Resenhas - Comfort Food

vivianbooks 06/05/2024

‘Eu prefiro sentir esta intensidade com ele a mil anos de mediocridade com outro.’

‘Comfort Food’ conta a história de Emily, uma brilhante escritora de livros de autoajuda que é sequestrada e mantida em uma cela escura com um homem que se recusa a falar com ela. Emily então fará se tudo para sobreviver, para não voltar a cela escura, ela terá que obedecer cada um dos comandos do homem silencioso.

Ao mesmo tempo que transbordo de palavras para descrever este livro não sei exatamente por onde começar a explicar como foi lê-lo. Comforto Food é um dark romance sobre sequestro, acho que não é nenhum spoiler dizer que ao longo do tempo em cativeiro, Emily desenvolverá extremo apego e necessidade voltado ao seu captor, famosa Síndrome de Estocolmo, nada muito novo sob o sol. No entanto, como uma estudante de psicologia que recentemente descobriu uma paixão por análise do comportamento, foi decerto interessantíssimo ver como a própria Emily – também com graduação em psicologia – entendia perfeitamente sobre todas as contingências e todo o esquema de reforçamento e punição controlados pelo seu captor. E mesmo sendo conhecedora, ela sabia que não poderia resistir contra o condicionamento. Foi a melhor parte do livro da minha opinião.
Vi que muitas pessoas questionaram que este condicionamento, por assim dizer, ocorreu rápido demais, ou que Emily quebrou muito cedo, eu compartilhava desta mesma opinião antes de refletir sobre. O ser humano é um animal intrinsicamente sensorial que fará de tudo para fugir ou esquivar-se de eventos que tragam sensações de desprazer, para Emily isto equiparava-se a cela escura.
Spoiler:

Agora sobre Emily ter retornado para o seu captor: isso não me surpreendeu tanto assim, porque sempre me pareceu que este era o real intento dele, que ela retorna-se e se submete-se a ela por conta própria, por isso ele não utilizou violência física com ela (no entanto não discussões que ela a estuprava), não causar danos fiscos a ela e condiciona-la que entender que ele = prazer, foi a forma dele se garantir que ela voltaria. Já que pelo que eu vejo caso ele tivesse realmente sido violento com ela, ela não teria retornado para ele.

Não achei o livro tão pesado, já li piores e até esperava que fosse mais gráfico, no entanto goste que não houve romantização (só uns 20% eu diria). Mesmo assim, não me agradou muito a leitura.

Kethelen 27/05/2023

Sinistro
Eu sinceramente nem sei oque escrever. É a primeira vez que leio um livro dark menos romantizado, então ainda estou tentando processar tudo que li.

Sinceramente, eu não sei oque pensar,vi alguns comentários referentes a protagonista e então estava pensando um pouco sobre, mas não cheguei a nenhuma conclusão, não sei se fico decepcionada com ela por se render rápido demais as investidas do ?Mestre?, ou se penso no lado dela, que repentinamente teve as suas necessidades sociais tiradas a força em prol a uma auto afirmação masculina egotista de um homem, e que estava exposta e apenas tentando não piorar a sua situação. Admito que fiquei um pouco perturbada com final porque ela simplesmente cedeu rápido aos sentimentos doentios,na verdade, sinto que nem tentou, queria que ela tivesse forças pra se curar e não ceder.

Mas no geral, foi uma leitura interessante, apesar de não estar acostumada com esse tipo de livro, eu acabei gostando.

Padron 28/02/2022

eu não sei quantas estrelas dar pra esse livro porque eu não sei nem como ele me deixou...que livro insano! ele mexeu demais comigo e me pegou de surpresa, se vc é fraco pra livros Dark e em que a personagem assume sua síndrome de Estocolmo, não leia esse livrokkkkkk

