Trem noturno para Lisboa

Trem noturno para Lisboa Pascal Mercier




Resenhas - Trem Noturno Para Lisboa


62 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Manuella_3 20/12/2013

Uma quase torturante busca por si mesmo
Trem Noturno Para Lisboa
Pascal Mercier Record - 462 páginas

Uma sucessão de dias que se repetem, com seus problemas e algumas surpresas, é isso a vida? É a que vivemos ou a que imaginamos viver? Temos algum controle sobre o nosso tempo, o instante presente, os planos futuros? O que faz uma pessoa largar tudo e partir para outro lugar, aprender outra língua, para conhecer dados da vida de um desconhecido? São apenas algumas das perguntas que a leitura de Trem Noturno nos convida a responder. É preciso coragem para viver, para ser você mesmo, seguir seus sonhos e não se deixar reprimir.

Gregorius, conhecido na universidade como Mundus, é um professor de línguas antigas em Berna, capital da Suíça. De vida regrada e pacata, há anos sozinho após o fim do casamento, o professor tem um encontro inesperado com uma portuguesa. Ao ouvir da moça o sotaque e a sonoridade de uma palavra em português, inicia sua busca que, ainda não sabe, é por algo significativo para sua vida tão monótona quanto previsível.

Encontra em um sebo um livro de um médico português, Amadeu de Almeida Prado. As divagações do escritor sobre a vida, passeando pelas angústias com o amor e a finitude, a razão e a fé, além dos conflitos com o pai, encantam Gregorius a ponto de fazê-lo abandonar a sala de aula de repente. Nesse rompante, vai a Lisboa descobrir quem foi aquele homem de inteligência ímpar, cuja lucidez desperta em Mundus sentimentos controversos. Parece que Prado aconselha ao mesmo tempo em que questiona, fascinando o professor.

Sua obsessão em compreender tudo que Amadeu quis dizer, como viveu e se relacionou promove encontros memoráveis de Gregorius com personagens da vida do médico, todos marcados por ele de alguma forma. As irmãs de Prado, um amigo de escola, o grande amor e a melhor amiga traçam uma narrativa rica em descobertas. A dedicação à profissão (assim como Mundus), a luta contra a ditadura de Salazar e a entrega a uma paixão arrebatadora são comoventes. Gregorius e Prado são duas almas que buscam desesperadamente sentido para suas vidas. Um, pela riqueza de conflitos e questionamentos que inquietam a mente brilhante. O outro, pela falta de tempero na vida, que passou despercebida numa sequência repetitiva de dias sem aventura, sem paixão. Em que ponto ele, Mundus, parou de sonhar? E quanto tempo lhe resta? É pensando nisso que observa seus alunos na sala de aula e percebe:

"Quanta vida eles ainda têm pela frente; como o seu futuro ainda está em aberto; tanta coisa por acontecer com eles; tanta coisa que ainda poderão vivenciar!" (p. 18)

Uma quase torturante busca por si. De óculos novos, agora Gregorius vê o mundo de dentro para fora. Como se, com nova visão proporcionada pelo grau correto de suas lentes, enxergasse nitidamente o que ocorre à sua volta e também os sentimentos que ora experimenta como se fosse um menino.

O que eu parecia e mostrava ser - pensei - nunca o havia sido, nem um único minuto da minha vida. (...) Será que com os outros acontecia o mesmo? Será que ninguém se reconhece no seu exterior?' (p. 93)

'(...) cada fragmento percebido do mundo exterior era também um pedaço do mundo interior.' (p. 96)

A narrativa em terceira pessoa traz um livro dentro de outro. Trechos do livro de Prado preenchem lacunas que só nesta idade mais madura fazem sentido para Gregorius. Traz o professor à realidade de seus atos, erros e sentimentos. Convida o leitor a essa viagem, usando como metáfora o trem que para nas estações para buscar ou deixar, silenciosamente mostrando, ao passageiro atento, a paisagem que muda o tempo todo. Como a vida.

