Precisamos falar sobre o Kevin

Precisamos falar sobre o Kevin Lionel Shriver




Resenhas - Precisamos Falar Sobre o Kevin


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Gabriel Hudson 29/06/2021

Surpreendido
Durante a leitura somos concitados a tomar partido de Kevin, em sua defesa, e por outro lado de sua mãe.
Conforme a história decorre, não conseguimos, com certeza, saber de quem é a culpa.
O mal foi feito e não é escondido, Kevin matou 7 colegas, uma professora e um funcionário da escola. Mas de quem é a culpa por uma pessoa ser tão má assim?
As cartas vão contando a história da família de KK, desde antes da sua concepção. São dirigidas ao pai de Kevin, que desde sempre tomou partido em sua defesa.
A história faz referência a popularidade desses massacres escolares e questiona suas causas. É quase como uma febre transmissível.
A veracidade com que se conta os fatos, a clareza dos sentimentos expressos, podem fazer em alguns momentos a leitura parecer enfadonha. Mas vale a pena a persistência.
O final é sem sombra de dúvidas surpreendente. Responde a questões que vamos criando no decorrer da história e deixando de escanteio durante a leitura.
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12/04/2021

Vocês PRECISAM falar sobre o Kevin
Antes de qualquer coisa adianto que este livro consegue ser perturbador em diversos aspectos e se você é uma pessoa que não consegue lidar muito bem com assuntos densos eu não recomendo esta leitura, pois pode conter gatilhos de agressão, transtornos psicológicos e homicídio que te deixariam mentalmente abalado.

Nesta obra, Lionel Shriver cria uma ficção de uma chacina similar a tantas provocadas por jovens em escolas americanas, como a de Columbine. Aos 15 anos, Kevin mata 11 pessoas e enquanto ele cumpre pena, sua mãe apenas sobrevive em meio a culpa, a solidão e os olhares tortos da sociedade.

A escrita deste livro me lembrou muito O Impulso de Ashley Audrain, onde a personagem também narra todos os acontecimentos pelo seu ponto de vista por meio de cartas endereçadas a seu marido e novamente temos a tona o questionamento sobre a maternidade. Antes de falar sobre o Kevin precisamos falar sobre a Eva e o peso que a sociedade emprega nas mulheres para terem filhos. RESPEITEM quando uma mulher não quiser ser mãe. Não precisamos de um filho para sermos bem sucedidas e completas na vida, podemos ser tudo isso e mais um pouco sem o peso de gerar e criar uma criança.

Confesso que no inicio achei a narrativa cansativa e um pouco perdida nos detalhes contado pela Eva, mas antes de chegar no meio do livro eu já estava presa em um ponto que vale a reflexão: a maldade do ser humano nasce com ele ou é adquirida? Ainda não há estudos que comprovem 100% da onde vem a psicopatia, entretanto vários fatores podem implicar na formação de um psicopata e a rejeição da mãe pelo seu bebê durante a gravidez é um fator. Eva sempre escolheu o amor e o sexo a maternidade. É como se fosse uma forma de dizer que seu filho veio a ser seu ?castigo?.

Outra importante questão do livro, em que Lionel volta muitas vezes, é o fato de jovens se matarem todos os dias em bairros pobres de Detroit ou Los Angeles, mas quando isso ocorre em boas escolas do subúrbio é preciso achar um porquê. Mas esse motivo muitas vezes não existe, pois são ações meticulosamente planejadas para serem destrutivas, porém a classe média precisa de culpados e precisa ser ressarcida por eles. São os mesmos crimes, mas em realidades diferentes de um mesmo país.

A concordância dos pais em relação a educação dos filhos é importante. Eva e Franklin não aparentam quase que em momento algum uma paridade na forma de educar Kevin. Eles não são um time, muito menos uniforme nisso. Desde cedo o garoto percebe o tipo de tratamento diferenciado entre um e outro. Kevin se dá conta como e com quem ele tem mais ?folga? e liberdade. E, o que mais aparentou para mim, é que sendo Eva o contraponto dessa relação, Kevin a pune, em todo tempo, a qualquer chance.

Desde o início percebemos que uma tragédia aconteceu no futuro dessa família, mas não sabemos o que, nem a proporção disso. É através das cartas que vemos Eva tentando se reerguer e se recuperar. Entretanto, ela busca pontuar o que acredita ter sido falha sua na criação de Kevin, mas sem deixar de mencionar os erros do Franklin. Ele não enxerga o que Eva se depara a todo o momento: Kevin é mau, é vingativo, é provocativo e é irônico. E não pensem que estou falando de um Kevin adolescente, estou dizendo isso de uma criança de 3, 5, 8 anos de idade! Podemos enxergar claramente quem Kevin é, a verdade, é que nessa história, Franklin era condescendente o tempo todo.

