Platão

Platão Platão




Resenhas - Os Pensadores - Platão


23 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2


Clio0 24/04/2021

O volume da coleção Pensadores intitulado Platão traz Eutífron, Apologia de Socrates, Críton e Fédon, além de uma bibliografia básica como era parte de sua proposta. Há um motivo para esses terem sido os textos escolhidos e um porquê dessa ordem: trata-se da preocupação sobre o julgamento e a punição de Sócrates.

Em Eutífron temos um diálogo socrático sobre a natureza da Piedade. Seria ela um dom ou um desejo divino? Aqui é pesada a referência a discussão sobre Justiça e Ética já presentes em sua outra obra "A República".

A Apologia de Sócrates é a transcrição do discurso de seu mentor durante seu julgamento afinal, acusado de corromper a juventude e de se apresentar como sábio. Uma coisa que deve-se manter em mente é que a noção de corrupção da doutrina divina na Antiguidade estava em conjunção com o questionamento da própria sociedade.

Da mesma forma, apresentar-se como sábio ultrapassava o adjetivo e o lucro. Era uma forma de moldar a mentalidade e influenciar socialmente. Poucos tinham esse título justamente pelo controle do aprendizado exercido pelo governo.

Críton é a justificativa de Sócrates para sua obediência ao veredito ateniense. É uma ótima argumentação sobre como as leis regem a sociedade, e como a conduta ética não deve se submeter a reações emocionais.

O último texto, Fédon, é um relato dos últimos momentos de Sócrates onde ele discursa a um grupo de amigos sobre a imortalidade da alma e a fidelidade a filosofia. É basicamente uma ode de amor à curiosidade.

A dificuldade de leitura não é grande comparada a outros trabalhos; a necessidade de suporte para seu entendimento é relativamente baixa visto que há uma certa queda na citação de nomes e eventos. Contudo, é um texto denso, pode exigir um pouco mais daqueles não acostumados com textos filosóficos.
Felipe.Camargo 25/04/2021minha estante
Ótima coleção!




LG 17/04/2020

Impressionante
Vivemos num mundo tão atribulado e corrido que nunca nos paramos para questionar a respeito da piedade, da generosidade, da justiça, do bem e da morte. Os diálogos de Platão dessa obra retratam os dias finais da vida de Sócrates e trazem como pano de fundo discussões acerca do que nos torna realmente humanos.
Para Platão e Sócrates (sob a escrita de Platão), o homem se realiza na virtude.
Eutífron, uma discussão acerca da piedade, seria a piedade piedosa por ser amada pelos deuses ou seria amada pelos deuses por ser a piedade?
Críton, Sócrates discute sobre o dever que ele tem com a sua filosofia e com o seu destino. Bem como o seu dever moral para com os atenienses que o julgaram e o condenaram, devendo portanto cumprir a sua vontade.
Na Apologia de Sócrates vemos um belo discurso da defesa de Sócrates perante seus julgadores, nesse diálogo vemos como o filósofo nasceu enquanto filósofo e que não pode dar à luz ideias em quem está vazio delas.
Por fim, em Fédon, discute-se a imortalidade da alma.
Há uma certa dificuldade na leitura, mas ela pode se tornar prazerosa a medida em que se enxerga aqueles preceitos aplicados no nosso dia a dia.
comentários(0)comente



C9 29/09/2020

Que obra!
Que obra maravilhosa meus amigos. Platão nós trás maravilhosos discursos de Sócrates, quantas reflexões isso nos trás.
comentários(0)comente



Winicius6 30/04/2020

Edição Ótima
É um compilado de várias obras de Platão, numa edição linda (tão linda que dá vontade de comprar a coleção inteira)
comentários(0)comente



Natália Ranhel 10/09/2022

Traz conceitos sobre vida e morte interessantes e que ajudam a questionar várias coisas, mas apesar de levar o nome de Platão, é um livro sobre Sócrates.
comentários(0)comente