Gregorius reflete sobre a finitude:

'Quando o tempo de uma vida se torna raro, as regras passam a não valer mais. Então parece que você perdeu o rumo e está maduro para o manicômio. Mas no fundo é precisamente o contrário: para o manicômio deveriam ir aquelas pessoas que não querem se dar conta de que o tempo ficou raro. Aqueles que continuam como se nada tivesse acontecido. O senhor entende?' (p. 292)

O leitor descobre que o personagem principal do livro é, na verdade, Amadeu Prado. Através de Gregorius o autor nos apresenta suas reflexões, que são lentamente distribuídas ao longo do livro.

Não é uma leitura fácil, nem cheia de reviravoltas ou tensão. O que deve prender o leitor à trama é a familiaridade que pode despertar se este também procura um sentido, uma nova luz ou um jeito diferente de olhar para suas questões pessoais. Recomendo para quem deseja experimentar um encontro com um personagem riquíssimo, ansioso por se desvendar: você mesmo.
Arsenio Meira 20/12/2013minha estante
Belíssima resenha. Escrita à flor da pele. li este romance, achei bom, e penso que ele merece uma releitura, após essa sua análise tão bacana e vívida. Abraços


Beth 10/08/2014minha estante
Ótima resenha. Gostei muito deste livro e pretendo reler.




Carolina.Perdigão 27/12/2022

Vi inúmeras resenhas falando bem do livro e decidi ler. Confesso que achei a leitura maçante e por vezes chata. Foi muito difícil terminar este livro.
Raquel 22/02/2024minha estante
Estou no mesmo problema.... Não quero abandonar, mas sofrendo p terminar




adri cauduro 18/09/2011

Um ladrão de vida
Terminei de reler o Trem Noturno para Lisboa, e confirmei minha idéia de que era um dos melhores livros deste meu último ano de leituras.
Mas agora sei de uma forma mais clara o que me impressionou. Nesta releitura fui seletiva, e dei enfase aos textos do Dr. Prado, em detrimento da história do Prof. Mundus. E acho que aí residem as opiniões contrárias que ouvi de alguns leitores deste livro. A profunda diferença que o autor mostra entre estes dois personagens.
Fazendo uma comparação, o universo do médico, sua infância, a doença do pai, a escola, colegas, o amor por Maria João, os professores, a rebeldia, sua família, sua mulher, os amigos, sua profissão, sua paixão pela literatura, seu engajamento, a paixão e o sacrifício da mulher amada, a doença, enfim tudo neste personagem foi vivido de uma forma intensa, de entrega ao limite do humano, a relação com os pacientes, a política, tudo nele era admirável, um ser que desenvolveu todas as potencialidades com coragem e entrega profunda, por isso é o herói do livro.
No entanto levei algum tempo para realizar que o prof. sempre tão sedento de conhecimento, era na verdade um sanguessuga, um covarde que, mesmo ao buscar conhecer em profundidade o autor dos escritos que lhe despertaram tamanha emoção, não se deixou contagiar. manteve ao longo de toda experiência que a pesquisa lhe proporcionou, uma posição de observador, quase um ladrão que se apropria da história, sem nada dar em troca.
É difícil aceitar que depois de quase quinhentas páginas o personagem consiga passar por tantas personalidades tão marcantes, saber de decisões tão sacrificadas, e possa passar incolume por tudo isso. A frustração como leitora vem de reconhecer neste personagem algumas pessoas com as quais convivemos, que sugam a informação, desfrutam das experiências dos que com elas convivem e ainda assim, não se alteram. Ao contrário, como o prof em questão, passam pela vida a acumular informação, contabilizam tudo mas não se alteram, não demostram interesse outro que não seja o colecionar de vidas.
O livro apresenta as varias facetas de um mundo de possibilidades, e dois personagens. Um rico, que dá e recebe, sofre, se alegra, vive e morre. Outro miserável, que acumula, assiste, indaga, se apropria, rouba sons, imagens, palavras e lágrimas, sem nada dar, sem definir, sem delimitar. Passamos milhares de palavras esperando pela mudança, pela troca, pelo crescimento.. pelo abrir ou fechar de portas e nada acontece.
Ao final fica a certeza de que se pode tirar o homem da miséria, mas não se tira a miséria do homem.
No livro, como na vida.
Adriana Cauduro