Por fim, eu acredito e defendo que as atitudes drásticas que Kevin toma e que muda o rumo da vida de toda sua família, são atos realizados a fim de provocar algum sentimento, seja esse qual for, em sua mãe! Kevin é um garoto psicopata ou um ser perdidamente necessitado de uma mãe? O garoto ia crescendo e se tornando uma bomba era só esperar o momento que aconteceria a explosão. Você decide se sente amor ou ódio por Kevin e acredito que isso era tudo que ele esperava verdadeiramente de seus pais: Enxerguem-me, eu estou aqui. Vocês PRECISAM falar sobre o Kevin.
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Fer 04/07/2021

Demorei para digerir esse livro.
Não é um livro fácil, tampouco rápido. A leitura é lenta, cheia de detalhes, o que nos faz chegar próximo a compreender as ações da mãe e nos motiva a querer saber mais e mais do que levou as ações do Kevin para aquele fim.
É realmente difícil compreender se as ações de Kevin foram consequências de uma gravidez indesejada e de um filho complicado, ou se Kevin nasceu daquela forma, destinado ao mal.
Me surpreendi muito com o final, embora esperasse algo semelhante, é chocante, tanto no livro, quanto no filme.
Apesar do peso e densidade do livro, se for persistente e paciente, indico a leitura!
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Cíntia 01/05/2021

Cansativo
De verdade, acho que fui uma das poucas pessoas que não gostei do livro. Leitura cansativa, o enredo não conseguiu prender minha atenção, tampouco me motivou a lê-lo. Vou tentar assistir ao filme para ver se o diretor conseguiu dar outra visibilidade a história. Se deixou mais dinâmica.
Nayara 03/05/2021minha estante
Apesar da leitura ser um pouco arrastada eu gostei demais desse livro. Li ano passado e confesso que me surpreendeu demais pq já havia visto o filme e tinha outra perspectiva sobre ele.


Sietch literário 28/05/2021minha estante
Esse livro não é pra ser uma leitura agradável, pelo contrário, é pra ser cansativa mesmo, dolorida e exaustiva.




thopeixe 31/01/2021

Precisamos falar sobre os Khatchadourians
Precisamos falar sobre o Kevin é mais do que um livro composto de cartas escritas por Eva ao seu ex-marido. O livro é uma imersão profunda e tortuosa no relacionamento entre Eva e Franklin antes de decidirem ter seu primogênito. Acompanhamos o relacionamento amadurecido deles e logo em seguida a gravidez de Eva. O livro conta com todo o percurso de vida do garoto, desde a sua formação no útero até os seus dezesseis anos, quando ele comete uma cachina em sua escola, matando 7 colegas, uma professora e um funcionário.
O livro é uma tortura sem fim, uma angústia imensa e um aperto no peito. Durante toda a leitura você se força para entender o relacionamento entre Eva e Kevin e onde cada um dos membros dessa família errou.
O narrador em primeira pessoa é confiável? Afinal de contas, Kevin nasceu mau ou foi apenas reflexo de sua mãe? Somos capazes de odiar nossos filhos?
Raiva, medo, angústia, tristeza, indignação, asfixia e dor. Por toda essa enxurrada de emoções, dou uma nota máxima e declaro um dos meus livros favoritos (mas que fique bem claro que me custaria demais ter a coragem de reler esse livro).
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Júlia Cavagnolli 11/03/2021

Devemos escolher um lado?
Não se deixe desanimar pelo começo arrastado do livro. É impressionante como ele fica melhor, e melhor e melhor. Os personagens de personalidade superficial (e até mesmo chata) vão dando forma a uma situação que, desde o começo, estava fadada a algo terrível. Ao se sentir inserido em momentos cotidianos extremamente desconfortáveis, você se questiona se deveria ou não escolher um lado durante toda a narrativa. Você não sabe se deve sentir pena ou raiva de alguém. E o final fecha a história maravilhosamente bem.
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Bia 12/05/2022

Ter o começo lento mesmo, mas vale a pena insistir.
Já queria ler esse livro já faz um tempo, porém vi algumas resenhas dizendo que tinha o começo lento( E ter mesmo) e já me desanimava. Realmente no começo é bem lenta dava até sono. Mas quando a leitura fluiu, não conseguir parar.
É pra se questionar será se Kevin já nasceu assim ? ou foi por causa da mãe? que não queria ter ele.
Eu prefiro acredita já que nasceu assim.
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skuser02844 18/05/2021

