Sobrevivente

Sobrevivente Chuck Palahniuk




Resenhas - Sobrevivente


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Marcos.Rogerio 02/09/2016

Gênio
Genial o autor.
Ele consegue levar você para dentro dos medos do personagem, não simplesmente fala, como mostra o que está acontecendo na mente do personagem.
Interessante também é a imersão que ele causa ao falar sobre os grupos da qual a história aborda, trazendo à tona verdades que serão questionadas, mas que continuam sendo verdades.
Ele me trouxe também o esclarecimento de uma discussão que vinha me tirando o sono há anos. Simplesmente genial.
gabrielrjf 08/02/2018minha estante
Qual discussão?


Marcos.Rogerio 18/12/2018minha estante
Desculpe-me a demora para responder haha, não tenho costume de acessar a plataforma.

A discussão a que me referia, era a respeito de uma experiência pessoal que tive em uma igreja cristã pentecostal. Ouvia muitos casos de experiências místicas que as pessoas tinham nesses meios e era bem cético a respeito. Até que aconteceu comigo. Isso me trouxe muitos conflitos que conseguir sanar na pesquisa que o Chuck faz, trazendo a tona a possibilidade de delírios quando o sangue apresenta altas taxas de CO2, ocorrencias comuns em meios mutuados e abafados como essas igrejas.
A partir daquilo pude seguir a vida tranquilamente sabendo que minha experiência mística não passava de um delírio.


gabrielrjf 19/12/2018minha estante
Respeito sua opinião... Mas creio que pode ser sim algo sobrenatural como também algo ocorrido pela situação... creio em ambos


Marcos.Rogerio 19/12/2018minha estante
Eu estava inclinado a abdicar de qualquer crença, só isso me segurava.. Graças ao Chuck.. tobby é um elfo livre haha..
Mas não há demérito em crer. É uma escolha, as vezes inconsciente, mas a respeito tbm.


gabrielrjf 20/12/2018minha estante
Ou bem consciente kkkkk tudo bem... Por um mundo de respeito à opiniões como nós respeitamos! Tudo de bom




William LGZ 20/05/2022

Uma trama genial recheada com uma linguagem diferenciada
Depois de uma experiência não tão agradável com Clube da Luta, fui supreendido (estou usando essa palavra muitas vezes nas últimas resenhas) pelo mesmo autor com uma história que achei simplesmente sensacional!

Desta vez seu estilo narrativo minimalista, repleto de absurdos e de ironia, não me afetou tão negativamente como outrora e pude embarcar completamente no seu instigante enredo lotado de reviravoltas e de pouquíssimos pontos baixos.

Apenas não dei a melhor nota por meros detalhes, considerei que determinadas questões poderiam ter sido melhor esclarecidas ou tomado rumos diferentes, todavia nada realmente crucial. Concluo dizendo nada menos que o esperado: recomendo demais!
Souza 21/05/2022minha estante
Parece ser um bom livro.


Rodrigo 21/05/2022minha estante
Anote mais um: no sufoco... vai na minha frente q eu pego ele ainda esse ano




Tauan 12/09/2015

Palahiuk em sua melhor forma
Há alguns meses li Clube da Luta, só porque estava na promoção e porque alguns amigos haviam recomendado muito tempo antes. Foi uma decepção, mas mesmo assim resolvi ler mais um livro do autor.
Ainda bem que dei a ele essa segunda chance, porque Sobrevivente definitivamente é melhor que Clube da Luta.
O princípio já é suficiente para te convencer a levar o livro pra casa, trata-se de cara que sequestra um avião, faz todo mundo descer e resolver voar sozinho no piloto automático até que o combustível acabe. Enquanto isso ele conta sua história de vida para a caixa preta.
Seu nome é Tender Branson, e sua vida tragicômica começa três minutos e meio depois do nascimento de seu irmão (gêmeo) mais velho, Adam. Pela cultura da comunidade religiosa em que eles foram criados, Adam é o único filho que recebe um tratamento diferenciado dos demais. Todos os outros devem se chamar Tender, e todas as filhas devem se chamar Biddy.
Ao completar dezessete anos, todos os Tender e todas as Biddy devem deixar a reserva ondem estão as fazendas das famílias da Igreja e passar a trabalhar no "mundo lá fora", sempre enviando seus salários para a comunidade religiosa.
Palahniuk arranja uma maneira singular para contar a história de como Tender Branson se torna o último sobrevivente dessa comunidade de fanáticos religiosos, depois a grande estrela e messias de sua geração, até levá-lo à atitude desesperada a bordo do voo 2039.
Em resumo, Palahniuk aborda temas polêmicos, espinhosos e atuais de forma engraçada e instigante.
Recomendo!

site: http://pausaparaaleitura.blogspot.com.br/
Belah 13/09/2015minha estante
Sensacional esse livro!


