spoiler visualizarGeovane Freire 29/05/2024
Cadê o final alternativo?
O livro é excelente, gostei bastante da trama e de como a história se desenvolve. Gostei menos do nosso detetive Graham, mas gostei. Apesar dele estar sempre tristinho e ser ofuscado por Molly, que mal aparece, é um excelente policial de fato.
Aliás, se tivesse um livro sobre a Molly, eu leria com muito prazer e tenho certeza que Graham seria só um marido chato que fica lá viajando muito e ligando as vezes pra repetir "Poxa, amor, to com saudades".
Depois de algumas páginas, onde o autor prova que sabe escrever sobre investigação, psicologia, pessoas, relações e afins, o livro se ascende ao sermos introduzidos à triste história de Dolarhyde, a vacilona da sua mãe e a doidona da avó, top 3 personagens do livro, aliás. Tudo é contado de uma maneira que te faz sorrir a cada linha horrível que se lia, ou só eu que sou doido? Não responda.
E são nesses capítulos que o autor tem a pachorra de fazer você se conectar com ele, o tal do dragão, aquele maluco que matava famílias inteiras de bobeira. Sem pena de ninguém, matava pai, mãe, filhos e até os animaizinhos. Mancada!
Dos capítulos que remetem a infância do assassino em diante, é só paulada, li rápido igual flecha, onibus saculejando fazendo de tudo pra atrapalhar mas lá estava eu, engajado como nunca, Dolarhyde e Reba brilhavam e o Graham tava lá né, sendo Graham, tristonho e pensando na Molly.
Mas pra finalizar, o que mais importa nesse livro, de fato, são os dois maiores personagens e verdadeiros heróis da trama, Dolarhyde e Reba, simplesmente um potencial relacionamento amoroso interrompido por recalcados invejosos que não acreditam no verdadeiro amor entre dois personagens maravilhos. Aqui, nesse livro, a polícia foi a grande vilã, um agradecimento especial ao Graham, você não tem culpa de ser sem sal. Parabéns pelo trabalho.
Esperando um final alternativo onde o amor entre Reba e Dolarhyde triunfe, o dragão fique quietinho de vela, e o Graham viva feliz, pescando ao lado de Molly.