Eleanor & Park

Eleanor & Park Rainbow Rowell




Resenhas - Eleanor & Park


84 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6


Juliana A. 17/07/2017

[Resenha] Eleanor & Park, de Rainbow Rowell
Difícil dizer pra vocês o que eu esperava desse livro, só sei que me surpreendi com o quanto ele me prendeu do início ao fim, o li em 3 dias e não consegui ficar quieta até saber qual seria o desfecho. A história é intensa. Eleanor & Park são intensos, mas não somente eles, tudo em volta deles. Esperava um final diferente e, apenas depois de ter terminado o livro, procurei comentários à respeito da obra na internet e vi várias vezes o quanto o fim do enredo era decepcionante. No momento em que terminei de fato foi, mas depois que parei pra pensar é um final tão intenso quanto eles dois, e chega a dar falta de ar (isso é real) as últimas frases da história.

"Não existem príncipes encantados, pensou ela. Não existem finais felizes. Ela olhou para Park. Dentro dos olhos verdes dele. Você salvou minha vida, ela tentou dizer. Não para sempre, não definitivamente. Provavelmente, só por certo tempo. Mas salvou minha vida, e agora eu sou sua. O que sou agora é seu. Para sempre."

Eleanor tem uma vida difícil, uma família difícil. Seu padrasto é terrivelmente maldoso, sua mãe completamente submissa a ele e seus irmãos indo no mesmo caminho. Como se não bastasse, ela acaba de entrar na escola do bairro e é alvo de olhares tortos e insultos vindos dos valentões do lugar, tudo por ela não ser da "forma correta" que uma garota deveria ser. Em meio a suas sardas e cachos avermelhados ela tenta não ser percebida, o que para ela parecia ser impossível e a cada brincadeira de mal gosto ela sentia-se cada vez mais inapropriada para o mundo.

Park não é nenhum mocinho padrão, filho de mãe coreana e pai americano, é citado inúmeras vezes como o mestiço, vezes lindo outras vezes idiota. Este carrega consigo uma necessidade de se encontrar, sente-se como se não pertencesse a lugar nenhum. Apesar disso ele consegue se encaixar o bastante na escola para não ser incomodado ou se meter em problemas. Sua família, em especial seu pai, bombardeiam o garoto de expectativas que ele não consegue suprir e, por isso, inibe mais ainda sua vontade de encontra-se. Park é um geek assíduo, amante de quadrinhos e músicas gritantes, morador do seu mundo particular, onde ninguém o incomoda e ele não incomoda ninguém. Até conhecer Eleanor.

Eleanor e Park são tão distantes e ao mesmo tempo isso vai fazer com que eles se precisem tanto. Por um sopro do destino eles vão sentar-se lado a lado a caminho da escola e, em meio a trocas de músicas e gibis, vão reconhecendo um no outro a pessoa que iria mudar completamente a vida deles.

A história parece se passar nos anos 80/90 e apesar disso pode ser tida como os dias de hoje. Além de um romance nem um pouco clichê, se pode ver dramas adolescentes que eu mesma vivi, como bullying, inseguranças com o corpo, primeiro amor, primeiro beijo, problemas familiares (alguns deles bastante sérios), dentre muitas outras coisas. Inicialmente vemos dois personagens praticamente opostos e que jamais se aproximariam na vida real, mas no decorrer da história vamos conhecendo mais a fundo cada um e podemos perceber o quanto, na verdade, eles são parecidos e como um ajuda o outro a superar suas próprias frustrações.

As músicas, os gibis e a amizade de Park são razões para Eleanor querer levantar todas as manhãs, tornam-se incentivos para que ela supere todos os problemas que rodeiam sua vida. Já para Park, Eleanor passa a lhe mostrar o quanto ele precisa se abrir para ser de fato feliz, que a opinião dos outros não importa tanto assim. O mais bonito da história é isso, não só o amor entre os dois, mas o quanto eles são porto seguro um para o outro, um escape e uma solução para os problemas da vida, e não somente como casal, como amigos também.

"Não gosto de você, Park. Eu acho que vivo por você. Acho que nem respiro quando não estamos juntos."