Tauan 13/09/2015minha estante
Demais!




GCV 23/03/2009

Uma fórmula que sobreviveu à luta
Chuck Palahniuk descobriu um grande filão em "Clube da Luta": crítica contundente da sociedade americana, demolição de valores, sátira do consumismo. Mas para escrever "Sobrevivente", ele deveria ter apagado tudo que aprendeu com seu primeiro livro.

Parece que o sucesso embaralhou suas idéias, e logo no segundo livro ele se esquece que já havia escrito sua primeira obra nessa mesma tendência, estilo e tema. A única diferença é que, ao invés de destruir os valores capitalistas e empresariais, ele se volta contra os valores capitalistas e religiosos; até mesmo a figura do "duplo" do protagonista existe. Ruim não é, mas fica tão aquém de seu predecessor que chega a ser uma piada de mal gosto.
nilovsky 15/07/2011minha estante
Na verdade "O Sobrevivente" precede "Clube da Luta". A diferença no entanto é que o segundo foi publicado antes...




Dr. Caligari 27/09/2010

Literatura sob muita cafeina. Um ritmo estonteante. Beira o exagero, as vezes. No mais, é um bom livro.
hpabatista 19/10/2020minha estante
O livro é excelente : }




Anderson 01/09/2016

Vou ser simplório em minha analise. Ser alguém não gostar deste livro, desista de ler qualquer coisa. Apenas genial, impactante. Parece que em caminhão de anabolizantes perfurou a sua cara enquanto você gozava de prazer. Chuck gênio.
Ivna 10/10/2016minha estante
Não entendi seu raciocínio. Por que não gostar desse livro me faz incapaz de ler outros? Pode me explicar, por favor? A propósito, estou entre os que não gostaram da obra!




Dr. Danco 20/04/2024

Fanatismo é a melhor maneira de manipular pessoas
Difícil saber por onde começar nesse aqui, tal vez pela ideia genial dos capítulos e as páginas estarem em conta regressiva (afinal é a conta regressiva até o avião cair), mas agora sobre a história, 🤬 #$%!& Chuck da onde que o cara consegue pensar nesses personagens tão cativantes? Um membro de uma seita religiosa que sequestra um avião, me diz se isso não é suficiente pra você querer o livro então aqui vai mais, o livro explora o mundo do consumismo e o fanatismo, como o público é manipulado constantemente e muito do que a gente vê não é "real", mano isso aqui é gênio, amei, só fico com dó de não ter muita gente que conheça
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Ricardo Castro 26/02/2009

A melhor obra depois de Clube da Luta
O Sobrevivente é daqueles livros que você lê em uma noite. Não por ser curto, mas por ser envolvente. Uma obra prima do humor negro, sarcasmo e, de certa forma, de prendas domésticas...
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Tito 20/06/2010

Esqueçam Tyler Durden: só Tender Branson, o verdadeiro anticristo superstar, o messias-funcionário-escravo modelo, o último (?) sobrevivente de uma seita suicida, só ele é capaz de vos salvar em meio a um mundo tão completamente previsível. Uma história surpreendente, cínica e absurdamente original.
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ppbergo 18/01/2011

Decepção
Acreditei nesse cara quando assisti ao excelente filme "Clube da Luta", baseado em seu livro homônimo. Difíl de achar no Brasil, garimpei, encontrei e comprei.

Assim como o "Diário", dele também, é um livro cansativo. Apesar disso é criativo, e o começo é bastante atrativo: o livro apresenta capítulos de trás pra diante, numa contagem regressiva do narrador rumo ao seu suicídio, que ele relata página a página.

