Departamento 19

Departamento 19 Will Hill




Resenhas - Departamento 19


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Potterish 30/06/2013

Ação e muito, muito sangue
Se você pensa que já viu tudo sobre vampiros e não leu a abordagem peculiar da obra de Will Hill sobre o tema, prepare-se para ser surpreendido. Departamento 19 inicia uma trilogia que promete ser um diferencial na literatura fantástica, adotando referências a clássicos de terror no desenvolver de sua trama sobre a busca de um garoto pela mãe desaparecida com a ajuda de uma misteriosa sociedade ultrassecreta.

Conheça essa história intrigante através da resenha de Marcus Siani e comente sobre o universo sedutor e mítico dos vampiros na literatura!

“Departamento 19″, de Will Hill

Não é novidade na literatura atual que o tema vampiros se destacou ao ponto de criar um subgênero no contexto da literatura fantástica. Esse segmento se tornou um rico filão literário impulsionado principalmente por fenômenos editoriais como a Saga Crepúsculo e outros títulos que surgiram na sua esteira. Contudo, talvez a essência da figura do vampiro tenha se diluído ou até, eu diria, se perdido um pouco na tentativa da busca de novos olhares e novas abordagens dessas fascinantes criaturas da noite.

No sentido de voltar a uma visão mais tradicional e sombria do mito do vampiro, Departamento 19 é uma grata surpresa. O autor, em seu primeiro romance, surpreende com uma trama bem amarrada, ação vertiginosa e bons diálogos. O estilo dele guarda alguma semelhança ao de Chuck Hogan e Guillermo del Toro na excelente saga Noturno (também sobre vampiros).

Sem entrar em muitos detalhes, e vocês desejarem cortar minha jugular, a história centra-se na figura sofrida de Jamie Carpenter, um adolescente de 14 anos que se vê às voltas com a morte do pai e o misterioso desaparecimento de sua mãe. Tudo que ele conhecia na vida subverte-se quando a realidade da existência dos vampiros se apresenta. Jamie surpreende-se ao saber que seu pai fazia parte de uma ultrassecreta organização governamental dedicada a destruir os vampiros. Jamie fica desnorteado com o sumiço da mãe e fará de tudo para encontrá-la com o apoio do misterioso Departamento 19.

A construção da trama é eficiente, pois o autor utiliza-se de flashbacks para elucidar pontos cruciais da história, tornando-a mais ágil. Um dado interessante é a forma como o autor apropria-se de dois dos maiores clássicos do terror: Frankenstein e Drácula. Ao se utilizar dos elementos desses clássicos ele apresenta aos jovens leitores os pilares da literatura fantástica e de terror, apesar de ser um pouco forçada a presença do monstro de Frankenstein, mas que não compromete a história.

Temas como família, amadurecimento, honra, amor e perda percorrem toda a obra. A despeito da violência que é presente em todo o livro ela se apresenta de certa forma estilizada e não é gratuita.

Recomendado para jovens e adultos, Departamento 19 é uma ótima diversão e tem um final surpreendente. Deixará os leitores ansiosos para saber o que acontecerá no próximo volume. É apenas o primeiro livro de uma trilogia que tem tudo para seduzir os leitores brasileiros.



Resenhado por Marcus Siani

516 páginas, Editora Rocco, 2012.

Título original: “Department 19″. Publicado originalmente em 2012.

site: http://clubedolivro.potterish.com/2013/06/acao-e-muito-muito-sangue/
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Yasmin 04/04/2013

Personagens fortes, enredo criativo e desenrolar supreedente.

Quando vi esse livro dentre os lançamentos da Rocco fiquei bastante animada pelo simples fato de ele ser a melhor oportunidade que teria de dar uma chance aos vampiros. Primeiro porque Will Hill traz uma história completamente diferente do que tem surgido nos últimos anos e logo de cara percebemos que o enredo é algo novo. 516 páginas depois posso dizer que Will Hill consegue uma história equilibrada, rica, sombria, assustadora e que surpreende com diversos elementos.

