Resenhas - Leão-de-chácara

Digão Livros 15/08/2010

O livro apresenta 3 contos que, conforme prefácio, foram muito importantes em sua época. Os contos se situam na década de 30, na gema da malandragem carioca e paulistana. O livro tem pósfacio e, para mim, a sacada seria ler o pósfacio antes dos contos, porque o pósfacio situa os contos, as conquistas da época, o real comportamento da malandragem, e a opinião do escritor, quanto ao relacionamento com o leitor. Veja abaixo os textos sobre cada conto...

25/01/2010
24% (44 de 184)
"A narração é crua, mas sem ser depressiva. Eu li apenas o primeiro conto do livro até agora. A figura do Pirraça ilustra um dos tipos que marcaram época na década de 40 do Rio de Janeiro. Malandro, ligeiro, desconfiado, e, ele faz questão de lembrar, digno. Diferente do malandro que a maior parte das pessoas imaginam. Muito mais realista, muito mais natural. Só lendo para entender o que estou escrevendo..." Nota: 4

28/01/2010
36% (67 de 184)
"O segundo conta apresenta um sujeito simples, as voltas com compras de presentes para as cunhadas. Bem, como o texto ocorre em 1960, as aflições eu considerei simples, em comparação com as aflições do mundo atual, por isso, não me comovi muito com o personagem. Espero mais do terceiro conto!" Nota: 3

"Paulinho Perna-Torta, foi o conto que mais gostei. O autor mostra o momento de reflexão de um malandro por volta de seus 30 anos, na década de 30, que percebe que, por mais malandro que seja, não construiu nada que realmente importasse, e seu fim será igual ao dos muitos outros malandros. O texto apresenta um homem pensativo, analisando sua retrospectiva, ciente de que não estaria mais disposto a tantas agruras, como no passado. Para mim, ficou no ar se esse é ou não um momento de mudança em sua vida. O texto é muito bom." Nota: 4