Não sei se foi a tradução ou se é o jeito dele escrever, mas não consigo ler muitas páginas de cada vez. Ainda vou tentar, mas acho que não é meu gosto literário. Pelo tempo que procurei pelas obras dele, achei que seria mais envolvente.

Sorry dude... não curti.
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Antoniolee 15/11/2010

O começo do livro, considerado chato por muitos, é o que condiciona a qualidade do livro do meio para o fim.
É de certa forma cansativo como recurso literário. Essa é a ideia. Além de apresentar um dos pilares do estilo do Chuck. Ficou entendiado com a vida do cara? Era essa a porra de vida que ele tinha. Sinta o incomodo!

Faço a comparação com O Velho e o Mar, de Hemingway. Muitos o odeiam por ser maçante, por não fluir, como se isso acontecesse por falta de habilidade do escritor. Pelo contrário...te jogar no universo da desesperança, do cansaço, da resignação é a proposta.

Sem contar que no começo do Sobrevivente há um universo simbólico muito presente, mas de forma muito mais sutil do que em Clube da Luta.

As pessoas devem entender que Palahniuk não deve ser lido como um Dostoievski. É entretenimento. Ele andou perdendo um pouco a mão recentemente, mas essa obra está entre as mais divertidas do americano.
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jota 05/07/2011

Sobrevivendo à leitura
Bem, na verdade esta não é verdadeiramente uma resenha e sim um apanhado geral do histórico de leitura. Mas vamos lá: Sobrevivente é o primeiro livro de Palahniuk que leio. Ele é o autor de Clube da Luta (que virou filme bastante conhecido) e também de No Sufoco, dentre outros livros favoritos aqui no SKOOB. Sobrevivente começa no capítulo 47 (os capítulos são numerados em ordem decrescente), pois a história é contada de trás para a frente, e isso é muito interessante, não? O personagem Tender Branson sequestra um avião para se matar e começa a contar sua história para o gravador da caixa-preta do aparelho. Isso depois de o piloto ter saltado de paraquedas e os demais passageiros terem sido deixados em terra. Ele diz que é um suicida, não um assassino.

Tender Branson é mesmo um personagem muito curioso. Em seu passado de empregado doméstico (muito comum nos EUA e nem um pouco discriminado), ele ensina coisas do tipo: "Para tirar batom de um colarinho, esfregue um pouco de vinagre branco. Para manchas teimosas com base de proteína, tipo sêmen, tente enxaguar com água fria e sal, e depois lave normalmente. (...) Me pergunte a forma mais rápida de tapar buracos de bala na parede da sala. A resposta é pasta de dente. (...) Para tirar sangue de teclas de piano, esfregue com talco ou leite em pó." E por aí vai...

Mas a saga de Branson rumo ao passado prossegue (já escrevi que os capítulos são em ordem decrescente, não?), porém, com alguns flashbacks, num dos quais ele ensina a roubar grandes lojas discreta e eficientemente (não vou passar nenhum dos macetes; quem quiser saber como se faz que leia o livro, ah, ah, ah!). Coisa que aprendeu com a assistente social maluca que estava justamente encarregada de recuperá-lo para a sociedade. Vá entender. Muito, muito engraçados esses trechos do livro.

É bom que se diga que "sobrevivente" aqui se refere à pessoa que sobreviveu a uma tentativa de suicídio e agora tem uma assistente social para cuidar dela. No caso, a de Tender Branson é muito louca e bêbada. Além dela, há também uma Igreja do Credo, que pratica o culto da morte e onde Branson recebeu educação religiosa. Juntando as duas coisas, num trecho da página 102 temos: "A assistente social olha as pastas dos seus últimos clientes. Brannon, falecido. Walker, falecido. Phillips, falecido. Todo mundo falecido. Todo mundo, exceto eu." É claro que isso e outras situações de completo nonsense que atravessam todo o livro fazem parte de uma feroz crítica às instituições e ao sistema capitalista americano pré crise econômica de 2008 (o livro foi escrito em 1999 e tardiamente publicado no Brasil, é bom lembrar também).

