Ratos e homens

Ratos e homens John Steinbeck




Resenhas - Ratos e Homens


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Fabio 05/11/2023

Sonhar o mesmo sonho, viver a mesma vida e sofrer as mesmas dores
"Ratos e Homens" (Of Mice and Men), Obra-Prima da literatura universal, escrita por John Steinbeck em 1937, nos conta a triste e emocionante história dos amigos George e Lennie, dois campeiros errantes na costa oeste norte-americana, durante a Grande Depressão dos anos 30.

A história se passa em uma fazenda no Vale do Salinas na costa central da Califórnia, e nos conta a história dos inseparáveis amigos George e Lennie em busca de um sonho quase impossível: o de conquistar um pedaço de terra para poder viver dos frutos do próprio trabalho.

George, um homem franzino, astuto e carismático, possuidor de uma mente pervicaz e um coração gigantesco, é o sinônimo de um homem honesto e trabalhador,. Enquanto Lennie, a antítese do primeiro, de constituição poderosa, como a de um gigante, possui problemas mentais, e inteligência limitada, totalmente dependente do amigo como uma pequena criança. Juntos em fuga, oriundos do norte do pais, encontram em Salinas, um lugar para trabalhar e repensar nos planos para o futuro.

A obra é centrada na relação de amizade e profunda lealdade entre os dois personagens centrais, e que mesmo nas adversidades, unidos, lutam por um mesmo ideal, sonham os mesmos sonhos, e buscam vencer com muito esforço e trabalho as vicissitudes da vida durante a maior crise econômica da historia do pais .

Steinbeck, em sua obra-prima, aborda de forma direta os preceitos sociais amplamente discutidos desde os primeiros anos do século XX, e que estavam sendo amplamente debatidos na sociedade dos anos 30 , e de forma não dogmática, escrutina o racismo, a misoginia e o preconceito contra os deficientes, físicos e mentais, inclusive, de forma figurativa, compara os marginalizados, com os ratos, do título de sua obra.

Steinbeck nos entrega um livro escrito magistralmente em uma linguagem ao mesmo tempo, simples e poderosa, extremante lírica, que arrebata o leitor desde as primeiras linhas, e mesmo em pouquíssimas páginas, consegue transmitir uma imensidão de sentimentos, numa linguagem singela, fluida e reflexiva.

De maneira primorosa, John Steinbeck, discorre sobre o afeto e a verdadeira amizade, o amor em suas mais variadas formas (Storge, Philia, Eros e Àgape), e expende sobre temas absolutamente doloridos a sociedade da época, especialmente a atual, e acaba por nos entregar mesmo que de forma não intencional um breve tratado sobre a relações entre os indivíduos dentro de uma sociedade intolerante.

"Ratos e Homens" é um livro de composição requintada, inúmeros tons de melancólica, mas também repleto de otimismos, que nos fazem refletir sobre os nossos objetivos, nossos ideais, nossas relações, e principalmente sobre nosso papel dentro de uma sociedade, e que toca e emociona de uma forma bem singela até os mais empedernidos corações, e nos atinge exatamente aonde mais precisamos.

Em suma, é um livro tocante e imersivo, daqueles que as páginas voam, e que só se percebe que chegou ao fim, quando as lagrimas fluem pela face, decorrente do infame fatídico e desolado final.

Cris 05/11/2023minha estante
Parabéns pela resenha. Me fez ter mais vontade ainda de ler.??


CPF1964 05/11/2023minha estante
Parabéns pela resenha, Fabio. Ficou perfeita como sempre. Li em 2020 durante a Pandemia. Gostei do livro.


Fabio 05/11/2023minha estante
RÕ, obrigado pelas belíssimas palavras, serio!?
Obrigado, pelo carinho de sempre, e pela disposição de ler esses textões! kkkkk
Liso geado com seu comentário!?


Fabio 05/11/2023minha estante
Cris, obrigado pelas palavras e por tirar um tempo para ler a resenha!
Fico feliz que tenha gostado e fico ainda mais por te incentivar a ler essa obrai-prima da literatura!?


Fabio 05/11/2023minha estante
Cassius, muito obrigado, meu amigo!?
Esse vai deixar marcas para sempre, de tão bom!


-Rachel 05/11/2023minha estante
Parabéns, Fabio, mais uma resenha escrita impecavelmente. ???


Fabio 05/11/2023minha estante
Obrigado, Rachel, querida pelo carinho de sempre!?
Lisonjeado de te ter por aqui comentando!?


RayLima 05/11/2023minha estante
Uau! Que resenha! Como sempre, né?! Parabéns, Fábio ??????


