Barba ensopada de sangue

Barba ensopada de sangue Daniel Galera




Resenhas - Barba ensopada de sangue


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Paulo Sousa 31/05/2024

Leituras de 2024
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Barba ensopada de sangue [2012]
Daniel Galera (?? 1979-)
Cia das Letras, 2012, 424p.
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?Há apenas dois lugares possíveis para uma pessoa. A família é um deles. O outro é o mundo inteiro. Às vezes não é fácil saber em qual dos dois estamos? (Posição no kindle 5370/94%).
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De Galera eu já tinha lido ?Até o dia em que que o cão morreu?, livro de 2007, um curto romance onde são postos dois caminhos ao personagem principal, que tem o difícil impasse de escolher entre uma realidade embargada de emoções e comprometimentos, a cujos riscos ele claudica e entre o cotidiano frio e limitado, onde, ainda que privado dos altos e baixos da vida intensa, parece ser a mais interessante para quem só quer existir sem estar na existência. Muito bom livro, por sinal.
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Mas não posso dizer a mesma coisa de Barba Ensopada de Sangue, um pequeno catatau de mais de 400 páginas que opera a história de um homem com uma rara disfunção que o impede de lembrar dos rostos das pessoas e que, diante o suicídio do pai, de Beta, a cachorra herdada do pai e que o acompanhada por toda a estória, da perda da namorada (Viviane) para o próprio irmão (Dante), do senso de perdição existencial, se muda para Garopaba, uma região praiana de Santa Catarina, tentando descavar a verdade por trás do desaparecimento do avô ali muitos anos antes.
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Galera faz do seu relato uma bem cansativa coletânea de detalhes, de minúcias que, a meu ver, só teriam sentido se fosse um trocadilho, uma alegoria envolvendo a perda da memória dos rostos do nosso eremita, como se sua própria vida dependesse de registrar os mais ínfimos detalhes diante do seguinte e iminente esquecimento das feições das pessoas. Contudo, ensimesmado com o tal mistério que manteve acesa a chama de vida do personagem - a morte do avô, segui assim mesmo, alternando momentos de enlevo por algumas breves passagens bem interessantes à agonia que foi varar páginas e páginas com tantas minúcias aparentemente sem qualquer importância à narrativa. Lá para o final, quando normalmente se dá a apoteose, o desdobramento da trama, a coisa até começa a ficar um pouco interessante mas vê-lo se embrenhar na natureza selvagem - sim, me lembrou a epopeia do Supertrump de Krakauer e chegar à tal ?caverna do Velho. A minha espera de leitor se tornou uma nova decepção porque, sendo o motivo principal de ele ter ido a Garopaba desfazer o tal mistério, é sofrível e até disfuncional a cena do ?encontro? com seu parente desaparecido.
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Enfim. Para ser complacente, não desprezo que o livro tenha algumas cousas interessantes, isso de sair por aí, sem data para voltar, se lançar ao mar de incertezas, à possibilidade de a cada dia escolher sempre é um ideário que as pessoas ansiamos em algum ponto da nossa caminhada mas é forçar a barra entranhar na estória, na verdade nas últimas páginas, algumas poucas reflexões de Wittgenstein, a dialética entre perdão e merecimento, ainda que o motivo fosse dar algum um estofo mais intelectual ao romance e explanar algumas das questões existenciais do nosso bom personagem. Paciência.
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Praça 15/05/2024

O tanto que o autor deu vida pra Beta nesse livro é brincadeira. Fora a capacidade de ele entregar os trejeitos dos personagens sabendo que o autor esquece os rostos
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Rodrigo Arlindo 30/04/2024

“Barba ensopada de sangue” tem uma coisa que adoro em linguagens artísticas: o apuramento técnico como catalisador da expressão. Durante a leitura desse romance pude observar como as escolhas gráficas acompanham a prosódia do ritmo narrativo. Escolher não recorrer à estrutura gráfica corriqueira dos diálogos é uma escolha técnica e estilística totalmente coerente quando pensamos nas características do personagem protagonista desse romance e no ritmo narrativo da história do livro. Faz todo sentido não haver marcações. Assim como faz todo sentido não haver “limites” gráficos para indicar onde param as descrições do narrador e onde começam os diálogos. Trata-se de uma escolha técnica que reforça a expressividade da história do protagonista e intensifica a temática do “despertencimento”.

Enfim, uma excelente leitura. Certamente relerei no futuro.
Vania.Cristina 01/05/2024minha estante
Sempre tive curiosidade sobre esse livro


Rodrigo Arlindo 01/05/2024minha estante
Gostei bastante dele :)




Elisa Ponciano 31/03/2024

Reler sempre vai ser mágico
Lá por 2014 ou 2015 uma colega de trabalho me indicou ele, eu devorei e lembro de ter ficado com muita vontade de conhecer Garopaba. No feriado finalmente fui conhecer e decidi reler o livro, e ele continua sendo um dos meus favoritos.
Alê | @alexandrejjr 29/04/2024minha estante
Que relato bonito, Elisa!


