Rosario Tijeras

Rosario Tijeras Jorge Franco




Resenhas - Rosario Tijeras


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Mialle @mialleverso 31/08/2019

Quase bom
Rosario Tijeras é uma jovem assassina, misteriosa, sexy, implacável, menina, moça, mulher, inocente, puta etc... tudo que você quiser e achar contraditória na personalidade de uma mulher, já que livro foi escrito por um homem e eles parecem que nunca conheceram uma mulher na vida antes de inventar personagens que não são possíveis na realidade, enquanto escrevem uma história que se passa no mundo do crime colombiano.

Seu nome, Tijeras (tesoura, em espanhol), lhe foi dado ainda menina, ao usar um par de tesouras roubadas da mãe, uma costureira, para se vingar de um homem que a estuprara anos antes. Seu verdadeiro sobrenome ninguém conhece, mesmo que todos conheçam a mãe dela e o irmão e poderiam ter perguntado. Antes de matar suas vítimas, Rosario as abraça e as beija, enquanto saca uma pistola da bolsa, que posiciona a queima-roupa para o disparo.

Mas um dia, acaba provando do mesmo veneno. Leva um tiro à queima-roupa no momento em que recebe um beijo traiçoeiro. O amigo Antonio, narrador do romance, ainda tem tempo de levá-la a um pronto-socorro em Medellín e, enquanto espera alguma notícia dos médicos, repassa toda sua vida de perigos ao lado dela, mas na verdade ele está repassando o quanto ele queria ficar com ela, mas não rolou, uma vez que Rosario era namorada do amigo dele.

Não me levem a mal, é um livro bom. Um livro que realmente te prende enquanto você quer saber mais sobre a vida de Rosario, mas assim como muitos outros livros que li onde o autor decide escrever uma mulher fantasiosa com todas as qualidades que a cabeça masculina deseja (e nenhum sentido real), Rosario me decepciona neste ponto. Tão misteriosa e linda que no final não sabemos nada sobre ela de verdade, exceto o que Antonio diz e a opinião de Antonio é terrível já que ele passou não sei quantos anos apaixonado pela mulher alheia.

O livro trás uma visão ligeira sobre o submundo colombiano, mas até isso fica meio apagado já que Antonio narra tudo sem interesse em nada que não seja Rosario. No fim Rosario parece mais um ser mitológico que uma mulher real que tinha seus problemas e dilemas numa vida difícil que a empurrou para o crime e vingança muito cedo.

É uma leitura interessante, mas claramente não é algo que vou repetir e não é um autor que vou procurar depois.
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San... 27/01/2015

Rosário Tijeras é um mito. Mulher que mata com um tiro a queima roupa enquanto beija sua vítima. E que desperta amores possíveis ou platônicos no meio onde vive. Leitora otimista que sou, aguardava redenção para uma vida estragada desde o inicio. Talvez por isso minha decepção. Queria o mito criado nas quebradas, no lado errado da vida, transformado em mulher forte, de coragens e caminhos distantes dos trilhados na juventude errante... Mas, foi um livro da vida real, do velho "aqui se faz, aqui se paga". E com isso, deu-me o gosto das escolhas amargas (ou da ausência de escolhas), de vidas das quais fugi através de estudo e da fortaleza protetora de uma familia zelosa. Conheci alguns mitos de vida torta pessoalmente, com histórias escritas na dor, no abandono, a maioria delas com finais trágicos... Me recuso a acreditar que seja apenas uma questão de escolha. Minha impressão é que alguns vivem para deixar no mundo histórias mal contadas, afim de que outros enxerguem opções menos dramáticas.
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Walaceboto 02/08/2013

Gostei Muito da narrativa rápida em flash,das lembrança de Antônio.
Romance cruel de amor platônico. Rosário Tijera foi cruel até com que a amava.
Capitulo final emocionante. Uma compra válida.
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Helder 24/08/2012

Outra boa surpresa
Acho que esta foi a melhor compra que ja fiz. Paguei R$3,00 nesse livro num saldão da Fnac, mas ele vale muito mais do que isso.
Desde a primeira frase o livro já te pega: "Como levou um tiro à queima-roupa ao mesmo tempo em que recebia um beijo, Rosario confundiu a dor do amor com a da morte."
Essa é Rosario Tijeras. Menina que caiu na vida aos 12 anos e que não leva desaforo para casa. A mulher das mil estórias.
E quem nos descreve Rosario é Antonio, o amigo apaixonado, que está no hospital aguardando noticias de Rosario.
Os dialogos são incrivelmente reais, e a maneira como o autor navega das lembranças antigas de Antonio para sua realidade atual é extremamente bem escrita.
IMpossivel não se envolver com o amor platonico e destrutivo que Antonio sente por Rosario, a mulher perigosa e que não se envolve.
Duro ser sempre o "parceirinho", quando seus sentimentos são completamente diferentes.
O livro me lembrou as Travessuras da Menina Má numa versão mais pop.
Antonio sabe que Rosario é perigosa, mas impossivel fugir desta atração de perigo. Muito legal.
E no fim fica no ar a pergunta: Você ja amou alguém?
Deixe-se conquistar por Rosario Tijeras e entre na fila!
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Daniel Braga 31/07/2012

Quem tem medo de Rosario Tijeras?
Meses atrás, diante de minha curiosidade incontida de saber o que os outros estão lendo, uma amiga me apresentou um livro de Jorge Franco, intitulado Rosario Tijeras. Ao dar uma boa folheada, para me certificar de o que se tratava, muito me intrigou o comentário escrito na contracapa. Gabriel García Márques, Nobel de Literatura de 1982, dizia, sem medir palavras: Este é um dos autores colombianos a quem eu gostaria de passar a tocha. E não era pra menos, li o livro e tive uma enorme surpresa. Jorge Franco sabe exatamente onde está pisando. Mestre em criar diálogos, autênticos e ágeis, o autor dá ao texto um tom vibrante que prende o leitor da primeira à última página. Impossível ler as frases iniciais, onde, de cara, nos deparamos com o tema central do livro, amor e morte, e não sentirmos vontade de seguir a leitura: Como levou um tiro à queima-roupa ao mesmo tempo em que recebia um beijo, Rosario confundiu a dor do amor com a da morte.

A personagem-título, Rosario Tijeras, é uma assassina, sensual e enigmática, a quem as pessoas atribuem certas histórias. Dizem que Rosario já matou mais de duzentos, que mija de pé, cobra mil reais por transa, também gosta de mulher, teve um filho com o diabo, está cheia da grana, é chefe de todos os assassinos da cidade, manda tesourar quem não gosta, transa com seus melhores amigos... Nas palavras da própria Rosario, metade disso é mentira, a outra metade, não. Jorge Franco construiu uma personagem forte, independente, o tipo de mulher que não tem medo do perigo e que não costuma levar desaforo pra casa. Rosario, muitas vezes, nos faz lembrar das mulheres do imaginário de outro Jorge, o Amado, criador das memoráveis, Tieta, Gabriela, Dona Flor e Tereza Batista. Seu nome, Tijeras (tesoura, em espanhol), vem da fama de ter capado com uma tesoura um homem que a estuprara anos antes.

Outro ponto alto no romance de Jorge Franco, é o amor platônico que o narrador Antonio nutre pela impiedosa Rosario. Incapaz de declarar o seu amor, até mesmo porque a jovem é amante de seu melhor amigo -Emilio-, Antonio torna-se espectador e cúmplice da vida tumultuada de Rosario, e é ele quem conta sua história a partir dos corredores de um hospital onde a garota, crivada de balas, luta entre a vida e a morte.

O pano de fundo da história é a cidade de Medellín, onde Franco mergulha sutilmente no submundo do narcotráfico e das favelas colombianas, não muito diferentes das favelas do Rio de Janeiro e de tantas outras cidades brasileiras. Bastaria nos aventurarmos em qualquer baile funk, para encontrarmos uma porção de Rosarios, até mesmo metamorfoseadas em gênero masculino.

