Platão

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Resenhas - Os Pensadores - Platão


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Clio0 24/04/2021

O volume da coleção Pensadores intitulado Platão traz Eutífron, Apologia de Socrates, Críton e Fédon, além de uma bibliografia básica como era parte de sua proposta. Há um motivo para esses terem sido os textos escolhidos e um porquê dessa ordem: trata-se da preocupação sobre o julgamento e a punição de Sócrates.

Em Eutífron temos um diálogo socrático sobre a natureza da Piedade. Seria ela um dom ou um desejo divino? Aqui é pesada a referência a discussão sobre Justiça e Ética já presentes em sua outra obra "A República".

A Apologia de Sócrates é a transcrição do discurso de seu mentor durante seu julgamento afinal, acusado de corromper a juventude e de se apresentar como sábio. Uma coisa que deve-se manter em mente é que a noção de corrupção da doutrina divina na Antiguidade estava em conjunção com o questionamento da própria sociedade.

Da mesma forma, apresentar-se como sábio ultrapassava o adjetivo e o lucro. Era uma forma de moldar a mentalidade e influenciar socialmente. Poucos tinham esse título justamente pelo controle do aprendizado exercido pelo governo.

Críton é a justificativa de Sócrates para sua obediência ao veredito ateniense. É uma ótima argumentação sobre como as leis regem a sociedade, e como a conduta ética não deve se submeter a reações emocionais.

O último texto, Fédon, é um relato dos últimos momentos de Sócrates onde ele discursa a um grupo de amigos sobre a imortalidade da alma e a fidelidade a filosofia. É basicamente uma ode de amor à curiosidade.

A dificuldade de leitura não é grande comparada a outros trabalhos; a necessidade de suporte para seu entendimento é relativamente baixa visto que há uma certa queda na citação de nomes e eventos. Contudo, é um texto denso, pode exigir um pouco mais daqueles não acostumados com textos filosóficos.
Felipe.Camargo 25/04/2021minha estante
Ótima coleção!




PequenaPadawan 07/06/2009

Eutífron, Apologia de Sócrates, Críton e Fédon. Adoro o modo como Platão transmite os epitáfios de Sócrates e, principalmente, amo o jeito sutil do Mestre de chamar algum idiota de idiota! xD
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Du 19/03/2011

genio
Uma coisa é você ouvir falar de Socrates outra é você ler sobre ele.
Eu ate uns momentos atraiz so tinha ouvido falar, ate conhecia sua maneira de filosofa (refutação).
Mais ler ele fazendo isso com tanta clareza foi surprendente.Aconselho a todo mundo ler porque alem de te passar muito conhecimento tambem vai te deixar alucinado,emocionado,indignado... com sua historia
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William 10/09/2012

Apologia de Sócrates. www.paginadowill.com
Resenha do livro Apologia de Sócrates.
Biografia.
Nasceu em Atenas por volta do ano 428/427 a.C e morreu em 348/347 a.C. Filho de uma família abastada, Platão é sem sombra de dúvida, um dos filósofos mais influentes de todos os tempo. Aos vinte anos tornou-se discípulo de Sócrates em uma relação que durou cerca de oito anos, quando seu mestre morreu (Sócrates era mais velho que Platão cerca de 40 anos) Platão iniciou um período de viagens para se instruir (390-388 a.C). Passou pelo Egito, Itália Meridional, e Sicília onde caiu em desgraça sendo vendido como escravo. Liberto, graças a um amigo voltou a Atenas. Em Atenas (387 a.C), fundou sua célebre escola (Academia).
Platão, ao contrário do Sócrates, interessava-se vivamente por política e filosofia política. Entretanto, após diversos acontecimentos, decidiu dedicar-se inteiramente às especulações metafísicas, ao ensino filosófico e á redação de suas obras.
A forma dos escritos platônicos é o diálogo, transição espontânea entre o ensinamento oral fragmentário de Sócrates e o método estritamente didático de Aristóteles. Platão escreveu por mais de cinquenta anos, sendo possível perceber uma evolução do pensamento platônico, do socratismo ao aristotelismo.
Basicamente, suas ideias baseiam-se na diferenciação do mundo entre as coisas sensíveis (mundo das ideias e a inteligência) a as coisas visíveis (seres vivos e a matéria).