Du 19/03/2011

genio
Uma coisa é você ouvir falar de Socrates outra é você ler sobre ele.
Eu ate uns momentos atraiz so tinha ouvido falar, ate conhecia sua maneira de filosofa (refutação).
Mais ler ele fazendo isso com tanta clareza foi surprendente.Aconselho a todo mundo ler porque alem de te passar muito conhecimento tambem vai te deixar alucinado,emocionado,indignado... com sua historia
comentários(0)comente



Élida Mercês 06/09/2023

Sócrates:
"(...) não deve nos causar aquilo que o povo dirá, mas sim o que dirá o único que sabe o que é o justo e o injusto, e este único juiz é a verdade."
comentários(0)comente



Lucas.Yoshi 31/01/2024

Muito bom e só, Platão e Sócrates não tem erro. Já tinha lido os textos q vinham nessa "Coletânea" mas é sempre bom reler.
comentários(0)comente



Vanessa Aragao 07/03/2024

Leitura indispensável para base do conhecimento da cultura ocidental, em se tratando do primeiro filósofo do Ocidente Platão nos encanta e surpreende a cada página.
comentários(0)comente



analu 09/06/2023

Muito muito bom
Pensei que essa leitura seria complexa demais para entender, mas logo apos ler a introdução ja fiquei viciado, e na verdade acabei descobrindo que a maior parte dos conceitos que platão discute aqui são bem simples.
comentários(0)comente



BeneToisso 02/03/2022

"Esse tal de Sócrates é do cara#*$" - Falsa Loura, de Carlos Reinchenbach

Só digo que a moça que disse isso estava certa.
comentários(0)comente



Diogo.Cimini 23/02/2023

A busca pela Virtude e o enfrentamento da Morte
Em suma, são diálogos relativamente simples, de fácil entendimento em grande parte (às vezes até divertidos pela forma que Sócrates conduzia os diálogos) e que mostram quem foi Sócrates (claro, da perspectiva de seu discípulo Platão) e a base de que princípios um dos maiores homens que andou na Terra viveu.

O livro começa com uma boa introdução sobre a vida Platão, suas obras e suas ideias. Depois, é dividido em 4 diálogos socráticos desse filósofo, sendo eles:

Eutífron (da Religiosidade):
É uma classica demonstração do questionamento socrático, onde Socrates, entre sua acusação e condenação, debate com Eutífron, um homem dito como religioso e conhecedor dos deuses, sobre o que é a piedade.
Eutífron denunciou seu pai de homicídio e diz estar apoiado na justiça e vontade divina para executar essa denúncia.
Porém Sócrates desmancha os argumentos de Eutífron e demonstra como ele além de não entender o que é a piedade, também não sabe o qual é a vontade divina e apenas se apoia nela para seus interesses pessoais

Apologia de Sócrates:
Defesa e julgamento de Sócrates perante as acusações de não acreditar nos Deuses do Estado, de introduzir novos cultos e de corromper os jovens.
A primeira parte é a defesa em si, onde Sócrates, com sua clássica ironia e argumentação, derruba todos as acusações e demonstra como as denúncias são na verdade de caráter pessoal.
A segunda parte é a escolha da pena, em que após um julgamento acirrado que Sócrates foi condenado, a acusação oferece a pena de morte (como ja esperado por Sócrates) e a defesa oferece uma multa pífia e ainda mostra porque não deveria estar sendo acusado, mas sim condecorado.
A ultima parte é o discurso de Sócrates após sua condenação de morte para aqueles que votaram a favor e aqueles que votaram contra. Sócrates diz que a morte aceita morte a melhor pena plausível, pois já que viveu sua vida buscando a virtude e a justiça, não seria de seu caráter suplicar por misericórdia ou fugir como um covarde.

Críton (do Dever):
Diálogo entre Críton, que suplica a Sócrates que fuja de Atenas após sua condenação, alegando que terá sua reputação manchada por não ajudar um amigo e que o próprio Socrates estaria abandonando sua família ao aceitar a morte) e Sócrates, que refuta toda a argumentação de Críton e mostra como é digno e de acordo com seus princípios não fugir e desrespeitar as leis.
Primeiro, Sócrates diz que Críton não deveria se preocupar com toda opinião alheia, apenas às qualificadas. Além disso, diz que assim como um atleta deve respeitar e ser obediente ao seu técnico (não a multidão) se não será prejudicado, sua alma também sofreria prejuízo caso desobedece a sentença.
Depois, diz que ao desrespeitar as leis, estaria abalando as instituições de Atenas e completa dizendo que não se combate injustiças com mais injustiças, assim como não se combate o mal com o mal, demonstrando isso com um diálogo fictício entre ele mesmo e as Leis.

Fédon (da Alma):
Nesse diálogo que é um pouco mais extenso, Fédon descreve os momentos finais da vida de Sócrates e seu último diálogo em vida, sobre o enfrentamento da morte por um filósofo e a imortalidade da Alma.
Há presente nesse diálogo uma chama do que se tornaria a Teoria das Ideias de Platão, onde o mundo seria dividido entre o sensível e o inteligível, visível e invisível, mortal e imortal; onde tudo que presenciamos com nossos sentidos são meras copias de modelos ideias, que nossa alma faz parte.
Primeiro, Sócrates demonstra porque morrer para um filósofo não é algo a se temer (apesar de condenar o suicídio) uma vez que este passa sua vida buscando distanciar sua alma de seu corpo (estes que são opostos), que impede a alma de alcançar à sabedoria.
Depois Sócrates expõe seus primeiros argumentos sobre a imortalidade da Alma: alternância dos opostos (tudo nasce de seu oposto), a reminiscência (a alma existe antes do corpo e não aprende, apenas se lembra) e a Teoria das Ideias, mostrando como a Alma é invisível, simples e imutável, pertencendo ao campo das ideias.
Mesmo assim, ainda há dois homens presentes que não se convencem do que Sócrates expõe e o questionam e também são refutados.
Sócrates termina a discussão descrevendo, embasado na mitologia, o destino das almas.
Por fim, Sócrates se despede de sua família, depois de seus amigos, pede que não se aborreçam (Fédon faz um comentário interessante de que não chorava pelo sofrimento de seu amigos, já que este estava contente com a morte, mas chorava pela sua perda), sejam corajosos e morre, expelindo ultimas palavras no mínimo curiosas.
comentários(0)comente



Paulo da Silva 06/03/2023

Embora seja um livro interessante, o qual traz breve biografia de Platão, sinto que os textos escolhidos não foram os melhores. Há textos mais icônicos do autor que mereciam ser selecionados.
comentários(0)comente



Chello 26/11/2017

Abosolutamente necessário!
A respeito de Sócrates meu amigo, que homem! Grande exemplo, grande mestre, que soube viver e morrer como poucos!
Recomendo o livro a quem quer conhecer tanto de Sócrates quanto das ideias de Platão, visto que os diálogos platônicos, embora tenham o mestre como protagonista, sintetizam algumas ideias de seu discípulo.
Quanto à linguagem, nada que atenção e um dicionário não resolva; mas, no geral, é de fácil compreensão.
O livro, em sua maior parte, é interessantíssimo. E aos amantes da filosofia, ou aos curiosos, absolutamente necessário!
comentários(0)comente



Vitor.Oliveira 11/06/2018

Platão plotino e o neoplatonismo
Eu acho platão fora de série. Pela estilometria podemos tratar seus diálogos em datas. Separando 3 grupos dos 36 totais. Láques, Lísias, Cármides, Eutifronte, Eutifron, muito outros. Quanto aos pré-socráticos que não estão aqui temos como lugares de referência, por onde vivam platão e o estagirita a sicília, agrigento, clazômena, abdera. Platão postula a vida das ideias num mundo do qual o atual seria mera cópia.
comentários(0)comente



23 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2