Jessica1248 11/12/2016

“Monstros não deviam ser bonitos.”
“Monstros não deviam ser bonitos.”
“Eu não o amava; ele não me amava. Mas eu era dele. Eu pertencia a ele. Isso tinha que contar para alguma coisa. Eu era viciada no modo como ele me tocava, o contraste entre o prazer e a dor que ele sempre me entregava. Violência e delicadeza. Nunca era suficiente.”
“Eu só estava livre com ele. Ele era a primeira pessoa que me via em todos os estados imagináveis e ainda me queria. Eu nunca tinha ficado tão nua com outra pessoa.”
Já li alguns livros envolvendo sequestro. Entretanto Comfort Food é completamente diferente dos outros livros que eu li.
Primeiro esqueça todos outros personagens sequestradores que você conhece, porque ele ou o “mestre” (nunca saberemos o nome dele), ele é um dos mais controlados que eu conheço. Toda a submissão da Emily foi psicológica, porque na maioria das vezes, quando alguém quer quebrar mentalmente uma pessoa, seja para submissão ou sei lá que fim, geralmente é feito fisicamente.
Entretanto ele fez um jogo mental com a Emily, o qual ela acredita que um dos elementos seja o silêncio (qual ele realmente é mudo, algo que descobrira só no final, durante o inicio eu meio que imaginei, mas depois eu tinha descartado a ideia). Além do uso da cela, um quarto despojado de luxos, apenas com um ambiente e um vaso sanitário, e sem janelas, onde ela tem três refeições diárias consistindo em sopa quente de frango e macarrão e biscoitos uma comida que era para ela considerada como “comida para confortar”, qual mais tarde terá outro significado. Outro meio psicológico de controle foi o calabouço onde ele a usa sexualmente na forma que ele bem entende, ela durante esses momentos dá entender que gosta. E o meio é quarto com todos os luxos pessoais que ela gosta, além do banheiro de luxo e uma sala de balé.
Após ela entender que ela não tem como fugir e a liberdade dela não pertence mais a ela, eles caem em uma rotina cheia de disciplinas e regras, a qual a submissão dela é compensada e rebeldia punida com 3 semanas na cela sem nenhum luxo. Após meses junto com ele a Emily vem a se tornar outra pessoa ela deixa ser a pessoa que costumava a ser, para ansiar a nova vida que ele deu. Entretanto no dia das bruxas ele concede algo que ela não desejava mais, a LIBERDADE. Mais como voltar para uma vida que não te pertence mais e você não se encaixa em nada, além do mais os seus pais já perderam as esperanças e literalmente te enterraram com suas lembranças. Ela implora para ele não manda-la embora, nesse momento ele entrega e a faz ler o diário dele com o lado dele da historia, ai que ela descobre que o silêncio dele era porque ele era mudo e ele tem uma surpresa porque na pesquisa dele ele não sabia que ela tinha uma irmã que ela se comunicava através dos sinais.
Quando ela volta para o mundo normal, ela anseia por ele todo o momento. Nada consegue manter ela afastada, tanto ela retorna para o seu mestre, no entanto não era garantido que ele aceitasse ela de volta. Entretanto ele aceita ela nos mesmos termos e regras de submissão do inicio.
Durante todo o livro é possível sentir a frustração psicológica que ela sofre no silêncio dele, te confunde junto com a Emily que seja um punição uma forma de controlar, eu em algum momento imaginei que ele pudesse ser mudo. Mas durante o tempo no calabouço eu comecei acreditar que era uma forma de controle dele. Então o livro é todo um mistério porque você não conhece até o final o porque dele ter sequestrado ela, e nem vai entender realmente. Durante todo tempo ela assegura que a ligação deles é diferente e não é amor. No final eu não esperava que terminasse como terminou, sim que ela ia voltar para ele, e não que ele estivesse esperando ela.
Depois de tudo isso você só pensa que ela abriu mão de tudo, para voltar para aquela ligação que fazia ela segura, e não era amor. Ele se sentia isolado do mundo por causa da deficiência dele, quando ele a sequestrou ele só queria pela primeira vez uma mulher nos termos dele, com suas regras. Acho que ele não esperava que ela voltasse para ele e que ela podia se comunicar com ele depois de tudo. As cenas sexuais eu acho que eu deveria sentir o abuso e nojo dele, mas eu como a Emily não consegui se sentir assim.
Eu ainda estou na confusão mental depois desse livro que realmente gostei, e pensando como seria a vida desses dois depois de anos de escravidão, ela não iria ansiar por mais ou até por filhos... eu realmente gostaria de uma continuação.
Só consegui escutar uma música durante todo o livro que foi Lauren O’Connell – House of the rising sun, coloco mais como uma dica.

Natiii 27/06/2014

A destruição de Emily Vargas,como uma mulher bem sucedida e extrovertida foi reduzida a um mero animal ou até menos do que isso
Aviso 1: para ler este livro, você deve ter estômago e não ficar chocado facilmente.Eu também recomendo estar preparado para tudo!

Aviso 1: a resenha ficou enorme,mas leia com paciência.É uma visão realista sobre um livro que pode ser ilusório para determinados leitores.

Como este não é o primeiro livro que eu leio desse gênero,eu já estava preparada e mesmo assim confesso que várias partes me surpreenderam.
Para ser honesta,depois de ler a sinopse e algumas resenhas,eu pensei que este livro seria muito semelhante à série The Dark Duet da C.J.Roberts,uma das minhas séries favoritas,entretanto eu estava completamente errada.

Comfort Food é muito semelhante à Falsa Submissão da Laura Reese,um livro que eu realmente não gostei do rumo que os personagens tomaram e a estória em si.

O que eu achei dos personagens principais: Emily e "Mestre".

