Resenhas - Um Útero É do Tamanho de um Punho

Pâmela de Amorim 29/12/2022

Um útero é do tamanho de um punho
Raramente transmito não gostar de alguma obra, sempre consigo resgatar algo, mas não foi o caso. Fazia algum tempo que queria ler esse livro, já que me interesso pela temática e também gosto muito de poemas, acreditava ser a combinação perfeita, mas infelizmente não funcionou e acabei decepcionada.

Fabiana.Amorim 18/03/2019

Issi livri í im piidi
Tirando o título do livro não se salva nada. Li todo só de pirraça. Esperei levar o soco do tal punho mas ele não veio. Fui lendo e me perguntando se sou uma imbecil ou o livro é simplesmente ruim mesmo.
Eu posso ser uma imbecil ou não, mas este livro nunca terá qualidade literária. Não tem a pujança que se espera de uma obra uterina.
Para me absolver da minha autocrítica por não ter gostado, relembrei que amava Elisa Lucinda, Adélia Prado, Alice Ruiz, Hilda Hilst, Rupii Kaur, Florbela Espanca e tantos outros poetas geniais para me contentar com issi bibigim travestida de poesia moderna
.A poeta achou legal soltar umas frases na língua do i. Eu não entendi a graça. Não entendi nem porque publicaram.

Sem força literária para sobreviver a outra geração.

Rafael 21/09/2019

Se sentir mulher e refletir a condição
Não é um livro pra qualquer um. Em poucas páginas, as poesias de forma simples proporcionam ao leitor se sentir mulher, pela perspectiva da autora, e refletir sobre isto. Há um gosto amargo em tudo. Em juntar cada desconforto de cada reflexão ao ponto de você querer apenas que acabe. Em alguns momentos há uma intenção de escancarar e incomodar, em outros há inúmeras referências, simbolismos e reflexões. A obra lembra muito os contos da Clarice Lispector e da Lygia por seguir este fluxo de memórias, que pula de um lado para o outro e não tem obrigação de lhe explicar nada. Lembra "Outros Jeitos de Usar a Boca", mas aqui é mais pungente as sensações e não há positividade. Aqueles que conseguirem degustar a obra, com certeza, vão achá-la divina.

Iris 07/07/2021

Um útero é do tamanho de um punho
Foi a minha primeira leitura do ano, tinha visto um poema do livro em uma prova e tive vontade de ler mais então comprei o livro. O conteúdo aborda sobre questões do feminino pesadas e invisíveis do cotidiano.
"Tanto a forma de escrita da autora quanto sua abordagem é de extrema importância. Os poemas trazem uma subjetividade muito mais tocante que nos leva a incorporar questões feministas e olhá-las de maneira bastante pessoal."

charlie54 22/05/2020

Não sei ao certo
Vários poemas eu não entendi, e nem me esforcei pois não notei nenhum sentido, outros me fizeram sorrir, e um me fez chorar. Não sei o que sentir sobre esse livro. Poderia ser bem melhor.

Taiane60 06/06/2020

Adorei ter um livro de poesias que abordem a experiência lésbica.

Natalie.Rios 08/06/2020

Leitura rápida
Eu não sou uma grande leitora de poesias, caí de paraquedas no livro pelo título e a temática feminista. Confesso que esperava outra coisa, mas gostei dos poemas, de como vários temas complicadíssimos vão sendo colocados de maneira quase lúdica nos versos da autora.
Acho que terei que ler de novo.

Lara 06/06/2021

Nessa obra, Angélica Freitas busca apresentar a partir da poesia contemporânea as diversas faces da mulher de uma forma bonita e até debochada haha.

Vale muito a leitura, principalmente em companhia de um lápis do lado!

aiaimenino 14/02/2021

Quanto a livros e leituras, adoro surpresas!

Este livro conta com uma poesia potente que faz uso extremo dos recursos do cotidiano. Tolo é quem pensa que é ou deveria ser simples apenas por isso.

A leitura é fluida e rápida, mas não é nada simplória. Aspectos do dia a dia são levados para este campo poético para causar estranhamento e desconforto, para fazer sentir e quem sabe até mesmo pensar sobre o que parece ser tão comum.

Especialmente, o poema da página 54 me vez parar, respirar, tomar um copo de água e decidir se continuaria enfrentando toda essa verdade ou não. Continuei. Que bom. Confesso que vou precisar revisitar muitas páginas para que faça mais sentido para mim, mas isso não interfere, de forma alguma, na qualidade deste trabalho.

Deixo aqui o poema sobre o qual falei.

PÓS

os homens as mulheres nascem crescem
veem como os outros nascem
como desaparecem
desse mistério brota um cemitério
enterram carcaças depois esquecem

os homens as mulheres nascem crescem
veem como os outros nascem
como desaparecem
registram registram com o celular
fazem planilhas depois esquecem

torcem pra que demore sua vez
os homens as mulheres
não sabem o que vem depois
então fazem uma pós

os homens as mulheres nascem crescem
sabem que um dia nascem
noutro desaparecem
mas nem por isso se esquecem
de apagar o gás e a luz

Carolina 15/02/2021

O título é bom.
Se propõe demais, entrega pouquíssimo.

