Paula1735 28/05/2024
O errado, mesmo seja pequeno e insignificante, se não confrontado e corrigido no início, se tornara um gigante (quase) imbatível.
Vou começar dizendo que sim, eu sei que o enredo todo é sobre uma questão política da época em que foi escrito (stalinismo), mas vou ignorar essa parte, ok? Até porque eu tenho 0% de conhecimento a respeito da Revolução Russa.
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O livro narra o dia a dia de um monte de bichinhos (porcos, ovelhas, cavalos, galinhas, vacas, cães e gatos) que estão cansados da exploração do dono da fazenda onde vivem e resolvem fazer algo a respeito, planejando e executando uma revolução, com o intuito de tornarem-se senhores das próprias vidas.
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Fala sobre poder, ambição, manipulação e injustiça (alguns acontecimentos doeram como se tivesse sido comigo), ao mesmo tempo em que alimenta a esperança na justiça e na igualdade (eu fiquei o tempo todo esperando o jogo virar). Serve como crítica ao autoritarismo em geral e embora seja de 1945 dá pra imaginar todas aquelas situações se "tornando reais" nos dias de hoje, infelizmente.
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Me fez pensar sobre como quando algo é errado, mesmo que seja pequeno e insignificante, se não for confrontado e corrigido no início, em algum momento irá se tornar um gigante (quase) imbatível, e o pior, vamos nos acostumar e achar que nem é tão errado assim.
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A história é levinha, levinha. Pode ser lida e entendida por todos, inclusive crianças. São apenas 10 capítulos que podem facilmente ser finalizados em 2 ou 3 dias. Dei umas boas risadas, fiquei chocada em alguns momentos e no final (ah, o final!) chorei junto com alguns personagens a quem me apeguei.
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Meu conselho pra quem ainda não leu é: Leia este livro. Você pode chorar, se indignar, rir, se emocionar e se revoltar. Mas principalmente, pode aprender uma lição. Que lição? São tantas!! Escolha a sua enquanto pode (ó o spoiler aí). Eu já escolhi a minha.