rafazaakar 30/06/2021
VOU SER RAINHA DO POP NEM QUE SEJA NA FORÇA DO ÓDIO!
?Tributo a Madonna? - (Elaine Freitas, 2012, Universo dos livros) #24
Não é segredo pra ninguém que, desde que li ?Tipo uma história de amor?, do Abdi Nazemian, meus olhos se abriram um pouco mais pra importância da Madonna pra comunidade Queer. Principalmente se pensarmos nos anos 90. Nunca fui fan, nem acompanhei, mas desde então tenho consumido suas músicas com um pouco mais de carinho e atenção.
Não tenho nem dúvida: Like a Virgin, Like a Prayer e True Blue são meus discos favoritos. Mas e o resto? O que mais ela fez? Quem era a Madonna que encantou tanta gente e arrasta multidões de fans no mundo todo até hoje?
Esse mês, por ser o mês do Orgulho, vi muita gente explanando, compartilhando histórias e motivos para ter a Madonna não só como Rainha do Pop, como também Rainha do Vale. E lembrei que há anos atrás comprei uma biografia dela, e nunca li. Dai, juntando um mais um, eu decidi ler e dar uma chance pra história de vida dela.
Preciso dizer que me surpreendi. Não esperava ver esse lado da Madonna. Ambicioso, sem medo de errar, em busca da fama e do sucesso a todo custo. Soltou muitas mãos no caminho do estrelato, e segurou muitas outras. Sempre obstinada, focada, sedenta pelos holofotes. Me surpreendi, mas gostei, consegui criar uma imagem muito diferente da que tinha dela.
A biografia não toca em assuntos pessoais, nem nos muitos escândalos de Madonna durante sua carreira. Ela foca mais nos aspectos técnicos e pincela, se necessário, um pouco de escândalo e fofoca aqui e ali, caso seja importante pra narrativa.
Narrativa essa que é muito bem construída, fluída, rápida e envolvente. Acompanhamos sua trajetória profissional desde a morte de sua mãe até uma de suas últimas turnês. Conhecemos a Madonna sedenta pelo sucesso em 89, e a Madonna espiritualizada e mãe, nos anos 2000. E acreditem, é incrível toda essa jornada, todo o percurso até ser quem ela é hoje.
Não tenho o costume de ler biografias, mas logo de cara posso dizer que, uma coisa que me incomodou muito na estrutura dessa foi a organização. Freitas dividiu a biografia em temas, então temos um capítulo dedicado à discografia, um às turnês, aos filmes e etc. O problema disso é que a gente começa a criar uma imagem mental da Madonna e acompanhar sua evolução com os anos, e acabamos tendo que voltar tudo de novo para ler sobre outro tema da vida dela, iniciando de novo nos anos 80 e seguindo a diante. Isso quebra a linha de pensamento, ir e voltar nos anos assim faz com que a gente se perca nas eras, nos assuntos e na personalidade da cantora.
Talvez ficasse mais prático dividir tudo por épocas, e falar sobre tudo junto, dando continuidade nos assuntos e fatos. É estranho você ler algo como ?Ah, porque ela comprou um elefante, mas isso você vai ler na página 50?, sabe? Já to aqui, fala de tudo! Conclui o assunto, deixa tudo redondinho!
Tirando isso, e o fato de não ter um aprofundamento na vida pessoal da cantora, o que preencheria muitas lacunas na vida dela que a biografia não explica, eu gostei muito da leitura. Muito mesmo, de verdade. Já estou pesquisando outras biografias assim, de outras divas pop, pra ver se leio.
Inclusive, meu aniversário é dia 21 de julho, aceito o livro dela, Sex, publicado em 1992, de presente, ta bom?! Obrigadinho!