Sara 05/11/2023minha estante
Mais um para lista! Adorei a resenha! A trama e as discussões me lembraram um pouco "Flores Para Algernon"


Fabio 05/11/2023minha estante
Obrigado, Ray minha querida!!!?
Obrigado pelo carinho, pela presença e por tirar um tempo para ler a resenha!??


Fabio 05/11/2023minha estante
Muito obrigado, Ray, minha querida!?
Obrigado pelo carinho, pela presença e por tirar um tempo para ler a resenha!??


Fabio 05/11/2023minha estante
Muito obrigado, Sara!?
Eu ainda não li "Flores Para Algernon", mas esta na lista do ano que vem, ai poderei comparar rsrsr


Sara 05/11/2023minha estante
Opa! Depois vou querer ler sua resenha!


Fabio 06/11/2023minha estante
Obrigado, Sara!?


Mariana 06/11/2023minha estante
Ual! Ameii a sua resenha, me deu vi tarde de ler, mas pelo final já estou a pensar ahhahah. Que graciosidade de palavras, parabéns!!!!!!


Fabio 06/11/2023minha estante
Ahh, muito obrigado, Mari, minha querida, pelas belíssimas palavras!?
Fico feliz em ter te incentivado a ler, essa obra prima!
Tenho certeza que vai amar, principalmente o final kkkk


Mariana 06/11/2023minha estante
Gosto muito de obras assim, que deixam-nos a pensar... Masssss não quero chorar não kkkkkkkkk


Fabio 06/11/2023minha estante
Mari, o livro vale muto a pena com ou sem lagrimas kkkk
O final realmente é emocionante


Mariana 06/11/2023minha estante
Aiiiiii ... faço ideia que sim. Como já estamos no fim do ano, deixo pra ano que vem ahahahahh


Fabio 06/11/2023minha estante
O importante é salva na lista kkkk


Luci_books 06/11/2023minha estante
Parabéns pela resenha! Fiquei com vontade de conhecer a escrita de Steinbeck ?


Fabio 06/11/2023minha estante
Obrigado, Lucy pelo carinho!?
Espero que leia e goste, mas tenho certeza, que no mínimo vai se emocionar com o final


Livia Barini 06/11/2023minha estante
Que resenha maravilhosa. Mais um para a lista


Fabio 06/11/2023minha estante
Ahhh muito obrigado pelo carinho, Lívia!?
Mais um pra lista kkkk


Regis 07/11/2023minha estante
Amei sua resenha, Fábio! Eu gostei muito desse livro, li o ano passado. ??


@Francielly 07/11/2023minha estante
Fabio,
Como sempre, mais uma resenha impecavelmente bem escrita e que prende a atenção de qualquer um, parabéns! ???


Fabio 07/11/2023minha estante
Muito obrigado Regis, pelo carinho e pela presença de sempre!?
Fico feliz que tenha gostado da resenha!
E sobre o livro, eu gostei tanto que entrou para meus favoritos desse ano!


Fabio 07/11/2023minha estante
Fran, minha querida, muito obrigado por tão belas palavras!?
Como sempre, é extremamente lisonjeador, comentários de uma resenhista como você! ?
Muito obrigado!?


Bianca 07/11/2023minha estante
Show de resenha parabéns ??????


Fabio 07/11/2023minha estante
Obrigado, Bianca!?


DeniseSC 11/11/2023minha estante
Adorei sua resenha!! Parabéns pela escrita


Fabio 11/11/2023minha estante
Muito obrigado pelo carinho, Denise!?




Flávia Menezes 28/07/2023

CLUBE DOS MARGINALIZADOS: O LOUCO,O NEGRO,O VELHO E A MULHER
?Ratos e Homens?, publicado originalmente em 1937, é considerado uma das obras mais belas escritas pelo estadunidense John Ernest Steinbeck Jr., e um dos maiores romancistas do século XX, que também foi o ganhador do Nobel de Literatura de 1962. ?A Leste do Éden? e ?As Vinhas da Ira? são outras de suas obras consideradas como principais.

Influenciado pelos pais, desde muito cedo Steinbeck mergulhou em leituras de grandes autores, tais como Dostoiévski, Milton, Flaubert e George Eliot, e o resultado é essa escrita emocionante que ele desenvolveu, que nos desperta as mais profundas reflexões sobre a humanidade e todas as nossas dores e angústias.

Em si, o título por si só já é uma verdadeira alegoria, que nos fala dessa relação entre os ratos, figuras que já nos despertam tudo o que há de mais aversivo, desprezível e ameaçador, e do outro lado, o homem, seres maiores, mais fortes e mais racionais. Porém, nessa história, Steinbeck expõe as fragilidades, limitações e ignorâncias de uma raça que se considera tão superior, mas que por si só é capaz de se achar melhor do que os outros, e submetê-los a uma vida de escravidão e infelicidade.

