A Insustentável Leveza do Ser

A Insustentável Leveza do Ser Milan Kundera




Resenhas - A Insustentável Leveza do Ser


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p_tavares 05/03/2024

Insustentável
Esperava grandes coisas desse livro, sua história não é ruim e os personagens tem boas construções, especialmente Tereza e Sabina, mas me decepcionei.
Existem sim reflexões interessantes no texto como o relacionamento de Tomas e Tereza, que é poligâmico apenas para Tomas, o que tem consequências devastadoras para ambos, além do peso da leveza, que é tema principal do livro e é ilustrado por Sabina. Porém essas qualidades não são o suficente para que eu ignore que em grande, se não em maior parte, a obra é composta por frases de efeito e anticomunismo.
Por fim, o livro não é ruim, mas não sou parte do público para o qual ele é destinado.
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Hellena14 03/03/2024

O que escolher então, o peso ou a leveza?
Simplesmente lindo. Num contexto doloroso de uma guerra política, Milan traz o questionamento do peso das decisões. Como saber como seria se tivéssemos escolhido B invés de A? A vida é uma constante roleta russa, onde não tem como provar se uma decisão foi boa ou ruim, ou se poderia ter sido melhor. Pois num contexto onde se é mudada apenas uma palavra, todo o texto pode ter outro sentido e outra finalidade, tendo a mesma probabilidade de ser bom ou ruim. Dito isto, temos também o extremo poder dos sentimentos, que é o que vai controlar essas atitudes, levando em conta emoções como amor, raiva, felicidade, medo, tesão, ciúme e etc. O mundo se tornou uma armadilha para o que deveria ser a vida humana. A gente é feito pra ser leve, e acaba tendo o peso do mundo entranhado no nosso ser. Essa possibilidade que não foi escolhida acaba sendo um peso que não deveria ser. O fardo de saber e sentir algumas coisas é tão pesado e insustentável quanto a leveza da consciência sobre elas. Como escolher não saber e não sentir quando o prazer e existencialismo humano está intrinsecamente ligado ao saber e o sentir?
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Rebeca 03/03/2024

Romance filosófico, que se passa no final dos anos 60 e durante os anos 70. O livro aborda uma profunda reflexão sobre os relacionamentos humanos, os conflitos e a individualidade de cada ser humano. Os capítulos são curtos, bastante fluídos, que giram em torno de quatro personagens, expondo relacionamentos difíceis, problemáticos e questionáveis vividos por cada um deles. Além disso, o livro aborda temas complexos, cenas sobre sexualidade, erotismo e violência. Por isso, não é um livro recomendado para menores de 18 anos.

Todo um contexto político é trazido no livro, se passando em Praga, em um momento pós guerra, sob o domínio político da União Soviética. O próprio autor Milan Kundera, foi um dos exilados após apoiar a Primavera de Praga, tendo escrito “A Insustentável Leveza do Ser” durante o exílio na França. Seus personagens, porém, permaneceram presos na Tchecoslováquia e o livro descreve sobre esses momentos no cotidiano de cada um, interferindo em suas decisões.
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gabi_rp 03/03/2024

Primeiro livro que li de Milan Kundera, e amei. De grande sensibilidade, tem como pano de fundo um momento histórico de muita repressão, levando a refletir sobre o que realmente é leveza na vida de cada um. Muito lindo!
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nay.gba 29/02/2024

É insustentável ter certezas
Daquelas leituras ambivalentes, que ousam surpreender despretensiosamente.
A única certeza de A Insustentável Leveza do Ser é que nada está garantido.

Pra quem gosta de romance histórico, fará ótimo aproveito do contexto sócio-político da Primavera de Praga.
Confesso que achei cansativo, mas não deixa de ser uma crítica inteligente e oportuna. É uma discussão atemporal.

O viés filosófico de Milan é muito marcante.
As divagações não chegam, necessariamente, a algum lugar, são recortes para a colcha da vida.

