Carous 25/08/2022ABANDONADO - pág 303
Quase terminei o livro, mas quando Alice ignora seu papel de mãe por causa dessa pesquisa besta, eu vj que chegou num ponto em que deu para mim.
Não me incomodava Alice passar os dias online no Facebook conversando com Pesquisador 101, mas parei exatamente na página em que ela optou por priorizar esse caso virtual a dar atenção a questões importantes envolvendo a filha. Aí já é demais!
Tudo bem que Zoe é uma chata (e sonsa) e eu bem queria ver ela se ferrar bonito, mas ela tem 15 anos. Os pais deveriam intervir e ser pais, mas ambos estavam ocupados demais com coisas não tão importantes e deixando a filha ir por caminhos perigosos.
(Aprofundando minha opinião sobre Zoe: acho ela insuportável. Eu sei que virou moda escrever adolescentes na ficção que são chatos e beiram à falta de educação e rotular de jovens sendo jovens, normalidade da idade, justificar com "estão se descobrindo, formando a própria personalidade", mas eu não aguento mais. Adolescente pode ser tudo *sem* ser mal educado ou escroto. E se for, seria aconselhável os pais darem uma chamada apontando a linha tênue entre ser um adolescente normal e um babaca.
Mais uma vez em livros que leio - ou tento - Zoe cai nessa categoria. Me falta paciência)
Li numa resenha que este livro não tem nenhum personagens agradável. Na hora discordei porque tinha um ou outro que não me incomodava quando aparecia. Mas é verdade: nenhum deles é simpático, mesmo os que têm razão.
Isto é, não gosto de William. Não é nem dele maduro, mas dele jovem, CHEFE de Alice flertando com ela enquanto estava comprometido. A cena dele doente na sala de estar não caiu nada bem. Acho que foi vacilo da autora porque entendi o que ela queria passar: pessoas que estão comprometidas, numa relação morna e eis que surge outra que capta o interesse. Sem traição envolvida. Não foi exatamente o objetivo conquistado aqui
Alice é genérica. Não gosto nem desgosto. Acho que ela releva muita coisa de Zoe quando deveria ser mais atenta, agir como mãe por mais que desagrade a filha. Não podemos ser coleguinhas dos nossos filhos nem o pai maneiro todos os dias.
Caroline me surpreendeu. Kelly também. Amo chick lits, mas é o gênero menos feminista e que sempre recorre à rivalidade feminina e apresentar perfis de mulheres "vacas" na vida.
Muita coisa nesse livro grita "brancos americanos classe média sendo brancos americanos classe média".
Não entendo (nem quero) porque todo chick lit é tão obcecado pela magreza. Pelo amor! As mulheres nem são gordas para ficarem nessa obsessão por perder quilos. Me poupa.
Nem me passou pela cabeça a reviravolta do livro que, aparentemente, todo leitor que escreveu uma resenha adivinhou. Descobri sem querer folheando as páginas do livro. Não mudou nada na minha vida pegar o spoiler antes.