Mas continuando: Quando um ex-BBB (ou algum chato feito Pedro Bial) morre vai direto para o Inferno ou antes passa algum tempo confinado no Purgatório esperando vaga? Esta não é uma pergunta feita pelo personagem Tender Branson, mas bem que poderia ser. Depois de consumir um coquetel de comprimidos diversos, incluindo aí até mesmo alguns placebos, ao final do capítulo 24 (à página 133), ele pergunta: "E se Cristo tivesse morrido de uma overdose de barbitúricos, sozinho no chão do banheiro, Ele teria ido para o Céu?" Como se vê, as estrepolias literárias de Chuck Palahniuk parecem mesmo não ter fim...

Tender Branson continua contando sua vida pregressa para o gravador da caixa-preta do avião que ele sequestrou. Durante vários capítulos ele fala de sua passagem pela Igreja do Credo. Lá ele aprendeu que pastor tem que ter uma bela estampa; ser bonito importa mais do que dizer coisa com coisa. E um auxiliar lhe ensina que, para aparecer bem na televisão e no púlpito, ele pode "(...) suavizar o inchaço sob meus olhos esfregando um pouco de creme para hemorroidas." Essa mesma igreja edita um livrinho de bolso, com cerca de 50 orações para se rezar sempre que for necessário. Orações encontradas: para fazer alguém te amar, para cegar seu inimigo, para manter uma ereção, para criar espaço extra de armazenamento, para assinar documentos importantes que você não lê... No capítulo 17 ele está sentado no banheiro do aeroporto e começa a ler o que as pessoas escrevem nas paredes e portas do sanitário. Eis uma das pérolas escatológicas recolhidas (algumas são, digamos, impublicáveis aqui): "Bem, aqui me sentei, tentei cagar mas só peidei." Mas Sobrevivente não é bem-humorado assim o tempo todo, claro.

Caixa-preta de avião é laranja, na verdade. E Chuck Palahniuk não é um sátiro (um dos significados da palavra é "homem depravado, libertino"), mas é um autor satírico (e crítico das instituições americanas). Sobrevivente espelha bem isso. E eu cheguei ao final, sobrevivi à vertigem provocada por este voo de 239 páginas. É, é quase como numa viagem: tem horas em que se fica cansado com tanta coisa acontecendo, outras que são extremamente prazerosas. Acho que é por aí. Mas algumas pessoas podem ter enjoo ao ler este livro. Eu avisei. Nota final 4, pois não existe 4,1.

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Myilena 18/12/2011

Antes de qualquer reflexão que este cause acerca da sociedade (mais especificamente das instituições que a dominam/mantém, ainda que de segundo plano, como instituições religiosas) e as criaturas que são criadas por ela, é um livro de entretenimento muito digno. Pois o mantém vidrado durante cada hora de leitura, esperando não só o desenrolar das ações principais, mas as descrições precisas de cada movimento.

2 Crônicas, capítulo 21, versículo 19:
"... saíram-lhe as entranhas..."
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Bruno 12/03/2012

Chuck Palahniuk - Sobrevivente
Creio que após ler Palahniuk, nada mais será estranho aos seus olhos. Um viciado em sexo que acredita que sua linhagem é divina e se engasga com comida em restaurantes chiques para viver soa quase rotineiro. Um funcionário simples com insônia que frequenta grupos de terapia como os de portadores de câncer testicular para conseguir algumas horas de sono não surpreende ninguém. Esse é o estilo de história que Palahniuk conta. E por mais bizarro que essas narrativas possam parecer, acredite, não são.

Sobrevivente é o segundo livro de Palahniuk, lançado em 1999, sobre Tender Branson e sua peculiar história, começando pelo fim, ou seja, pelo sequestro de um avião, a história de tudo que deu errado, desde sua infância na Igreja do Credo, um culto religioso que cometeu suicídio em massa anos após Tender ir para o "mundo exterior", até seu emprego como faz-tudo para um casal rico enquanto atende ligações em uma linha suicida, chegando até a incentivar as pessoas a se matarem.