comentários(0)comente



Leonel 19/01/2011

O meu interesse por "Trem Noturno para Lisboa" deu-se pela indicação de um professor. Quando eu achei o livro e vi uma crítica dizendo que era tão bom quanto "A Sombra do Vento", não tive dúvidas e o levei para casa.
Mas quanta decepção. O livro simplesmente não acompanhou minhas expectativas - comparar "A Sombra" com isso é quase um insulto para Zafón.
A história é boa, mas pretende ser um tratado filosófico sobre a natureza da alma, quando no fundo, não passa de um romance simples. Acho que foi a pretensão mesmo que me irritou. Embora tenha passagens ótimas e personagens bons, em alguns momentos até os 'ganchos' decentes cansam e a história se torna muito arrastada. Enfim, é preciso paciência para terminar o livro.
É uma pena, porque eu esperava muito dessa história! Se querem filosofia de verdade, e não essa imitação barata e pretensiosa, leiam "Zorba, o Grego", esse sim um 'deleite para a alma'.
Cris 10/03/2012minha estante
A história é boa, mas pretende ser um tratado filosófico sobre a natureza da alma, quando no fundo, não passa de um romance simples. Acho que foi a pretensão mesmo que me irritou. Embora tenha passagens ótimas e personagens bons, em alguns momentos até os 'ganchos' decentes cansam e a história se torna muito arrastada. Enfim, é preciso paciência para terminar o livro.
+1
concordo plenamente.




Rafael.Giuliano 26/06/2015

Minhas reflexões na conclusão do livro, às 03:30 da madrugada...
Terminei de ler "Trem noturno para Lisboa" essa madrugada... Pensei que fosse chorar, e ainda sinto os olhos lacrimejarem, mas me sinto arrebatado pela lucidez.
Quis escrever, na verdade gritar, mas me contive, ainda que a alma parecesse desejar abandonar tudo o que é mundano, vulgar.
Sei que é tudo uma história... ficção. Mas o invejo! Tenho a certeza de que invejo este homem, o protagonista, seja por sua jornada ou por seus diálogos, pelas pessoas que conhecera, tudo através da descoberta de um livro, das reflexões lapidadas por um ourives das palavras.
Desejei sair, respirar. Como me senti pequeno...

Declaro a mim mesmo que JAMAIS me contentarei com menos do que VIVER PLENAMENTE depois de ler esta história...
Juliana 04/08/2015minha estante
Fiquei muito curiosa




gabriel 14/10/2020

Medíocre, mas com algumas qualidades

O autor do livro é um professor de filosofia provavelmente frustrado, que resolveu enfiar uma filosofia "de botequim" num livro de ficção, por falta de coragem em ele mesmo publicar o seu. Trata-se, então, de um livro sobre um livro, ou seja, o protagonista passa a narração toda lendo um outro livro, de um tal de Amadeu de Prado, um filosofeiro de quinta categoria.

A leitura começa boa e promissora, mas só vai afundando ao longo de tudo. Se o "tesão" dessa leitura fosse um gráfico, ele começaria médio-alto, para depois virar um teste pra cardíaco, terminando muito próximo do chão. Meu Deus, que livro chato...

Não é, no entanto, uma leitura de todo ruim (tanto que dei três estrelas para ele, como você pode ver). Tem o seu interesse e trabalha temas da filosofia. A viagem do protagonista para Lisboa é charmosa. Há boas descrições de paisagens e alguns personagens interessantes.

Mas a narrativa em si é atrapalhada e muito, muito chata. Alguns personagens são de cartolina: só estão esperando o personagem principal ir lá os "ativar", para que eles comecem a falar e a agir por contra própria. Tudo gira em torno de um tal de Raymond Gregorius, que fica fascinado por um autor português da época da ditadura. Ele conhece uma mulher na ponte que beija sua testa: cena boa, levemente surreal.

O problema é que nada dá em nada. Ele não reencontra a mulher na ponte: erro tão grosseiro, que foi corrigido pelo filme correspondente. Ele vai para Lisboa e não faz nada com coisa alguma. Só lê o seu livro chato, com passagens arrastadas e pedantes.

