Irmão Lobo

Irmão Lobo Michelle Paver




Resenhas - Irmão Lobo


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Sofia.Eternal 24/02/2024

Muito bom.
Belíssimo trabalho de Michelle Paver. Uma aventura no médio da natureza há seis mil anos.
Personagens bem elaboradas, sem os clichês chatos e típicos dos autores contemporâneos.
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Rodrigo Leão 02/11/2023

Bom
Livro para passar o tempo, recomendo sem criar expectativas quanto a leitura, mas para horas vagas compensa.
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Mari 30/05/2022

Tinha tudo para ser bom
A história tinha tudo para ser boa, mas enrola muito, além de ser super descritiva e tem muitos personagens, o que te confunde.
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Samuca 04/08/2021

Bom pra relaxar
É uma leitura leve. O livro começa muito bem e muito emocionante. Fica fácil se envolver com a história e com os personagens logo de cara, a forma que ela descreve cenários, e ambientações é sem dúvidas um ponto forte do livro.

Mas voltando a falar da história, depois de certo tempo ela se estabiliza, não cai a qualidade, mas também não sobe. O que acaba prejudicando em certos momentos que eram pra ser bem marcantes e ficam apenas "ok". Em nenhum momento a gente pensa "hmm, o personagem não vai conseguir". A história mantém sempre uma sensação de segurança nesse sentido. O que pode ser visto como algo bom ou ruim. Num geral é uma leitura leve e tranquila com uma boa aventura, mas que poderia ser mais marcante.
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Eri.Kimura 28/06/2021

Encantador!
Encontrei certa dificuldade logo no início do livro visto que a história se passa há 6 mil anos, logo após a Idade do Gelo, e o ser humano conhecia presas e vegetações diferentes da que estamos acostumados hoje em dia. Por isso, demorei para entender os nomes das árvores e presas, e até as ferramentas e roupas que utilizavam na época.
Mas ainda bem que persisti, pois a aventura é deliciosa!
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liloca 18/01/2021

Incrível como a autora consegue contar a história. Diferente de tudo que já li. Primitiva, intuitiva e envolvente.
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Gabyh 22/05/2018

"Sabia que o Povo Oculto vive no interior de rochas e rios, do mesmo modo como os clãs vivem em abrigos, e que eles parecem bonitos até virarem suas costas, que são ocas como árvores apodrecidas."

A história é envolvente, que te prende na leitura do início ao fim, apresentando uma leitura gostosa e que flui de forma natural, aos poucos despertando o interesse dos leitores para o que irá acontecer a seguir, sem dar de fato muita informação sobre o que irá acontecer na trama a seguir. O livro consegue despertar a curiosidade sobre a pré-história, deixando uma curiosidade para a leitura dos demais volumes das Crônicas das Trevas Antigas. Ao ler a sinopse é fácil imaginar personagens imbecis que mal sabem falar, mas podem ter certeza, não é bem assim que acontece.

Michelle Paver consegue retratar de forma extremamente detalhada a vida do homem pré-histórico criando uma incrível história de fantasia na idade da pedra. A autora consegue envolver o leitor na históriia de uma forma que torna impossível não gostar das aventuras vividas por Torak, Renn e Lobo, além das confusões em que se envolvem junto aos clãs.

A história se desenvolve de uma forma rápida, logo no início conhecemos Torak e vemos o desespero dele ao perder seu pai, mas logo ele se envolve em uma jornada no meio da floresta, com a missão de fugir do assassino de seu pai - um urso possuído por um espírito demoníaco - nessa jornada Torak precisa encontrar uma montanha que nunca foi vista, sendo guiado por Lobo pelo caminho para chegar à montanha.