Nesse cenário das dificuldades e imensa pobreza da época da Depressão norte-americana da década de 1930, Steinbeck traz na figura de dois simples andarilhos que saem em busca de um trabalho que os dê possibilidade de viver o seu grande Sonho Americano, George e Lennie já nos arrebatam logo nas primeiras páginas com a força dessa narrativa de trazer na figura típica do universo Steinbeckiano, o homem comum, bondoso que está sempre disposto a buscar o melhor para os seus semelhantes, lutando com todas as suas forças contra as injustiças sociais tão descaradas na época em questão.

Ouvir George e Lennie falando sobre o seu sonho, só nos faz pensar em como precisamos de tão pouco para sermos felizes. Ser livre, com seu direito garantido de ir e vir, podendo aproveitar o seu dia trabalhando nas coisas mais simples, e colhendo aquilo que necessitamos para viver (nem mais e nem menos) é tudo o que precisamos para sermos verdadeiramente felizes. Porém, ele também nos lembra de que de nada adianta alcançarmos algo tão bom, se não temos com quem compartilhar. E sobre a solidão tão típica da época de homens em busca de trabalhos e de promessas de uma vida melhor e mais digna, é que vem uma das passagens que mais me emocionaram:

"? Imagina se ocê num tivesse ninguém. Imagina se ocê num pudesse entrá na casa dos pião pra jogá baralho porque ocê era preto. Ocê ia gosta? Imagina se ocê tivesse que ficá aqui sozinho, só lendo. Claro qu´ocê ia podê jogá ferradura até anoitece, mas daí ocê ia tê que ficá lendo livro. E num tem nada de bom nos livro. A gente precisa de alguém... pra ouvi a gente. ? Choramingou: ? Qualqué pessoa fica loca se num tive ninguém. Num faiz diferença quem tá co´a gente, só precisa tá junto. Vô dizê uma coisa ? vociferou. ? Vô dizê pr´ocê que a gente se sente tão sozinho que até fica doente?.

Não é mesmo de emocionar até o coração mais gelado? Bom... Eu espero que sim!

Na marginalidade de uma sociedade norte-americana onde os ricos ficavam cada vez mais ricos, e os pobres a cada dia mais dependentes de um trabalho injusto e tão mal remunerado, essa história nos revela aqueles que eram tidos como inferiores através de quatro personagens: Lennie (aquele que sofre de problemas mentais), Crooks (o negro), Candy (o velho com deficiência física decorrente de acidente no próprio local de trabalho), e a esposa do Curley (que nem sequer chegamos a saber qual o seu nome próprio).

A cena em que os quatro se reúnem, e podemos sentir em suas palavras como é ser tratado como inferior, desprezado e negligenciado é uma das mais importantes desse livro. É como um verdadeiro "Clube dos Marginalizados", e muito embora a mulher receba um tratamento diferenciado por ser a esposa do filho do fazendeiro, quando ela fala sobre a sua vida e suas dores, não há como não nos provocar uma empatia imediata.

Entre "Ratos e Homens", esses quatro são os considerados os ?ratos? (aqueles que por algum motivo provocam aversão), porém, aqueles que são respeitados como ?Homens? (aqueles tidos como racionais), muito embora pareçam receber um tratamento diferenciado, ganhando até mesmo o direito de ser ouvido, também são aqueles que carregarão o peso das responsabilidades dos atos daqueles que são tidos como inferiores.

São tantas as cenas que mostram exatamente essa questão, mas para não dar spoilers, eu vou apenas deixar aqui esse fato de que por mais que os outros que não fazem parte do ?Clube dos Marginalizados? possam parecer ser tratados como superiores e receber um tratamento mais digno, o fato é que são eles que farão as escolhas mais duras. E o peso que carregarão por elas, esse não há nem como mensurar!

Uma temática que é importante ser discutida, e Steinbeck não falhou nenhum pouco na forma como ele retrata, é a questão de tudo o que envolve os transtornos psicológicos.

É muito comum vermos personagens com distúrbios mentais sendo retratados em sua essência, tal como acontece aqui com o Lennie, onde vemos uma criança em um corpo de um adulto. A empatia imediata que esses personagens despertam, é importante e até mesmo bastante tocante. Porém, precisamos compreender que pessoas com déficit cognitivo que não conseguem ser responsáveis pelos seus atos, precisam ser devidamente acompanhadas, pois por mais que se pareçam com crianças indefesas, a questão é que, diante da mínima frustração, seus comportamentos podem ter resultados fatais.

A empatia com aqueles que sofrem de algum distúrbio psicológico é essencial, porque são pessoas como nós, porém que apresentam limitações muitas vezes severas. Só que, essa empatia toda que um personagem como o Lennie nos faz sentir, não pode nos cegar a ponto de ignorarmos que suas limitações possuem resultados algumas vezes irrecuperáveis. O fato de que eles não possuem consciência do que fazem, não excetua a gravidade e seriedade de seus atos.

Os distúrbios mentais são um problema sério! E não podem ser ignorados. Afinal, os Lennies da vida real existem, e para viverem uma vida de qualidade, precisam ter o acompanhamento necessário de profissionais que lhes ofereçam o tratamento mais adequado (psicológico e medicamentoso), para que possam desfrutar de todas as suas potencialidades. E para que possam aproveitar essa vida no máximo que ela tem a lhes oferecer, cabe também aos seus pais ou cuidadores que compreendam a sua situação, e lhes ajudem em todas as suas necessidades e dificuldades.

Esse é um livro tão curto, porém com nível de profundidade que encontramos nos maiores calhamaços já escritos até hoje! Mas essa é a beleza da escrita de Steinbeck: onde no comum, no simples e no mais corriqueiro, ele deposita um universo inteiro de significados de uma existência humana tão complexa, mas ao mesmo tempo, tão bela.
Karen.V 28/07/2023minha estante
Amo as tuas resenhas ?? mais um que vai pra minha lista ?


Flávia Menezes 28/07/2023minha estante
Aaah, Karen! Muito obrigada! ? Eu tenho certeza que você vai gostar desse. ???


Núbia Cortinhas 29/07/2023minha estante
Uauuu!! Belíssima resenha! ?? ?? ?? ??


Flávia Menezes 29/07/2023minha estante
Obrigada, Núbia! ? Ansiosa para ver suas impressões quando você for ler. ?


RayLima 29/07/2023minha estante
Que bela resenha! E que ótimo você ter me feito lembrar desse clássico que há muito tempo eu quero ler. Mais um pra lista! hahah


Flávia Menezes 29/07/2023minha estante
Rayanne, muito obrigada! ?
Eu estava assim como você com ele há tempos na lista. E sabe quando você lê e pensa: por que eu não li antes? Mas é uma ótima leitura, porque Steinbeck nunca decepciona! Vou ficar de olho nas suas impressões quando você começar a ler! ?




Gontijo 11/02/2012

Livro Emocionante!
"Ratos e Homens" é um livro intenso que fala da relação entre dois amigos no interior rural americano. Um deles é um baixinho oportunista e sempre desconfiado e o outro é um gigantesco homem com a mentalidade de uma criança, graças a um distúrbio mental. É um daqueles livros curtos que fazem você sentir seu coração batendo forte dentro do peito. A história se trata muito do que a sociedade nos leva a ser. Como o homem é levado a fazer o que nunca pensou que fosse capaz. Pro bem e pro mal. Os dois amigos, na minha opinião, representam a dualidade da natureza humana. É como se dentro de nós existisse sempre um lado convicto, mas incapacitado pelas circunstâncias da vida. E sempre um lado inocente, ingênuo, à mercê das forças deste mundo, mas com uma força monstruosa para a mudança, ainda que adormecida.
Luana Silva 16/01/2013minha estante
Perfeito! Sua menção à dualidade faz muito sentido.


@suzans.bookverse 31/05/2017minha estante
Exatamente! Me senti tocada pelos personagens do início ao fim. Com certeza essa dualidade existe, pois é impossível não se ver em ambos, George e Lennie. Muito emocionante mesmo.


Rafael.Bortoli 21/10/2021minha estante
Muito bom




Regis 06/05/2022

Impactante...
História curta e poderosa. Se passa na difícil década de 30, onde a grande recessão econômica, cobrava seu preço de homens simples, em um país devastado pela fome, o desemprego, e a desesperança.
George, um sujeito baixinho e sagaz, ao lado de Lennie, um homem muito grande e inocente com problemas mentais, chegam a uma fazenda em busca de trabalho.
A amizade de ambos encanta. George cuida e protege Lennie, que sozinho não teria como se virar, ainda mais conseguir um emprego nesse mundo em profundo lapso.
Enquanto Lennie segue sonhando com um futuro imaginado por George, e com o qual consegue permanecer alienado de todas as dores e agruras que sua realidade apresenta.
Com um desfecho impressionante e ao mesmo tempo chocante, essa novela de apenas 142 páginas nos apresenta personagens bem desenvolvidos e nos faz torcer por eles mesmo que possamos avistar o trágico fim se aproximar.
Indico com certeza essa leitura.
Nick 06/05/2022minha estante
Caraca, parece ser um livro muito emocionante


Regis 06/05/2022minha estante
É sim. Eu chorei um pouco no final.


Guilherme.Oliveira 08/05/2022minha estante
Esse livro é sensacional!!


Regis 08/05/2022minha estante
É sim, mas também é devastador.
Não consigo esquecer o Lennie e o George.


DANILÃO1505 04/06/2022minha estante
Parabéns, ótimo livro


Dhewyd 17/02/2024minha estante
Comecei a ler ele hoje, indicação sua rsrs


Regis 17/02/2024minha estante
Espero que goste, Dhewyd. ??


Dhewyd 22/02/2024minha estante
Adorei o livro... cinco ? fácil rsrs




Bookster Pedro Pacifico 25/12/2023

Ratos e homens, de John Steinbeck
Escolhi “Ratos e homens” para representar a época da Grande Depressão, o tema do mês de outubro do Desafio Bookster 2023. No livro publicado em 1937, do vencedor do Prêmio Nobel de Literatura, o contexto histórico é apresentado de forma sutil, em um ambiente de uma fazenda da Califórnia durante o período de recessão e em uma narrativa com poucos personagens. Os protagonistas são uma dupla de amigos, George e Lennie, que acabam migrando de um trabalho - em condições escassas - para outro na luta pela sobrevivência.

O livro é curto, com menos de 150 páginas, e a leitura é marcante. O ponto alto é a peculiaridade da relação entre os dois amigos, que acaba oscilando entre desentendimentos e uma necessidade de proteção e afeto. George acaba sendo o guia da dupla e quem se preocupa com as dificuldades de Lennie, um personagem com um porte físico forte e grande, mas que contrasta com seus problemas de relacionamento. A humanização daqueles personagens, que vivem em um cenário de tanta falta, é cativante.

Ao longo da leitura, vamos percebendo a falta de perspectivas daqueles personagens. Não há uma saída daquela situação, não há um plano B, mas apenas a necessidade de se apegar a um futuro imaginário. Caso contrário, a falta de esperança consome aqueles homens que estão condenados a uma situação de miséria. A injusta relação entre os donos de terra e os explorados também é abordada por Steinbeck.

Não é à toa que o livro se tornou um clássico da literatura norte-americana do século passado, junto com outra obra incrível do autor, “Vinhas da ira”. Os diálogos também são criados para refletir a simplicidade e o modo “caipira” dos trabalhadores da fazenda. Acho interessante como o processo de tradução em situações como essa deve ser desafiador. Nessa edição, a tradutora Ana Ban conseguiu fazer um ótimo trabalho. Recomendo muito, adorei a leitura!

PS: tem vídeo sobre a leitura, com especialistas no tema, em meu canal do YouTube.

Nota 9/10

Para mais resenhas, siga o @book.ster no instagram.

site: https://www.instagram.com/p/C0hxusLRYP3/
Carla.Floores 25/12/2023minha estante
Que resenha digna de Steinbeck! Amei! Estou aos poucos lendo todas as obras dele. É uma pena que apenas essas duas que mencionou sejam as mais lidas e famosas. Porque "A Leste do Éden" é simplesmente impressionante.
"O inverno da nossa desesperança" todo recheado de significados. E "A um Deus Desconhecido"?! Quanto mais leio Steinbeck mais me apaixono por sua escrita. Como te encontro no YouTube. Também estou lá. Narrei e sigo narrando os livros do Steinbeck no canal Jornada Literária.




Carolina.Gomes 12/11/2023

Devastador e maravilhoso
Nunca subestime o poder de um livro curto te deixar devastada. Repeti umas três vezes, no meu solilóquio pós leitura.

Steinbeck sabe arrematar um final e dar um knock out no leitor.

Aqui, o cenário é o mesmo de As Vinhas da Ira, mas o foco principal é a relação de amizade entre dois homens diametralmente opostos, desde a compleição física ao intelecto.

Os personagens são muito bem retratados e me agrada muito a forma como o autor descreve os cenários e as características de cada um.

Um livro curto com linguagem direta e linear que vai abordando questões sensíveis e que me emocionou muito.

Recomendo demais!
Fabio 13/11/2023minha estante
LIvraço né, Carol??
Adorei a resenha!


Carolina.Gomes 13/11/2023minha estante
Adorei, Fabio! Valeu o incentivo p furar o TBR.


Fabio 13/11/2023minha estante
Tamo junto Carol!!!?


Eliza.Beth 18/11/2023minha estante
Ano que vem lerei sim ou sim!




Mayara945 16/06/2020

Nó na garganta
Esse autor tem o dom de me deixar com um nó na garganta sempre que termino um livro seu.

Essa é história comovente de dois amigos, trabalhadores braçais em fazendas, na período da grande depressão nos Estados Unidos.
George e Lennie nutrem um sonho de juntar dinheiro para comprar seu pedaço de terra, onde poderão viver do seu próprio trabalho. Mas nem tudo é tão simples... o orgulho e a ambição humana, muitas vezes, podem destruir os sonhos mais puros. Livro surpreendente.

Meu único contra fica para a tradução: a fala dos personagens adotou aquela tradução ?da roça?, com as palavras escritas do jeito que se fala. Fico super agoniada lendo assim.

Mas vencido esse empasse, vale muito a leitura.
Alcione13 16/06/2020minha estante
Adoro esse autor. E gosto do jeito "roceiro" de falar


Mayara945 16/06/2020minha estante
Não é bem o roceiro que me incomoda e sim os erros ortográficos e de concordância. Acho difícil de entender às vezes. Dificulta muito a minha leitura


Alcione13 16/06/2020minha estante
Ah,sim. Compreendo.
Ultimamente tenho visto muitos livros assim.
Um deles foi Flores para Algernon. Excelente leitura.
Mas tudo faz parte do contexto,claro.
Quanto ao livro de John,achei esse muito cru.
Deixa um travo amargo




Mariana Dal Chico 12/06/2020

“Ratos e Homens” (1937) de John Steinbeck, ganhador do prêmio Nobel de Literatura em 1962, li em 2016 e foi meu primeiro contato com o autor.

Tendo como plano de fundo fazendas da Califórnia na década de 30, o livro conta um período da vida de George e Lennie, dois amigos unidos principalmente pela marginalização do sistema. Essa amizade é tão profunda, que emociona perante sua singeleza e confiança de Lennie em George.

O leitor é transportado para um lugar onde os trabalhadores vivem em situações precárias, o sentimento de desesperança permeia o ambiente e viver sem esperança é viver sem alegria; a solidão é palpável e a arrogância e presunção dos abastados sobrepõem os explorados.

A narrativa do autor é direta, em poucas palavras ele consegue aprofundar seus personagens e desenvolvimento do enredo, o que considero algo extremamente difícil de se alcançar. O uso da oralidade também é característico e, para mim, proporcionou uma aproximação maior dos personagens.

Os questionamentos sociais do autor compreendem o preconceito, discrepância gritante entre as classes e, principalmente, o “sonho americano” não ser possibilidade real para todos.

Um livro profundamente emocionante, que marca a vida do leitor e que ao final te deixa com os olhos cheios d’água. Ainda sinto saudades dos personagens, é como se os tivesse conhecido pessoalmente.

site: https://www.instagram.com/p/CA-ieRSjRwb/
Gia 12/06/2020minha estante
li as vinhas da ira e quero ler tudo desse autor agora, acho que esse será o próximo!


Chris 08/07/2020minha estante
Foi exatamente oq eu fiz.. kk amei as vinhas da ira e corri pra ler esse aqui tbm e foi maravilhoso!!




Thamiris.Treigher 31/03/2024

Sofrido!
Mais um livro para a lista dos que "destruíram meu coração, e por isso mesmo amei demais". ??

Esse é um livro aparentemente inocente, que por ser curtinho você nem imagina os danos colaterais!

"Ratos e Homens" conta a história de uma amizade entre dois homens totalmente opostos. George é pequeno no tamanho, mas corajoso, astuto e ousado. Lennie é gigante no tamanho, mas extremamente vulnerável e ingênuo, pois possui a mentalidade de uma criança - o que provoca diversas situações, das mais irônicas às mais perigosas.

Temos como cenário a recessão econômica na década de 30, em que esses amigos tentam sobreviver por meio de bicos em fazendas na Califórnia, o que não costuma durar muito, pois diversas confusões e problemas acontecem devido à realidade de Lennie.

Além disso, a situação em que eles vivem é de miséria, pobreza, humilhação, sem um lugar fixo, sem comida garantida, sem perspectivas, mas cheios de sonhos provavelmente inalcançáveis, pois são confrontados com a dura realidade das injustiças e dificuldades enfrentadas pelos trabalhadores migrantes durante a época da Grande Depressão.

O tema da solidão e da amizade estão presentes em toda a narrativa. A escrita é simples, envolvente, e nos prende do começo ao fim em um ritmo crescente.

Esse livro nos traz muitas reflexões, sentimentos e dores! John Steinbeck, você foi o motivo do meu colapso!!! ?
Fabio 02/04/2024minha estante
Resenha impecável, Thamiris!!!??


Thamiris.Treigher 04/04/2024minha estante
Muito obrigada, Fabio!! ???


gizaguerra 21/04/2024minha estante
Quero ler! Adorei a resenha.




Dan 17/11/2016

*Mais uma obra-prima de Steinbeck*
Sabe aqueles livros pequenos que pela aparência você não dá muita coisa; mas, quando termina de ler, se surpreende? ''Ratos e homens'' é um deles. A história de amizade entre George e Lennie é uma das mais comoventes que já li. A maneira como o autor aborda a relação afetiva de ambos não cai no sentimentalismo, contudo nos é apresentada de maneira pura e tocante.

Acompanhamos a trajetória de ambos: homens paupérrimos que andam de fazenda em fazenda no interior dos EUA fazendo bicos; daí Steinbeck aproveita para traçar sua crítica social: denunciar a situação miserável em que se encontram milhares de norte-americanos do interior do país num período de crise financeira (reflexo da crise de 30). George e Lennie sonham com uma vida futura confortável, distante de todo sofrimento, projeto que se lança à frente e desponta no horizonte como uma miragem. As relações entre as personagens principais e as personagens secundárias muitas vezes são envoltas num clima de tensão, como se a qualquer momento fosse romper um embate, um desentendimento ou uma traição. Dessa forma, o autor consegue nos prender a atenção, fato que comprova ainda mais o domínio narrativo do escritor, já que o enredo é tão simples.

Existem personagens cativantes, além dos protagonistas: o velho mutilado Candy, que almeja encontrar uma vida melhor, pois seu temor de ser abandonado como um cão por seu patrão o assola; ''a mulher do Curley'', que por viver sob a sombra do marido não pode estabelecer relações de amizade com os peões e por isso vive relegada à solidão etc. O livro levanta os mais variados temas: a pobreza, a solidão, o racismo, a submissão da mulher aos padrões opressores da sociedade, a discriminação severa que a sociedade lança sobre aqueles considerados como inválidos (como os deficientes mentais e velhos). Porém o que mais chamou-me atenção foi o final do romance: trágico, inesperado, de arrancar lágrimas. A princípio quis me revoltar, mais a frente entendi que o final não poderia ser outro; as situações e as consequências dos atos das personagens convergiram para aquilo.

Mais uma vez o escritor neonaturalista Jonh Steinbeck me surpreendeu. É inteiramente compreensível sua elevação pela crítica literária como um dos mais importantes romancistas dos Estados Unidos. Já encontrei autores mais complexos e profundos, todavia ainda não encontrei um que pudesse associar uma linguagem tão simples a um trabalho narrativo tão bem arquitetado, eivado por uma crítica social tão contundente.
@fabio_entre.livros 18/11/2016minha estante
Tenho muita vontade de ler "As vinhas da ira", mas, até agora, de Steinbeck só li "O inverno da nossa desesperança".


Dan 18/11/2016minha estante
Somos dois. Mas para falar a verdade sinto mais vontade de ler ''À leste do Éden''. Steinbeck é um dos meus escritores preferidos. Já li quatro obras dele. Existe um romance dele, infelizmente já esgotado, chamado ''A longa noite sem lua''; a história se passa num período de eminência a uma guerra e não propriamente na guerra. Ele consegue criar uma expectativa imensa no leitor tal qual as personagens sentem, como se o próprio céu a qualquer momento fosse despencar em fogo sobre eles. Prosa brilhante! Ah, quanto a "O inverno da nossa desesperança", você gostou?


@fabio_entre.livros 19/11/2016minha estante
Então... Justamente, há alguns dias eu comentei com uma pessoa sobre esse livro...Gostei da premissa, mas não da forma como a história se desenvolve propriamente. Talvez não fosse o momento para lê-lo, talvez eu não tenha dado a atenção que o livro (e o autor) merecia(m), ou talvez simplesmente eu não tenha encontrado (ainda) o fio de empatia que me conecte a esse autor. Mas, como eu disse, quero ler "As vinas da ira" e verei se a perspectiva sobre ele mudará. Aliás, vou colocar na minha lista esse "A longa noite sem lua", porque adoro xeretar nos sebos em busca dessas raridades! Muito obrigado pela indicação indireta! :D


Dan 19/11/2016minha estante
de nada!


Eduardo 24/10/2020minha estante
Não sei por que motivo essa resenha com comentários de 4 anos apareceu no feed agora kkk. Mas me deixou curioso por esse livro. Tenho olhos nele há tempos.


Dan 24/10/2020minha estante
RSRSRS


Carlos Nunes 14/08/2023minha estante
Livro e resenha fantásticos, parabéns!!!


Dan 15/08/2023minha estante
Obrigado!




MaywormIsa 21/04/2024

Eu tô na lanterna dos afogados, tô te esperando vê se não vai demorar
É difícil encontrar palavras que descrevem fielmente como foi minha experiência de leitura de "Ratos e Homens". Não sabia do que o livro se tratava, não pesquisei sobre, apenas comecei a leitura a partir da recomendação de um amigo.

Dois homens viajam juntos pelo oeste dos EUA sempre em busca de trabalho em ranchos e fazendas, carregando sacos e todo tipo de trabalho braçal. Os amigos se chamam Lennie, um grande homem estilo urso, de bom coração, mas não muito inteligente, para contrastar com seu amigo George, mediano, esperto e desconfiado.

Fugindo da fazenda anterior por um fatídico engano que poderia custar suas cabeças, Lennie e George se encaminham para uma nova oportunidade. Lá, conhecem outros "pião" como eles, cada um com a sua reputação, a sua história e a sua dor.

Eu ainda não sei o tema central da história, mas diria que as principais palavras-chave seriam: amizade, coelho, ingenuidade, solidão, rato, trabalho, suor e "putero".

Em pouquíssimas páginas, a curta história consegue nos arrancar sentimentos de compaixão e empatia por esses personagens, construídos de forma a terem carisma e interessância, sendo impossível não se sentir envolvido com o que têm a dizer.

Acredito que as lições de vida aprendidas ou reforçadas com a leitura, para além, claro, de empatia com as pessoas, seria a do valor que o outro tem na nossa vida. Lennie e George são inseparáveis desde a infância, sonhando com seu pedacinho de terra, de liberdade. Já dizia aquela frase "Um sonho sonhado só, é só um sonho. Um sonho sonhado junto é realidade.".

A vida de trabalhadores braçais, seja lá nos EUA ou em qualquer lugar, é sofrida, pesada, suada e muitas vezes cheias de hostilidade, competição e solidão. O fato de Lennie e George estarem sempre juntos desperta curiosidade e certa admiração de outros personagens, justamente por isso, por saberem quão raro é um homem ter verdadeira compania onde quer que vá.

Eu acabei não chorando durante ou no final da leitura, mas me emocionei em algumas passagens, como a do cachorro, e claro o final. Mas confesso que antevendo o resultado quando a luger sumiu, me senti como George, vendo meu castelo de areia voar com o vento, e deixando minha mente vagar para onde quis.

Quem é que não gosta de tocar coisas macias? De olhar o fogo? As estrelas?
Quem é que não sonha em conquistar seu próprio leito de paz? Seu alimento? Sua liberdade de ser e estar?

Candy, Crooks, Lennie, A esposa de Curley (que batizei de dona Rosinha). O deficiente velho, sem utilidade e sem família. O negro deficiente sem dignidade e sem valor. O crianção ingênuo porém grande e forte. A mulher, solitária, incompreendida, vendida. Todos na lanterna dos afogados.
Fabio 22/04/2024minha estante
Uau, que resenha impecável, Isa!?
Digna desse clássico americano!!!
Adorei a analogia com "Lanternas do Afogados"????????


MaywormIsa 22/04/2024minha estante
Obrigada!




spoiler visualizar
Flávia Menezes 30/11/2022minha estante
Esse escritor se tornou meu favorito. Doida pra ler esse.


Aline Casellato 30/11/2022minha estante
Nossa eu acabei esse livro e fiquei com um gostinho de quero mais. Qual dele você indica ?


Flávia Menezes 30/11/2022minha estante
Ele é bom demais, não é? Eu te indico o aclamado dele: ?As Vinhas da Ira?.




Will 18/05/2022

Pequeno livro, mas muito impactante!
Ratos e Homens é uma obra curta, mas muito marcante. Steinbeck conta a história de George e Lennie, dois amigos que vagam de fazenda em fazenda pelos EUA da primeira metade do século XX. George tem uma certa sagacidade e tendência oportunista, enquanto Lennie apesar de muito grande e forte, tem a mente de uma criança, destacando sua peculiar obsessão por animais peludos.
É impressionante como a história consegue conter tantas questões importantes e trechos memoráveis em um texto tão curto. Acompanha o eterno êxodo dos trabalhadores após a crise de 1929, o sonho (descrito de uma forma muito bonita) de um pequeno pedaço de terra que possam possuir, caindo por terra diante da exploração, violência e pequenos prazeres. Também trata sobre o racismo, principalmente no conceito segregacionista da época.
O enredo e construção dos personagens é muito atrativo, difícil não devorar o livro rapidamente, envolvido nessa bela obra que compartilha o mesmo alto nível de escrita de Steinbeck em As vinhas da Ira. Uma das especialidades de John Steinbeck é ambientar muito bem a história, seja por meio dos diálogos condizentes com os personagens ou a paisagem americana da época. Lennie é um personagem muito interessante de acompanhar, mas também me marcou muito o solitário Crooks e os efeitos duradouros que o tratamento hostil e desumano causaram em sua personalidade e capacidade de confiança.
Ótima leitura, recomendo com facilidade.
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13marcioricardo 15/11/2023

Saudades do que eles não viveram.
Livro que começa morno mas segue sempre em sentido ascendente. Fez-me um pouco impressão a escrita da forma como falam os personagens. Estas coisas pegam-se facilmente e dá tanto trabalho falar e escrever bem rss Enfim.. Sentimentos mistos no final, uma pena. Obra parece meio boba por muito tempo, mas o final pesa.
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