Um Estranho numa Terra Estranha

Um Estranho numa Terra Estranha Robert A. Heinlein




Resenhas - Um estranho numa terra estranha


61 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Kevin 24/08/2022

Um ícone da contracultura!
É um livro AME ou ODEIE. Um Estranho Numa Terra Estranha combina num mesmo caldeirão elementos de ficcção científica, religião, preconceitos, sexo... É uma junção de tópicos que o autor, Robert Heinlein consegue estruturar de forma única. A ideia central do livro (um ser humano nascido e criado em Marte que depois é trazido para a Terra) por si só já atrai a atenção do leitor. Os personagens são interessantes, principalmente o Jubal Harshaw!! O livro talvez não tenha envelhecido bem, pelo menos para mim, por passagens bem desnecessárias, com diversos diálogos misóginos e homofóbicos. Tirando isso, a história é muito boa, uma verdadeira sátira à sociedade americana daqueles anos 60.

Por fim, esta edição da Aleph é excelente!
comentários(0)comente



André Siqueira 03/06/2022

À Frente
Mike é um humano criado em Marte por marcianos, sem contato com qualquer Sapiens até que retorna ao planeta de seus pares; em solo terrestre é colocado em choque com uma sociedade completamente diferente da que experimentava em seu planeta natal (chocante escrever isso) - nós com nossa inveja, corrupção e violência; eles com seu equilíbrio pacífico e grokância perfeita. O enredo parece simples, e é. Não existem grandes reviravoltas e a própria narrativa me soa como plano de fundo para que o autor debata suas visões de como é o mundo em oposição a como ele pensa que deveria ser.
Se vivesse no universo de Heinlein seria, indubitavelmente, frustrado pela impossibilidade de servir como secretário a Jubal - talvez a mais icônica personagem da obra. Presto tributo, examino minhas raízes e tento às transgredir: Jubal representa o ideal que ensinaram a geração de meus pais a almejar e me atingiu - ainda que de forma atravessada; as consequências e resquícios desta escolha são visíveis em muitas de nossas práticas cotidianas e ferem mais do que inspiram.
Infelizmente o passado não é peso morto do qual basta um remelexo bem dado e pronto, caiu. Antes nó górdio. Amarra inquebrável que teima em recusar qualquer possibilidade de desenlace. Felizmente, a arte concede, entre suas infinitas aplicações, a possibilidade de permitir a visão particular de um fragmento desta corda, possibilita perspectiva sobre o que veio antes para nos preparar para o que pode vir depois e entender o que é agora.
Heinlein é um intérprete de seu tempo. Ler “Um estranho em uma terra estranha” é um - perdão pela anáfora - é um mergulho em uma terra, hoje, estranha a partir de uma perspectiva não-tão-estranha. Um vislumbre do combustível que alimentou seu tempo, espécie de narrativa do horizonte possível de sua própria época: observar de que forma Heinlein constrói sua ideia de utopia é pista para compreender os sonhos que o moveram, assim como as influências que dali nasceram. As ingerências de sua obra na geração hippie são inegáveis, houve a criação de grupos para partilha da água em ambientes deslocados de cidades e outros exemplos (hoje) esdrúxulos de tratar esta ficção como livro sacro.
Abundam elogios e críticas, começo pela segunda.
Mesmo em seu universo utópicos as mulheres estão constantemente relegadas a um papel secundário - mesmo as mais brilhantes mentes não passam de secretárias -, fetichizado e normativo, chega-se ao [*****]mulo de esconder e impedir o envelhecimento e a existência de corpos não-padrão, notável enfoque no sobrepeso, sempre representados como algo anti-naturail e permissivos a humanidade, logo impossível; a relação entre pessoas do mesmo sexo também é tabu insuperável, principalmente entre homens; outro elemento corrente e ilustrativo do período é a aceitação pacífica da morte de poucos po muitos: o assassinato em massa perpetrado como política aceitável - quiça necessária - para qualquer governo sadio.
Exemplifico: Jubal é filósofo, médico, advogado, cientista e tantas outras profissões, é uma espécie de velho branco libidinoso que superou a própria mortalidade e sexualidade mas, mesmo assim, não abre mão da boa vida (e vista) que lhe concede seu harém de três belas secretárias e a casa sempre aberta a visitas que não pisem em suas rosas e aceitem seus princípios-nada-ortodoxos.
E é esta negação a ortodoxia que sinto vontade de tecer elogios. A sátira a religião - simplificada na parábola da minhoca - e aos costumes de qualquer período são cômicas, a negação tácita de qualquer possibilidade de conhecimento verdadeiro a respeito da divindade é um tapa-sem-luva a qualquer leitor dogmático e converteu o autor em divindade benigna ou maligna a depender de a quem é endereçada a pergunta.
De forma generalizada é um convite à dúvida e a não-aceitação-plácida como método de se alcançar a felicidade, antes ela só pode ser produto do “grokar” extenso, intencional e trabalhoso - ao contrário do pecador arrependido que é passivamente elevado ao reino dos céus. Aliás, o termo grokar é uma das grandes genialidades da obra: mistura de ciência, filosofia, religião; seu significado é contextual e não pode ser resumido ou compreendido a partir de nossa limitada linguagem.
Concluo: recomendo a leitura, crítica; o perigo de levar Heinlein a sério é grande, embora acredito que tampouco ele o tenha feito. A atmosfera da década de 70 é uma brisa refrescante e a obra funciona bem como ficção, marcada e considerada a distância histórica de sessenta e tantos anos que nos separa de sua produção.
comentários(0)comente



