V.H. 19/01/2009
Quando entendemos o que é ser "estranho"
Uma ficção científica mais preocupada em debater o impacto sócio-psicológico da religião de maneira parodiada, sob diferentes óticas e utilizando de elementos que passam longe do conservadorismo usual da Igreja. A estranheza que sente Valentine Michael Smith, o "estranho", entre seus congêneres é o próprio impacto que sente a pessoa ao olhar ao redor e ver onde a humanidade chegou: uma estrada perdida, sem rumo, num caminho conduzido aos trancos, ao que chamam parcamente de desenvolvimento, numa complexidade sem solução. Com simplicidade e em sintonia com a natureza e seu corpo, Valentine se diferencia de tudo e de todos. É mais do que natural que fosse alvo de amor, ódio, cobiça, inveja, entre outros extremos sentimentos por parte dos humanos. Um dos melhores finais que já vi escrito, capaz de nos fazer indagar que tipo de bicho somos.