas que se sentiram da mesma maneira. Na verdade, muitas vezes me peguei confusa pois, não sei como ou porque, eu lia achando que a história era narrada pelo William, e quando eu via se tratarem dele na terceira pessoa, meu cérebro dava uma travadinha básica e mentalmente eu voltava o que tinha acabado de ler ligando os fatos e pensamentos ao James, e não à William como eu tinha feito.

Outra coisa que me incomodou foi a narrativa arrastada. Parece que quando a coisa vai ficar boa, a ação que eu tanto esperava ao ler um livro sobre um guerreiro como William Wallace, a narrativa ficava meio embaralhada, a ação do momento não era nada emocionante e logo acabava. O motivo talvez seja pelo fato do narrador ser um clérigo e o autor tentar passar um ar de imparcialidade, já que o mesmo, logo no começo do livro a gente descobre que vive na Inglaterra e que não odeia os ingleses tanto quanto William. A narrativa continua assim, lenta, o livro todo. A falta de ação não. Ela muda um pouco e cria mais emoção depois da metade do livro.

Um dos motivos que escolhi ler esse livro, foi o fato dele ser histórico. Ele tem bastante história realmente, nisso o autor não pecou e todo o conhecimento, e patriotismo, dele são visíveis. Porém, a mistura de história e ficção que podemos ver em autores de grande sucesso como Bernard Cornwell, ou a minha favorita Philippa Gregory, não aparece no livro, talvez seja isso que o deixe meio arrastado, muita história e pouca ficção e emoção, o que diferencia um livro de história de um romance.

William Wallace foi enforcado até perder a consciência, depois foi amarrado a uma mesa, estripado e suas entranhas queimadas ainda presas a ele, foi castrado e no final de tudo cortaram a sua cabeça e acabaram com seu sofrimento. Pedaços de seu corpo foram enviados para diversos lugares da Inglaterra e sua cabeça foi exposta na torre de Londres como advertência aos traidores da coroa. Esse tipo de emoção era o que eu esperava do livro!

Ao contrário de mim, vi algumas pessoas completamente apaixonadas pelo livro. Talvez, o gosto literário seja diferente do meu, então nunca se sabe quem vai amar ou odiar O Rebelde. Mas com certeza no meio termo você não fica!

A série é composta por outros três livros, que contam as histórias de outros rebeldes que ajudaram na revolta escocesa e que são heróis para seus conterrâneos mas, que são pouco conhecidos para o resto do mundo. Espero que os próximos volumes não sejam narrados pelo padre chato James!
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Marina Garcia ( 03/04/2013

Resenha: O Rebelde, escrito por Jack Whyte
Publicado no blog: http://falandodelivrosemusica.blogspot.com.br/

Na manhã de 24 de agosto de 1305, na prisão de Smithfield, em Londres, o herói e fora da lei William Wallace esta prestes a ser executado, quando recebe a visita de seu querido primo Jamie, um padre disposto a ouvir sua última confissão. Partindo desse ponto, mergulhamos em uma história recheada de patriotismo sobre uma Escócia que muito pouco nós conhecemos.

"- Você recuou no fim - disse ele - parou por causa de quem eu era, esquecendo o que eu era: seu inimigo. Esse tipo de hesitação pode matá-lo em um combate real. Você precisa aprender uma verdade, William Wallace, então aprenda agora. Em luta corpo a corpo não pode haver posição ou títulos envolvidos. Se você um dia terçar lâminas com qualquer homem seriamente, não importa quem, só pode haver um resultado. Ou você o mata, ou ele o matará. Nunca se esqueça disso." (Página 83)

Os que acompanharam as postagens anteriores do blog, sabem que me apaixonei pela capa do livro desde a primeira vez que coloquei meus olhos nela. Os tons de laranja misturados com o azul, céus... Não descansei enquanto não consegui o livro, esse foi um problema. Não aconselho a ir com muita “sede ao copo” se você esta a espera de sangue e guerra, assim como eu estava. Ainda assim, não tiro os créditos. Deixe-me explicar...

O Rebelde é contado pelo ponto de vista de Jamie Wallace, o primo de Will. Eles conviveram muito tempo de sua infância e adolescência juntos, enfrentaram muitas consequências com a crescente invasão dos ingleses nas terras escocesas, mas em certo ponto da história cada um deles segue seu próprio rumo. Por Jamie escolher seguir a carreira cristã acabamos tendo um contato mais político e histórico, as cenas de ação são poucas.

"- Meu nome é William Wallace, da Escócia, e não me importo com quem sabe disso, então malditos sejam todos. Digam eles para, ao partir, espalhar a notícia do que aconteceu aqui, a vergonha e a desgraça. Digam a eles que a Escócia tem uma voz entre as árvores da floresta de Selkirk. Também digam a eles meu nome, e digam aos ingleses que caso queiram me pegar, estarei aqui esperando. Um fora da lei, sim, mas antes de tudo, um escocês, e pronto para lutar até meu último suspiro." (Página 251)

E ainda apesar disso, por saber muito pouco do assunto, quase nada, e fazer muito tempo que vi o filme Coração Valente, tudo resultou em uma prazerosa surpresa. Não é algo que nos ensinam na escola e o próprio autor fala que a Escócia de hoje é muito diferente daquela que existiu na época de sua Independência. O país sofreu graves consequências com a morte sucessiva dos herdeiros de sua coroa, os ingleses entravam e saiam das terras fazendo barbaridades sem serem punidos.

"- Mostre-me um líder que mereça ser seguido e uma guerra pela qual valha morrer, e eu lutarei. Isso eu juro." (Página 329)

A narrativa de Jack Whyte é bem fluída, nos fazendo passar páginas e páginas sem notar, apenas o personagem em si do narrador não me agradou, senti-me muito pouco conectada a ele. Contudo, sempre que William Wallace entra em cena é impossível você não querer prestar atenção no que ele tem para falar, seus discursos e batalhas são os verdadeiros picos de ação no livro, fazendo com que eu permanece até o fim, sempre ansiando por mais dele.

Aguardo sim pela continuação da, antes Trilogia, agora, Série Corações Valentes que contará sobre outras figuras importantes das guerras de Independência da Escócia: Robert Bruce - o verdadeiro Coração Valente - e Sir James Douglas. Se você gosta de arco e flecha, história, política e um herói digno de ser seguido, quebre o porquinho e tenha na estante O Rebelde. Por hoje é isso meu povo, espero que tenham gostado. Até mais!
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Eric Massoni 12/02/2013

Jack Whyte almejou muito mais do que conquistou com sua versão da história de William Wallace. Como historiador e fã do gênero literário, acredito que o autor encalhou demais em questões totalmente anacrônicas, utilizadas repetidas vezes por vários personagens, concedendo uma consciência histórica impensável no período, quase um poder de premonição, considerando termos utilizados que surgiriam séculos depois para descrever aquele específico período. Os personagens principais adentraram nesse mundo especulativo com frequência, dando a impressão de um programa educativo, quase um documentário e não uma obra literária. Impossível seria deixar de comparar com alguns mestres do gênero como Bernard Cornwell e Conn Iggulden que, compensam todas as lacunas da inexatidão histórica, com uma atmosfera e tramas complexas e envolventes, totalmente ausente nessa obra do Whyte. O filme "Coração Valente", apesar de se enquadrar em uma proposta distinta, embasado mais na lenda do Wallace do que em seu personagem histórica, consolidou-se muito mais atraente e até mesmo realista do que essa obra. Talvez seu objetivo de prolongar a história com sequência de livros o tenha obrigado a produzir um texto maçante, mas nada justifica a ausência de complexidade da trama, ao completo anacronismo dos personagens e a uma péssima ambientação da obra, produzindo muito mais algo próximo ao Robin Hood do Kevin Costner (igualmente péssimo em suas proposições históricas, na minha opinião cômico) do que as demais produções do gênero em nossa atualidade.
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Tobias 20/12/2012

Um Rebelde distante
Um livro sobre o Willian Wallace, no qual o mesmo é tão distante da narrativa que você aprende mais sobre a vida política da Escócia do que sobre a figura do herói escocês. Um obra que até o seu décimo quarto capítulo (mais da metade do volume) não tem situações que lhe prenda à leitura. Em alguns locais vi comparações com Bernard Cornwell (trilogia 'A Demanda do Graal' e as 'Crônicas de Artur') e não achei semelhança. Cornwell tem uma maneira de inserir seus personagens fictícios no meio dos grandes acontecimentos que está muito longe do que acontece no livro de Whyte. 'O Rebelde' é um livro lento que mantem o herói muito longe do leitor.
Mas é inegável a pesquisa feita pelo autor e como ele insere o leitor nas questões políticas da formação da Escócia. Os problemas de sucessão real, o peso dos laços de vassalagem, o valor dos títulos de nobreza, a forma como os acordos são montados entre os nobres escoceses e o seu resultado, e o principal: a interferência inglesa nos assuntos da Escócia. Talvez seja esse o único ponto no qual valha a pena a leitura.
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