"(...) Em 1999, e apenas dez dias após uma certa quinta-feira, Eric Harris, de dezoito anos, e Dylan Klebold, de dezessete (...) mataram a tiros um professor e doze alunos, deixando outros vinte e três feridos, antes de se matar.
De modo que o jovem Kevin ? escolha sua ? saiu tão norte-americano quanto Smith e Wesson"

Só fui gostar desse livro na minha segunda tentativa de leitura, dois anos após a primeira, e olha, eu agradeço muito por ter dado outra chance.
Não é uma leitura fácil, você se perde algumas vezes na narração, nas milhares de palavras para descrever um só acontecimento, mas eu de verdade não acho que poderia ter sido escrito de forma mais simples ou com uma ordem de fatos diferentes. Tudo foi revelado quando deveria ter sido.
Gosto muito de como a maternidade e tudo que vem com ela foi tratada nesse livro, me fez ter umas boas reflexões sobre como a mulher muitas vezes tem que deixar de ser uma pessoa para virar mãe ? como se uma coisa substituísse a outra.
O final não me surpreendeu porque eu já tinha percebido o caminho que a história ia seguir lá pelo aparecimento daquela 4° personagem, mas o jeito como foi descrito me fez ter todo um choque que eu definitivamente não esperava ter.
enfim, recomendo demais!!!
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Aliny Araújo 28/10/2020

"precisamos falar sobre o kevin"
quando eu li as primeiras trinta páginas desse livro, eu achei que seria uma leitura difícil pra mim; eu tenho um pouco de dificuldade em ler romances epistolares ou seguindo o fluxo de consciência do narrador. pra minha surpresa, a escrita da autora me engoliu. é uma história árdua, incomoda, sombria, que chega até, em certos momentos, a ser repulsiva. sinceramente, eu nem sei como discorrer sobre essa leitura. a crítica que permeia a história é, ao meu ver, muito bem construída e transmitida para o leitor. o final, assim como em vários outros momentos, me deixou com um nó na garganta. se atente ao momento em que você vai ler esse livro, esteja bem.
@igorwoura 28/10/2020minha estante
Estou louco para ler esse livro!!!


Shinji 28/10/2020minha estante
Ótima resenha! Estou ansioso para ler!!!


Fer 28/10/2020minha estante
Ótima resenha, esclarecedora, objetiva e envolvente, só me deixou com mais vontade ainda de ler ?


Shinji 28/10/2020minha estante
Sinceramente, em um primeiro momento não senti muito interesse pelo livro, talvez por não se tratar de um tema e um gênero literário que estou acostumado a ler. Porém, após ler a sua resenha ? objetiva e sincera ? fui convencido de, ao menos, dar uma chance a essa leitura. O que falta agora é somente um momento em que me sinta bem, seguindo a sua autêntica dica.




Hellen 08/03/2022

Esse livro foi muito difícil de digerir. As vezes a leitura me instigava e eu não conseguia parar; em outras, lia simplesmente porque odeio abandonar livros. Eu já tinha visto o filme, mas não lembrava de nada, então acho que isso me ajudou na experiência de leitura.
Agora, alguns dias depois de finalizado, não me arrependo de ter lido. Porém, acho que o livro tem muitos momentos maçantes, alguns trechos longos e desnecessários. Eva consegue fazer com que você se encha de empatia em um capítulo e no outro sinta uma repulsa inexplicável. Acho que o mesmo sentimento se estende para Kevin.
Saquei o rumo da história antes de chegar ao final, mas, para mim, isso só me deixou mais curiosa para descobrir o "como" da história.
Elcimar.Matos 08/03/2022minha estante
Hellen com a sua não nota pro livro ?


Hellen 08/03/2022minha estante
é proibido dar nota para livros neste perfil


Elcimar.Matos 08/03/2022minha estante
kkkkkkkk




Vitor.Panin 17/11/2021

Pedrada
"Precisamos Falar Sobre o Kevin" é um livro que pelo formato de cartas de Eva para seu ex marido, reflete sobre como e por que Kevin, seu filho, matou 9 pessoas em um massacre escolar.

Não sou uma pessoa sensível pra conteúdos fortes, principalmente em livros, mas se você quer se abalar mais do que em "O Cemitério" de Stephen King ou qualquer outro livro de horror, leia "Precisamos Falar Sobre o Kevin'

A história de uma relação maternal mais do que problemática, te envolve e te perturba. A narrativa é precisamente lenta. Não há outra forma de contar uma história como essa.
Falando em narração, também foi fundamental que a história tenha sido narrada por cartas, pois o livro no final das contas, na minha opinião, é sobre Eva, não Kevin.
Afinal de contas, onde Eva errou e qual a culpa dela no que aconteceu?
Lionel Shriver faz questão de escrever detalhadamente sobre basicamente toda a vida daquela família a partir da decisão de ter um filho.