Elisa Ponciano 29/04/2024minha estante
Obrigada, foi um sonho realizado, conhecer os locais e estar dentro do livro de certa forma.




Marina 09/03/2024

Perguntas boas, respostas médias
Esse livro parte de boas premissas, que, por sua vez, geram boas perguntas.

O personagem principal, sem nome, é um professor de educação física introvertido que sofre de prosopagnosia - distúrbio que o impede de reconhecer rostos.

O pai do personagem principal decide se matar por já se considerar muito velho, avisa o filho e no mesmo contexto conta que a morte de seu avô, Gaudério, em Garopaba décadas antes havia sido em circunstâncias desconhecidas - que ele ignorou, mas gostaria de ter buscado entender melhor.

Ao morrer, o pai do protagonista deixa a sua cadela, Beta, com ele, fazendo-o prometer que a iria sacrificar.

Em resumo, múltiplos elementos que geram engajamento e curiosidade no leitor.

Apesar disso, achei a narrativa lenta. Foi cansativo chegar ao final, mesmo com muitos diálogos. Não entendi o propósito de todas as mulheres com quem ele fica na história, nem de várias das passagens.

Acho que gostaria mais excluindo alguns trechos e focando na jornada dele de autoconhecimento / investigação jornalística.

As perguntas foram muito boas, mas as respostas me deram uma sensação de insuficiência / desinteresse.
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J_Piexak 09/02/2024

"Ele não pertence a esse lugar. Há apenas dois lugares possíveis para uma pessoa. A família é um deles. O outro é o mundo inteiro. Às vezes não é fácil saber em qual dos dois estamos."
"Barba ensopada de sangue" conta a história de um educador físico que sofre de prosopagnosia, distúrbio neurológico que faz com que a pessoa não consiga lembrar de rostos, nem de amigos, familiares ou o seu próprio.

A história inicia com este protagonista indo visitar o pai e este o contando que está com câncer e se suicidará no próximo dia. Após tentar ser convencido do contrário, o pai garante que nada o fará mudar de ideia e faz um último pedido ao filho. Além disso, ele conta a história do próprio pai, o Gaudério, que foi morto misteriosamente no final dos anos 60, quando estava morando em Garopaba, litoral de Santa Catarina.

Após a morte do pai, o protagonista se muda de Porto Alegre para Garopaba em uma jornada de autoconhecimento e com o intuito de investigar a morte do avó, mas ao chegar lá percebe que essa missão vai ser mais difícil, já que esse assunto causa um certo incômodo nos habitantes locais, que desejam o manter enterrado.

"Barba ensopada de sangue" não é um romance policial ou um thriller, apesar desse mistério estar sempre permeando a vida do personagem principal e o final dar um desfecho satisfatório pra esse enredo, a narrativa vai muito além.

Acompanhamos a rotina de uma pessoa com prosopagnosia e como essa doença afeta sua vida amorosa, profissional e social. Também conhecemos o dia-a-dia dos habitantes de uma cidade litorânea fora de temporada, uma vez que a história se passa entre o outono e inverno. É muito interessante ir desvendando o passado desse personagem, oque o levou a cortar relações com o irmão, porque sua relação com a mãe é tão frágil e como ele vai cumprir (ou não) o último desejo do pai.

Outra coisa que me deixou muito conectado com a história e o fato do protagonista ser gaúcho e fazer coisas que qualquer um faz, como tomar chimarrão ou ligar a TV praassistir desenhos e estar passando Ana Maria Braga. Além disso, o autor se mudou pra Garopaba enquanto pesquisava pra essa obra, então a experiência é muito imersiva.

Me tornei fã de Daniel Galera e já quero ler tudo que ele escrever. Um dos meus livros favoritos da vida.
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André 30/01/2024

Perde um pouco de fôlego na reta final, mas tem um ótimo clímax. Ambientação é uma das melhores coisas do livro.
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Yasmine.jasserand 24/01/2024

Barba ensopada de sangue definitivamente é um livro que pode te surpreender e te fazer refletir de diversas maneiras
Principalmente de formas que te levam a ter perspectivas diferentes do esperado.
Um dos únicos livros que consegue se encaixar em nenhum e em vários gêneros ao mesmo tempo - romance, mistério, policial, drama?-
É divido em 3 partes, que são por si, bem diferentes, mas que juntos se completam.
O final é controverso mas eu posso dizer que gostei SIM - viu diego?! Eu gostei do final haha-
Destaque para a Beta a cachorrinha mais guerreira que eu já vi (li).
Resumindo, um trama envolvente e descritivo sobre o idealismo do fugere urbem - morar de frente pra praia em uma cidade pequena- com uma condição neurológica um tanto quanto? incomum, ( prosopagnosia ) mas é real, e gostei mais ainda do livro por me apresentar isso.- O que te faz compreender o livro ter tantos detalhes físicos, mesmo que seja muita informação para pouca relevância ( para nós)
+ um conjunto de abordagem psicológicas pessoais, dramas familiares, lendas, reflexões, superstições , religiões?
Merece mais reconhecimento e estou ansiosa pra ver como filme vai abordar tudo.

? uma sociedade inteira despreparada pro sofrimento ou consciente demais do sofrimento. Quanto mais a gente compreende e trata o sofrimento mais a gente acha que sofre e ao mesmo tempo o sofrimento dos outros começa a parecer frescura. A felicidade aqui é muito verdadeira, tão verdadeira quanto o
sofrimento.? - Jasmim, Garopaba
Said Honczaryk 24/01/2024minha estante
???


Said Honczaryk 24/01/2024minha estante
???


Said Honczaryk 24/01/2024minha estante
Moça da 4 vai


Yasmine.jasserand 28/02/2024minha estante
^A nota foi atualizada pra 4.0 decidi q ele merece maas n ssi mudar aqui




Thaise 04/01/2024

Achei um livro cansativo onde fala muito do cotidiano do personagem que se repete bastante e pouco sobre o que ele realmente foi fazer em Garapoba. Se não fosse por Beta esse livro teria menos estrelas ainda pra mim
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Breno 08/12/2023

Memorável...
Dou cinco estrelas porque o livro me surpreendeu muito. Começa meio devagar e assim fica por umas boas páginas, e você fica se perguntando onde isso tudo vai dar. Mas tem sentido, afinal a vida cotidiana em Garopaba não ia ser muito agitada, mesmo. E aí então tudo se desenrola.

Enredo muito bem estruturado, pontas amarradinhas e um final que te faz voltar pro começo para reler as primeiras páginas e assimilar melhor o início. Sem falar dos diálogos, ágeis, envolventes e reais.

Eu só questionaria uma descrição por vezes muito exagerada dos espaços físicos, mas entendo a relação desse foco com a condição neurológica do protagonista.

Belíssimo!!
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Tathi (@Doidosporserieselivros) 11/11/2023

Olá queridos amigos leitores! Preparados para uma leitura com premissa comum que se encaminha para um fim insano?
Minha última leitura finalizada foi um desses livros em que é necessário alguns minutos pós leitura para a alma voltar para o corpo, e fazer a absorção de tudo que aconteceu naquelas páginas.

Estou falando de Barba Ensopada de Sangue de @alargedenial publicado pela @companhiadasletras .

??????????

Neste livro conhecemos um homem que não conseguiu impedir o pai de se suicidar, e que decide sair de Porto Alegre para Garopaba atrás da verdadeira história sobre a morte do seu avô no final dos anos 60.
Porém o homem é portador de uma condição neurológica rara e não consegue gravar rostos, desconhecidos ou não, o que faz com que algumas situações inusitadas aconteçam.
Em Garopaba ele fará novas amizades, e conhecerá muitas pessoas, mas nenhuma delas quer falar sobre o que aconteceu com seu avô, o Gaudério.
Parece que a cidade inteira esconde o ocorrido, e ao final descobrimos o motivo.

??????????

Em uma linda edição de capa dura, Barba ensopada de Sangue fala de uma busca pelo passado, um auto conhecimento ancestral, e uma obsessão como força motriz para superar o luto e as desavenças familiares nas quais ele não quer pensar.

Falando em relações familiares é bem interessante avaliar o psicológico do protagonista, já que cresceu sob os cuidados de um alcoólatra (mesmo assim um pai consideravelmente bom), e uma mãe com preferência escancarada pelo irmão, além de aparentemente racista.

O enredo também aborda a evolução das leis e investigações criminais, espiritualidade, amor pelos animais, perspectivas de felicidade, esquizofrenia, esportes, a história de Garopaba e o poder curativo do mar em nossa alma.

Além de tudo isso foi maravilhoso ler uma trama com a nossa linguagem gaúcha, repleta de ?tri legal?, chimarrões e referências ao Rio Grande do Sul.