A leveza finalmente é sentida quando o nosso olhar se volta para a natureza.
Os animais dão aula na arte sutil de amar.
Os humanos são apenas humanos. Para que o romance não virasse uma fábula, a gente tem de engolir S. T. ou K.

Por fim, agora tenho apenas uma certeza: tudo que precisamos é amor e um cão.

Leitura Recomendada.
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Danielle.Nasser 29/02/2024

Foi um livro que demorei para ler, demorei lendo, mas ainda assim amei. Confesso que não me apeguei aos personagens e por isso a leitura nem sempre foi confortável, mas as reflexões, o modo que o autor aborda determinados temas, o contexto por trás dos sentimentos e ações, fiquei encantada. Vale muito a leitura!
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Pedro.Malini 27/02/2024

Acho que não é pra mim
A questão do peso e da leveza, fora outras contradições é bem discutida, é bem explicada, mas é preciso pensar sobre as contradições durante a história também. Ponto positivo para o livro.

Não entendi muito bem a relevância das relações sexuais para o livro. Se você for sensível e muito fechamento com a monogamia, este livro não é para você!!

Creio que preciso reler este livro um dia para entender mais profundamente o que o autor quer passar para o leitor de fato. Não consegui achar alguma discussão central para a história. É diferente.
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duda maia 27/02/2024

Acho que li no momento errado.
um livro muito bonito, filosófico, que apresenta muitas reflexões. personagens bastantes interessantes, mas alguns (um em específico) insuportáveis de chatos, daqueles que faz você querer que passe mais rápido pra não ter que ouvir ele.
mas é muito interessante, como fala da dinâmica de relacionamentos realíssimos, que são cheios de defeitos e desafios. gosto muito de Sabina e de como fala da individualidade e do prazer de de ser só - mas nem sempre.
sinto que precisarei ler novamente num futuro, por enquanto foi apenas uma leitura curiosa.
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Dhiully0 26/02/2024

Um obra de arte
Uma das escritas mais lindas que já li, a forma como as palavras vão sendo desenhadas nesse livro é surpreendente linda.
Acredito que seja possível tirar várias reflexões, olhar de forma diferente para coisas que sempre temos como certo.
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Camila 26/02/2024

O peso ou a leveza?
Reler esse livro sempre será algo completamente catalisador para mim. Desde a primeira página em que o autor já nos apresenta um questionamento intrigante e nos coloca para refletir acerca da teoria do eterno retorno de Nietzsche.

A primeira vez que eu li esse livro foi em 2017 e já naquela época, muitas coisas me instigaram. Mas, sobretudo, essa ideia de que a vida que vivemos agora é apenas esta e não há outra vida para viver. Portanto, como saber se nossas escolhas são as certas, quando não há com o que se comparar? Carreguei e ainda carrego esses questionamentos faz sete anos.

Outra coisa que gosto muito neste livro é a personagem Tereza e a sua profundidade e sensibilidade em relação ao mundo e ao amor. Quando ela se questiona sobre sua alma e seu corpo e em atitudes desesperadas tenta "esconder" a sua alma do mundo, eu sempre me sinto particularmente afetada. Me identifico e me sensibilizo com os dramas e questionamentos desta personagem.

Sendo assim, este continua sendo o meu livro favorito. Intenso, profundo, reflexivo e arrebatador. Talvez daqui sete anos eu irei revisitar novamente esses personagens tão bem construídos e tão singulares, colocados numa narrativa sensível, belíssima e importante!
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Rosilaine4 26/02/2024

Eu espera mais, não rolou para mim
Aquele famoso ditado: não julgue o livro pela capa.... E foi o que eu fiz com esse...Tão profundo o título ?????
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laramaximo 20/02/2024

O que escolher: o peso ou a leveza?
Essa pergunta, apresentada no início do livro, permanece em mim até hoje.