Ronan 18/05/2022

Eu amei demais a leitura desse livro, todos seus conceitos e suas críticas, a escrita do Heinlein é maravilhosa, esse livro fluiu demais.
Mas também houveram coisas ao longo da história que me incomodaram, coisas que na época desse livro acredito que eram "normais" mas lendo com os olhos de hoje não posso deixar passar.
Apesar disso é uma história que me conquistou e que se tornou uma das minhas histórias de Sci-Fi favoritas.
comentários(0)comente



Eduardo Mendes 09/01/2022

A obra convida o leitor a questionar os valores que lhe são impostos pela sociedade
Michael Valentine Smith, ou simplesmente Mike, é uma criança que nasce a bordo de uma nave que fazia uma expedição rumo a Marte. Após enfrentar alguns imprevistos a nave perde contato com a Terra e Mike é o único que sobrevive. Ele então é criado por um povo alienígena que habita o planeta, mas que não é visível aos olhos humanos. Mais ou menos como uma espécie de espírito sem um corpo físico.

Mike aprende seus costumes e forma de experienciar a vida, que é muito peculiar e completamente diferente da nossa. 25 anos depois outra expedição é enviada a Marte quando se descobre a existência de um sobrevivente que seria herdeiro de uma grande fortuna aqui na Terra.

Quando Mike volta pra Terra o autor começa a desconstruir gradativamente nossa visão sobre ciência, religião e filosofia. Mike não compreende a forma primitiva como enxergamos e definimos nossos valores aqui neste planeta estranho e bizarro.

O “marciano” transforma a vida de todos ao seu redor, gerando uma espécie de pensamento livre, em que toda forma de amor é válida, sem limites, sem travas morais, sem censura e sem pudores. Mike tem uma ideologia de vida bastante diferente, contemplando tolerância filosófica, libertalismo humano, poligamia e a ameaça comunista. Esse último é brincadeira, gente!

Lançado na década de 1960 por Robert Heinlein, o livro usa o pano de fundo da ficção científica para fazer diversas críticas à sociedade da sua época, pregando o amor livre, cutucando o consumismo e a religião. Um Estranho Numa Terra Estranha foi reverenciado pelas comunidades hippies e execrado pelos conservadores.

O que mais me marcou durante a leitura é que a obra convida o leitor a questionar os valores que lhe são impostos pela sociedade e pensar com a sua própria cabeça.