O livro deveria patrocinar medicamentos para insônia, pois dá um sono que é uma beleza. Tudo consiste no nosso amigo Greg batendo perna por Lisboa, lamentando sua vida chata, e abrindo (do nada) o livro do Amadeu, para pincelar passagens de "profunda sabedoria" (sic). E ele faz isso muitas vezes. E muitas vezes. E de novo.

O livro faz você torcer para o protagonista não abrir o livrinho chato. É a lata "pó Royal" dos livros (livro dentro de livro, como o rótulo do supracitado fermento). É um livro que se pretende "inspirador", para pessoas que nunca leram uma linha de filosofia (e possam se sentir bem, achando que estão entrando em contato com uma).

Apesar da minha resenha mordaz e algo decepcionada, confesso que não é de todo ruim. Há boas passagens e a leitura até que vai. Mas sinto que poderia ser bem melhor. Os personagens são rasos, o estilo é algo pretensioso (como se o autor quisesse deixar bem claro que ele é "inteligente" e que gosta de temas "inteligentes") e tudo isso torna a narração arrastada e cansada.

O livro flui com a desenvoltura de um elefante com obesidade. Tudo é pesado, o autor tenta dar uma ar de imponência e de importância que não colam. A filosofia (utilizada no "livro interno" ao próprio livro) não convence e aborrece. Mas algumas passagens são bem sacadas e o filosofar delas pode atrair.

Sucesso editorial e best seller, com uma adaptação cinematográfica interessante e bem filmada. O filme é melhor que o livro, mas também não é muito bom.

Livro que se alonga sem necessidade, muitos parágrafos só pra encher linguiça e páginas e mais páginas sem acontecer coisa alguma. Poderia ser bem mais enxuto, o que beneficiaria a narrativa.
Carlos Padilha 12/11/2021minha estante
Concordo em gênero, número e grau! Vim para a página com receio de encontrar todas as resenhas com 5 estrelas, De fato, encontramos "arrebatador", "lindíssimo", "vontade de chorar" e afins. Na verdade, é um livro feito sob medida para causar esse impacto em certo tipo de leitores.
Amadeu de Prado é um especialista em discorrer sobre o nada. Depois de algumas tentativas honestas e bem intencionadas de usufruir dos trechos do "livro interno", aproveitei os mesmos para acelerar a leitura geral, ao perceber que o conteúdo é sempre bastante raso e, sim, bastante pretensioso.
As idas e vindas de Gregorius em Lisboa não contribuem para aumentar o interesse pela narrativa, assim como alguns dos personagens com quem ele interage.
Concordo com a ideia do patrocínio para remédios contra insônia. Coloquei o Kindle na capa, preocupado com a quantidade de vezes que cochilei e ele caiu de minha mão...


gabriel 29/01/2022minha estante
Oi Carlos, obrigado pelo comentário, realmente este livro foi "dose", muito chato e pretensioso. Já faz quase dois anos que escrevi a resenha e já não lembro muito dele (ainda bem), mas foi uma leitura bem problemática. Me surpreendi muito quando vi ele ser tão elogiado. Abraço!


Rothery 09/10/2023minha estante
Terminei ontem, finalmente, esta torturante leitura!

Concordo com praticamente tudo falado por vocês. O livro não é ruim, mas poderia ser muito melhor do que os seus capítulos iniciais prometem. E, sendo um pouco mais ácido, a conclusão que eu cheguei no fim é que o sr Amadeu é um tremendo chato de galocha, desculpe as palavras fortes! O cara escrevia com uma complexidade impressionante, mas tinha uma relação pessoal fria com praticamente todos, incluindo as pessoas mais importante da sua vida.

E que papelão ele fez com a Estefânia após eles finalmente terem se rendido à paixão! Quando chegara a hora dele finalmente chutar o balde, ele vai e "refuga" ao ter uma mínima crítica? Pô, o cara parecia não conhecer as mulheres, embora tenha sido casado.

Se teve uma coisa que o livro me passou, foi a lição de não ser uma pessoa fechada. Expresse às pessoas importantes para você os seus sentimentos! Senão você pode passar a vida inteira, e não fazer isso.




