Floresta noturna

Floresta noturna Charles Frazier




Resenhas - Floresta noturna


7 encontrados | exibindo 1 a 7


Biblioteca Álvaro Guerra 07/02/2024

Luce é uma jovem que , desiludida com a vida passa seus dias isolada num pequeno hotel
abandonado , á beira de um lago , entre a mata virgem e exuberante dos Apalaches .Sua rotina muda radicalmente ao receber duas crianças pequenas , caladas , cujo facínio pelo fogo faz com que sejam uma ameaça a paz local

site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788579621994
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skuser02844 19/09/2023

Crianças bizarras
Minha coleção da Alfaguara cresceu consideravelmente nos últimos meses, tenho vasculhado os sebos online atrás das edições antigas da aditora, quando o padrão de capa era respeitado, tenho encontrado muita coisa que nunca ouvi falar, este é um dos casos.
Aqui conhecemos Luce, ela vive em um grande chalé no meio do mato que é, na verdade, um hotel desativado. Este hotel é propriedade de um figurão rico e Luce vive ali como se fosse a sua casa, já que ela é meio que a zeladora do lugar, vive lá e recebe um salário quase que simbólico... pelo menos até que o tal figurão morre, então até que os tramites da herança sejam resolvidos ela tem se pagamento suspenso.
Nesse momento delicado Luce recebe os filhos gêmeos de sua irmã, que foi brutalmente assassinada pelo marido. Ela se casou com um cara legal, mas este faleceu antes que os gêmeos nascessem, depois que se casou com o segundo marido que descobriu que ele era um traste, que deu um golpe e conseguiu muito dinheiro, sem saber ao certo como agir, Lily, a irmã de Luce, esconde o dinheiro... o que leva Bud, o tal segundo marido, a matá-la... depois de um julgamento feito bem nas coxas e super tendencioso, Bud é colocado em liberdade, e vai atrás dos gêmeos, Dolores e Frank, porque acredita que o dinheiro desaparecido está com eles. Ainda teremos o foco no jovem herdeiro do tal figurão rico, mas ele logo se junta a outro foco narrativo, então nem vou comentar sobre.
O autor é bastante competente, mesmo que as crianças sejam extremamente esquisitas e o leitor precise ignorar um pouco a suspensão da descrença em alguns momentos... quando digo que são esquisitas é porque são crianças de cinco anos, salvo engano, que praticamente não falam e não interagem muito com as pessoas, além de terem um fascínio assustador pelo fogo e uma resistência sobre humana a dor. É falado que parte dessa esquisitice tem a ver com o que presenciaram em casa, que seria o crime que casou a morte da mãe delas, mas enfim... elas beiram o bizarro.
Vamos pulando de núcleo narrativo de um capítulo para o outro e acompanhamos essa caçada que até determinado ponto nem é de conhecimento de. quem está sendo caçado.
É um livro onde mesmo que os mocinhos não sejam perfeitos, o vilão é totalmente desprezível e não deixa dúvidas sobre sua maldade. E o autor também usa o artifício da relação dos personagens com a natureza para evidenciar isso, não que fosse necessário, mas é um artifício a mais. Ele mostra como Luce ama a natureza, com suas sensações e aromas e até como as crianças a enfrentam, em momentos onde ela não é realmente agradável, mas a utilizam quase como uma aliada em sua fuga. Já Bud só percebe a natureza onde ela o incomoda, cheiros desagradáveis, mosquitos e animais peçonhentos que cruzam seu caminho.
A tensão do livro cresce bastante no decorrer das páginas, e mesmo que não seja uma obra genial ele vai te fazer ficar interessado e envolvido com tudo o que está acontecendo, sem saber se quer dar um abraço nos gêmeos ou manter distância e só torcer para que fiquem em segurança.
É um livro que vale, e muito, o tempo investido, que diverte, entretém e envolve o leitor até as últimas páginas.


site: https://hiattos.blogspot.com/2023/07/opiniao-floresta-noturna-charles.html
Gustavo Kamenach 19/09/2023minha estante
Tbm estou a procura de livros da Alfaguara com o padrão clássico de capa. Gosto bastante da diagramação das edições tbm.


skuser02844 19/09/2023minha estante
Eu também, além do catálogo mais fora da curva, pena que a editora agora é só mais uma em meio a tantas




Mah Mac Dowell 19/01/2023

Luce tem sua irmã, Lily, assassinado brutalmente pelo segundo marido, e acaba assumindo seus dois filhos no mundo, Dolores e Frank, que mudam completamente sua vida.

