jhulica 03/06/2024
Bem leve
Nos é apresentado o personagem Robinson Crusoé, um filho que, contra a vontade e os princípios dos pais, parte em busca de realizar seu sonho: ser um marinheiro.
Crusoé ignora todos os conselhos dos mais velhos e "avisos da Providência Divina" e segue seu sonho, que futuramente, o tornaria um náufrago numa ilha desconhecida por quase três décadas.
Sendo essa a tese do livro, imaginei que seria uma obra mais densa de consumir, mas foi uma leitura bem tranquila e rápida de se fazer.
É um clássico? Sim, porém não deixa de ser uma obra que, particularmente, me incomodou durante a leitura. É uma obra que apresenta visões muito fortes sobre o cristianismo e o colonialismo europeu da época. O personagem em si é praticamente moldado dentro desses pilares.
Mas não deixa de ser uma obra marcante, principalmente a relação entre o protagonista e o seu amigo Sexta-feira. Vemos claramente uma superioridade de raça entre as amizades, por conta de Sexta-feira ser um homem indígena, mas é legal ver a evolução do pensamento de Crusoé, pois aos poucos ele para de vê-lo como apenas um "canibal selvagem", e percebe que ele é humano, igual ele.
Li a obra pela versão adaptada, e fiz bem, pois sinto que a versão original seria beeeem maçante. Mas quem sabe no futuro eu leia...