O livro de Daniel Galera está disponível em formato físico na Amazon e livrarias físicas ou digitais.
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Paulo.Vitor 10/10/2023

Não dei 5 estrelas pelo fato do livro por não ter um desfecho concreto MAS eu consigo claramente entender, afinal, como a maioria das pessoas ao falar desse livro relata:
o livro não é sobre isso.
Tem como personagem principal um atleta/professor de educação física que tem uma condição onde ele não consegue decorar o rosto das pessoas, e, apesar do título, se trata mais sobre um livro de reflexão e descoberta pessoal do que qualquer outra coisa. Seu pai decide tirar sua própria vida, e não há nada que o personagem (que é referido apenas como ele) possa fazer, exceto, o favor que seu filho deveria fazer, de sacrificar a cadela Beta após o ato. Ele acaba se apegando por Beta, que acaba por virar personagem importantíssimo do livro.
Após o ocorrido, Ele decide vender tudo que tem em Porto Alegre e ir para Garopaba, uma cidade litorânea de Santa Catarina, na tentativa de se abstrair um pouco de seus problemas familiares, de passar pelo processo de luto, e aproveitar para tentar descobrir um pouco sobre seu avô, com quem possui extrema semelhança e desperta curiosidade acerca de sua vida e morte. Posteriormente, é bem perceptível a dicotomia entre ambos.
O fato de eu também não ter conhecido meu avô (materno) e ter o mesmo nome que ele (mesmo que traduzido) me aproximou mais ainda da história, nunca comentaram sobre eu parecer com este avô, até porque, não pareço fisicamente, porém quanto a interesses, com o pouco que consigo reconstruir da personalidade dele, baseado em relatos e anotações sobre interesses, creio que seriamos muito próximos.
O personagem principal passa aquela impressão de que ao mesmo tempo que muitas coisas dão errado pra ele, este também não se ajuda e por vezes toma decisões que nos, como leitores não concordamos, mas são totalmente plausíveis. Os personagens são muito palpáveis, muito reais, os diálogos são ótimos.
Tenho a impressão que na cena clímax, algo começou a ficar meio irreal, mas creio que faz sentido ficar com a dúvida sobre ter acontecido ou não, visto o estado do personagem envolvido.
Vi muitas pessoas comentando que não seria interessante ler o livro com a expectativa de um romance policial, suspense ou algo assim, porém, graças ao título, fui com essa impressão, e concordo, não é sobre isso, MAS o autor soube induzir ou, convergir a minha mente para o tema e assunto que ele queria abordar, e fez isso de maneira magistral.

Assim como todo livro bom, requer reflexão, para que todas as peças se encaixem na engrenagem da mente
Recomendo bastante a leitura.
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Helen Moya 17/09/2023

Embora o livro te conduza pela história do professor de natação gaúcho ( cujo nome não é citado), a busca em conhecer o que de fato aconteceu com seu avô na cidade de Garopaba, um mistério que seus moradores não querem revelar. Lidar com a prosopagnosia, romances mal sucedidos. A trama deixa muitos fios soltos.
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Zuca 14/09/2023

Difícil dizer se os excessos descritivos que sobrecarregam Barba ensopada de sangue são uma decisão estilistica (que emprestaria ao romance um caráter policialesco por vias estéticas, para além do conteúdo) ou projeção de uma visão sólida de mundo – se não, ao menos um esforço de convencimento nesse sentido – por parte do autor; difícil também separar o personagem principal do narrador (e estes de Galera) quando todos soam tão semelhantes.

Apesar de bem servido de personagens e eventos interessantes, o tiro longo (em contraste com a narrativa mais compacta do romance de estreia Até o dia em que o cão morreu) desgasta o investimento do leitor neles – a ponto de transformar as últimas cinquenta páginas de thriller em tormento pelos motivos errados.

site: https://sucintandoresenhas.blogspot.com/
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Wolsey 19/08/2023

Uma das melhores leituras do ano
A escrita é peculiar. Os diálogos se misturam num mesmo parágrafo, junto à narrativa e à descrição, o que me fez ler em ritmo frenético. Há muitas metáforas encolvendo a identidade. Todos têm nome ou apelido, menos o protagonista que no máximo é chamado de professor ou neto do Gaudério. Além disso ele sofre de prosopagnosia e não retém a imagem dos rostos, o que se soma a todo o resto.
Os demais personagens são cativantes e plausíveis, ainda mais pra quem está habituado a Garopaba. Ri muito nos diálogos existencialistas com Bonobo - dono de pousada no Rosa e budista padrão - e Leopoldo (Bife-de-vaca), principalmente quando expôs as ideias pra fazer a pousada bombar no verão.
Mas é muita informação. São perdas, descobrimentos, fugas, viagens, traumas escondidos ou revelados, relacionamentos e isolamento, mansidão e violência que brotam a qualquer momento.
No final do livro a gente volta pra reler o prólogo... pra ter certeza que não perdeu nada.
Foi uma das melhores leituras deste ano. Adorei!
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