Como e Porque Sou Romancista

Como e Porque Sou Romancista José de Alencar
José de Alencar




Resenhas - Como e Porque Sou Romancista


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madumave 01/12/2023

As palavras do próprio mestre...
"Foi essa leitura contínua e repetida de novelas e romances que primeiro imprimiu em meu espírito a tendência para essa forma literária que é entre todas a de minha predileção?
Não me animo a resolver essa questão psicológica, mas creio que ninguém contestará a influência das primeiras impressões."

Não sabia da existência desse relato, mas devo dizer que, assim que iniciei a leitura, fiquei maravilhada ao adentrar, ainda que superficialmente, na mente do mestre Alencar. Ler sobre sua infância, bem como o que o instigou a escrever, e ainda saber acerca do processo criativo de algumas de suas obras mais famosas, foi realmente inspirador.
É uma pena que esse registro não tenha sido concluído antes de sua morte, e que ele não tenha escrito nada sobre "Senhora" (1875), até porque a última anotação data de 1873. Contento-me em imaginar que ele pausou esse texto com tal de se dedicar inteiramente àquelas que seriam suas últimas obras publicadas em vida, inclusive, a minha favorita já citada.
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carol. 08/03/2023

Como e Porque sou Romancista
Em "Como e Porque sou Romancista" José de Alencar conta sua própria história, desde seu início da vida, com as leituras para sua mãe e as amigas dela até se tornar um dos mais conhecidos romancistas do Brasil. Em sua autobiografia, José conta como deixou sua casa logo cedo e foi para São Paulo, onde morou em uma república e logo após iniciou sua faculdade de direito, que por conta de seu pai Senador, tinha uma presença política muito forte em sua vida, o que lhe fazia alguém da elite da época. Ele também conta sobre seus exemplos literários que foram Balzarc e Cooper, escritores que impactaram muito a escrita e o modo de ver a literatura de Alencar. A forma como sua mãe é descrita também é um ponto muito importante, pois foi ela quem deu o aspecto imaginativo da escrita dele, e como ela foi importante para a trajetória de entrada no mundo literário, tanto que as mulheres que ele escreveu tem características da própria. Começou sua carreira de escritor quando entrou em um jornal e começou a escrever para jornais, até se tornar o editor chefe, e então, quando surgiu uma oportunidade, preencheu uma página do jornal com uma parte de seu romance e assim foi publicando, de pouco a pouco como uma novela atualmente, nos folhetins dos jornais. Uma coisa muito importante para sua carreira foi as críticas que ele recebia, em relação a possíveis plágios que José teria feito a obras francesas e americanas, mas ele afirma nunca ter copiado e sim se inspirado nessas obras. Ele afirma que as viagens que ele fez quando voltou de São Paulo foram as principais inspirações que ele teve para escrever todos os seus romances indianistas e que seus livros buscavam representar a cultura brasileira e trazer para a cultura do Brasil, livros que a representava. José de Alencar finaliza o livro criticando todo o sistema editorial que não dava atenção suficiente para os livros que ele escrevia e que era extremamente difícil para serem publicados.
Esse livro é muito bom para conhecer a história de José de Alencar, a leitura é um pouco complicada mas é um bom livro.

"Mas não tivesse eu herdado de minha santa mãe a imaginação de que o mundo apenas vê as flores, desbotadas embora, e de que eu somente sinto a chama incessante; que essa leitura de novelas mal teria feito de mim um mecânico literário, desses que escrevem presepes em vez de romances."
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Vichkk 06/03/2023

..
Muito ruim ,até pq eu li obrigada da escola
Mas palavra do português antigo, e é muito detalhe q vc tem q prestar muita atenção para fazer algum sentido.
Não consegui vizualizar nada q ele falava.
Para qm gosta desse tipo deve ser bom ,mas para mim foi péssimo
Além de ser autobiografia... (Chato)
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Cleberson 21/02/2021

Sempre acho interessante ver a vida de um autor contada por ele mesmo, como tudo foi construído. Uma pena que aparentemente ele não pode terminar este livro, porém, ainda assim é uma preciosidade que merece ser lida.
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Ferencz Jr. 11/10/2020

Neste pequeno esboço autobiográfico em formato de carta, ...
... o grande José de Alencar conta um pouco de como surgiu o seu interesse pelos romances em geral, desde o menino "ledor" da família passando por alguns dos grandes autores estrangeiros já na sua juventude, o que culmina no seu desejo de também contar histórias.
O livro possui algumas críticas ao meio e mercado literário de sua época, citando alguns episódios que marcaram o autor.
É bastante interessante para quem aprecia a obra do Alencar, mas não acredito que possa atrair leitores com interesses distintos além do mencionado.
Ah, e a obra não foi concluída de fato, sendo inclusive uma publicação póstuma realizada por um de seus filhos.

"Todavia, ainda para o que teve a fortuna de obter um editor, o bom livro é no Brasil e por muito tempo será para seu autor um desastre financeiro. O cabedal de inteligência e trabalho que nele se emprega daria em qualquer outra aplicação lucro cêntuplo."

