Sol e Aço

Sol e Aço Yukio Mishima




Resenhas - Sol e Aço


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Joao Felipe 08/12/2023

Lua e Chuva
Mishima é o escritor que mais me leva a contemplação em meio a leitura, em muitos casos por ser uma outra cultura e a forma como ela me fascina.
Esse sentimento de meditação em meio a uma leitura pra mim é fascinante, literatura se torna isso pra mim, o enigmático, algo que eu vou ter que se esforçar pra entender, e no fim eu sempre tiro uma linha pra mim, e vale..

Deixo as palavras finais de Paulo Leminski na edição que eu li.
"O que Mishima apresenta não é uma generalidade. É uma experiência pessoal, intransferível como uma dor de dente, como parar de fumar, como querer ser, maior que si mesmo.
Sol e Aço: a luta com as palavras. A luta com as armas. A luta consigo mesmo. A luta contra o destino. O amor pelo sol.
O texto/testamento do samurai está à altura do gesto."
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Will 22/05/2023

Não captei o tão extraordinário do livro, salvo o autor.
A parte mais interessante é a história e desfecho da vida do autor. A filosofia dele não me cativou, achei confuso em vários pontos e ficava torcendo pra avançar logo a leitura. Temos que levar em conta certos elementos da cultura oriental, mas independente disso, continuo achando uma filosofia deprimente, banal e de fim trágico. Fica como ponto alto a descrição do autor após a conclusão do livro.
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José Cláudio 04/06/2021

Nesse ensaio, o grande escritor japonês Yukio Mishima faz uma defesa apaixonada pelos seus valores de culto ao corpo belo e ao militarismo, já que ele era um militante de extrema direita, que queria retomar ao Imperador do Japão seu papel de deus. Tudo isso coaduna com seu suicidio ritual acontecido em novembro de 1970, Mishima moldou seu corpo e mente para esse momento. A edição brasileira conta com tradução e posfácio do grande Paulo Leminski.
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Gustota 08/03/2017

Romantismo acerca do militarismo
Esse livro remeteu a mim aos recentes manifestantes nacionalistas e patriotas que surgiram nesse período de polarização política do Brasil, com uniformes militares e fala inflamada sobre valores. Feito porém, com uma mente intelectual mais elaborada.

É interessante que Yukio Mishima seja um homem culto e essa cultura acaba por dar ao seu relato de auto-análise certa aura de coerência. Entretanto, essa coerência não deixa de ser um tanto quanto ridícula. O autor é fascinado pelo militarismo, nacionalismo e extrema-direita não pelas suas ideias e ações práticas, mas por uma ideia romântica de virilidade e disciplina.

Esse livro é um longo relato exaltando a beleza de cultivar os músculos, a beleza dos uniformes militares, a pulsão quase erótica do suicídio dos kamikazes, a energia mental que exige uma missão militar. Curiosamente, Mishima em si nunca foi militar. Ele tinha um clube de extrema-direita nacionalista com estudantes universitários e os militares emprestavam as instalações militares para eles treinarem e às vezes até participar de alguns treinamentos sérios.

Percebi nesse livro também todos os indícios de pra onde Mishima iria: sua declaração de que gostaria de se matar, mas só o faria se tivesse um corpo perfeito; o desejo de morrer jovem e sem sinais de decadência física; sua ideia de unir ideias literárias românticas com artes marciais e artes marciais com ação militar. Tudo isso culminou no tragicômico atentado fracassado realizado por ele e seus estudantes e seu suicídio ritual.

O fascinante em Mishima, a despeito disso, é sua ideia clara de que a realidade em si é niilista e medíocre, não leva a lugar algum e não vem de lugar nenhum. É a partir das loucuras teatrais e ousadias individuais, de sujeitos agindo como atores que a vida se enche de simbolismo e sentido. Não gosto do romantismo militar nem dessa necessidade ridícula de autoafirmação de frágil masculinidade desse autor, mas a ideia de dar um sentido teatral à uma realidade niilista faz sentido pra mim..
luizhsg 06/05/2018minha estante
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Rog 06/12/2020minha estante
Oxe, ótima análise.




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