O mais interessante do livro é que a autora não se prende em descrever somente os sentimentos e sensações dos humanos, mas também trata Lobo como um personagem essencial na história, descrevendo também os sentimentos e sensações dele. O livro mostra como dois personagens tão diferentes fisicamente podem ser tão iguais psicologicamente, passando a se entender a um ponto em que um posso sentir falta do outro, por fim o livro passa uma mensagem muito bonita de companheirismo, persistência e amizade.
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Gabú 27/08/2015

Pipoca
Leitura leve. Bom para um fim de semana, para relaxar.
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Daii 16/11/2014

Irmão Lobo
Imagine uma densa floresta em que a vida pulsa em forma de rios, árvores, montanhas e animais. Imagine que os homens estão apenas começando sua existência e que respeitam e temem as forças da natureza. Imagine um menino prestes a lidar com o espírito mais feroz dessa floresta na primeira grande aventura de sua vida.

Quando comprei esse livro eu estava procurando algo diferente, eu estava cansada de ler sobre problemas adolescentes, triângulo amoroso e romances impossíveis então eu passeando pelo catálogo da loja virtual onde eu normalmente compro, me deparo com Irmão Lobo, quando eu olhei para a capa já fiquei curiosa, então fui ler o resumo, que não ajudou muito, mesmo assim decidi arrisca e compra-lo, e essa foi uma ótima decisão!

o livro se passa na Idade da Pedra onde as pessoas vivem em clãs e cada clã tem seu animal protetor, Torak descende do clã do Lobo, mas seu pai o criou na floresta, longe das outras pessoas, ele não sabe o motivo, mas confia plenamente na palavra de seu Pa.

Logo no início presenciamos a morte do pai, pelas garras de um urso terrível que esta destruindo toda a floresta, e em seu leito de morte o pai faz Torak lhe prometer que encontrara a Montanha do Espírito, um lugar mágico, que ninguém nunca foi ou sabe onde fica, mas ele não precisa se preocupar, pois seu guia o encontrará e ele vai indicar o caminho, detalhe, Torak não tem ideia de quem seja esse tal guia.

Então embarcamos em uma aventura em busca da Montanha do Espírito, e descobrimos que árvores sussurram e sentem dor entre várias outras coisas.

Ao contrário do que possa imaginar, os personagens são inteligentes e surpreendentes, e o fato de a história se passar na Idade da Pedra, ao meu ver a torna única. Gostei muito do fato de o Torak não conhecer “nada” do mundo, assim nós podemos aprender junto com ele, mas sem dúvida o que mais me agradou foi o fato de termos dois pontos de vista na história, o de Torak e o de Lobo.

A edição tem orelhas e gravuras, mas pecou com relação as páginas, elas são extremamente brancas, chega a doer a visão depois de ler um pouco, mas a história vale o sacrifício.

site: http://eutunoslemos.blogspot.com.br/2013/09/as-cronicas-das-trevas-antigas-irmao.html
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Augusto Jr. 06/10/2013

Prosopopeia!
Caro leitor, recue seis mil anos no tempo, para uma época quando a floresta cobria todo o noroeste da Europa e a Idade do Gelo terminara alguns milhares de anos antes. Recuou? Ótimo. Pois a história narrada em Irmão Lobo se passa em uma era em que homens viviam em clãs, caçadores natos que sabiam tudo sobre animais, árvores, plantas e pedras da floresta. Agora você até poderá topar com um Auroque!

Atribuindo vida e qualidades humanas a seres irracionais e abstratos, Michelle Paver, conta nas As Crônicas das Trevas Antigas a história do jovem Torak do clã do Lobo. Um garoto com apenas doze verões de idade que fora criado com o pai na floresta, longe de outros clãs e pessoas.

Enquanto Torak e seu pai - Pa. - estavam acampando à noite, o que era pra ser uma noite qualquer deu lugar a uma noite de terror. Os dois são atacados por um gigantesco urso que está possuído por um demônio, um urso com sede de sangue e disposto a matar tudo que há vida. Pa. é gravemente ferido, mas antes de partir para o outro mundo, ele fez com que Torak jure encontrar a Montanha do Espírito do Mundo - uma montanha que ninguém jamais vira.