Atual...
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Tailane Santos 24/06/2020

Uma singela carta
O José de Alencar era o autor favorito dos meus 15 anos, eu lia um livro por duas semanas, meu ritmo era outro, minha mente também, e eu amava ler o Alencar, li Senhora, a Viuvinha, cinco minutos e Iracema. Amava, e relia. Foi então que vi esse livrinho e o peguei pra ler com doçura, e é isso que ele foi pra mim: uma doçura.
Aqui o Alencar nos conta como nasceu nele a escrita do romance, desde os tempos de menino em que ele lia-os na sala pra as senhoras amigas de sua mãe, e sua própria mãe, ouvirem. Depois passa contando de seus tempos de escola, e dos princípios de seus escritos, que antes de Cinco minutos (seu primeiro romance), ele tinha escrito e perdido, sendo usados como papel de cigarro ou perdidos de qualquer outra forma.
Eu amo ler memórias e biografias, junta isso ao meu amor juvenil por José de Alencar, e pronto, uma leitura de fim de tarde fria maravilhosa.
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Aryane 17/06/2020

Um deleite a mais para os amantes de José de Alencar
O livreto é uma carta, na qual o autor conta como se interessou pela literatura, as leituras que formaram a sua base de romancista e como chegou às vias de fato, ou seja como se deu a produção de seus principais romances.
Muito interessante para quem deseja conhecer um pouco mais sobre a obra e o autor. Pra quem gosta de história do Brasil também é possível saber um pouco dela através dele. Adorei!
Gleydson 17/06/2020minha estante
Olha!! Não conhecia! Interessei




Prof. Edivaldo 08/06/2020

Alencar
Conta pequenos fatos de sua vida estudantil e, posteriormente, de acadêmico. Seus primeiros passos na criação de romances, tornando-se escritor de renome.
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Gabriel 03/06/2019

A edição de 1893 é um primor, carregando em si o charme de um português longínquo escrito por quem tem o dom da pena. Nesta curta epístola, Alencar abre as portas da sua memória e nos ajuda a entender um pouco do seu papel criacional e das suas influências literárias. A leitura é um deleite e pode servir também como uma boa introdução ao universo deste grande escritor que foi pioneiro na busca por uma literatura tipicamente nacional.
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May 07/03/2019

Eu achei que seria mais difícil de entende-lo
Peguei a edição que está disponível na Unesp se não me engano, é a edição de 1893. Pensei que seria difícil prosseguir com a leitura (o que tá sendo difícil em O Guarani) mas foi algo leve e rápido. Compreender seus pontos importantes para ser romancista e o mais importante pra mim, a forma que ele defende a autonomia da literatura nacional, o quanto ele é apaixonado pelo que temos. Ele foi um autor muito importante e que foi omisso a todo processo colonizador violento, como era normal para o século, mas a sua defesa pelo Brasil. Não vejo ele como um patriota fanático, mas como um apressiador nacional, daqueles que tentam fugir da "síndrome do vira lata", tão visto no brasil.
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Fabio Michelete 27/02/2016

A Construção de José de Alencar
Quando você compra um Kindle, a primeira sensação é a de ter gasto uma grana em “literatura”, mas não ter livro algum pra ler. A mídia obrigatoriamente precisa ser preenchida, algo que fazemos aos poucos, conforme nos interessamos pelos títulos disponíveis e os compramos.

Uma grande jogada para aumentar a disponibilidade inicial de títulos é procurar pelos livros gratuitos. Não tem muitas opções nesta lista, mas uma que logo me chamou a atenção foi “COMO E PORQUE SOU ROMANCISTA” – de José de Alencar. Nós, aspirantes a romancistas, obscurecidos pela sombra pesada do fantástico José de Alencar, de Iracema e Senhora, somos atraídos a esta leitura, como se pudéssemos dela tentar beber algum segredo, ou encontrar um atalho para o talento literário.

O que faz um escritor de sucesso? Como estava citado em outro gratuito “101 DICAS para um escritor iniciante”:
“Existem três regras para escrever um romance. Infelizmente, ninguém sabe quais são.” W. Somerset Maugham
Ok. A busca de uma formula mágica é vã – isto eu já sabia. Provavelmente é algo mais complicado que isto. Tem algo a ver com buscar a empatia com sentimentos humanos bastante profundos, se possível compartilhados por diferentes culturas. Mas como tornar-se capaz de traduzir este imaginário coletivo? Como ganhar os leitores?

O livro de José de Alencar não responde, mas tem vários atrativos. Em primeiro lugar, a oportunidade de conhecer nosso idioma tal como era utilizado no Séc.XIX:
“Seria esse o livro dos meus livros. Si n´alguma hora de pachorra, me dispuzesse á refazer a cançada jornada dos quarenta e quatro annos, já completos; os curiosos de anedoctas literárias saberiam, além de muitas outras cousas mínimas, como a inspiração do Guarany, por mim escripto aos 27 annos, cahio na imaginação da criança de nove, ao atravessar as matas e sertões do norte em jornada do Ceará á Bahia.”
Também da época, o zelo na formação infantil, sem as licenças dadas hoje – tratados como pequenos adultos em franca competição:
“Então o excessivo rigor que se me tinha afigurado injusto, tomava o seu real aspecto; e me apparecia como o golpe rude, mas necessario que dá tempera ao aço.”
José de Alencar conta o ritual de vários dias de sua infância, em que a família se reunia para leitura em voz alta dos poucos títulos disponíveis – por vezes de forma repetida, numa época de mercado ainda mais restrito, e de edições relativamente mais caras. A despeito das dificuldades, acumular leituras e ter citações à proposito nas conversas parecia ser de grande distinção - uma habilidade a ser cultivada.

Também mostra que o interesse em ler as novidades que vinham da europa provocavam a necessidade de aprender novos idiomas. Alencar nos relata a luta em aprender o Francês, para que pudesse ler Victor Hugo e outros. Também sua passagem pelos clássicos romanos – uma formação muito mais pesada em ciências humanas.

E para escrever? Cadernos, pena e tinteiro, meus caros. Nada de editores de texto e Google à disposição. Não dá ainda mais admiração pelo que ele conseguiu produzir?
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