A Apologia de Sócrates.
A apologia ou a defesa de Sócrates é basicamente a transcrição, feita por Platão, do discurso proferido pelo mesmo em seu julgamento, onde era acusado de corromper a juventude ateniense e não aceitar os deuses do Estado introduzindo novos cultos. Ao final deste julgamento, Sócrates foi considerado culpado e condenado à morte pela ingestão de cicuta[1].
Escrito em forma de discurso, este pequeno texto é dividido em quatro partes: Eutífrone, onde o filósofo toma conhecimento das acusações feitas por Anito, Meleto e Licon. Apologia, onde descreve o processo. Críton, com a visita de se amigo ao cárcere. E Fédon, com os seus últimos instantes de vida e o discurso sobre a imortalidade da alma.
Pelo fato de não existir nenhuma obra escrita pelo próprio Sócrates, e por somente termos acesso ao seu conhecimento através do escrito de terceiros, uma questão se apresenta: essa defesa proferida por Sócrates e transcrita por Platão é realmente fiel ou reflete o sentimento de injustiça de Platão frente ao julgamento de seu mestre? Esta é uma questão de difícil solução.
A Defesa.
Após a leitura das acusações e dos discursos de Meleto, Anito e Lícon, Sócrates inicia sua defesa. Ele astutamente concentra sua argumentação na refutação das acusações de seus adversários, que por vezes caem em contradição, esvaziando assim as acusações e invalidando suas teses.
Apresenta-se como um humilde pensador, negando sua ingrata fama de “adorador de nuvens” e de cobrar pelos seus ensinamentos. Continua, dizendo que apesar de tudo ele é realmente muito sábio, pois possui a sabedoria de saber que de fato não sabe nada (Só sei que nada sei).
Porém, quando lhe foi revelado pelo oráculo de que ele era o homem mais sábio, saiu a procura do sentido da sabedoria. O que é ser sábio? E então procurou por pessoas que se julgavam sábias, após interrogar diversas pessoas chegou à conclusão de que estas pessoas não eram sábias, pois “tinham a presunção de saber, não sabendo nada”, enquanto Sócrates tinham total conhecimento de sua ignorância.
Defende que, apenas o que fazia era filosofar e que não prejudicou ninguém com seus ensinamentos. Utilizando-se de argumentos, recheados de ironia, deixava perplexos seus acusadores que ficavam sem palavras.
Segundo ele, os únicos que haviam cometido algum tipo de crime eram seus acusadores e os juízes que haviam julgaram procedente a ação para condena-lo a morte.
Contudo, a magnifica defesa realizada por Sócrates não o poupou de ser considerado culpado e após a leitura da sentença ser condenado a morte.
Entretanto, diante da inevitável morte, Sócrates, permaneceu sereno e fiel a suas convicções. E em suas últimas palavras diante do júri começa a divagar sobre a morte. Se ela for um sono eterno, um estado de inconsciência ela deve ser agradável, mas se for uma espécie de viagem extraordinária rumo ao encontro de outros mortos, com certeza é melhor que a vida terrena.

Sites:
http://www.suapesquisa.com/platao/
http://www.mundodosfilosofos.com.br/platao.htm
http://www.recantodasletras.com.br/textosjuridicos/2110459
http://pt.wikipedia.org/wiki/Apologia_de_S%C3%B3crates
http://www.infoescola.com/filosofia/apologia-de-socrates/
Bibliografia:
PLATÃO: “Apologia de Sócrates, o Banquete e Fedro”. 1° ed. São Paulo: Folha de São Paulo, 2010 coleção livros que mudaram o mundo. Vol 05. Páginas 09-29.
Filmes:
http://www.youtube.com/watch?v=HJLc3eF9ZeI

[1] Planta venenosa nativa da bacia do Mediterrâneo. Muito utilizada em ponta de flechas.
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Chello 26/11/2017