Eu gostei bastante da premissa do livro, então acabei indo com as expectativas meio altas.

Infelizmente não gostei muito da forma da narrativa, com relação aos diálogos que misturam com a parte narrada. Achei confuso.

O livro é bem pesado e profundo, traz uma temáticas importantes de serem discutidas como o impacto sobre as crianças em um ambiente de violência doméstica. Achei bacana a forma como Luce tenta ?resgatar? aos poucos as crianças da escuridão que estavam vivendo.

O livro é bom, mas acho que não foi o momento certo de fazer essa leitura. Não consegui me apegar aos personagens ou à história.

??Alerta para gatilhos??
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Bruno Malini 15/11/2020

Bom
Bom livro. Esperava que fosse melhor, mas não chega aos pés de Montanha Gelada
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jota 10/09/2015

Geografia humana e física...
Muito bom ler outro livro de Charles Frazier, autor de Montanha Gelada, ganhador do National Book Award de 1997, uma história inesquecível passada durante a guerra civil americana. Em Floresta Noturna estamos de volta aos Montes Apalaches, cenário daquele livro, para outra história envolvente. The Washington Post classificou-a como “fantástica” e o londrino The Times disse tratar-se do melhor dos livros dele. Um pouco exagerados, mas esses e outros elogios procedem, de fato.

Passada no início dos anos 1960 a história traz, do mesmo modo que Montanha Gelada, “cuidadosas descrições da passagem do tempo e da natureza”. E a edição brasileira destaca: “além de retratar as paixões e frustrações humanas, o autor constrói um romance onde a emoção se funde com o medo.” Ao bucolismo das paisagens montanhosas aos poucos vão se juntando elementos de um thriller psicológico.

Não à toa Frazier abre o livro com uma citação de um antigo filósofo grego, Arquíloco (século sétimo a.C.): “Até para cruzar um rio é preciso pagar um preço.” A vida simples e calma que a protagonista Luce (ou Lucinda) levava num rústico e relativamente isolado chalé nos Apalaches está com os dias contados; seu isolamento se deve a algo de muito ruim ocorrido anos antes.

Luce recebe ali, entregues por agentes do Estado, seus pequenos sobrinhos gêmeos, Frank e Dolores, filhos de sua irmã Lily. Eles presenciaram o padrasto Bud matar Lily depois de uma discussão. Traumatizadas, se tornaram arredias e praticamente não falam. Bud foi preso, mas depois inocentado numa decisão judicial tendenciosa. Agora está atrás dos gêmeos: acredita que eles sabem onde a mãe escondeu uma pequena fortuna em dinheiro, proveniente de um assalto que ele praticou tempos atrás.

Bem depois da metade do livro tem início uma reaproximação de Luce com um amigo da juventude, de sobrenome Stubblefield, o herdeiro do chalé que ela habita com os gêmeos, mais por interesse dele do que dela. Frazier aborda esse enamoramento vagarosamente, com classe, sem pieguice, arroubos ou outras tolices utilizados por ficcionistas de talento raso. Na trilha sonora música country antiga, mas também Miles Davis e seu Kind of Blue, que Stubblefield ouve centenas de vezes.

Todavia o perigo está lá fora, à espreita na floresta o tempo todo. Todos podem estar na mira do insano Bud. E incêndios ocorrem... Então o leitor fica preso na poltrona com o livro nas mãos: não consegue largá-lo. Especialmente depois que Bud ameaça Luce num bar e ali mesmo fere Stubblefield com uma faca. Seu próximo passo é ficar frente a frente com os “retardados”. Que é como apelidou as crianças. Luce e Lily são “cadelas” para ele.