Ao ler a culminação de toda a história contada naquela fatídica quinta-feira, cada frase é como um soco na boca que te tira do eixo. Extremamente forte.
Não espere da leitura um só momento de diversão, mas pode esperar horas e horas de imersão e desconforto.

Inclusive quando o livro acabar, ele não acaba realmente, pois você ainda sente que precisamos falar sobre o Kevin
Nirakann 17/11/2021minha estante
To louca pra ler esse livro, vi o filme a um tempo atrás, mas não fazia ideia do que se tratava. Só quando pesquisei que entendi o que a história quer mostrar. Nas cartas Eva também fala que não se sentiu conectada com o Kevin desde o período de gravidez?


Nirakann 17/11/2021minha estante
Pelo que entendi, Kevin sabia que a mãe não o quis desde o início do nascimento dele. Por que meio que rejeitava ele


Vitor.Panin 17/11/2021minha estante
Sim, isso fica bem claro, Eva desde quando tava grávida já não sentiu aquela conexão maternal que normalmente existe


Lana 17/11/2021minha estante
Nossa amei sua resenha, preciso ler esse livro agr!


Nirakann 17/11/2021minha estante
Você acha que pelo fato da Eva nunca ter tido essa conexão maternal, fez com que Kevin se tornasse desse jeito? Já que ele não teve o amor e o acolhimento da mãe desde bebê...


Vitor.Panin 17/11/2021minha estante
Sim, acho que sim. Na minha interpretação por Kevin não se sentir amado pela mãe se rebelou desde cedo, tanto que a relação com o Franklin é diferente (apesar do que ele faz no fim).
Não sei como é no filme, mas no livro a conversa final deles é de emocionar, e deixa essas coisas mais claras


Nirakann 18/11/2021minha estante
O filme deixa a desejar um pouco, no meu ponto de vista. Já que fica em aberto algumas cenas, e não lembro nem o final kkkkk. Quero ler o livro pra entender melhor a relação de mãe e filho deles. Sua resenha foi ótima!


Vitor.Panin 18/11/2021minha estante
Lê que vale a pena kkkkkkkkkk E que bom que gostou




GioMAS 08/09/2022

Comportamento e psicologia na literatura.
O livro faz uma análise do comportamento de um assassino que matou cerca de uma dezena de colegas na quadra do escola que frequentava. A narrativa começa antes do nascimento de Kevin e faz uma análise detalhada do seu padrão de comportamento ao longo dos anos pela perspevtiva da sua mãe. Evidentemente, há descrição de situaçoes cotidianas o que, para os mais afoitos, pode soar como "lentidão". A intenção do livro não é se alongar no momento do crime, mas desmembrar os fatos que o causaram. A dualidade está presente em todo o enredo, de forma que em várias passagens questionei os posicionamentos da narradora personagem que, diga-se, por vezes constatou que suas presunções eram equivocadas. Conhecendo o resultado é fácil presumir que partiram de um psicopata, mas o que pode ter agravado essa condição mental? Será que o comportamento dos pais foi determinante? O livro permite essas reflexões.
Jardim de histórias 09/09/2022minha estante
Eu fiquei bem impactado com essa história. Mostra ou não, o que se esconde no obscuro da mente.




.emii ;) 29/12/2021

Precisamos falar sobre o Kevin.
Mal tenho palavras para descrever a mistura de sentimentos que esse livro me causou, o balanço perfeito em confusão sobre o que pensar. Me deixou aflita e sem palavras em quase todo momento. Não recomendaria para quem quer algo leve e descontraído pois é totalmente o contrário, me senti em angústia total até o final.

Personagens complexos que não podem ser descritos em meras poucas palavras. Inclusive, gostei muito do fato da nossa protagonista não ter aquela áurea boazinha e de heroína, mas ser uma pessoa que talvez posso até dizer como difícil de ter empatia. Com pensamentos e ações duvidosos. E muitas vezes fria e apática.

Escrita enigmática e honesta e muitas vezes crua demais, o que para mim foi chamativo e atraente. Confesso que seu estilo é muito cansativo e até enrolado demais, o que foi um baita desafio para mim. Uma leitura desconfortável ao olhos e a mente, justamente talvez esse seja o seu charme.

Tem uma ótima desenvoltura e desenvolvimento.

O final foi uma quebra de expectativa para mim; o último capítulo. Cheguei a chorar.

Esse livro de fato vai para minha lista de favoritos.
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