Faz dois anos que o pai de Jamie foi assassinado no jardim da casa deles. Desde então eles tem se mudado para lugares cada vez piores. Segundo as notícias o pai dele era um terrorista. A mãe de Jamie vive arrasada e ele tenta segurar as pontas, sempre se perguntando porque o pai tinha feito aquilo com eles. Tudo muda quando ele estava no parque e sofre o ataque de uma vampira. Uma garota que de longe parecer normal, mas que logo mostra ao que veio. Sua missão era matar Jamie, mas ela não consegue. Correndo para casa receando que as palavras da estranha garota seja verdade Jamie encontra tudo revirado e sua mãe desaparecida. Pego de surpresa por um novo vampiro Jamie estava pronto para morrer quando um homem gigantesco, esverdeado, com dois parafusos na lateral da cabeça e o cabelo milimetricamente partido chega em seu regaste. Jamie então é levado a um complexo gigantesco escondido nas florestas do interior onde conhece o surpreendente e super secreto Departamento 19, que de geração em geração passa para os filhos dos seis fundadores originais. Julian, pai de Jamie era um deles. Um departamento criado há mais de cem anos com o intuito de caçar os descendentes de Drácula. Lá o garoto descobre parte da verdade sobre o pai, mas muitos mais segredos estão sendo guardados dele. Por que o nome Carpenter desperta aquela reação em todos na base? E principalmente como conseguirá informações para encontrar sua mãe se ninguém além de Frankstein parece disposto a ajudá-lo?

A premissa é base é essa, mas ao longo da história os capítulos se alternam para apresentar o começo do Departamento 19 no final do século XIX. Essa alternância enriqueceu o universo da história já que o autor assim teve mais espaço para desenvolver os vampiros, seu mundo e sua origem. Will Hill constrói uma história fabulosa, com elementos muito bem pensados e uma nova forma de ver os vampiros. Casando dois grandes clássicos da literatura com a trama de seu enredo o autor com grande destreza recria os vampiros e a forma como vemos esses seres. A ambientação sombria e as descrições precisas dão o toque final. Da Londres do final do século XIX a Nova York de 1930 até os dias atuais.

As descrições não só do ambiente, mas como de armas, equipamentos e seres é um dos diferenciais do livro que aliado a narrativa em terceira pessoa dá um ritmo forte a esse primeiro livro da trilogia. A escrita é fluida e o protagonista conquista por sua personalidade e força. E os pensamentos em itálico aqui e ali de um e outro personagem também surpreendem pela precisão do momento. Dos personagens secundários Frankstein é sem dúvida o que desperta mais curiosidade assim como a vampira Larissa. Will Hill merece todo o mérito por seus personagens. Jamie e companhia transpassam verdade e muito sentimento. Cada pequena expressão era carregada de sentido e força. Por isso Jamie marca tanto. Ele é crível.

É impossível prever o desenrolar da trama, e essa imprevisibilidade prende o leitor a cada novo detalhe, a cada nova posta dos mistérios que constrói a história de Jamie e do Departamento 19. O final foi o auge perfeito para a história e estou muito ansiosa pelo próximo. Jamie é um daqueles personagens que marcam e mal posso esperar pela continuação. A dualidade nas características e personalidade dos vampiros promete render, ainda mais depois da bomba jogada no final. Existe apenas violência nos vampiros ou poderá haver convivência pacífica entre os seres humanos?

Leitura rápida, de ritmo agradável e com mistérios interessantes. Will Hill acerta o tom da trama e do protagonista para apresentar uma mitologia interessante, com novos contornos e que traz o algo novo que faltava em se tratando de vampiros. A edição da Rocco está ótima. Fonte muito boa, diagramação bonita e tradução excelente. Se eu que sou eu que não gostava de vampiros adorei, imagina quem gosta. O livro possui bastante força visual, tanto pelas descrições como pelos personagens vívidos, e ficaria (...)

Termine o último parágrafo em: http://www.cultivandoaleitura.com/2013/04/resenha-departamento-19.html

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