"a mulher basicamente é pra ser um conjunto habitacional
tudo igual tudo rebocado só muda a cor
particularmente eu sou uma mulher de tijolos à vista".

"eu durmo comigo às vezes de óculos/ e mesmo no escuro sei que estou dormindo comigo/ e quem quiser dormir comigo vai ter que dormir ao lado".

Lua 16/02/2021

Esse livro é um grande experimento. Uma pena, não pra mim. Não me empolguei, ou me toquei pelo livro, e acho que essa é uma grande decepção se tratando de poesia, seja contemporânea ou não. O que mais me empolgou, foi o título, pena que parou por ai.
Não sei se exatamente recomendo, mas, tenta, vai que contigo funcione!

Gab 22/02/2021

A triste historia do livro de capa bonita que eu não gostei
De fato, a jogada da capa e do nome do livro ajudaram muito pra que eu comprasse. To bem decepcionada, infelizmente. Apesar do tom de crítica, achei o discurso bem esvaziado em alguns momentos. Não recomendo.

vickvigarista 22/02/2021

Um Útero é do Tamanho de Um Punho
Algumas poesias são interessantes, apesar de poucas. A maioria pareceu confusa ou sem muito sentido.

Klaus 28/10/2022

Decadência poética pós-moderna
Em anos de leitura, já tive contato com vários livros razoáveis e alguns poucos ruins, mas nunca havia encontrado um insuportável. "Um Útero É do Tamanho de um Punho" conseguiu a façanha de ser o primeiro livro que parei de ler, e olha que não terminar um livro é algo sério para mim.

Li, horrorizado, aquilo que considero a poesia de pior qualidade que já vi em toda a minha vida. São poemas morosos e enfadonhos desprovidos de qualquer recurso estilístico ou figura de linguagem. Não espere rima, métrica, aliteração, assonância, metáfora, musicalidade, jogos de palavras ou trocadilhos, pois você não encontrará nada disso aqui. O que encontrará em abundância são desabafos altamente vitimistas que parecem ter vindo de uma pessoa extremamente complexada e descontente com sua vida e com sua própria identidade. Aliás, por falar nisso, a autora insiste em enveredar por caminhos identitários, o que confere ao livro um caráter antipático, impossível de ser apreciado por quem não compartilha dessa mesma identidade. Em alguns momentos, percebe-se até certa misandria camuflada, por mais que a autora tente não a deixar tão evidente. Em resumo, são obras pífias, vergonhosamente apresentadas ao público como "poesia". Mas então como o livro ficou famoso e chegou a ser considerado um "clássico contemporâneo" por alguns especialistas?

Bem, nas últimas décadas, tem-se visto uma forte tendência na arte pós-moderna: glorificar o artista e sua intenção em vez de sua obra. Isso significa que o conteúdo da obra pouco importa desde que o artista em si seja marcado por alguma característica tida como "em voga" naquele momento. Sendo Angélica Freitas uma lésbica feminista, não é de se estranhar que, numa época em que o feminismo e o movimento LGBT estejam em alta, a autora seja considerada "pop", e reside aí o único motivo pelo seu sucesso: ela é conveniente na atual conjuntura político-ideológica.

Um dos maiores lemas da expressão artística é "ars gratia artis". A expressão latina quer dizer "a arte pela arte", no sentido de que a arte SE justifica por si própria, e nada além. A justificativa da arte não deve estar em algo exterior a ela, mas sim em algo intrínseco e inerente ao próprio fazer artístico. A arte que é feita somente para servir a um propósito prático, quer seja social ou político, é frágil e fugaz. Ela não tem substância e é incapaz de se sustentar, estando meramente atrelada a um contexto histórico que em breve deixará de ser relevante.

Justamente por esses motivos, os textos de Angélica Freitas, norteados pela militância e pela intenção de chocar como forma de provocação ao "status quo", não convencem. Não vi nenhum mérito artístico em sua obra e certamente não a considero uma poetisa, ainda mais quando lembro que nosso país já teve poetas do mais alto calibre, tais como Paulo Leminski, Cecília Meireles, Mário Quintana, Manuel Bandeira e Carlos Drummond de Andrade, entre tantos outros.

Rosália Salvatore 25/03/2021

Confuso
Venho procurando por livros de poesia que me prendam, em buscas pela internet pensei que esse poderia finalmente ser o que eu estava procurando, infelizmente ele não funcionou comigo da forma como eu gostaria.
Apesar de ter tido alguns poemas da qual eu gostei bastante a grande maioria não me agradou, ou não me causavam emoção alguma, outros não fizeram o menor sentido pra mim, queria muito ter amado esse livro, acho esse titulo sensacional só que ele não chegou nem perto do tipo de sentimento que quero sentir ao ler um poema.
Talvez o problema esteja com a temática, a grande maioria dos livros de poema que venho lendo com essa temática feminista vem me decepcionando bastante, os poemas se parecem todos iguais de certa forma, o que me frustra bastante, depois de ter tido mais uma decepção com livros desse tipo vou passar um tempo sem ler nada desse tipo.