O livro não é perfeito, tem um viés machista em certos momentos; seu ritmo é bom e a construção da história se dá de forma gradativa, porém, em algumas partes a trama parece confusa e você fica perdido, tentando entender pra onde a história está indo. Entretanto, são mais pontos altos do que baixos. Uma obra deliciosamente subversiva e questionadora.

site: https://jornadaliteraria.com.br/um-estranho-numa-terra-estranha/
comentários(0)comente



Braz 15/09/2021

Esse livro é extremamente interessante. Já que se trata de um Homem de Marte, a gente (pelo menos eu) pensa que seria um livro meio engraçado, pq sempre tem aquela coisa de o estranho aprender os costumes da terra, como em O espaço entre nós. Mas é muito mais do que isso, na verdade é um livro sobre novos conceitos e princípios em relação a própria humanidade. É interessante como a gente percebe alguns conceitos ultrapassados como regras de conduta e de como o protagonista encanta a maioria das pessoas que convive com ele a viver da maneira que ele julga mais adequada. Todo mundo pensa: nós vamos ensinar a ele. Mas na verdade todo mundo é que aprende com ele e isso não em um sentido reflexivo, do tipo, olha lá como ele é desconstruído! Confesso que tem uns negócios que não curti muito não, achei muito marciano e até meio exagerado tb. Mas é uma leitura legal, esquisita de um jeito legal.
comentários(0)comente



Gusma 21/06/2021

Não grokei com plenitude
Eu creio que essa foi a leitura mais diferente que eu já fiz. Eu nem sei o que dizer direito desse livro!

No início é bom e fluido; lá pro meio começa a acontecer várias coisas, com personagens aleatórios, e acaba que a quantidade de descrições fica maçante de ler. O final é bem filosófico, e os personagens já se transformaram total, com exceção do Jubal, que com certeza é um dos meus personagens favoritos da vida. Os diálogos dele e do Ben sempre eram os mais legais.

Eu gostei de terem desenvolvido o Mike de uma forma que todo mundo parasse de achar que ele era inocente e besta. Mas acho que não peguei o conceito do final dele e a última cena me deixou confusa.

Os questionamentos são bem interessantes e a intenção de colocar nossas certezas pessoais e coletivas em dúvida é necessária até hoje. Assim, da pra ver que claramente o livro foi mal interpretado por muita gente.

Porém, a quantidade de diálogos que ferem pautas sociais é enorme. Embora tenha que levar em consideração a época e tals, isso mostra que o livro não envelheceu bem!


?? Eu andei pensando nisso. Jubal, tem algo em Mike que faz você querer tomar conta dele.
? Eu sei. Você provavelmente nunca encontrou honestidade antes.?
comentários(0)comente



Mell 17/04/2021

Clube do Livro Secreto 🐍 - Eu groco. Tu grocas. Nós grocamos.
Mais um livro do Clube, e confesso não foi uma leitura inteiramente agradável. O livro tem alguns pontos que me deixaram bastante incomodada. Como o machismo forte em muitas passagens, mas relevando-se pela época em que foi escrito dá pra se apreciar o conteúdo. Ele conta a história desse chamado Homem de Marte, e sua jornada de aprendizado entre os humanos. O final me doeu o coração e ta dificil de grocar. até agora, apesar de tudo. Uma leitura recomendada, com ressalvas.
comentários(0)comente



Pedro 13/04/2021

"Tu és Deus!"
Eis o quarto livro do Clube do Livro Secreto!
Devo admitir que esse livro me surpreendeu em vários pontos, tanto positivos quanto negativos. De início, acompanhamos Mike, que é um humano que viveu em Marte, tendo que se adaptar e aprender a conviver no planeta Terra. Mas o livro vai muito além disso. Trás desde reflexões políticas, religiosas e até filosóficas. Mas ainda assim, é um livro de leitura tranquilo, não "cansei" em nenhum momento.
Quanto aos pontos negativos, devemos estar ciente de que essa obra foi escrita em meados de 1960. Machismo é um problema muito recorrente, tendo até a menção de que a mulher é a culpada pelo estupro. Se formos para para pensar, esses tipos de diálogos não se prendem somente aquela época...
Me decepcionei levemente com o final, admito que a ideia do Mike de virar a economia de ponta cabeça achei bem interessante, fica a ideia para se grokar no futuro.
Por fim, recomendaria a quase todos os públicos, menos para religiosos fanáticos, pois pode ser que não se agradem muito.
A espera é.
Rodrigo 29/05/2021minha estante
Os spoilers são free?