Veja a resenha completa aqui:
http://bruno-bianchi.blogspot.com/2012/03/resenha-chuck-palahniuk-sobrevivente.html
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gleicepcouto 29/08/2012

Palahniuk nos apresenta o mundo real sob o prisma do absurdo
http://murmuriospessoais.com/?p=4125

***

Sabe quando um livro te vira de ponta cabeça? Quando te faz rever conceitos, ri de si mesma e da loucura do mundo no qual vive? Pode se preparar pra isso quando ler Sobrevivente (LeYa), do escritor norte americano, Chuck Palahniuk. O autor é mais conhecido pela obra Clube da Luta (é, aquela que originou no clássico filme dirigido por David Fincher e estrelado por Brad Pitt e Edward Norton) e por abordar temas inusitados e ácidos. Sobrevivente é um lançamento de 1999 e já tinha sido publicado no Brasil, mas por outra editora. O livro teve até seus direitos vendidos pra indústria cinematográfica, mas, depois do 11 de Setembro, os estúdios ficaram com receio de filmar a história...

Tudo isso porque Tender Branson sequestra um avião para cometer suicídio despencando dele no deserto australiano. Já perceberam a relação que os americanos fizeram com os ataques terroristas, né? O que é uma pena, pois esse livro, definitivamente, merecia ir pra tela grande.

O protagonista não é terrorista não, gente! É apenas o último sobrevivente de uma seita religiosa que antes de abraçar seu iminente fim, quer contar sua história de como conseguiu se tornar uma mega celebridade. Então, que forma melhor do que narrar sua vida para uma caixa preta, que, mesmo após o impacto do avião no solo, manterá esse registro?



E sim, minha sinopse é só isso. Se contar mais, perde a graça do livro.

Genial, genial, genial, genial, genial. Posso escrever essa palavra aqui mil vezes e ainda não será o bastante para descrever Sobrevivente. Palahniuk mais uma vez acerta com uma narrativa original, dinâmica e sarcástica. É uma delícia ler como uma história louca e sem pé nem cabeça faz tanto sentido. Paradoxo total.

O livro começa de trás pra frente. Literalmente da página 353, capítulo 47. Então, a última página é a de número 1. Calma, que isso não vai dar um nó na sua cabeça. Palahniuk não deixa isso acontecer. Apesar de ter uma escrita ágil, com frases curtas, quase entrecortadas, ele faz questão de mostrar apenas o suficiente ao leitor. O resto a gente preenche com a nossa imaginação. Adoro isso. Palahniuk acredita que meu cérebro consegue acompanhar sua história. Não me sinto burra.

Fato que Palahniuk tem um estilo único e uma fórmula de estrutura de narrativa que acompanha em todos seus livros. O diferencial do autor é o modo como transporta suas ideias para o papel e como consegue, através do absurdo, explicar o mundo real.

A grande atração do livro, é claro, o protagonista. Tender Branson é a personificação de uma sociedade extravagante, fútil, abitolada e decadente. Uma massinha nas mãos da grande indústria do entretenimento. E ele tem consciência disso, apenas não consegue remar contra a maré e vai se deixando levar pelos acontecimentos. Às vezes, não fazer esforço, não ter uma voz própria, é menos doloroso.

Ao longo do livro, Palahniuk destila todo seu estoque de crítica à excentricidade e do culto à fama, passando por questões sobre a natureza da fé - em momento algum, porém, sendo desrespeitoso à qualquer religião que seja. Ele apenas expõe os fatos de modo nu e cru. Estão ali para você refletir e de alguma forma trazer para a sua vida, mesclando com suas próprias experiências.

Até que ponto alimentamos essa indústria doentia que busca a juventude, o sucesso e um sentido pra vida loucamente? Até que ponto fazemos parte dela? Até que ponto gostamos dela? Chega a ser perturbador quando percebemos que fazemos parte disso tudo e mal nos damos conta. Quase como Branson, vamos deixando as coisas acontecerem, mas claro que em um nível mais comedido. Palahniuk exagera nos acontecimentos justamente pra isso: para nos acordar, para que não deixemos passar tais coisas em branco. Na confusão do dia a dia, acabamos por varrer algumas questões para deixo do tapete. Aqui, o autor tira o tapete e joga a sujeira toda de frente pra você novamente, como se nos convidasse "'Bora encarar os fatos, minha gente?"

Sobrevivente é tudo ao mesmo tempo: mordaz, ácido, delirante, hilário, inteligente, melancólico. Leitura obrigatória. Simples assim.

Avaliação:
Autor(a): Chuck Palahniuk
Editora: LeYa
Ano: 2012
Páginas: 360
Valor: $30 a $40
Extra: Você TEM que ler esse livro. AGORA.
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