Torak é deixado por seu pai, e com ele várias perguntas sem respostas. Pa. antes de morrer diz ao filho que ele achará um guia que o levará até à Montanha do Espírito do Mundo. Mas Torak agora encontra-se sozinho na floresta, com fome, medo e um urso em seu encalço.

Aflito, perdido na floresta e com fome, Torak encontra um filhote de lobo que acabara de perder toda sua família em uma enchente. Torak decide matá-lo pra comer, mas ele acaba tendo algumas visões esquisitas e percebe que além de pertencer ao clã do Lobo, alguma parte dele é Lobo. A partir daí Torak e Lobo, dois órfãos, tornam-se irmãos e com uma missão: achar a Montanha do Espírito do Mundo e destruir o demônio que há no urso antes que o olho vermelho do Grande Auroque cresça no céu. Esta é a única forma de salvar toda a vida que há na floresta.

Os capítulos são narrados pelos olhos de Torak e pelos olhos de Lobo. Quando narrados aos olhos de Lobo, Torak é chamado de "Alto Sem-Rabo". A autora enaltece os capítulos de Lobo com muita prosopopeia. "Brilhante Besta-que-Morde-Quente" é Lobo se referindo à fogueira e "Molhado Ligeiro" água do rio.

Nos capítulos seguintes há o surgimento de mais personagens. Teremos Hord - o sobrinho de Fin-Kedinn (Líder do Clã do Corvo) -, Oslak - caçador do clã do Corvo - e Renn - irmã de Hord, uma jovem com habilidades com arco.

O clã do Corvo captura Torak e Lobo, acusando-os de caçarem em seu território. É quando a história ganha forma. Pois há uma profecia: O Ouvinte luta com o ar e fala com o silêncio. E por causa de Torak se comunicar com Lobo através de um apito - que não emite som, mas Lobo o escuta - feito de tetraz, Torak é considerado pelo clã do Corvo como o Ouvinte. Ou seja: a pessoa que terá de dar seu sangue para derrotar o urso.

Mas antes disso, Torak é condenado à morte. Mas o líder Finn-Kedinn aceita o desafio de Torak, que é enfrentar Hord. Se vencer, Torak poderá ir embora com Lobo, mas se perder, será morto. Torak vence Hord, com inteligência. Mas não é libertado, pois é aí que suspeitam que ele é o Ouvinte.

No acampamento do clã do Corvo surgem mais personagens importantes: Saeunn - a velha maga do Clã do corvo -, uma jovem chamada Dyrati - que provavelmente ama Hord - e o líder Finn-Kedinn.

Há uma reunião no acampamento do Corvo, eles querem decidir qual o destino de Torak. Uma dessas decisões é levá-lo à morte. Nesse período vivendo como cativo, Torak consegue respostas para a maioria de suas perguntas. Descobre quem fora seu pai, o porquê de viverem afastados dos outros clãs e das pessoas, sobre sua mãe, sobre o espírito demoníaco que há no urso, sobre os devoradores de almas e o principal: o que precisa pra derrotar o urso.

Torak foge de seus captores, mas é ajudado por Renn, que traz consigo Lobo. Agora os três seguem juntos em busca da Montanha do Espírito do Mundo. A missão de Torak parece fácil: encontrar uma montanha que ninguém nunca viu. Descobrir a resposta para um enigma que ninguém nunca solucionou. E matar um urso contra o qual ninguém consegue lutar. E com a ajuda de Lobo e Renn, ele terá de reunir as três partes do Nanuak: os olhos do rio, o dente de pedra e a lamparina.

"Os Devoradores de Almas haviam conjurado um demônio do Outro Mundo, haviam soltado um monstro na floresta. Haviam rompido o pacto. Por que o Espírito ajudaria os clãs, já que alguns entre eles haviam sido tão perversos? Torak pensou em Renn e Fin-Kedinn e nos Corvos, e em todos os outros clãs que nem mesmo conhecia. Pensou nas incontáveis vidas da floresta. Pensou em Pa: não em Pa moribundo caído nos destroços do abrigo deles, mas em Pa como ele estivera um pouco antes de o urso atacar: rindo da brincadeira que Torak fizera."

Se ele cumprirá o juramento que fizera a Pa., se ele entregará o Nanuak ao Espírito do Mundo — e o Espírito destruirá o urso - antes que o olho vermelho do Grande Auroque cresça no céu. Bem, caro leitor, leia e saberá!

site: http://tabernadoputardo.blogspot.com.br/2013/10/irmao-lobo-resenha.html
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Daii 17/08/2013

Superou minhas expectativas!
Imagine uma densa floresta em que a vida pulsa em forma de rios, árvores, montanhas e animais. Imagine que os homens estão apenas começando sua existência e que respeitam e temem as forças da natureza. Imagine um menino prestes a lidar com o espírito mais feroz dessa floresta na primeira grande aventura de sua vida.

Quando comprei esse livro eu estava procurando algo diferente, eu estaca cansada de ler sobre problemas adolescentes, triangulo amoroso e romances impossiveis, então eu passeando pelo catalogo da loja virtual onde eu normalmente compro, me deparo com Irmão Lobo, quando eu olhei para a capa já fiquei curiosa, então fui ler o resumo, que não ajudou muito, mesmo assim decidi arrisca e compra-lo, e essa foi uma ótima decisão!

o livro se passa na Idade da Pedra onde as pessoas vivem em clãs e cada clã tem seu animal protetor, Torak descende do clã do Lobo, mas seu pai o criou na floresta, longe das outras pessoas, ele não sabe o motivo, mas confia plenamente na palavra de seu Pa.

Logo no início presenciamos a morte do pai, pelas garras de um urso terrível que esta destruindo toda a floresta, e em seu leito de morte o pai faz Torak lhe prometer que encontrara a Montanha do Espirito, um lugar mágico, que ninguém nunca foi ou sabe onde fica, mas ele não precisa se preocupar, pois seu guia o encontrará e ele vai indicar o caminho, detalhe, Torak não tem ideia de quem seja esse tal guia.

Então embarcamos em uma aventura em busca da Montanha do Espirito, e descobrimos que árvores sussurram e sentem dor entre várias outras coisas.

Ao contrario do que possa imaginar, os personagens são inteligentes e surpreendentes, e o fato de a história se passar na Idade da Pedra, ao meu ver a torna única. Gostei muito do fato de o Torak não conhecer “nada” do mundo, assim nós podemos aprender junto com ele, mas sem duvida o que mais me agradou foi o fato de termos dois pontos de vista na historia, o de Torak e o de Lobo.

A edição tem orelhas e gravuras, mas pecou com relação as páginas, elas são extremamente brancas, chega a doer a visão depois de ler um pouco, mas a história vale o sacrifício.
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Gabriel369 09/05/2013

Irmão Lobo: Uma leitura leve e gostosa.
Irmão Lobo é uma história leve e gostosa de ler, cheia de aventura e com fortes laços de amizade entre os personagens. A trama gira em torno de Torak, um garoto que vive na selva com seu pai, que é morto após ser atacado por um urso possuído por um demônio e que vem causando grande destruição nas redondezas. O pobre garoto, sozinho no mundo, encontra companhia e amizade em um filhote de lobo, no qual ele descobre poder se comunicar com o animal, criando um forte laço e passando com ele vários desafios. Torak embarca numa jornada em busca da Montanda do Espírito do Mundo, buscando uma maneira de salvar a floresta da destuição do temível urso possuído.
No livro mostra diversas maneiras de sobrevivência na selva, tal como a cultura de povos que vivem nela, passando por clãs e costumes locais.
Achei o final do livro bem fraquinho, esperava uma luta épica ou um final mais elaborado, mas tirando isso eu gostei bastante da história, é bem gostosa de ler.
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Mari 16/04/2013

Diário Literário - Irmão Lobo
As Crônicas das Trevas Antigas se passam em uma época pré- histórica, onde os povos viviam em pequenas tribos nômades, nomeados de Clãs. Os Clãs viviam da caça e da coleta, em uma época antes da agricultura e da pecuária.
Neste mundo selvagem e místico, vive Torak, um menino de pouco mais de dez verões, criado por seu pai, longe do contato dos clãs e das pessoas.