Felipe 03/09/2022minha estante
SPOILERS ADIANTE!!! Eu reparei também na parte do machismo, mas logo conclui que esse era o pensamento da personagem (Jill diz isso), e não do autor necessariamente. A homofobia também está lá: Ben toca Mike de um jeito "não-aviadado" e o próprio Mike aproveita mulheres juntas na cama, mas também afasta contato sexual com outros homens... enfim, o livro está no contexto da época e lutou com alguns tabus. Tem seu mérito!




Patrícia Araújo 11/04/2021

Clube do livro secreto: Um Estranho numa Terra Estranha
A gente conhece Mike, o estranho numa terra estranha, e logo se apega a sua inocência e curiosidade de aprender. Os personagens que se juntam a saga de cuidar do Mike logo que aparecem são cativantes, carregam personalidade própria que se devotam a proteger o homem de marte.
O livro não é muito agitado, mas isso não é nada negativo, vemos o crescimento do Mike, grocamos com ele, questionamos religião, maldade, filosofia e isso é maravilhoso.
Uma história interessante com marcos da época (é preciso avaliar de forma critica o que é dito pelo autor) tem os aspectos futuristas que não são o foco principal do livro, e diálogos reflexivos entre o Jubal e outros personagens.
Gostei da leitura e indicaria para quem quer uma leitura leve e ''longa''.
#ClubedoLivroSecreto
comentários(0)comente



Alexandre.Acioli 11/04/2021

Clube do livro secreto: Um Estranho numa Terra Estranha
Interessante ver a visão da terra num futuro, ainda mais quando o livro foi escrito em 1961. Os personagens são bem fundados, me apaixonei por Mike, Jill, Jubal, cada um tendo suas personalidades diferentes e incríveis. O ponto chave é o marciano Mike, que teve durante o livro crescimento de uma vida humana indo da infância até sua fase adulta, onde podemos vivenciar com ele esses aprendizados e descobertas de uma vida e a forma pura como ele se relacionava com outras pessoas.
comentários(0)comente



Clari.Monise 09/03/2021

O livro trata de forma bastante filosófica a religião, até se pode fazer um comparativo com o Messias mais no final. Sobre a monogamia tbm se fala bastante e qual o sentido de coisas como ciúme.

Eu gostei bastante desse livro mas pra mim o começo é muito mais divertido enquanto o final é muito mais profundo e deixa a gente bem pensativo.
comentários(0)comente



Raquel.Fagundes 29/01/2021

Obra demasiadamente superestimada
O livro foi lançado numa época em que sua existência se fez necessária justamente por questionar a sociedade, dinâmicas culturais e levantar reflexões a cerca da espiritualidade, ritos e fanatismo religioso. Gostei do conceito repassado por Mike, o homem de Marte, sobre atribuir unicamente ao ser humano o desafio e responsabilidade de mudança e evolução. A frase "tu és Deus" tão repetida no livro, ainda que polêmica, fez muito sentido pra mim. Ainda assim, alguns pontos me incomodaram demais.
Às mulheres cabe sempre um papel reduzido à servidão, à submissão e hiperssexualização de seus corpos. Em determinado trecho é atribuída a elas a culpa dos assédios. Há também uma fala homofóbica que, a meu ver, deve ser rejeitada a todo custo independentemente do contexto histórico no qual o livro foi escrito.
Quanto à narrativa, achei extremamente chata, massante, cansativa e confusa. Apenas na metade é que a leitura se torna razoável. Nos poucos momentos em que os diálogos foram interessantes, ainda assim, continuaram clichês. Acredito que tenha sido importante na época, mas atualmente não é um livro que eu recomendaria. A meu ver, não é só porque uma obra antiga é considerada clássica e renomada, que ela tem que ser obrigatoriamente boa.
comentários(0)comente



Ariel 27/12/2020

Um livro encantador! No começo pensava que seria mais uma espécie de "Tarzan", mas ele conseguiu ir muito além. Com personagens complexos e profundos, diálogos ricos e reflexões maravilhosas sobre religião, sexo, relacionamentos na nossa sociedade.