Outro crime vai acontecer, mas não tão rapidamente. Antes, Frazier conta outras histórias, introduz outros personagens (destaque para o guarda florestal Lit e para Lola, a mãe de Luce e Lily) e, sobretudo, se estende escrevendo sobre a natureza. Fala das plantas, dos animais, dos rios e lagos, das montanhas, da relação do homem com o ambiente. E quase sempre faz isso de modo bastante poético, cativante.

Então é difícil não apreciar um livro assim. Se Floresta Noturna lembra algumas obras de Cormac McCarthy, como disseram certos críticos, também parece ter parentesco com os escritos de Willa Cather e em menor escala com os de William Faulkner. Escritores que valorizam não apenas a geografia humana, também a paisagem natural.

Lido entre 07 e 10/09/2015.
Alê | @alexandrejjr 14/10/2021minha estante
Fiquei bem interessado na trama.


jota 15/10/2021minha estante
Gostaria de reler tanto esse Floresta Noturna quanto Montanha Gelada, ótimos livros.




Luciana 27/01/2015

Personagens muito gente como a gente
Pode me criticar quem quiser, entretanto compro/leio o livro pela capa e, dessa forma, jamais leria Floresta Noturna. Mas como uma pessoa muito fofa do Skoob leu e gostou, resolvi arriscar. Ainda bem. A estrutura dos diálogos é um pouco estranha no começo, mas nada que não se acostume. Os personagens não são do bem nem do mal, apenas pessoas críveis, com falhas e limitações de caráter, tentando se virar da melhor maneira que podem ou conseguem. Tem crianças, que não são lindinhas, nem sequer bonitinhas ( o autor não descreve suas características físicas. Intencional?) mas impossível não se apaixonar por elas. Ah, talvez o personagem mais sensato do livro seja a mula Sally. A leitura é fluida e o autor consegue estimular a imaginação. Dei cinco estrelas embora tenha achado o final meio piegas, mas é só minha opinião.
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Nathália 24/03/2013

Floresta noturna
Como sempre: uma opinião e só.

Floresta noturna foi uma leitura incrível, mas reconheço que provavelmente não terá o mesmo efeito em todos. O livro é bastante detalhista com o ambiente e descreve a natureza de uma forma encantadora (para os interessados). Além disso, as personagens não são lá as pessoas mais sentimentais e românticas do mundo, portanto não o leia procurando um drama.
A maioria dos locais descrevem Floresta noturna como um thriller, mas acho que não é bem assim. Pra mim o livro aborda muito mais o contato com a natureza selvagem, a desilusão/fatalidade do mundo e como existe graça nas coisas pequenas.
O enredo pode ser previsível e até clichê, mas o que conquista é a forma como Frazier constrói sua história (que se passa na década de 60), indo além do contraste bemXmal e com personagens femininas bem diferentes de mocinhas indefesas e adequadas. Um grande mérito do autor é a crição de mulheres fortes sem cair na rotina de femme fatale, infiel ou boazinha.
O livro é divido em 3 partes e cada capítulo nos mostra o ponto de vista de uma personagem diferente (mas nunca em primeira pessoa). São 284 páginas de texto e com uma boa tradução. Frazier também é o autor de Montanha gelada (Cold Mountain: best seller + filme com Nicole Kidman e Jude Law) e Thirteen Moons.

Alguns trechos:

"A gente se esforça ao máximo para gostar do mundo, apesar das óbvias falhas de projeto e execução."

"Eu vivi com isso, então, se você não aguentar escutar, pode me levar pra casa e ir pro inferno. Os homens ficam bem estranhos às vezes."

"Ao amanhecer, a bruma fria, pálidas cores metálicas. Cinza, amarelo, azul. Depois, várias gradações de luz matinal à medida que o sol arde através da névoa. Cada galho e cada agulha de abeto em seu próprio invólucro de gelo. O sol refletindo nos cristais de todos os modos possíveis, menos o normal. O solo com profunda camada de neve úmida, e os ramos de vegetação perene vergando o peso. A luz irradiando loucamente, um brilho de queimar os olhos. Estranho e excitante."
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