V de Vingança

V de Vingança Alan Moore




Resenhas - V de Vingança


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Giovanna 18/11/2021

Com certeza uma grande obra não datada, a qual sua narrativa nunca ficara obsoleta. Ler V de vingança, no atual momento do país, me trouxe várias reflexões sobre como a história, no decorrer do tempo vai se repetindo, em lugares e contextos diferentes, mas com um mesmo fim; a dominação de um poder sobre o outro. Observar como os meios de dominação do fascismo são sempre os mesmos, e da mesma forma nosso corpo sede sobre a dominação até a retirada de seu poder.
Em V de Vingança ocorre o mesmo. Após uma guerra nuclear, um partido fascista se ergue na Inglaterra, impondo uma ditadura militar, conquistando poder através do medo.
Em uma metafora de dominação dos sentidos, dominação de um corpo. Temos partições do governo denominadas por órgãos dos sentidos; polícia se torna Dedo, o departamento responsavel por observar as câmeras instaladas nas ruas, é o olho.
É sempre presente várias referências a literatura e músicas, trazendo uma imagem romântica da liberdade. Com passagens onde a figura da justiça é transformada em personagem, não literalmente, mas ela representada como um amor, que se deita com outro, se tornando uma meretriz, deitando-se com o totalitarismo.
Também é presente um suspense sobre a identidade do tal V, que ao fim, acaba sendo irrelevante seu rosto, pois o V é mais que um rosto. "Ideias são à prova de balas."
O paralelismo de duas historias ocorrendo e a sobreposição das falas, me trouxe uma sensação cinematográfica.

Com um final grandioso, nos deixando inquietos, trazendo todo aquele espirito de resistência. É daquelas obras que formam personalidades quando lidas na juventude..
Lameq 18/11/2021minha estante
Belíssima análise. Mas algo que eu gostaria de destacar é que apesar da identidade do V ser irrelevante, ela só não tem essa importância quando se trata de quem ele é apenas como indivíduo. Fica claro na narrativa que ele é (e por isso representa) uma das minorias que foi torturada nos novos campos de concentração dessa versão futurística totalitarista da Inglaterra. Então quem ele é especificamente não importa, mas quem ele representa é.




Nanda Lima 28/05/2014

Remember, remember the 5th of November
Paixão. Essa palavra define o que eu sinto por essa HQ clássica, que às vezes me deixa sem adjetivos para qualificá-la. Parece que nenhuma palavra pode descrever o quanto acho essa criação do Alan Moore genial, relevante e imortal. Você certamente já viu a icônica máscara do V por aí, seja nas manifestações ao redor do Brasil desde o ano passado ou como símbolo da famosa organização Anonymous. V é um personagem tão fantástico que conseguiu emergir das páginas dos quadrinhos e se tornar, mais do que um símbolo, uma ideia. Uma ideia para inúmeras pessoas. Uma ideia de liberdade, de anarquismo, de revolução política, de consciência, de maturidade intelectual. V se tornou na vida real o que o destino que Alan Moore lhe reservou nos quadrinhos. Eis um caso em que a vida imita a arte.

V é um homem que se preparou por muitos e muitos anos para a sua grande vingança contra os líderes do governo totalitário de uma Londres decadente e cheia de cidadãos amedrontados, manipulados e devastados pela guerra, pelas epidemias e pela violência. A corrupção impera e ninguém mais vive - apenas sobrevive. V foi uma vítima terrível de um campo de concentração onde se realizava experiências científicas com cobaias humanas. Mas a despeito de tudo, ele não só sobreviveu à essa atrocidade, mas se fortaleceu com ela. Alan Moore e David Lloyd utilizaram Guy Fawkes como inspiração para criar V, trasvesti-lo e V encarnou todos os seus ideais. Guy Fawkes foi um personagem histórico muito importante na história da Inglaterra.

V é um homem extremamente culto, inteligente, que está sempre a um passo dos outros e que quis, mais do que uma vingança pessoal, uma vingança do povo e para o povo. Ele não quis que os malfeitores pagassem pelo que haviam feito a ele, mas também a todos. Cada pessoa dessa Inglaterra futurística e decadente.

O traço de David Lloyd é muito marcante e o argumento de Alan Moore muito detalhista e culto. Referências a Shakespeare estão por toda a obra. Eis algumas das frases brilhantes com as quais V nos brinda ao longo da graphic novel:

"A anarquia ostenta duas faces. A de Destruidores e a de Criadores. Os Destruidores derrubam impérios, e com os destroços, os Criadores erguem Mundos Melhores."

"Por baixo dessa carne existe um ideal. e as ideias nunca morrem."

"Os artistas usam a mentira para revelar a verdade, enquanto os políticos usam a mentira para esconde-la."

