Bru | @umoceanodehistorias 13/02/2015O Código de Atlântida tem como personagem principal o professor de linguística da Harvard, Thomas Lourds. O professor Lourds é contatado por uma famosa emissora de TV para gravar um programa no qual ele falará sobre línguas e decifrará alguns objetos. Em um ‘teste’ feito por empregados da emissora, Lourds tem, em uma mesa, cinco objetos para decifrar, isso não era nenhum problema para ele, afinal, ele conhecia diversas línguas, mas havia um estranho sino que ele, indiscutivelmente, não sabia traduzir.
Após sofrerem um atentado e o sino ser roubado, Thomas entra em uma aventura, junto com uma jornalista, um cinegrafista e uma policial, que poderá custar sua vida e a de muitas pessoas que estão ao seu redor. Em contrapartida, o Vaticano está fazendo uma escavação na Espanha e eles acham que encontraram Atlântida. O que ninguém seria capaz de imaginar é que o sino estaria intrinsicamente ligado à escavação na Espanha.
Foi impossível ler essa história sem compará-la com Dan Brown, que é um dos grandes responsável pelo sucesso de venda desse tipo de livro. A temática do livro me atrai muito, adoro ler coisas relacionadas ao Vaticano e investigações cheias de suspense e esse livro me deu tudo isso, mas deixou a desejar em alguns pontos.
A história acontece de forma rápida e é repleta de ações, diálogos inteligentes e intensos. Thomas foi um personagem muito bem criado, ele é dotado de uma inteligência que nos faz desejar conversar com ele e divagar sobre diversos assuntos, a jornalista é demasiadamente fútil e ligada a coisas que me incomodaram muito no decorrer da leitura, a policial tem uma sagacidade incrível e nos faz pensar como uma pessoa consegue pensar de forma tão coerente e fria e o cinegrafista é um jovem rapaz nerd que, às vezes, não fala coisa com coisa e, às vezes, fala coisas tão inteligente que você pensa ele teve mesmo esse pensamento?
Os capítulos são enormes, mas a ideia de fazer um capítulo com subcapítulos foi muito interessante e bem trabalhada. A mudança de ponto de vista entre os personagens e locais que eles estão também é muito interessante, ora estamos na escavação, ora no Vaticano e ora viajando com Thomas em busca de respostas.
O ponto que não me atraiu na história foi o fato de o início ser maçante e pouco envolvente, comecei a pegar a história depois da metade do livro e, mesmo assim, foi uma leitura lenta e pouco fluída. Veja bem, a história não é ruim, os personagens não são ruins a história apenas não funcionou tão bem pra mim. Como disse anteriormente, não pude deixar de comparar a escrita com Dan Brown e cheguei à conclusão que a escrita deles é diferente e cada um possui suas peculiaridades.
Se a Editora Planeta fizesse uma edição ilustrada seria muito mais interessante, pois, em pesquisas na internet, não temos acesso às informações indicadas no livro. No mais, a leitura é indicada para quem gosta de uma boa investigação com aventura e suspense, pois o livro te fará refletir sobre diversas coisas inclusive o que a igreja poderia, ou não, ter escondido de nós.
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