"Tu és Deus".
comentários(0)comente



Rodrigo 06/12/2020

Eu ainda estou ponderando o quanto gostei desse livro. Então, não se enganem, essa resenha pode ser confusa e contraditória em alguns momentos.

Eu fui conquistado pelo livro logo no começo, eu amo qualquer livro que envolve a "colonização" de marte e todas as consequências para a Terra e para as pessoas envolvidas. É um tema muito interessante e autores, como Ray Bradbury e Philip K Dick, já criaram histórias incríveis desse tema. O livro é muito bem escrito (em grande parte dele) e é muito visível toda a influência da época, tudo o que a humanidade sonhava que ir a Lua traria um avanço tão grande para a humanidade e para a corrida espacial. E eu gosto bastante de toda essa pegada filosófica e contemplativa que o livro tem, característica bem comum aos livros de Scifi, de certa forma, mas nesse livro é muito inerente à sua proposta e à história do livro.

Só um parênteses antes de começar a falar sobre a história em si: a edição desse livro é impecável! Eu sou apaixonado pela Aleph e acredito que é a editora brasileira que mais se importa com cada história, cada aspecto do livro, cada linha, cada detalhe da publicação. A capa é incrível e representa muito o que o livro é, toda essa loucura psicodélica colorida e cheia de nuances do livro. Os extras são incríveis, descrevem e informam bastante sobre os detalhes do livro, alguns aspectos da história, a publicação e o autor. Única coisa que não faz sentido nenhum para mim é o código de barras na lombada, não sei se é o conceito mas tudo bem, apenas um detalhe.

Bom, o livro conta a história de Valentine Michael Smith que é um humano criado em Marte e que foi trazido à Terra. É possível dividir o livro em três partes: 1) o Mike aprendendo sobre a humanidade e descobrindo quem é, feliz por ser marciano e por ter a oportunidade de conhecer a Terra; 2) o Mike tentando entender de verdade a humanidade e o que ele estava fazendo ali, tentando se encaixar, conhecer o mundo; 3) o Mike pós grokar a plenitude de sua messionidade.

As primeiras partes do livro são incríveis! Os personagens são incríveis e muito bem desenvolvidos. Toda a trama política é muito bem escrita e desenvolvida também. Até que o Mike entende finalmente a humanidade e aí para mim começa a ser tão tedioso e parece que os personagens se perderam. A Jill do começo não é a mesma do final. Os únicos personagens que continuam a mesma coisa é o Mike e o Jubal. Das três partes que eu dividi o livro, as duas primeiras são sensacionais e eu li muito rápido, devorei a história e apaixonei pelos personagens. A terceira parte é incrivelmente tediosa e parece que os personagens se perderam. E não é que eu detestei a terceira parte, eu gostei bastante mas, de certa forma, não gostei da forma que as coisas se deram.

Tudo bem que essa terceira parte é realmente o que fez o livro se tornar um clássico da contracultura hippie e se tornou um símbolo tão grande para o Scifi e a literatura americana. E foi aí que comecei a ver diversas características do livro tais como: a inferioridade da mulher em toda a obra (principalmente quando uma das personagens fala: "nove entre dez casos de estupro, a culpa é da mulher", é mole?!) e a liberdade sexual que só valoriza o homem heterossexual. Bom, o livro é isso: um livro de sua época que representa tudo o que sua época defendia e procurava.

Fico imaginando como o livro seria se não tivessem deixado toda a questão marciana como plano de fundo. Talvez teria sido um dos meus livros favoritos.

Alguns destaques:
- É genial como Heinlein retratou os marcianos, figuras que estavam tão a frente da humanidade e do tempo e que, de certa forma, mostrou que a humanidade pode chegar a isso.
- A trama política é incrível.
- No começo, eu realmente achei que a Jill seria uma das melhores personagens femininas de Scifi. Me enganei. Heinlein cag*u no desenvolvimento dela.
comentários(0)comente



Luiz.Machado 13/08/2020

Um estranho numa terra estranha mostra a essência dos anos 60 tendo uma grande influência da geração beat, bebendo de fontes como Jack Kerouac e Allen Ginsberg e vários outras.
comentários(0)comente



61 encontrados | exibindo 16 a 31
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR