Marighella

Marighella Mário Magalhães
Mário Magalhães




Resenhas - Marighella


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Elpidio 08/12/2012

Um livro indispensável.
Com a vida de Carlos Marighella servindo como fio condutor, Mario Magalhães nos leva a conhecer 40 anos da história das esquerdas no Brasil. Discute versões e histórias ainda mal contadas, como a participação dos dominicanos na morte desse líder da esquerda e a "traição" sob tortura. Tudo isso em um livro que ora faz rir, ora faz chorar. Um livro denso, repleto de informações colhidas em suas fontes primárias e, sobretudo, um livro apaixonante e escrito sem muitos adjetivos ou ilações. Imperdível para quem gosta de história, sobretudo aqueles que entendem que somente a informação, a boa informação, pode impedir que a história se repita como farsa.
Heloisa.Agibert 16/12/2021minha estante
Livro pesado , escrita histórica perfeita, aquela que nos foi negada pela ditadura. Amei.




Lista de Livros 23/12/2013

Lista de Livros: Mariguella: o guerrilheiro que incendiou o mundo – Mário Magalhães
“Em tempos de guerra, mentira é como terra.”
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“A obsessão com o espectro subversivo estimulou um burocrata de Brasília a interditar o consumo de vodca (o Leste Europeu destilava as supimpas) e o Dops carioca a interrogar sobre o grego Sófocles, tomando-o como um dramaturgo vivo, e não falecido quatro séculos antes de Cristo.”
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“Marighella vaticinou: “A ditadura surgiu da violência empregada pelos golpistas contra a nação, e não pode esperar menos do que a violência por parte do povo”.”
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Mais em:

site: https://listadelivros-doney.blogspot.com.br/2013/11/mariguella-o-guerrilheiro-que-incendiou.html
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Marcianeysa 08/06/2021

O livro é bem completo, disseca a vida do guerrilheiro do título desde o nascimento até a morte.
Também são narrados vários momentos da história do Brasil dos anos 30 aos anos 70.
Só a escrita do autor as vezes me confundia, com a inclusão de inúmeros personagens.
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Sheyla.Batista 30/10/2021

"Revolução no Brasil tem um nome"
"Surpreendeu-se quando Marighella, em vez de sacar um manifesto incendiário, mostrou seus poemas recentes."
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Wallace17 30/07/2021

"REVOLUÇÃO NO BRASIL TEM NOME, CARLOS MARIGHELLA"
Um comunista atrevido
Que resistiu à prisão
E mesmo a bala ferido
Se defendeu sem ter medo
Brigando como um leão

256 pessoas entrevistadas
600 títulos na bibliografia
32 arquivos públicos e privados
2580 notas
Consultas de arquivos internacionais
9 anos de trabalho pra Mário Magalhães nos trazer um recorte histórico de 4 décadas da situação política do Brasil entre 1930 à 1970, tendo como protagonista Carlos Marighella

O resultado é um livro eletrizante. A história de Marighella é pesadíssima. Netos de escravizados. Baiano. Líder Estudantil. Poeta. Deputado Federal. Comunista. Agricultor. Professor. Guerrilheiro. "É mil faces de um homem" como cantou o @racionaiscn. Aliás, foi através do racionais que fui instigado a conhecer mais sobre o Marighella. E espero que agora com filme do Wagner Moura, muito mais pessoas conheçam a história. Afinal como o próprio diretor disse: a gente vai disputar narrativas. Tem que expor os torturadores também, no meu ponto de vista covardes fardados. A história do Brasil do século XX tá repleta de Golpe Institucionais, e o exército sempre tava no meio. Muita coisa se explica né. Não é toa que não avançamos como sociedade. Por isso a leitura da biografia de Marighella é fundamental.


site: https://www.instagram.com/p/BtrUJtpHO5O/
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Ca 25/03/2013

Maravilhoso
O livro é incrível, retrata de forma bastante elucidativa a trajetória deste homem que praticamente passou toda a sua vida defendendo a sua ideologia política.
A obra descreve também uma parte importante da história do país, principalmente sob o nascimento da esquerda e sua trajetória.
O autor diz que procurou mostrar a verdade da história de Marighella, não o colocando como herói ou vilão, mas sim contanto como foi sua vida, que foi sim marcante para o país.
Para mim está mais para herói.

