A criança no tempo

A criança no tempo Ian McEwan




Resenhas - A Criança no Tempo


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Marlo R. R. López 21/05/2024

Ian McEwan é um excelente escritor. Nós todos sabemos disso, direta ou indiretamente.

Li há dois meses o maravilhoso "Reparação", escrito em 2001, e depois fui atrás dos outros livros do autor. "A criança no tempo", lançado em 1987, foi um dos que me chamaram mais atenção. Mas infelizmente me decepcionei.

De modo geral, o livro tem uma narrativa tão monótona, confusa e pouco envolvente quanto as reuniões do comitê de que o personagem principal, Stephen, participa. O desaparecimento da sua filha de 4 anos, a separação da esposa em virtude disso e os conflitos de sentimento daí decorrentes parecem ser uma coisa secundária em toda a história, e esses eram justamente os pontos que eu mais estava esperando encontrar.

O texto se preocupa excessivamente em esmiuçar lembranças infantis do pai, a burocracia de um projeto do governo relacionado à leitura e o misterioso abandono da vida pública por parte de um dos amigos de Stephen.

Depois do excelente primeiro capítulo, o livro mergulhou num marasmo que quase me fez abandonar a leitura. Os personagens são apáticos, distantes demais do leitor para que este se ocupe deles. A única que se salva é Thelma, uma professora universitária de física teórica que faz algumas preleções sobre a relatividade do tempo e a mutabilidade da matéria - o que de certa forma tem a ver com o estilo fragmentado e confuso da narrativa, eu sei.

Não tenho problema com livros arrastados. Tanto é que fiquei completamente fisgado com "Reparação", que passa 200 páginas descrevendo um único dia na vida da família Tallis. A questão é que lá o ritmo arrastado funciona. Aqui, não.

Para quem for ler este livro, eu sugiro não se ater muito às sinopses. Elas podem criar falsas expectativas.
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Josiane.Castro 10/11/2023

Recomeço?
Uma tragedia familiar faz com que muitos questionamentos venham a tona . Uma história de vazio , luta e culpa
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Mc Brendinha Carvalhão 11/09/2022

Esperava mais... Ou outra coisa
O começo é angustiante, a parte do desaparecimento é de deixar qualquer um com o coração na mão, esperava que o livro falasse mais sobre a criança desaparecida em si, as consequências de seu desaparecimento, os sentimentos dos pais a respeito, seu desenrolar, mas não foi bem assim. O livro foi em sua maior parte bem cansativo.
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Lua 05/06/2022

A criança no tempo é a história de um pai que perde a filha num supermercado e passa a conviver com essa perda diariamente. Stephen vê seu casamento e sua vida desmoronar aos poucos sem se importar muito com isso. É um livro muito bom, não chegando a ser tão tenso como muitos livros nessa temática, porém chega a ser maçante em algumas partes porque ele sai narrando lembranças aleatórias, sem muita noção de tempo.
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Fran 28/02/2022

Não gostei
Esperava que a história se desenrolasse a partir do acontecimento principal do livro, mas o assunto é abordado por cima não tendo nenhuma resolução, não achei realista porque pais que passam por uma situação ainda buscariam um desfecho.
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Juliano.Ramos 07/01/2022

Um livro com um começo assustador, um terror real, algo que vai apertando as entranhas, o que o Stephen sente, nos leitores sentimos, passado esse terror, o livro continua firme num propósito de nós dar uma luz na direção que o narrador quer seguir, essa direção as vezes atrapalhada, ou deliberada nos faz entrar na cabeça do personagem central, seu amigo excêntrico, suas relações com o mundo sempre tentando achar a criança perdida, é uma viagem a mente e ao coração do homem. Nota 10.
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Magasoares 15/11/2021

A Criança
Vou analisar às minhas leituras perguntando a mim mesma se eu leria o livro de novo? Minha resposta seria, não! Mas para quem não leu, recomendaria.
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Paulo Sousa 13/03/2021