Abosolutamente necessário!
A respeito de Sócrates meu amigo, que homem! Grande exemplo, grande mestre, que soube viver e morrer como poucos!
Recomendo o livro a quem quer conhecer tanto de Sócrates quanto das ideias de Platão, visto que os diálogos platônicos, embora tenham o mestre como protagonista, sintetizam algumas ideias de seu discípulo.
Quanto à linguagem, nada que atenção e um dicionário não resolva; mas, no geral, é de fácil compreensão.
O livro, em sua maior parte, é interessantíssimo. E aos amantes da filosofia, ou aos curiosos, absolutamente necessário!
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Vitor.Oliveira 11/06/2018

Platão plotino e o neoplatonismo
Eu acho platão fora de série. Pela estilometria podemos tratar seus diálogos em datas. Separando 3 grupos dos 36 totais. Láques, Lísias, Cármides, Eutifronte, Eutifron, muito outros. Quanto aos pré-socráticos que não estão aqui temos como lugares de referência, por onde vivam platão e o estagirita a sicília, agrigento, clazômena, abdera. Platão postula a vida das ideias num mundo do qual o atual seria mera cópia.
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Darkpookie 03/07/2019

Notas individuais
Eutífron 4
Apologia a Sócrates 5
Críton 3,5
Fédon 5
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LG 17/04/2020

Impressionante
Vivemos num mundo tão atribulado e corrido que nunca nos paramos para questionar a respeito da piedade, da generosidade, da justiça, do bem e da morte. Os diálogos de Platão dessa obra retratam os dias finais da vida de Sócrates e trazem como pano de fundo discussões acerca do que nos torna realmente humanos.
Para Platão e Sócrates (sob a escrita de Platão), o homem se realiza na virtude.
Eutífron, uma discussão acerca da piedade, seria a piedade piedosa por ser amada pelos deuses ou seria amada pelos deuses por ser a piedade?
Críton, Sócrates discute sobre o dever que ele tem com a sua filosofia e com o seu destino. Bem como o seu dever moral para com os atenienses que o julgaram e o condenaram, devendo portanto cumprir a sua vontade.
Na Apologia de Sócrates vemos um belo discurso da defesa de Sócrates perante seus julgadores, nesse diálogo vemos como o filósofo nasceu enquanto filósofo e que não pode dar à luz ideias em quem está vazio delas.
Por fim, em Fédon, discute-se a imortalidade da alma.
Há uma certa dificuldade na leitura, mas ela pode se tornar prazerosa a medida em que se enxerga aqueles preceitos aplicados no nosso dia a dia.
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Winicius9 30/04/2020

Edição Ótima
É um compilado de várias obras de Platão, numa edição linda (tão linda que dá vontade de comprar a coleção inteira)
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C9 29/09/2020

Que obra!
Que obra maravilhosa meus amigos. Platão nós trás maravilhosos discursos de Sócrates, quantas reflexões isso nos trás.
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Blonde Venus 19/07/2021

Excelente
Quase fui convencida por Platão através de Sócrates que a alma é imortal. Mas ainda tenho minhas dúvidas...
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BeneToisso 02/03/2022

"Esse tal de Sócrates é do cara#*$" - Falsa Loura, de Carlos Reinchenbach

Só digo que a moça que disse isso estava certa.
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Natália Ranhel 10/09/2022

Traz conceitos sobre vida e morte interessantes e que ajudam a questionar várias coisas, mas apesar de levar o nome de Platão, é um livro sobre Sócrates.
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Diogo.Cimini 23/02/2023

A busca pela Virtude e o enfrentamento da Morte
Em suma, são diálogos relativamente simples, de fácil entendimento em grande parte (às vezes até divertidos pela forma que Sócrates conduzia os diálogos) e que mostram quem foi Sócrates (claro, da perspectiva de seu discípulo Platão) e a base de que princípios um dos maiores homens que andou na Terra viveu.