Recomendo Muito
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Toni 08/09/2020

Não tive tempo para ter medo
O grande livro do jornalista Mário Magalhães já estava em casa há um bom tempo, esperando a hora certa para ser lido. E essa hora, enfim, chegou.

A obra é um registro completo. São mais de 700 páginas com muitas fotos inéditas e, sobretudo, de páginas repletas de história. Uma biografia rica em detalhes, escrita de forma brilhante pelo autor.

A vida de Marighella se confunde com a história recente do Brasil. Afinal, o jovem baiano passou pela ditadura Vargas, por presidentes como Dutra, JK, Jânio e Jango, até chegar na fatídica ditadura militar.

Além disso, o livro de Magalhães nos apresenta também a biografia da esquerda brasileira. Figuras como Luis Carlos Prestes, Carlos Lamarca e Agildo Barata são coadjuvantes de luxo desta grande história. Isso sem falar nos gênios da cultura, como Jorge Amado, Graciliano Ramos e Portinari, que estão presentes nestas páginas. Todos comunistas, por sinal.

Em tempos onde basta criticar o desgoverno Bolsonaro para virar comunista, é fundamental ler quem foi Marighella. Conhecer quem foram os nossos camaradas, os verdadeiros revolucionários. E, acima de tudo, saber o que as ditaduras brasileiras fizeram com eles.

Marighella é um livro obrigatório para qualquer pessoa de esquerda, como é o meu caso, mas também um livro necessário para qualquer cidadão que se interesse pela história do Brasil.
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Luciana 16/07/2021

Cansativo
Mais do que a biografia de Marighella, Mário Magalhães busca retratar aspectos do período da ditadura empresarial-militar brasileira. Não podemos nos esquecer, entretanto, que essa é uma obra feita por um jornalista, que não dá conta de fundamentos importantes para uma análise histórico-social.
A pesquisa de fôlego realizada pelo autor é inegável. No entanto, no afã de justificar tal pesquisa, são utilizados tantos detalhes, nomes, lugares e dados, que a leitura se torna cansativa, maçante e por vezes até confusa.
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Maria 10/02/2024

Mil faces de um homem leal.
Marighella tinha três princípios:

¹o primeiro é que o dever de todo revolucionário é fazer a revolução;
²o segundo é que não pedimos licença para praticar atos revolucionários;
³terceiro é que só temos compromisso com a revolução.

acho q existem dois tipos possíveis de leitor para esse livro, e para cada um deles será interessante em pontos diferentes. para o ?não iniciado? no assunto, que tem pouco contato com a história do Brasil, dos movimentos de esquerda etc., o livro é rico, consegue dar um panorama da história dos movimentos progressistas brasileiros com ênfase na história do marighella. para aqueles que já têm contato com o assunto, estudam (ou viveram) esse período, a obra tem o valor de juntar informações, cruzar histórias e elaborar uma síntese de alguns dos acontecimentos mais importantes da luta contra a ditadura.

recomendo demais a leitura. ?
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Eduardo.Castro 09/01/2022

Muito bom!
Além de sua fama de guerrilheiro armado, o livro conta a história de um filho amado, um jovem estudioso, um ex/futuro engenheiro e professor. Para além da dualidade política da questão, fala de épocas históricas como a Bahia na época da escravidão e logo após a abolição. Um livro que dá contexto histórico.
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Daniel Rolim 15/11/2017

Só espero que o autor tenha retratado Marighella como ele foi, um guerrilheiro que queria desbancar uma ditadura para implantar outra em seu lugar.
O mais triste é a juventude e classe artística nacionais terem como ídolos falsos heróis de esquerda ou de direita, Che Guevaras, Marighellas e Bolsonaros da vida. Deviam se espelhar em Alberto Santos Dumont, inventor do avião e de inúmeras outras coisas, ou Thomas Edison, detentor do maior número de patentes de invenção da história, inventor da lâmpada e um dos fundadores da General Eletric, pessoas que realmente melhoraram a vida de todos nós.
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Dudu Menezes 04/01/2021

Duas grandes aulas: história do Brasil e jornalismo
Esse baita livro, do jornalista Mário Magalhães, reúne pelo menos duas grandes aulas:

- de história do Brasil (narrando a verdadeira face das ditaduras do Estado Novo e Militar);

- e de jornalismo investigativo (com uma análise rigorosa de documentos oficiais e reportagens, além da realização de entrevistas tanto com antigos militantes da ALN, quanto com ex-agentes do Dops).

Hoje, mais do que nunca, é preciso não se deixar levar pelas narrativas distorcidas de quem não quer que se conheça a história de vida - e o exemplo de luta - de Carlos Marighella! Não é por acaso que ele foi considerado o inimigo nº 1 da ditadura e do fascismo no Brasil!

Tudo que aconteceu do final da Primeira Guerra, passando pela Segunda Guerra Mundial ? com a ascensão de regimes nazifascistas -, e culminou com a Guerra Fria, explica a influência e adesão ao fascismo para além da Alemanha, de Hitler, e a Itália, de Mussolini, no Brasil.

Nos dois períodos de ascensão do fascismo, por aqui, houve resistência mesmo dentro das Forças Armadas - como na Revolta Comunista, de 1935, e na Revolta dos Marinheiros em 1964 -, mas não podemos permitir que se criem falsas simetrias entre quem adotou a tortura como política de Estado e quem aderiu à luta armada para combater o fascismo!

Leitura indispensável! 
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Luis 03/03/2013

Inventário da luta armada
Conheci o jornalista Mário Magalhães no mesmo dia em que conheci o também jornalista Lira Neto : Em maio de 2012, no lançamento do primeiro volume da trilogia de Lira sobre Getúlio Vargas, marcada por um debate entre o autor e a plateia, mediado por Magalhães. Naquela ocasião, fiquei sabendo da empreitada do autor carioca, a portentosa biografia de Carlos Marighella, o guerrilheiro mais famoso do pior período da Ditadura Militar, instalada em 1964.
Lançado poucos meses depois, “Marighella- O Guerrilheiro que incendiou o mundo”, traz pouco mais de 700 páginas narradas em ritmo de trillher, talvez, contrariando a aparente imagem que guardei do autor, um intelectual algo frio e distante, incapaz de expressar emoções pessoalmente ou por escrito. Ledo engano. O que não falta à “Marighella” é emoção.
A começar pelo capítulo inaugural, que já havia sido publicado pela revista Piauí, meses antes do lançamento da obra. Magalhães descreve, com tintas cinematográficas, a tocaia armada pela polícia em 1964 para pegar o revolucionário que havia marcado “um ponto” em uma matinê de um cinema tijucano. Com a sessão repleta de crianças, Marighella é cercado pelos policiais que interrompem a projeção e acendem a luz da sala aos gritos. O (futuro) guerrilheiro é baleado em meio ao pânico que toma os demais espectadores. Mesmo ferido, ele luta contra seus algozes e , só a muito custo, é dominado por pelo menos 4 policiais, até ser jogado no “tintureiro”, sob o testemunho de vários populares que se aglomeravam na calçada do cinema.
Não foi a primeira prisão de Mariguella.
Nascido em 1911, na Bahia, primeiro filho de um imigrante italiano e de uma mulata típica da boa terra, desde cedo mostrou a sua personalidade contestadora e incomum. Aos 18 anos, respondeu em versos à uma prova de física no Ginásio da Bahia, em episódio que viraria lenda :
Doutor a sério me permita,
Em versos rabiscar a prova escrita.
Espelho é a superfície que produz,
Quando polida, a reflexão da luz.
Há nos espelhos a considerar,
Dois casos quando a imagem se formar.
Caso primeiro : um ponto é que se tem;
Ao segundo objeto é que convêm.
Seja a figura abaixo que se vê,
O espelho seja a linha beta cê.

Em 1932, toma parte na grave de estudantes que exigiam o adiamento dos exames no ginásio. No confronto com a polícia, gritam slogans a favor da revolução paulista daquele ano. Foi preso pela primeira vez. Pouco tempo depois, já na faculdade, abraça o comunismo, causa que o mobilizaria pelo resto da vida.
Com o fracasso da Intentona de 1935 e a consequente onda de repressão ao PCB, entra para a clandestinidade se constituindo em um dos membros mais ativos do partido até ser preso novamente pelo Estado Novo, em 1939. Ficaria preso quase seis anos.
Em 45, com a volta , ainda que provisória, dos ventos democráticos, o PCB torna-se uma entidade legal, elegendo vários deputados para a constituinte de 46. Marighella entre eles. Seria a sua única experiência na política regular. O livro trata em detalhes desse período, fazendo inclusive uma avaliação crítica sobre as inter-relações entre os membros da esquerda, o que, num futuro próximo, seria causa de rupturas e dissidências sem fim.
Com a nova rasteira levada pelos comunistas, no fim dos anos 40, o revolucionário volta para a clandestinidade. Aproxima-se do movimento sindical e acompanha de perto a relação dúbia do partido com o governo legal de Vargas.
A terceira e mais importante parte do livro, trata do período pós 1964, quando as esquerdas se dividem ainda mais , marcando adesão ou não à luta armada. Mariguella assume a segunda opção de forma plena.
Magalhães conta em minúcias todo o processo de formação dos grupos armados que passariam a protagonizar a oposição à ditadura. Mariguella se dissocia do PCB, funda a ALN (Ação Libertadora Nacional) e passa a ser encarado como o inimigo público número 01. O autor desvenda os bastidores não só da ALN, mas também dos demais grupos (VPR, MR8, Colina), traçando um perfil humanizado dos principais personagens e não se furtando de, sempre apoiado por farta documentação, descrever a ação da repressão nos porões da tortura. Causa espécie os relatos que incluem variedade impressionante de agressões : choques elétricos nos órgãos genitais, pau de arara, agulhas sob as unhas, introdução de baratas no ânus, etc. Infelizmente, tudo verdade.
A trajetória de Marighella chega ao fim no famoso episódio da Alameda Santos, em São Paulo, em novembro de 1969. O Guerrilheiro é tocaiado pela equipe do delegado Fleury, o facínora que comandava a Operação Bandeirantes, iniciativa financiada por empresários simpáticos ao regime e que tinha por objeto a eliminação pura e simples dos grupos da luta armada. Marighella foi o seu maior troféu.
Passados tantos anos de seu desaparecimento e já há quase três décadas desde o retorno ao regime democrático, a obra de Mário Magalhães cumpre a importante função de resgatar parte fundamental de nossa história.
Olhando para trás, há, pelo menos, o consolo de saber que o sangue de Marighella e de seus companheiros não foi derramado em vão.
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Eduardo Pedro 19/02/2019

Sempre gostei de ler biografias e ainda gosto, independente de quem seja o biografado, nesse caso se trata de uma figura maldita para muitos e para outras uma figura inspiradora, confesso que na minha adolescência admirava muito Marighella assim como Che, Fidel, Trotsky,Lenin etc, mas hoje tenho repulsa por todos eles.
O livro é bom, bem pesquisado algumas partes são maçantes e bem detalhadas de fatos que aconteceram nos anos de 68 e 69, meu foco hoje é a literatura e não tem como, ao estudar literatura brasileira figuras como Marighella, Pagu etc aparecem em meio a outros escritores da época.
Boa parte da classe artística do Brasil era filiada ao partidão (PCB), principalmente escritores como Jorge Amado, Drummond, Graciliano etc, alguns trechos do livro soam bem engraçados e inusitados como esse:


“O pecebista Dalcídio Jurandir e o ex-comunista Carlos Drummond de Adrande saíram no tapa pelo direito de atas. Com a paciência esgotada, Graciliano Ramos subiu numa cadeira e se esgoelou
Vão todos à puta que os pariu!”
Pagina 207

A biografia é boa em seu conteúdo, não admiro em nada o que Marighella fez ou o legado que deixou mas ainda sim é bom ler para tentar entender um pouco as épocas conturbadas do Brasil.
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Wolsey 02/04/2021

Notável!!!!
Excelente e exaustivo trabalho jornalístico, sem viés ideológico e muito transparente. Imaginei que seria uma simples biografia, mas na realidade trata-se de um documentário de mais de um período de ditadura no Brasil, cujo fio condutor seria a personalidade título. Em determinado momento Marighella some do livro, inclusive. Imagino que em função da preocupação do autor com a fidedignidade da narrativa.
Acontece que os personagens e os fatos são tantos que por diversas vezes tive que voltar pra me localizar quanto aos fatos.
Mas a narrativa é tão instigante e envolvente que é quase inevitável fazer consultas paralelas em mídia eletrônica (dê-lhe Google). Por esse motivo acabei levando quase um mês pra ler todo o livro e devo ter virado alvo suspeito da ABIN pelas buscas que fiz. ?
História é história e deve ser contada sem pudores ou viés político. A história do Brasil é rica e apaixonante, mesmo em seus momentos mais dramáticos e, conforme a opinião de muitos, momentos não gloriosos. Somos fruto de todo esse processo, e eles DEVEM ser conhecidos sem ranço ideológico e sem "censura".
Este livro consegue.
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