Em uma noite como outra qualquer, surge o Urso, um demônio foi aprisionado em seu corpo, agora, ele só deseja a matança e faz do Pai de Torak uma de suas vítimas! Agora Torak se vê só na floresta, sem amigos com que contar e com o peso da promessa que fizera a seu pai no leito de sua morte: Encontrar a montanha do espirito do mundo e destruir o demônio, antes que ele devore toda a floresta.
Perdido na floresta, e faminto, Torak depara-se com um filhote de lobo, chorando aos pés dos corpos de seus pais, mortos por uma enchente do rio. Torak prepara-se para abatê-lo, porém surpreende-se ao perceber que o compreende! Ele pode ouvi-lo, e também respondê-lo. Agora, Lobo e Torak, dois órfãos na floresta, carregam o destino de livrar seu lar das garras do Urso.
Ao pequeno grupo junta-se Ren, uma garota corajosa, do clã do corvo. Juntos, os três deverão seguir para o norte, onde nenhum clã jamais esteve, cumprir uma profecia, derrotar um demônio e salvar os clãs e a floresta.


resenha na íntegra em:
http://devaneiosnofirmamento.blogspot.com.br/2013/03/diario-literario-irmao-lobo.html
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CooltureNews 12/02/2013

Publicada em www.CooltureNews.com.br
Existem alguns livros, que surgem de tempos em tempos e que, com os anos, são considerados grandes obras de seu genero. Foi isso que aconteceu com “O Senhor dos Anéis”, “Alice no País das Maravilhas” e vários outros. E tenho o pressentimento de que será exatamente isso que ocorrerá com os livros da série “As Crônicas das Trevas Antigas”.

Fui apresentada a esta série através de “Irmão Lobo” que conta o inicio das aventuras de Torak e no qual vamos conhecendo o nosso mundo de 6 mil anos atrás, na Idade da Pedra. Mas o quanto pode ser realmente considerado pré-história é um questionamento frequente durante toda a leitura. Neste universo recriado magistralmente por Michelle Paver, encontramos uma sociedade baseada não apenas na luta pela sobrevivência, mas também na comunhão dos homens com a natureza, sua principal fonte de alimentos, instrumentos e proteção.

A sociedade é baseada em clãs, cada qual com seu animal protetor. Torak pertence ao Clã do Lobo, mas seu pai o criou longe do convívio de outras pessoas, e assim, com a morte dele, o menino encontra-se sozinho na floresta, tendo que lutar contra um demônio que foi aprisionado dentro de um urso e com uma última missão dada por seu pai: encontrar a Montanha do Espirito e destruir o urso. Para ajudá-lo, ele contara com um filhote de lobo que se torna seu guia e irmão. Juntos, eles partem pela floresta em uma busca pela restauração do equilíbrio entre a natureza e os homens.

O estilo narrativo de Michelle te prende desde a primeira página. A autora arriscou-se ao iniciar a história com uma forte carga dramática, já levando o leitor a conhecer os perigos da pré-história. Numa sequência de tirar o fôlego somos apresentados tanto a trama principal do livro como aos personagens principais, e aos poucos, os mistérios vão sendo introduzidos. Mas o grande trunfo da autora não é nos apresentar uma grande cena no começo da história, mas sim, manter a qualidade narrativa e emocional com reviravoltas, mistérios e descobertas.

Achei realmente difícil parar de ler o livro e os momentos em que passava sem ler, ficava imaginando o que veria a seguir no próximo capitulo quais os novos perigos que Torak e Lobo deveriam enfrentar e em como ele conseguiria derrotar o urso demoníaco.