Leitura 06/2021
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A criança no tempo [1987]
Orig. The child in time
Ian McEwan (Ing, 1948-)
Companhia das Letras, 2018, 288p
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?Kate tinha se transformado na própria essência do tempo. Seu crescimento espectral, o produto de uma tristeza obsessiva, era não apenas inevitável ? nada era capaz de fazer parar o relógio fibroso ? mas necessário. Sem a fantasia de sua continuada existência, ele estava perdido, o tempo pararia. Era pai de uma criança invisível? (Posição Kindle 41).
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?E foi então, com três anos de atraso, que por fim começaram a chorar juntos pela criança perdida, insubstituível, que eles não veriam crescer, cujo olhar e movimentos característicos jamais poderiam ser dissipados pelo tempo? (Posição Kindle 3639).
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Apesar de ter lido anteriormente vários romances do escritor britânico Ian Mcewan, dentre eles Jardim de Cimento, Enclausurado, Reparação, Na Praia e Amor sem Fim, eu nada sabia desse livro ?A criança no tempo? (me assustei em saber que é um romance dos final dos anos 80, pois julgava ser um dos últimos lançamentos do autor!) e muito menos de que há um filme baseado no livro (que assistirei em breve!).
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O livro fala da dor da perda. Um pai que, num dia singelo de ida ao supermercado junto com a filha, num lapso percebe que ela não está mais ao seu lado. Stephen, o pai, desesperado, vasculha todos os cantos do estabelecimento, logo sendo ajudado por funcionários e outros clientes que ali estão, em busca da pequena Kate. O desespero dele aumenta à medida que as horas se passam, quando ele terá de voltar para casa e terá de contar para a esposa do desaparecimento da filha...
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Mcewan, em sua usual maneira de explorar os limites do suspense, do drama, constrói um delicado livro sobre a tragédia e como as feridas deixadas levam as pessoas ao fundo do poço. Ali, onde se juntam demônios e uma fímbria de luz, o sentido de existir toma nova ressignificação, quando se apresenta a possibilidade de se manter imerso pela dor, pelo desencanto e pela desesperança ou aguardar que a própria vida apresente novas flores pelo caminho destroçado.
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O livro também zapeia por outros temas, como o de um controverso comitê que estuda a melhor forma de educar e proteger as crianças, mostrando que, apesar de um livro escrito há mais de 30 anos, sua temática é sombriamente atual.
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O que mais me atrai aos romances de Mcewan é a sensibilidade, a honestidade, o senso magistral e poético que ele tem de tornar tantas coisas humanas em palavras, como se absorvendo para o papel, para a frase escrita, o caldeirão pululante de emoções vívidas. A trágica história em ?A criança no tempo? é a história da esperança, ainda que no finzinho do túnel e de como o tempo, impiedoso e intransigente como um cossaco russo, pode pregar boas peças na vida da gente.
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Julia.Dias 04/11/2020

Esperava mais.
O livro narra a história de um pai a partir do desaparecimento da filha. O casamento, seu trabalho, seus pais e amigos são destrinchados ao longo da narrativa não linear. Não me emocionou.

Desse autor eu preferi "Enclausurado".
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Maitê 17/08/2020

Resolvi ler por ter gostado do filme, especialmente das não respostas. E o livro é realmente assim, sem respostas, por que muitas vezes na vida as coisas não são claras, fica a dúvida.
As vezes é melhor não saber, a dúvida conforta. De uma maneira essa criança parada no tempo, aos 3 anos é o gato de schrödinger, não saber o que aconteceu é não saber.
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Daniele.Couto 05/03/2020

O livro é bem cansativo, não é uma leitura que te prende, os personagens são apáticos. Achei o livro bem fraco.
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Vivi 19/02/2020

Um dia nossa vida é perfeita e no outro tudo se esvai como areia em nossos dedos. Descobrimos que somos saudade, solidão , que temos tantos questionamentos relacionado a tudo que vivemos e com relação a quem amamos também. Coisas que nos eram tão banais, que nunca nos preocupamos se tornam de extrema importância para nós .
Que somos total depentes do outro .
E de tantas reflexões de tantas buscas chegamos ao desespero.
Alguns não podem se dar as chances de um recomeço pelo simples fato de não superar tanta dor. A outros a vida nos mostra uma chance mais divina que possa existir de seguir apesar das cicatrizes.
É um livro que realmente nos tira da zona de conforto de forma impactante. Aqui não se prende somente ao sumiço de Kate mas a criança que nunca morreu ou se realizou totalmente dentro de Stephen.
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Tiago 17/01/2020

Amadurecendo
As vezes um escritor consegue já com seu primeiro livro escrever sua obra prima, e passa o resto da vida amaldiçoado por nunca mais conseguir escrever algo no mesmo nível. Certamente este não foi o caso de Ian McEwan, pois em sua extensa obra literária o principal destaque é "Reparação", publicado no início dos anos 2000. Seu segundo livro publicado, "A Criança no Tempo" data de 1986 e demonstra claramente que o talento do escritor sempre esteve lá, mas que experiência e amadurecimento foram fundamentais para se chegar ao ápice cerca de 15 anos depois.

O primeiro e o último capítulo de "A Criança no Tempo" são magistrais. Nota-se claramente o talento de McEwan como criador de boas histórias e a beleza límpida de sua prosa. O problema aqui certamente é o desenvolvimento da trama, que é bastante problemático e errático. Creio que além de uma maior experiência e concisão, faltou ao autor um editor mais tarimbado, capaz de auxiliá-lo em meio a tantas ideias e rumos que o seu livro acaba tomando, desperdiçando uma grande oportunidade de trabalhar em cima de seu maravilhoso início e transforma-lo em um drama denso e envolvente.