O livro acontece na terceira pessoa e começa com a questão de Parmênides sobre opostos: o quente e o frio, o escuro e o claro, o dia e a noite? Kundera questiona, então, o que escolher para viver: o peso ou a leveza? O que é melhor?

E então o autor nos apresenta Tomas e Tereza, um inusitado casal formado por um médico e uma garçonete. Tomas é um mulherengo que tem várias ?amigas eróticas? (como ele mesmo chama) mas não dorme com nenhuma. Até conhecer Tereza e dormir com ela segurando sua mão na primeira noite. Desde então, passaram a sempre dormir juntos.

Tereza, porém, é muito ciumenta e logo começa a desconfiar das aventuras de Tomas, que tem uma amiga chamada Sabine, uma artista plástica.

Sabine quer o oposto de Tereza: a última coisa que ela quer é um relacionamento fixo, sério. Ela prefere a liberdade da solidão.

Agora imagine essa história inteira acontecendo com o pano de fundo da invasão da URSS em Praga em 1968.

Milan Kundera foi genial em criar uma história sobre a complexidade dos relacionamentos humanos em um delicado cenário político. Afinal de contas, política e relacionamento tratam-se da mesma coisa: diplomacia.
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Clara 19/02/2024

Ess muss sein
Muitas reflexões com esse livro! Demorei mais do que esperava, mas me surpreendi. Ele tem uma profundidade incrível, ainda que com capítulos curtos. Me irritei com os personagens, mas é isso que traz imersão e veracidade pra história.
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filipetv 17/02/2024

"A Insustentável Leveza do Ser" é um título magnético. Mas, ao contrário de outras narrativas, como de "O Amor nos Tempos do Cólera" ou "O Homem Que Amava os Cachorros", a do hit de Milan Kundera é refém do seu nome de batismo e, ao final de suas mais de 300 páginas, a sensação que ficou foi a de que li uma obra inacabada.

Tomas, Tereza, Sabina e (em menor medida) Franz são os protagonistas dessa obra que tem como pano de fundo a invasão soviética da então Tchecoslováquia, no intuito de sufocar a Primavera de Praga, uma série de medidas liberalizantes que o governo pretendia implementar devido ao apelo popular.

Em primeiro plano, a narrativa se debruça sobre a conturbada relação entre Tereza e Tomas, que tem várias amantes, dentre as quais Sabina, uma pintora que posteriormente teria um caso com Franz. Cada um deles tem uma relação muito particular com o sexo e com a situação do país e do mundo ao longo dos pouco mais de dez anos que o livro abarca. E não foram quaisquer dez anos, estamos falando do auge da Guerra Fria e de uma história narrada por um autor declaradamente anticomunista, que inclusive recorre a uma licença poética no mínimo controversa ao falar sobre o filho de Stálin.

O enredo fragmentado dá dinamismo à história, porém o livro é permeado por três problemas fundamentais. Primeiro: o narrador insiste em explicar conceitos milimetricamente a partir ou não das ações dos personagens, subestimando nossa capacidade de interpretação, ao ponto de, muitas vezes, fazer perguntas a si próprio pra que tenha a oportunidade de elucidá-las.

Segundo: certas reflexões metalinguísticas dão a sensação de obra inacabada, como se o autor, agora se confundindo com o narrador, explicasse para se mesmo, sem esconder de nós, os porquês de alguns eventos ocorrerem. E isso não seria um problema se fosse algo orgânico, mas é de uma artificialidade tão tremenda que dá a impressão de que o editor utilizou não só o romance, mas também algumas anotações sobre ele feitas pelo autor.

Terceiro (e principal): a insistência em repetir o título do livro, ou variações dele, o que me levou a concluir o que disse na introdução sobre a narrativa ser refém do título. Tudo isso e outras questões menores, mas não menos incômodas, minaram a qualidade dessa obra tão cultuada, que tem um final muito bonito, mas incapaz de salvar o todo.
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