"Um homem pode morrer, lutar, falhar, até mesmo ser esquecido, mas sua ideia pode modificar o mundo mesmo tendo passado 400 anos."

Essa HQ é para aqueles que se importam com o rumo que a sociedade moderna está tomando, com os acontecimentos estarrecedores que inundam nossos ouvidos e olhos diariamente. Como disse David Lloyd na introdução que escreveu para a HQ em 14 de janeiro de 1990, "em V de Vingança não há muitos personagens alegres e descontraídos; e é pra gente que não desliga na hora do noticiário". E como V repete várias e várias vezes, "remember, remember the 5th of November". Relembremos, então.

site: www.umaleitoraassidua.blogspot.com
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Miguel 18/11/2022

"Idéias são à prova de balas."
Isso aqui devia ser considerado uma leitura obrigatória e eu tinha noção de que precisava "suprir" essa lacuna que tinha na minha vida. Ler "V de Vingança" é uma experiência, quer você concorde ou não com algumas idéias que o Alan Moore coloca aqui, quer você goste ou não do final...finalizar esse quadrinho te faz sair totalmente diferente de quando você começou. Nota 10/10 ??
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Piromal 18/04/2022

Sinceramente não sei se deveria escrever uma resenha agora, essa hq me deu tantas coisas pra pensar que eu precisaria de dias para colocar no papel, mais vou tentar, essa história fala sobre um regime totalitário e fascista, a forma que foi retratada nos leva a pensar se isso poderia acontecer hoje, e se sim, iríamos fazer algo pra mudar isso? Ou, quando líderes totalitários chegam ao topo, por que isto fora permitido à eles? Nós os permitimos, e qual a força de uma ideia? Ela pode mudar algo? (Ao meu ver sim).
Você deve estar pensando, quantas perguntas, eu digo que esse foi um dos efeitos dessa leitura. E creio que terei que ler de novo esse livro se quiser entender melhor tudo (ou quase) o que ela quer nos falar.
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Jenny_Ant 31/03/2021

Amor Eterno Amor
Eu não tenho palavras para descrever esse quadrinho! Meu amor por V de Vingança começou quando assisti ao filme e descobri tempos depois que provinha de uma história em quadrinho. Sonhava em compra-lo mas sempre estava muito caro até que ganhei de presente, chorei de emoção e devorei a história em 2 dias. O filme é bem fiel ao quadrinho, mas devido a complexidade da história alguns personagens da trama foram cortados (no filme) e outros tiveram suas participações mudadas o que não altera a qualidade e genialidade da história!
Todo esse universo de superação, destruição do sistema político, revolução e um plano brilhante, me encanta profundamente. A história é bem construída, com várias reviravoltas e conspirações, vale a pena cada página!
Vou ler de novo várias vezes! ??
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SamaraF 25/02/2024

Ideias são à prova de balas
Que obra de arte impecável!
Sou obcecada pelo filme, e por isso decidi comprar e ler a HQ, e que bom que o fiz, pois apesar de obviamente a história não ser idêntica a do filme, é tão boa quanto.
V é um corajoso mascarado que no cenário da Inglaterra pós guerra luta contra a opressão do governo fascista utilizando estratégias bem planejadas e executadas com maestria.
Ele é um dos meus personagens favoritos dentre todos que já li/assisti. É inteligente, estrategista, misterioso, ama música, literatura clássica, e como não pode modificar o passado cruel que viveu, é claro, almeja vingança.
Clássico incrível e atemporal.
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arthurzito 14/10/2020

V de Vingança, Alan Moore
O que dizer deste livro? Foi a primeira história em quadrinhos que eu li então eu estava com muita expectativa e posso dizer que todas foram atendidas muito bem. O enredo da historia foi incrível, a construção das personagens também, tudo flui durante a leitura. Nem preciso dizer que a temática é extremamente politica e que casa muito bem com discursos que infelizmente nós já ouvimos e que perduram até hoje, a construção do cenário de Londres daquele jeito é bem assustador porque é tudo tão logico e possível de acontecer que causa um pouco de medo e apreensão, o que eu acho que foi indiretamente a intenção do autor. O jeito que o anti-herói V é nos apresentado é muito boa e quase divertida, com suas alegorias e frases feitas. Uma leitura que eu recomendo muito.
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Marlon 22/06/2020

Obra prima!
Aqui estamos diante de uma Inglaterra facista, onde as liberdades básicas e a perseguição a diversidade (muçulmanos, homossexuais, negros etc.) acontece sistematicamente. A opressão teria prosperado, se seu próprio sistema de tortura não tivesse criado o personagem principal, V.