Não chega a ser um livro ruim, mas certamente é uma grande oportunidade desperdiçada. Nos serve de alento saber que Ian McEwan melhorou e muito com o tempo.
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Diane Ramos 04/12/2019

A CRIANÇA NO TEMPO
Sempre recebo indicações e leio muitos comentários bons a respeito do autor Ian McEwan, talvez por falta de oportunidade ou por falta de afinidade com suas histórias sempre o deixei meio que de lado e não priorizei a leitura de seus livros. Porém, recentemente ganhei A Criança no Tempo e, como a premissa era interessante, resolvi me jogar na leitura e conhecer a escrita desse aclamado autor.
O livro traz a história de Stephen Lewis, um escritor de livros infantis. Stephen leva uma vida tranquila em Londres com sua esposa Julie e a filha de três anos, Kate, e dedica parte de seu tempo às reuniões enfadonhas do subcomitê de leitura e escrita, um projeto governamental do qual só faz parte por influência de Charles Darke, o editor que enxergou, em seu romance de estreia, uma história para crianças.
Numa gélida manhã de sábado, pai e filha vão ao supermercado - um evento banal, não fosse o episódio que mudaria para sempre a vida da família. No instante em que Stephen se vira para colocar as compras na esteira do caixa, Kate desaparece misteriosamente.
Ao rememorar a fatídica cena e diante da impossibilidade de reverter a catástrofe, Stephen é consumido pela culpa. Por que tirou os olhos dela por uma fração de segundos sequer? O que poderia ter feito de diferente? Julie, por sua vez, fica cada vez mais reclusa, e a relação dos dois não demora a definhar. Apesar da busca incessante, resta ao casal aceitar que sua filha se foi e que o tempo - não necessariamente como ele é, mas como o pensamos - proíbe de forma monomaníaca as segundas oportunidades.

A Criança no Tempo é narrado quase que sem diálogos e de maneira não linear, misturando o momento presente com lembranças do passado, o que faz com que o leitor se sinta meio perdido de vez em quando e torna a leitura um pouco mais lenta. Infelizmente, na minha humilde opinião, o livro não funcionou pra mim, talvez não tenha conseguido captar a verdadeira essência da obra e isso não permitiu que enxergasse a beleza que tantos vêem nesse autor. O tema, o desespero de ter uma criança perdida, até me chamou a atenção no início, porém, a história é tão sem ação e arrastada que me fez quase abandonar a leitura, o que foi uma pena pois estava muito ansiosa com a leitura.
Apesar das ressalvas, achei interessante a forma sensível de como impressões e sentimentos são retratados pelo autor. O desaparecimento de Kate é uma dor constante na vida de Stephen e Julie, sua esposa, e a maneira como eles reagem com essa dor é comovente e angustiante. A Criança no Tempo é um livro que fala sobre tudo aquilo que perdemos e as consequências desastrosas que podem trazer para nossas vidas, durante a leitura percebemos o quanto o tempo é capaz de trazer mudanças e expor fragilidades na vida do ser humano.
Enfim, A Criança no Tempo, infelizmente, não funcionou pra mim, o que foi bem frustrante, pois, ansiava muito essa leitura. Porém, não estou aqui para condenar livro nenhum, sendo assim, se você gosta de livros mais melancólicos e que aprofundam mais nas questões sentimentais acredito que essa obra poderá ser interessante para você.



site: http://coisasdediane.blogspot.com/2019/12/resenha-170-crianca-no-tempo_4.html
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PorEssasPáginas 21/01/2019

(...) esta edição é de 2018, mas o livro foi originalmente escrito em 1987. E apesar de falar de coisas como máquinas de escrever e centrais telefônicas (daquelas antigas, com fios), o assunto em si é atemporal, pois trata de sentimentos humanos profundos: perda, tristeza, esperança.

O livro não traz o tempo só no nome, mas faz uma brincadeira com o tempo, indo e vindo entre passado e presente; entre as lembranças que Stephen tem de Kate e de Julie, e seu momento atual na narrativa. E também “brinca” o tempo todo com a infância (criança), relembrando a infância de Stephen, com Charles trazendo à tona a criança que existe nele.

Achei que com esse tema o livro todo giraria em torno somente da busca pela menina e os sentimentos dos pais. Mas, se fosse, seria apenas mais um livro. Mas a cabeça de Ian McEwan vai muito além e cria uma história totalmente inesperada, e exatamente como disse Benedict Cumberbatch: “Somente Ian McEwan poderia escrever sobre a perda com tamanha honestidade.” Foi isso mesmo que senti. Sem escorregar para o dramalhão, e de uma forma bem realista.
(...)
***Resenha completa no blog!***

site: http://poressaspaginas.com/resenha-a-crianca-no-tempo
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