É tão lindo e emocionante ver o relacionamento dos dois acontecer, existe entre eles muito além de amor, existe lealdade, paixão, amizade e cumplicidade. A gente vive junto com eles cada cena, desde o primeiro toque de mãos aos beijos no Impala, tudo com muita verdade e sentimento, de uma forma que eu (juro pra vocês) achei que fosse impossível colocar em palavras. Apesar de todas as diferenças entre os dois, inseguranças com o corpo, com a própria personalidade, cada um encontra no outro todos os dias algo novo a que amar, e não vou mentir pra vocês, eu me sentia abraçada no coração toda cena que eles estavam juntos.

Bom, acho que deixei bem claro o quanto me apaixonei por esse enredo, não é? E eu acho muito difícil que você não se apaixone e se apegue a esses personagens também. Foi o primeiro livro que leio da Rainbow Rowell e eu não vejo a hora de ler mais livros dela, achei sua escrita incrível, contagiante e fluida, do jeitinho que eu amo.
comentários(0)comente



Lauraa Machado 19/06/2017

Todo mundo deveria ler
Antes mesmo de acabar, eu já sabia que teria sempre um lugar especial no meu coração para este livro! Tem tanta coisa incrível nele, que vou até me atrapalhar para explicar.

A começar pela escrita, que foi impecável, na minha opinião. Além de ela ter sido ideal para o clima da história, deu para ver as mudanças sutis entre os dois personagens, de um jeito original, sensível e divertido que eu nunca vi antes! (E que me fez já adicionar vários outros livros da mesma autora na minha lista dos que quero ler.) Até mesmo as coisas que ela não diz têm peso, te fazem sentir a história. É incrível isso, sério! Uma narrativa intensa e única!

Os personagens são maravilhosos, e não só por serem diversificados, mas porque eles são humanos, têm problemas realistas, opiniões individuais e não puxam para clichê nenhum! E, apesar de serem complexos, eles são adolescentes! Tão adolescentes que me fez pensar em todos os que eu conheço de um jeito diferente, tentando entendê-los melhor. Me lembrei um pouco de mim mesma, de quando eu já fui jovem, mesmo que não tenha passado por nem metade do que eles passaram.

E, meu deus, eu sofri com eles! Me apaixonei, me derreti em certas partes e sofri bastante em outras. O clímax me deixou aflita, imaginando o pior, querendo por tudo no mundo que o livro não acabasse trágico, porque meu coração não aguentaria! Sofri de um jeito muito incrível com essa história! Haha. Foi uma mistura de emoções maravilhosas, que me faz querer comprar este livro para todo mundo que eu conheço!

Para ser bem honesta, não é um livro que mudou a minha vida, que vai entrar no topo da minha lista de favoritos. Mas ele me surpreendeu, vai ter mesmo sempre um espaço para ele no meu coração, e eu acho que não tem absolutamente nada que a autora poderia ter feito diferente (ou seja, melhor). Fico tão feliz de ter lido e vou realmente sair falando para outras pessoas lerem. Nós precisamos de mais livros como esse pelo mundo! Tudo seria bem melhor!
comentários(0)comente



Carla Brandão 26/06/2016

O ano é 1986. Os protagonistas são Eleanor e Park, ambos adolescentes de 16 anos. Ela, uma menina de cabelos cacheados e muito ruivos, um pouco acima do peso e sempre usando roupas estranhas. Ele, descendente de coreanos e meio nerd. O caminho dos dos dois se cruza no primeiro dia de aula de Eleanor em sua nova escola. Ao entrar no ônibus escolar, o lugar ao lado de Park é o único disponível. Os dois sequer se falam e, a princípio, ele se sente incomodado com a garota esquisita com a qual passa a dividir o banco todos os dias.

A aproximação dos dois tem início a partir das revistas em quadrinhos e da música. Park percebe que Eleanor está sempre lendo junto com ele suas revistas e que tem o nome de algumas músicas escritas em seus livros. Esses dois elementos tornam-se o ponto de partida das conversas entre os dois, trazendo muitas referências a bandas e quadrinhos da época (a maioria em alta até hoje) como Watchmen, X-men, Smiths e The Cure. Park começa a virar as páginas das revistas mais devagar ao ler, depois empresta algumas para Eleanor e até grava fitas K7 para ela ouvir em seu walkman (1986, gente!). O envolvimento dos dois se dá pouco a pouco, a cada página.

O romance é o foco da autora, mas Rainbow Rowell também destacou outros aspectos da vida dos personagens. Eleanor, por exemplo, sofre bullying na escola e tem problemas muito sérios em casa. Ela divide o quarto com seus quatro irmãos mais novos, tem um padrasto violento e uma mãe submissa. Park tem uma vida mais confortável e tranquila, com apenas alguns conflitos normais com os pais.

Apesar de trazer alguns temas mais pesados, Eleanor & Park é, na maior parte do tempo, um livro leve. O romance não é meloso, mas é fofo e faz qualquer um que já tenha se apaixonado lembrar de sua própria experiência. As primeiras conversas, meio atrapalhadas, os primeiros toques, a primeira vez de mãos dadas, o primeiro beijo, a necessidade de estar junto o tempo inteiro... Tudo isso é vivido pelos personagens, que narram todas as sensações com a intensidade de quem vive o amor pela primeira vez. Impossível não se identificar.

Os capítulos são curtos e dentro de cada um temos o ponto de vida de Eleanor e o de Park, o que permite ao leitor conhecer a história por inteiro. Gostei bastante da escrita de Rainbow e a leitura fluiu muito bem desde o início. Experimentei muitos sentimentos diferentes a cada virada de página, e ser capaz de mexer com as minhas emoções é algo que garante muitos pontos positivos para um livro.

Eleanor & Park é um daqueles livros que não dá vontade de parar de ler enquanto não terminar. E por falar nisso, a autora optou por um final que algumas pessoas não curtiram muito... Eu gostei!

site: https://blog-entre-aspas.blogspot.com.br/2014/02/resenha-eleanor-park-rainbow-rowell.html
comentários(0)comente



Gaby 22/04/2016

Resenha Eleanor e Park | Leio na Rede | Gaby Monteiro
O primeiro livro que li do Book Haul que postei há algumas semanas foi Eleanor e Park da Rainbow Rowell.

O romance adolescente é narrado por duas visões: a de Eleanor e a de Park. Ela é uma jovem com cabelos ruivos bagunçados, é acima do peso, usa roupas masculinas e largas. A mais velha de cinco, Eleanor vive em um lar desestruturado, seu pai os abandonou, o marido de sua mãe, Richie, é temido por todos na casa e sua mãe passivamente aceita tudo o que ele pede. Já Park é um garoto coreano com uma família estruturada, seus pais demonstram amor constante um pelo outro e seu irmão tem a típica relação de implicância entre caçula e primogênito.

Os personagens se conhecem no ônibus escolar quando Eleanor se senta ao lado de Park. Começa, então, uma amizade silenciosa, somente com gestos, que com o tempo viram falas e posteriormente amor.

Gostei muito da narrativa de Rainbow nesse livro e da construção dos personagens e profundidade do enredo, diferentemente da minha impressão ao ler FanGirl. A única coisa que não gostei foi o final que me decepcionou bastante. Achei a resolução dos últimos fatos muito corrida, além de desaprovar uma atitude de Eleanor.

A edição que li é em inglês e a leitura foi tranquila, adorei as gírias e expressões presentes nos diálogos. Nessa edição também tem uma pequena entrevista com a autora que diz que pensou em escrever uma continuação para a história, mas visto o sucesso do livro acabou desistindo. Apesar de não ter gostado do final, também não gostaria de uma continuação, acho que a história como um livro único fica perfeita.

Já mostrei em vídeo os detalhes dessa edição colecionador da Barnes and Nobles, para ver clique aqui.

Por fim, fica a saudade desse romance e a indicação para quem quer ler algo com uma pitada de ironia.

site: http://leionarede.blogspot.com.br/2016/03/resenha-eleanor-e-park.html
comentários(0)comente



Larissa 21/03/2016

Aaaaahhh os amores adolescentes

site: www.literaturapessoal.wordpress.com
comentários(0)comente



Thayná Alvarenga 30/12/2015

D:
O que dizer de Eleanor e Park??? Geeeeente! Perfeito demais. História de um romance jovem, cheio de dificuldades... porém o amor vence tudo né???
Ela não escreveu uma carta; mandara um postal. Com apenas 3 palavras!!!! AI MEU DEUS!
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Isa 08/10/2015

Eleanor & Park
Rainbow Rowell é uma daquelas autoras que tem a escrita fácil. É só abrir um de seus quatro livros, publicados no Brasil pela editora Novo Século, pra embarcar em uma daquelas histórias que de tão suaves, facilmente te envolvem. Quando você se dá conta, já leu cinquenta páginas sem perceber. Assim como a própria descrição da autora feita na orelha de seus livros, às vezes escreve sobre adultos, às vezes sobre adolescentes. "Eleanor & Park" é a segunda opção, e alterna o ponto de vista em terceira pessoa de dois estudantes do ensino médio dos anos oitenta.
Depois de um longo período fora de casa, Eleanor volta pro lar problemático onde vivem a mãe e os irmãos. Todos são submissso ao “homem da casa”, o padrasto que (mal) põe comida na mesa, é extremamente violento, e um péssimo exemplo a ser seguido. Ela não tem nada mais do que alguns pertences que não foram descartados após sua saída, e um lugar na parte de cima da beliche no quarto onde todos os irmãos dormem amontoados. A mãe, apesar de ser uma mulher carinhosa, percebeu que se dedicar aos filhos e se submeter as vontades do marido eram duas coisas que não podiam conviver harmoniosamente.
Quando Eleanor entra no ônibus escolar pro seu primeiro dia de aula na escola nova, se vê diante de uma extensão do inferno que é a vida em casa: Pessoas que provavelmente vão implicar com seu manequim acima do considerado aceitável, suas roupas esquisitas, e os cachos ruivos. Não estava errada. Na busca de um lugar pra se sentar, acaba ao lado de Park, um garoto de origem coreana, que toca a sua vida escolar no meio termo entre a invisibilidade e a popularidade, o que é suficiente para que ninguém o incomode.
Park está sempre lendo quadrinhos, e ouvindo música em seus fones. Ele acha Eleanor estranha, e não a quer por perto. O mesmo pode se dizer sobre ela, que tem em mente que ele é só mais um garoto estúpido, assim como o pessoal do fundo do ônibus. No entanto, a garota começa a acompanhar as histórias do X-men que ele sempre está lendo quando ela senta ao seu lado, e quando ele se dá conta disso, começa a deixar gibis no banco, pra que ela possa pegar emprestado e ler também. Isso da brecha para que, após uma breve resistência, os dois comecem a conversar, e (claro) a se apaixonar.
Essa parte da história soa bem estranha do ponto de vista de Park, partindo do fato de que ele a descreve como “grande e esquisita”, e com quem não quer nenhum tipo de contato. Já pelo lado de Eleanor, é compreensível, já que ela precisa de algo a que se agarrar. A vida, pra ela, é difícil o suficiente, e mesmo que tenha sempre um pé atrás com tudo e com todos, os gibis e Park são a única coisa não terrível em seus dias como estrangeira na casa do padrasto, com a mãe que é, acima de tudo, esposa, e os irmãos que são inocentes a ponto de o chamarem de pai.
Passando do início-de-paixão-de-uma-hora-pra-outra, Raibow da vida pra um Park que aos poucos vai compreendendo a inacessibilidade do mundo de Eleanor, e simultâneamente, construindo com ela um lugar comum pros dois onde eles podem ser eles mesmos, e tem a oportunidade de fugir de tudo aquilo que não está como deveria.
Ambos aprendem juntos lições importantes que são inevitáveis de não se aprender quando dois universos completamente diferentes se cruzam. Ela o ensina que nem todos tem uma vida normal, cujos únicos problemas envolvem as expectativas que os familiares tem de você. Ele mostra pra ela o que é ter alguém que realmente se importa, e faz o possível pra que Eleanor goste de si mesma, como ele gosta dela.
Talvez por ter tido expectativas demais com a leitura, me decepcionei um pouco com o desenrolar da história. O livro fica realmente bom do meio pro final, e apesar da parte fofa, é extremamente triste. As revelações finais deixam a sensação de “Por que isso não foi dito antes? Teria feito muito mais sentido.”, e dão um aperto no peito ao terminar a última página.
Eleanor e Park não é perfeito (✪✪✪✪), mas é aquela leitura despreocupada, que descansa a mente, mesmo abordando assuntos como bullying, relacionamentos abusivos, violência doméstica e preconceito. É impossivel não desenvolver uma relação afetuosa com o enredo, que além de sentimental, contém uma trilha sonora cheia de músicas dos anos sessenta, setenta e oitenta de bandas como Beatles, Joy Division, U2 e The Smiths.
O final, apesar de não ser o que ninguém quer ler, traz um toque de realidade pra história, já que a arte imita vida, e assim como no livro, nem tudo tem um final feliz.

site: http://www.avalancheliteraria.com.br/
comentários(0)comente



Gabi 03/10/2015

Confesso que de tanto ver a imagem dos dois estampada em cada página literária que eu sigo (e acreditem, são muitas), fiquei muito, mas muito curiosa mesmo, e saí por aí, nas livrarias da Cidade Maravilhosa procurano por eles. Acontece que estava muito caro e eu até desisti. Mas a foto da capa do bonitinho não deixou de aparecer então acabei não resistindo ao impulso de ceder à promoção do submarino.
Pois bem. Foram 3 longos dias.
No início, um choque. A história começou bem diferente do que eu tinha imaginado: um romance no tempo dos meus pais, com uma personagem principal absolutamente fora dos padrões de beleza estabelecidos pela sociedade, um ônibus escolar completamente absorto no mundinho de filme adolescente americano e uma história de vida mui peculiar que ameaça dar as caras.
Seguidamente, o enredo particular de cada personagem vai se revelando nas brechas entre encontros no ônibus e empréstimos de gibis. Eleanor é a primeira filha dos 5 de Sabrina. Seus pais são separados e ela acabou de voltar para casa da mãe, que divide-na com o padrasto, um cara muito muito bipolar, que é praticamente o bicho papão, anteriormente expulsou a moça de casa (o que explica a volta) e só faz gritar e/ou colocar medo nas criancinhas. Park, um adolescente de classe média, é vidrado em rock e sempre lê gibis. A princípio, apresenta um preconceito quanto a Eleonor, por causa das roupas surradas e masculinas da moça (uma vez que sua família mal tinha dinheiro para a comida), mas acaba por revelar sua boa índole.
Basicamente, a história trata da queda dos preconceitos de Park e do processo de aceitação de Eleonor para com ela mesma. Ele descobre que ela é muito mais do que as roupas largas e fora de moda, e ela percebe que é linda e amável (no sentido literal), mesmo com toda a dificuldade que passa.
Não posso dizer que gostei do final. Mas também não posso dizer que odiei.
No instante em que terminei o livro fiquei esperando o resto da história, num processo de negação, tentando dizer pra mim mesma que tava faltando uma parte. Um pouco depois eu senti raiva. Mas agora eu to pensando em Uma Aflição Imperial, de A Culpa é das Estrelas, e como a Hazel, imaginando que ele termina assim porque a autora (usuária assídua da maldade para com os leitores) quis conferir verossimilhança à obra. Porque a vida e as histórias que a gente escreve na vida terminam e começam quando ela bem entende e tal e coisa e coisa e tal. Mas nah.
Pra ser sincera, me decepcionei um pouco com o livro. Criei uma imagem para ele na minha cabeça antes de tê-lo nas mãos. Esperei um romance daqueles que a gente não consegue largar, e que em cada capítulo acontece uma coisa diferente e te faz querer dormir com o livro, comer o livro, abraçar o livro, tomar banho com o livro, pra ver se ele se incorpora a vida real mas não foi assim.
No entanto, contraditoriamente e à sua maneira, o estilo do livro de prendeu. Não de um jeito desesperador, mas de um jeito que me fez torcer para que as coisas dessem certo na história. As narrações que intercalavam o ponto de vista de um e do outro, o fato deles se apaixonarem gradativamente, a maneira como a Rainbow faz a Eleonor ser a mocinha amável mesmo que ela não seja dona do corpo perfeito e não tenha muitos amigos... De algum jeito, o livro se tornou especial pra mim. Foi uma leitura que valeu a pena não por ser aquele clichê esperado em todo romance: um mocinho e uma mocinha que passam um milhão de dificuldades para ficarem juntos. Foi uma leitura que valeu a pena porque têm personagens com uma história de vida que faz a gente repensar a nossa; porque tem um casal que se apaixona através da leitura; porque parece tão de verdade que te cativa a ponto de você se sentir confidente daqueles dois. E é por isso que ele mereceu essa resenha.

site: http://capitufrustrada.blogspot.com
comentários(0)comente



lulu 17/08/2015

Eleanor & Park
Quero lê
comentários(0)comente



Fernanda 12/05/2015

Eleanor & Park - 2 estrelas!
Eleanor & Park ???? (2 estrelas de 5, pela trilha sonora e pela a possibilidade de algo que poderia ter sido um dos melhores livros YA!!)

***

Sra. Rowell, sabe qual o seu problema? A senhora não sabe concluir enredos! Essa é a verdade!!!

Não me entenda mal... Achei até fofinha a sua explicação para quais seriam as tais três palavras no cartão postal. Sim... Seria linda e compreensível, não fosse o fato de eu já a conhecer, dona Rowell! Não fosse o fato de eu ter perdido três dias da minha vida lendo um livro da senhora no qual foram lançados ao léu infinitos enredos, sem que a senhora tivesse tido a capacidade de desenvolver algum deles e muito menos CONCLUIR ao menos um! Não fosse o fato de que aquele não era o único enredo a ser concluído no livro!

Então, não me venha com discursos fofinhos e aparentemente inteligentes! Foi a simples e pura falta de capacidade de concluir as histórias que a senhora cria! Se não tivesse perdido minhas preciosas horas com Fangirl, talvez a senhora tivesse conseguido me enganar, mas não desta vez! Definitivamente não desta vez, quando a tentativa era tirar a má impressão que tinha da sua escrita!

Todavia, dessa vez preciso dar crédito ao fato de a senhora ter conseguido pelo menos desenvolver um dos enredos presentes no livro, mas... mas... Mais uma vez a senhora não cumpriu a sua tarefa de concluir sua história! Não me entenda mal, novamente. O recurso escolhido e utilizado pela senhora não é novidade, mas pelo menos todas as vezes que ele fora aplicado antes havia coerência e não a incapacidade como justificativa!

Alem disso, nunca em toda a minha vida li expressões tão racistas em um livro, sem que houvesse qualquer objetivo educativo ou crítico por trás delas! Nunca em toda a minha vida me arrepiei tanto ao ler expressões que denegriram tanto um grupo de pessoas! Em menos de 50 páginas já havia sublinhado inúmeros trechos nos quais a senhora tratou tão pejorativamente os negros, com clichês e comparativos que me fizeram arrepiar! Continuei lendo, na expectativa de que em algum momento a senhora iria usar essas passagens como exemplo do tão assombroso bullying e preconceito que existem nas escolas de hoje, principalmente nas americanas. Mas não. Foram esquecidas e deixadas como algo natural, porque não foram criticadas em momento algum. Pelo contrário. Foram ditas pelos persongens principais e modelos do livro. Enojada descreve meu estado diante de tal situação!

Assim, senhora Rowell, venho aqui dizer que minha relação com a senhora está oficialmente rompida! Seja feliz em sua carreira... Seguirei na busca por livros que me acrescentem e ensinem algo! ;) #NaoNaoConseguimosTirarAMaImpressao
Amanda 16/01/2018minha estante
Estava desesperada por alguém mais que tivesse visto esses problemas no livro. Sinceramente não consigo entender como as pessoas vem esse como uma dos melhores YA atuais! Como eu já tive vários problemas com Attachments e achei Fangirl meio fraco nem terminei de ler esse.




Clóvis Marcelo 28/04/2015

Ambientado em 1986, Eleanor & Park é cômico e ao mesmo tempo triste, mostrando a descoberta do primeiro amor. Com narrações divertidas, Rainbow Rowell fisga por sua escrita, porém peca com uma narrativa rasa, que não alcança todas as expectativas do leitor.

Narrado em terceira pessoa, mesclando os pontos de vista entre um e outro, somos apresentados a Eleanor, uma garota que acaba de chegar a casa onde vive a mãe, o padastro e os quatro irmãos, após uma temporada passada na casa de amigos da família por conta de desentendimentos com o marido da mãe. Tendo que enfrentar um novo colégio e retomar ao lar opressor que bem se lembra, Eleanor conhece Park, um garoto reservado, com aparência oriental (Coreano, mais especificamente), que sempre vai no ônibus escolar lendo suas revistas em quadrinhos. Não bastasse todo o contexto em que vive, a garota ainda tem de aturar o bullying dos colegas de classe por sua aparência excêntrica: cabelos ruivos encaracolados, pele branca com sardas, alguns quilos a mais e roupas extravagantes que chamam ainda mais atenção.

O romance se passa no ensino médio e irá mostrar justamente isso, o cotidiano desses dois adolescentes, personagens centrais da história. Park, a princípio, não quer se aproximar da aluna nova, o colegial já é difícil demais ficando longe de problemas, no seu canto, sem ser notado. Mas uma série de acontecimentos fazem com que Eleanor passe a ser uma companhia diária em suas viagens a escola.

O livro aborda temas interessantes, como distinção racial, violência doméstica e o tão conhecido bullying. Fatores como referências musicais e personagens icônicos contribuem para um maior envolvimento com a história, contudo ainda falta algo mais. Quando estamos passando a nos envolver com o enredo – uma vez, que já nos acostumamos com a troca de palavras amorosas entre Eleanor e Park em suas próprias cabeças – a autora resolve mudar o rumo da história, que decai para um anticlímax com um desfecho que pode fazer o leitor dar suspiros ou ficar frustrado, como foi meu caso.

Pelo romantismo, pelas frases de efeito e referências musicais, usando minha roupagem adolescente eu posso dizer que me encantei com a história, dando, assim, 3.5 estrelas. Fangirl, publicado no mesmo ano pela autora, consegue ser melhor e puxa mais para o adulto do que o jovem.

Meus Momentos preferidos da história
(Quem já leu entenderá)

1. A briga na parada de ônibus
2. O encontro na neve na calada da noite
3. O primeiro beijo na entrada de carros
4. A primeira vez sozinhos na casa de Park

SOBRE A EXPERIÊNCIA DE LER EM INGLÊS

Essa é a minha segunda experiência lendo um livro em inglês. Decidi fazer as leituras do livro dessa autora na língua original. Comparado a Fangirl a linguagem aqui está mais fácil, o número de páginas é menor, e os capítulos são bem espaçados. Acredito que quem esteja começando o nível intermediário conseguirá ler sem muitos problemas. É uma leitura prazerosa que sempre acrescenta mais vocabulário; uma opção para quem não quer ler YA (Young Adult) com muita frequência, e sim começar a ler no idioma original.

QUOTES / CITAÇÕES

"For some reason, she didn’t want to read in front of him. It would be like letting him watch her eat. It would be like… admitting something." Eleanor

"Maybe I’m not attracted to real girls, he’d thought at the time. Maybe I’m some sort of perverted cartoon-sexual. Or maybe, he thought now, he just didn’t recognize all those other girls. The way a computer drive will spit out a disk if it doesn’t recognize the formatting. When he touched Eleanor’s hand, he recognized her. He knew." Park

"Jesus. Was it possible to rape somebody’s hand?" Eleanor

"Whenever he saw Eleanor, he couldn’t think about pulling away. He couldn’t think about anything at all. Except touching her. Except doing whatever he could or had to, to make her happy." Park

"What were the chances you’d ever meet someone like that? he wondered. Someone you could love forever, someone who would forever love you back? And what did you do when that person was born half a world away?" Park

***

Nota: Este livro, bem como os outros publicados pela autora, estão sendo traduzidos no Brasil pela editora Novo século.


site: http://defrentecomoslivros.blogspot.com/2015/04/resenha-eleanor-and-park-rainbow-rowell.html
comentários(0)comente



Hévila 25/04/2015

envolvente
Há muito tempo eu não lia algo tão cativante... Eleanor e Park é a típica história de um namoro no colegial. mas com o desenrolar da história, você descobre que não é SÓ um namoro no colegial, e sim uma história de amor e cumplicidade, transformação e laldade... A escrita é maravilhosa e prende muito o leitor, é muito bom, muito mesmo! Amei e recomendo a todos.
mrsmaddox 25/04/2015minha estante
Amo demais




84 encontrados | exibindo 46 a 61
1 | 2 | 3 | 4 | 5 | 6