Kaique.Nunes 23/02/2019
O livro é dividido em três partes: gestão, liderança e ética, onde o autor entrelaça esses assuntos e mostra as “virtudes e pecados” presentes em ambos. O primeiro dos pecados está na arrogância do homem, pois a arrogância nos cega, vemo-nos invulneráveis, achamos que sabemos de tudo e por isso não aprendemos com os outros, tornando nosso empreendimento uma mesmice, o que no campo da liderança causa acomodação. Além de que, o líder é aquele que inspira e busca elevar-se junto com o seu grupo, longe da arrogância, pois, entrando na questão ética, o arrogante é aquele que é incapaz de ver a alteridade.
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A virtude que combate esse pecado é a humildade. Humildade vem da palavra humus, que é terra fértil, o solo sob nós. Que significa igualdade em relação a dignidade, de possibilidade e ação, “do pó viestes, ao pó voltarás” (Gn 3,19). Um bom líder é humilde, pois não presume saber tudo, e ao saber aquilo que não sabe, reconhece a importância daqueles que estão sob sua liderança, em prol de um objetivo comum.
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Bons músicos não fazem boa orquestra se não estiverem em sintonia, por que seria diferente em uma empresa? No campo da ética, a humildade é o reconhecimento da alteridade, o reconhecimento do ponto de vista do outro como um “outro”, e não como um estranho, um forasteiro.
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Cortella utiliza-se do conhecimento da cosmologia, o principio copernicano (declaração de que não temos lugar privilegiado no universo) como antídoto para o ser arrogante. Uma bela obra, com capítulos curtos que denotam a conexão da ética para com a gestão e a liderança.
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