Pierre 09/10/2021

Belo livro
Para quem gosta de Lisboa, o livro é como percorrer as ruas históricas da capital portuguesa.
Uma opção ao livro é o filme, estrelado por Jeremy Irons, que é muito bom.
comentários(0)comente



Pla 04/07/2020

Li porque ouvi certa vez que tinha enredo e narrativas semelhantes ao da sombra do vento. Não é um livro ruim, mas as 100-150 primeiras páginas são no meu ponto de vista bastante entediantes.
Raquel 22/02/2024minha estante
Nossa, a sombra do vento está anos-luz a frente desse. Um é empolgante, esse é um tédio




spoiler visualizar
comentários(0)comente



michelyvogel 31/01/2023

Amantes do idioma português se sentirão homenageados com esta história. Um suíço vai para Portugal sem saber bem a língua e se envolve num mistério. Vale muito a pena, embora quisesse um pouco mais do final.
comentários(0)comente



Lili 29/05/2014

Muito bom!
Reflexões interessantes acerca da vida, morte, solidão, amizade, lealdade, hipocrisia, amor... Tantas coisas! Não é um livro pra se devorar e sim pra saborear. E também não deve ser lido com a expectativa de revelações, ápice, reviravoltas, etc. A ideia do livro fica bem clara desde o começo e assim ele permanece.
Gostei muito de ler esse livro e a nota só não foi máxima por causa de alguns problemas na narrativa, especialmente o excesso de perguntas. Mas recomendo a todos que querem uma leitura mais profunda.
comentários(0)comente



Gisele.Maravieski 19/07/2016

Muito bom.
Vi o filme e fiquei curiosa para ler o livro. O livro superou as expectativas. Uma narrativa mais lenta, mas recheada de filosofia e com enredo cativante. Recomendo.
comentários(0)comente



spoiler visualizar
comentários(0)comente



Sil 10/02/2021

Livro ok
A história começa bem interessante, mas vai ficando menos interessante do meio pro final. No começo é bem legal ir descobrindo a história de Amadeu junto com o protagonista e se continuasse focado na história de Amadeu na resistência portuguesa eu acho que seria ainda mais interessante.
Foi adaptado pro cinema e o filme é bem bom, chega a ser mais interessante que o livro as vezes.
comentários(0)comente



isa.fsgomes 25/11/2021

Trem noturno para Lisboa, Pascal Mercier (2004)
Gregorius, um professor suíço, ainda não sabe, mas está cansado da sua vida metódica. Amadeu de Almeida Prado, um médico português falecido prematuramente, que viveu durante a ditadura fascista de Salazar. Um acontecimento peculiar faz com que Gregorius encontre seus escritos, em uma língua que ele não conhece, o Português, mas que o deixa fascinado e o faz sair em busca de algo que ele ainda não sabe exatamente o que é. Ele então inicia uma longa jornada de autoconhecimento, fazendo diversas digressões acerca de questões filosóficas de vida, construção de identidade, amadurecimento e morte.

À princípio, o que me interessou foi a história em si, um homem com a vida totalmente estabelecida, largando tudo e pegando um trem noturno à Lisboa. Um enredo que causa curiosidade eletrizante. Porém, afinal não foi isso que me fez gostar do livro. Me vi, assim como Gregorius, questionando quem sou, porque sou assim, o que estou fazendo, sou quem eu planejava ser? Entre muitas outras reflexões interessantes.

Um livro para ser lido lentamente. Uma escrita muito delicada e introspectiva. Recomendo muito a leitura. E agradeço imensamente meu amigo Marcelo que me presenteou com essa obra linda e tão especial que li com tanto carinho. Espero que mais pessoas possam se interessar e iniciar essa jornada de reflexões também.
Marcelo Rissi 27/11/2021minha estante
Acabei de ver aqui que você terminou a leitura. Sensacional, querida amiga Isa. Fico profundamente feliz em saber que você gostou tanto dessa obra e de que ela te marcou dessa maneira, assim como ela tb me marcou de forma profunda, conforme a gente já conversou.

E parabéns pela resenha lapidar. A sensibilidade escorre pelos seus dedos e se transformam em palavras nos textos tão exímios que você escreve!

Saudades.


Marcelo Rissi 27/11/2021minha estante
*se transforma.




62 encontrados | exibindo 1 a 16
1 | 2 | 3 | 4 | 5


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR