Paraíso das Ideias 25/01/2015
Romances que te remetem a adolescência, que te fazem relembrar aqueles sentimentos e sensações que só o primeiro amor, o primeiro toque, o primeiro beijo podem proporcionar... aquele friozinho na barriga e aquela inocência que te faz crer que aquele é o cara ou a menina certa e que aquilo vai durar para sempre. Tenho saudades dessa época kkkkk, mas vamos ao que interessa.
O livro conta o romance entre dois adolescentes de 16 anos, Park, o descendente de coreanos, que não chega a ser popular no colégio, mas também não faz parte da escória.
Ele tem uma família bacana e acredita não precisar de muito mais que seus gibis e seu walckman, onde ele escuta seus rocks favoritos.
E Eleonor, que não tem a mesma sorte, vinda de uma família grande de 5 irmãos e pais divorciados, Eleanor acabou de retornar pra sua casa após ser deixada pela mãe, Sabrina, na casa de uma amiga para uma estadia de alguns dias que acabou durando um ano.
Após o divórcio tudo ia bem, até Sabrina conhecer e se casar com Rich, um alcoólatra inescrupuloso que não se cansa de agredi-la, tanto corporal quanto verbalmente.
Após um ano longe dos irmãos, Eleanor volta pra casa, e apesar de odiar Rich, é melhor isso do que o conselho tutelar. Tudo pra ela é novo, casa, colégio, pessoas. Ela se sente estranha, e se acha um patinho feio, se considera gorda e com isso não consegue gostar de si mesma. Se veste de uma forma excêntrica, com roupas de meninos e se utiliza de apetrechos estranhos, como gravatas para usar de pulseira, calada e sozinha a única coisa que ela quer é ser invisível, e quem sabe assim, não ser notada por Rich.
Por falta de opções, Park se vê obrigado a dividir o banco do ônibus escolar com Eleanor, a garota que aos seus olhos é mais estranha do que seria possível uma pessoa normal ser. E é ai que a amizade começa, aos poucos Park vai perceber que Eleanor lê seus gibis a distância, enquanto ele os folheia no trajeto de ida e volta do colégio. Uma gentileza aqui, uma palavra ali, e logo eles estão conversando.
"Concordavam sobre tudo que era importante e discutiam sobre o restante. E isso era bom também, porque, quando discutiam, Eleanor sempre fazia Park morrer de rir."
Mas para Eleanor que nada possuía, um simples gesto pode significar muito para o seu coração carente e abalado, sua vida era cheia de cicatrizes que talvez jamais pudessem ser curadas, e ela viu naquele amigo a chance de algo melhor.
"E a vontade de chorar virou raiva. Porque, se ela ia chorar por uma coisa, seria pelo fato de sua vida ser uma droga completa, e não porque um garoto legal e bonitinho não gostava dela desse jeito.
Principalmente considerando que ser amiga de Park era, basicamente, a melhor coisa que já lhe acontecera na vida."
E assim começa um lindo romance adolescente...
Em toda face da terra, acredito ser a pessoa mais suspeita a falar de romances assim kkkkk, mas ainda sim eu o faço!!!
Amei cada pedacinho da história, a autora sem duvidas é maravilhosa. O livro é narrado em terceira pessoa, mas de uma forma muito suave, os diálogos são simples e perfeitos, e acreditem, a leitura flui tão bem, que eu li essas quase quatrocentas páginas em apenas algumas horas kkkkkkkkkkk.
Park aos poucos vai começar a ver aquilo que Eleonor tem de bom dentro dela, e vai começar a se apaixonar não pela menina estranha com roupas masculinas, mas pela doce e estranha Eleonor que esta por dentro!
Eu me identifiquei em muitas partes do livro, talvez seja por isso que eu tenha gostado tanto, mas confesso que sei o peso de ser gordinha e não ser feliz com isso, pai ausente, alcoolismo, entre outras.... Mas a coisa que mais me irritou na estória toda foi sem dúvida a Sabrina.
Eu sei que as coisas relatadas no livro acontecem diariamente com várias pessoas ao redor do mundo, e ainda que saibamos disso, só paramos pra prestar atenção mesmo, quando realmente esta na nossa frente, no entanto bullying, preconceito, meninos malvados no colégio não conseguem me indiguinar tanto quanto, a subordinação de Sabrina.
Abandonar a filha na casa de alguém porque o marido não a quer? Aguentar um bêbado enchendo o saco, só porque ele coloca o minimo de comida na mesa? Apanhar todos os dias e ainda assim continuar ali servindo sem questionar? Isso é demais pra mim, e me dói mais ainda saber que isso é real.
Mas em contra partida temos a família de Park, que apesar dos problemas e de não gostarem da Eleanor logo de cara, no final dão total apoio e entendem as dificuldades e os problemas que ela é obrigada a enfrentar.
Queria contar cada pedacinho da estória, e mostrar pra vocês o quanto ela é mágica, mas meu código de ética não permite kkkkkkkkk.
Enfim, revoltas e elogios á parte, a estória é mais uma daquelas que não passa em branco, que deixa algo a se repensar e quem sabe um desejo de mudança!
Amei Eleanor e Park e agradeço a turma do Projeto por me proporcionarem essa leitura que com certeza vai pra lista dos Favoritos.
E a melhor noticia que eu poderia receber, é de que Eleanor e Park vai virar filme! Uhuuuu mas um que com certeza esperarei ansiosa para assistir. Por enquanto só posso antecipar que os direitos foram comprados pela DreemWorks Studios, mas assim que souber de mais coisas, venho contar pra vocês.
Eu espero realmente que tenham gostado, que leiam e que voltem pra me contar!!
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