O livro começa com uma boa introdução sobre a vida Platão, suas obras e suas ideias. Depois, é dividido em 4 diálogos socráticos desse filósofo, sendo eles:

Eutífron (da Religiosidade):
É uma classica demonstração do questionamento socrático, onde Socrates, entre sua acusação e condenação, debate com Eutífron, um homem dito como religioso e conhecedor dos deuses, sobre o que é a piedade.
Eutífron denunciou seu pai de homicídio e diz estar apoiado na justiça e vontade divina para executar essa denúncia.
Porém Sócrates desmancha os argumentos de Eutífron e demonstra como ele além de não entender o que é a piedade, também não sabe o qual é a vontade divina e apenas se apoia nela para seus interesses pessoais

Apologia de Sócrates:
Defesa e julgamento de Sócrates perante as acusações de não acreditar nos Deuses do Estado, de introduzir novos cultos e de corromper os jovens.
A primeira parte é a defesa em si, onde Sócrates, com sua clássica ironia e argumentação, derruba todos as acusações e demonstra como as denúncias são na verdade de caráter pessoal.
A segunda parte é a escolha da pena, em que após um julgamento acirrado que Sócrates foi condenado, a acusação oferece a pena de morte (como ja esperado por Sócrates) e a defesa oferece uma multa pífia e ainda mostra porque não deveria estar sendo acusado, mas sim condecorado.
A ultima parte é o discurso de Sócrates após sua condenação de morte para aqueles que votaram a favor e aqueles que votaram contra. Sócrates diz que a morte aceita morte a melhor pena plausível, pois já que viveu sua vida buscando a virtude e a justiça, não seria de seu caráter suplicar por misericórdia ou fugir como um covarde.

Críton (do Dever):
Diálogo entre Críton, que suplica a Sócrates que fuja de Atenas após sua condenação, alegando que terá sua reputação manchada por não ajudar um amigo e que o próprio Socrates estaria abandonando sua família ao aceitar a morte) e Sócrates, que refuta toda a argumentação de Críton e mostra como é digno e de acordo com seus princípios não fugir e desrespeitar as leis.
Primeiro, Sócrates diz que Críton não deveria se preocupar com toda opinião alheia, apenas às qualificadas. Além disso, diz que assim como um atleta deve respeitar e ser obediente ao seu técnico (não a multidão) se não será prejudicado, sua alma também sofreria prejuízo caso desobedece a sentença.
Depois, diz que ao desrespeitar as leis, estaria abalando as instituições de Atenas e completa dizendo que não se combate injustiças com mais injustiças, assim como não se combate o mal com o mal, demonstrando isso com um diálogo fictício entre ele mesmo e as Leis.

Fédon (da Alma):
Nesse diálogo que é um pouco mais extenso, Fédon descreve os momentos finais da vida de Sócrates e seu último diálogo em vida, sobre o enfrentamento da morte por um filósofo e a imortalidade da Alma.
Há presente nesse diálogo uma chama do que se tornaria a Teoria das Ideias de Platão, onde o mundo seria dividido entre o sensível e o inteligível, visível e invisível, mortal e imortal; onde tudo que presenciamos com nossos sentidos são meras copias de modelos ideias, que nossa alma faz parte.
Primeiro, Sócrates demonstra porque morrer para um filósofo não é algo a se temer (apesar de condenar o suicídio) uma vez que este passa sua vida buscando distanciar sua alma de seu corpo (estes que são opostos), que impede a alma de alcançar à sabedoria.
Depois Sócrates expõe seus primeiros argumentos sobre a imortalidade da Alma: alternância dos opostos (tudo nasce de seu oposto), a reminiscência (a alma existe antes do corpo e não aprende, apenas se lembra) e a Teoria das Ideias, mostrando como a Alma é invisível, simples e imutável, pertencendo ao campo das ideias.
Mesmo assim, ainda há dois homens presentes que não se convencem do que Sócrates expõe e o questionam e também são refutados.
Sócrates termina a discussão descrevendo, embasado na mitologia, o destino das almas.
Por fim, Sócrates se despede de sua família, depois de seus amigos, pede que não se aborreçam (Fédon faz um comentário interessante de que não chorava pelo sofrimento de seu amigos, já que este estava contente com a morte, mas chorava pela sua perda), sejam corajosos e morre, expelindo ultimas palavras no mínimo curiosas.
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