Eu esperava que a Emily,a sequestrada,fosse ser uma pessoa corajosa e fizesse o possível e impossível para escapar,lamentavelmente ela desistiu cedo demais.Levou apenas três capítulos para ela obedecer tudo o que o "Mestre" ordenava e se tornar sua escrava no real sentido da palavra.
Eu sei que ela fez isso,pelo menos no começo,para não retornar até a cela (bad cell).Quando ela tentou matá-lo eu achei que estava equivocada e a julguei fraca muito cedo,quem dera.Ela tentou matá-lo e depois se arrependeu amargamente.Como assim? Depois de tudo o que ele tinha feito com ela.

Eu fiquei tão enojada com a Emily durante toda a leitura.Ela sabia que estava se tornando um "animal de estimação dócil" e não fez nada para mudar, para resistir.
Claro que ela desenvolveu um caso grave de Síndrome de Estocolmo,mas para alguém que tinha se formado em Psicologia e escrevia livros de autoajuda,eu esperava que ela tivesse mais persistência e garra.

Em relação ao "Mestre"(ao meu ver Monstro),ele não era apenas um psicopata.Ele era muito mais do que isso.Um monstro,sádico,frio e calculista,não tenho palavras para dizer o quanto eu o odiei (e ainda odeio).Desde o início ele queria destruí-la,fazer com que ela perdesse a própria identidade e isso sempre o excitou.Totalmente doentio!

É difícil imaginar que teve leitores que gostaram dele.Sério?
Ele degradou à Emily em um nível que ela se tornou menos do que um animal.
Eu pensei que ele iria se arrepender ou mostrar algum remorso, mas não! Ele sempre pensou que estava fazendo a coisa certa.

O ponto alto do livro foi a autora mostrar aos leitores como o "Mestre" pensava e o segredo que ele possuía.Esse fato todavia não mudou nada,só provou que ele sempre foi uma pessoa perturbada e mimada.

Quando ele a soltou, eu pensei por um segundo que ele tinha um coração.Eu fiquei tão brava com a Emily,ela se tornou tão dependente dele que ela não queria ser libertada.No mundo dela,bem distante da realidade,só ele importava.Isso é desolador.

Quando a gente pensa que não pode mais se decepcionar com a Emily,ela prova mais uma vez que é uma grande covarde.Ela não fez nenhum esforço para voltar a sua antiga vida,claro que ela tinha cicatrizes físicas e psicologicamente,mas ela não deixou seu passado(enclausuramento) para trás.
Toda a dor e sofrimento que ela causou aos pais dela,foi uma atitude tão mesquinho e egoísta. Infelizmente a Dra.Blake não pôde ajudá-la, porque a Emily não queria ser ajudada.

Durante a leitura das resenhas do livro,eu imaginava os dois juntos e o amor dela transformando-o em uma pessoa melhor,fazendo com que ele se regenerasse.
Um pensamento totalmente ilusório!
Porque nesse livro fica claro que o que um sente pelo outro não é amor,e sim uma louca obsessão.

Um fato que me fez odiá-lo ainda mais,o "Mestre" não a libertou,ele sabia o quão dependente dele ela tinha se tornando,que não conseguiria mais viver sem ele.

É realmente difícil acreditar que ela escolheu se tratada pior que um animal,ser punida e passar dias em uma cela ao invés de uma vida livre.As chances dela ficar trancada para sempre naquela cela (bad cell) ou algo acontecer com ele e ela nunca ficar livre são enormes e o pior é que ela está ciente disso.Afinal em nenhum momento ela descobriu as senhas do sistema de segurança ou até mesmo como sair daquela prisão (cela).

É triste, revoltante e lamentável ver como uma mulher bem-sucedida e extrovertida se reduziu a isso.É como se ela tivesse perdido a própria alma.

Os outros livros desse gênero que eu li, como eu mencionei no início me mostraram alguma transformação no final,uma centelha de esperança.Isso não ocorreu com esse livro,na verdade eu me senti deprimida e sem esperança após finalizar a leitura.

Essa estória merecia uma estrela apenas.Todavia como a escrita da autora é boa darei 2 estrelas.

Daphiny 06/04/2014

eu simplesmente não gostei... sei lá, acho que é porque não é o que eu esperava da história... confesso que é doentio, mas eu gosto de histórias sobre a Síndrome de Estocolmo, só que eu acho muito mais crível quando a vítima tenta escapar etc durante um bom tempo. Essa Emily se entregou rápido demais e ela é simplesmente insuportável.... Os monólogos dela começaram a me dar dor de cabeça. E o raptador também é esquisitíssimo. Eu confesso que esperava uma história de amorzinho etc e esse foi too much pra mim. Não tenho cabeça e maturidade pra aguentar um livro desses, mas pessoas com mentes um pouquinho mais abertas e maduras podem gostar.