Se a narrativa é ótima, os personagens conseguem ser ainda melhores. São poucos personagens efetivamente apresentados na trama, mas todos eles possuem um papel a desenvolver até o final. Assim, temos constantemente uma sensação de surpresa e envolvimento com essas pessoas que parecem tão distantes de nós, mas que são controladas pelas mesmas emoções que hoje sentimos.

Torak é um garoto que está crescendo e descobrindo o mundo a sua volta e que de uma hora para outra deve enfrentar grandes perigos e compreender vários segredos sobre si mesmo. Com isso, temos um garoto amedrontado, mas com um grande senso de dever e coragem, que contra o seu desejo de fugir, segue em frente em sua busca pela salvação da Floresta e de todos que dela dependem. A estrutura utilizada para a criação do personagem segue a clássica definição da “Jornada do Herói”, que aqui ganha em beleza e dramaticidade.

Os elementos de fundo utilizados para dar cor são frutos de pesquisas e impressões de viagem da autora, que trouxe a tona uma época em que a diferença entre a vida e a morte era de apenas um passo, um lugar onde a magia agia constantemente e era governada por leis próprias, bem como toda a natureza e onde o homem era apenas mais um animal regido por essas mesmas leis e não o dominador das forças naturais.

Sei que estou tecendo muitos elogios ao livro, mas é porque ele merece. O encanto, o drama, os momentos de tensão e suspense, a própria história e os personagens parecem saltar aos olhos. Poucos livros atuais conseguiram me prender como este e gostaria de agradecer pessoalmente a autora por ter escrito mais 5 livros, pois assim, poderia continuar a viajar e a conhecer o mundo com Torak e Lobo.
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Li 29/01/2013

DESAFIO LITERÁRIO 2013 - JANEIRO - TEMA LIVRE * LIVRO 5
Sinopse: "Irmão lobo", primeiro volume da série Crônicas das Trevas Antigas, de Michelle Paver. É uma viagem de volta à Idade da Pedra, onde o jovem Torak conta apenas com a ajuda de um filhote órfão de lobo e com sua habilidade como caçador para sobreviver aos perigos da floresta e derrotar um poderoso inimigo. Um livro sobre amizade, sobrevivência e coragem, que conquistou fãs de grandes aventuras em todo o mundo.

Quando li o título do livro me interessei, talvez porque goste bastante de lobos. Mas quando li a sinopse, só lembrei de um livro sobre a idade da pedra que fui obrigada a ler na 5ª série, "o senhor do raio", e fiquei meio desconfiada. O tempo passou, vi o livro como LV e decidi ceder ao impulso inicial e entrar na fila...

... E não me arrependi! Que livro delicioso! A autora fez toda uma pesquisa arqueológica e antropológica para recriar o cenário da idade da pedra polida. Os personagens são tão encantadores. É interessante como ela incorporou a suposição da vida real naquela época, com a aventura fantástica de um menino que foi destinado a um futuro sombrio, Torak, o alto-sem-rabo! Lições como amizade, lealdade, justiça, senso de dever e respeito pela natureza são bem fortes na trama, característica que não vemos mais na maioria do público juvenil atualmente. Quem sabe Torak, Lobo e Renn (não se esqueçam dela) não consigam, através de sua jornada, incutir um pouquinho desses sentimentos aos seus leitores.

Acho que foi uma grande sacada da Rocco jovens leitores lançar a série Crônicas das Trevas Antigas! História e aventura em um livro muito gostoso de ler, espero que os próximos da série sejam tão interessantes quanto "Irmão Lobo".

"Toda a sua vida vivera na floresta com Pa, montando acampamento para uma ou duas noites, depois seguindo em frente. Ele conhecia as regras. Nunca seja pão-duro na construção de seu abrigo. Nunca use mais esforço do que o suficiente ao coletar comida. Nunca deixe para muito tarde a montagem de um acampamento."

Enfim, a única coisa que não gostei, como sempre, foi do final, que achei fraquinho, apesar de emocionante, mas mesmo assim o livro vale muito a pena!!

*http://desafioliterariobyrg.blogspot.com.br/*
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