Enfim, o tema desse quadrinhos é sempre atual, principalmente em um país como o Brasil (e toda a América do Sul) que adora flertar com o totalitarismo.
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Thábata 12/06/2020

Lembrança de um futuro esquecido
O cenário atual do Brasil me faz pensar como futuros distópicos, que parecem tão irreais, podem ir se construindo aos poucos sem que a gente perceba. É isso que senti ao ler V.
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Chanel.Gigi 25/04/2021

Vi veri veniversum vivus vici
Primeiramente, o livro se trata de uma história em quadrinhos, um formato que eu nunca li além da turma da Mônica e Luluzinha (risos). Portanto, foi uma experiência completamente nova pra mim. Após a leitura pude concluir que esse formato deixa a história muito mais dinâmica e simples de ler, uma vez que a imaginação através das imagens já está visualmente feita. A única preocupação que tive foi em acompanhar o enredo, uma vez que os acontecimentos decorrem muito rapidamente. Ademais, muitos personagens "secundários" estão presentes e ganham espaço conforme a leitura anda. As vezes o autor da foco maior pra um, as vezes esquece de outro, mas é claro, tudo gira em torno do V.

Muitas referências estão presentes nesse livro e, em sua totalidade, são geniais (se você entender, claro hahaha). Apesar de ter uma explicação das referências no final da hq, as vezes elas se tornam massivas. Faz parte da estética do livro e compreendo isso, sem isso a identidade seria um pouco comprometida, porém não é algo que me agrada tanto pela enorme quantidade presente. Outra coisa que me desagrada é os enigmas intermináveis de V que, apesar de comporem uma parte importante da harmonia do personagem principal, se tornam intragáveis em algumas partes. Mas isto é apenas um gosto pessoal meu, gosto das coisas explicadas detalhadamente.

Eu diria que é uma leitura com muitas descobertas, não chegando a ser um plot, pois o enredo continua seguindo como deveria. A ambientação da história também me agrada muito pois, apesar de ser um mundo distópico para nós, tem muita semelhança com a realidade vigente. O fato de se tratar de um governo autoritário também é outro fator interessante na história e, principalmente, a identidade que o V assume devido a isso. V não é uma pessoa, é uma ideia, um conceito de governo melhor.

O fim não me desagradou mas também não fez o contrário. É o fim que o livro merecia, que o personagem merecia. Chega a ser poético, se não trágico. Entretanto, como não gosto desse elemento "o resto fica para a imaginação do leitor", me incomodou muito a falta de respostas de como o sistema governamental ficou após os acontecimentos finais.

Em suma, é um livro que recomendo. É uma obra genial com muitas elementos próprios que não se assemelham a nenhuma características de histórias parecidas.

Finalizado em: 25-04-2021
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Thiago 14/10/2020

Alan Moore incrível! E com uma arte espetacular e cinematográfica.
Jarcourt 25/10/2020minha estante
Olá. Por onde você conseguiu ler?




Ana 11 24/09/2022

?
" Lembrem, lembrem o cinco de novembro. "

Arte muito boa e história interessante.
Alan Moore não decepcionou.
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Chester 31/05/2022

Ideias são à prova de balas...
Dividido em três tomos, inicialmente, vemos a introdução do personagem ao mundo. Uma distopia não tão distante da realidade possível. Mundos como visto em 1984 de Orwell, Admirável Mundo Novo de Huxley, etc. Um homem que procura vingança depois de escapar de um campo de concentração na Inglaterra da década de 90 dominada por um governo totalitário e fascista. V, como se chama e é chamado, guarda sua identidade em segredo e luta contra as desigualdades, injustiças e crimes. Sim, ele é bem violento.
No Tomo Dois, adentramos ao universo de Evey, uma moça que é salva por V de agentes do governo que a estuprariam em nome de seus corruptos ideais. Uma transformação inebriante e ao mesmo tempo chocante. Haveria algum tipo de paixão ou amor emanando deste casal tão imerso em desacordos? Em certos momentos parece até a iniciação de alguma ordem esotérica.
Por fim, temos a conclusão que vai progressivamente atropelando seu leitor. Assim como um carro caindo em um barranco, você se vê totalmente dominado pela narrativa. Metro a metro o carro vai despencando e sua velocidade aumentando mais e mais até que finalmente... BANG!
Alan Moore e David Lloyd criaram uma obra-prima. Em sua concepção acordaram em não haver balões de pensamento e onomatopeias. E digo, não é necessário. Você, leitor, consegue adentrar na cabeça dos personagens e cada barulho ecoa em sua cabeça.
Lembrai, lembrai...
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Mari 30/08/2020

História muito bem elaborada
Pelo fato de ter assistido ao filme, achei que não me surpreenderia com a história. Grande engano.

Vi o filme faz muito tempo, mas, pelo que lembro, o filme me pareceu apenas um pequeno recorte da HQ.

Ela tem a história muito mais desenvolvida e os arcos das personagens se fecham muito melhor. A história é bem redondinha.


Recomento a leitura da HQ, não diria que a história é divertida, mas é muito interessante e instigante.
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