Aclamado pela crítica, como um dos mais bem-sucedidos escritores da nova literatura colombiana, Jorge Franco recebeu em 2000, por Rosario Tijeras, o Prêmio Dashiell Hammett de literatura policial. A primeira edição do livro se esgotou em um final de semana e já foram vendidos mais de 80 mil exemplares na Colômbia, além de os direitos terem sido vendidos também para diversos países, entre eles, Argentina, México, Espanha, França, Grécia, Portugal, Itália, Alemanha, Estados Unidos, Holanda e Japão.

Em 2005, a obra foi adaptada para o cinema pelo diretor Emilio Maille. Rosario, na versão cinematográfica, ganhou vida por Flora Martinez, que deve ter tomado muito bronze para poder encarar o papel, uma vez que, no livro, a personagem era tida como mestiça. E não é que, nas telas, Rosario apareceu branca como leite?


http://palavrasemvermelho.blogspot.com.ar/2009/05/quem-tem-medo-de-rosario-tijeras.html
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Luís Henrique 26/06/2011

"A sensação era a de ter me chocado em alta velocidade contra um muro"
O narrador, ao contar a história de Rosário, linda e sedutora, misteriosa e assacina, sensível e impiedosa, fala da sua história e o infortúnio de ter conhecido esta mulher. Como diz o narrador e resume toda a obra: "A sensação era a de ter me chocado em alta velocidade contra um muro, ficando tão perturbado que não podia definir sentimentos... - Você não é viciado em drogas, mas em merdas, disse alguém. Quem cala consente, e tive que calar... porque do que eu tinha certeza era que eu não era o único, somos milhões de comedores de merda que temos de nos curar em silêncio, ou como acontecera tantas vezes, morrer de overdose fecal". Um soco no estômago.
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Marina 12/02/2011

Uma ótima surpresa!
Antonio está na sala de espera do hospital, enquanto sua amiga e grande amor, Rosario, com o corpo crivado de balas, sofre uma cirurgia de amergência. Enquanto aguarda por horas intermináveis, Antonio relembra momentos que passaram juntos.
Linda e mortal, Rosario é um mistério para seus amigos. Nem seu namorado sabe seu sobrenome e sua idade. Criada nas favelas de Medellín, aprendeu a se virar num mundo de crimes, sexo e drogas.
Rosario Tijeras é uma ótima surpresa! Narrado em primeira pessoa por Antonio, prende o leitor do início ao fim, o tipo de livro para ser lido em um folego só.
Recomendo o livro para quem quer conhecer um pouco da realidade colombiana, a qual, acredito, seja muito semelhante a de nossas favelas. E, de quebra, lembra que o amor é igual, não importa o país, nem a condição social.
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Karen Pereira 16/01/2012minha estante
Depois que tentei ler "Cidade de Deus" eu meio que desisti desses livros ambientados em favelas porque geralmente são muito bagaçeiros... Mas que bom que esse te agradou, parece interessante. :)




Elis 19/03/2010

Bem é um livro chocante, nós descreve como nosso mundo é cruel, e como as pessoas se adaptam a certas coisas, mostra também a coragem que poucas mulheres tem de darem o troco em quem lhes faz mau, vemos vidas que se sustentam com drogas, bebidas e muitos riscos. E também como o amor verdadeiro ultrapassa o tempo, independente do que aconteça ele existe, de uma forma ou de outra.

Uma leitura triste, mas contagiante, você vai devorando as páginas pra poder conhecer tudo que aconteceu aos personagens, que fim levaram e a que conclusões chegaram.

Parabéns ao autor que nos leva para dentro do livro.

Recomendo.....Nota 10!!!

Bjus elis!!!!!!!!!
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laura 07/02/2010

Um bom Livro
Narrativa ágil onde um rapaz recorda os tempos que acompanhou Rosário Tijeras em suas loucuras, Uma mista de amor e vicio, porque Rosário era como um vício para Antônio e seu amigo Emilio com quem Rosário tinha um caso. Assassina profissional que seduzia suas vitimas antes de matá-las, uma mulher forte e decidida que conseguia que todos, a sua volta fizessem suas vontades: seu irmão, seus amantes e seu amigo o apaixonado Antônio ou “companheiro” como ela o chamava. Tem um ditado popular que diz “aqui se faz aqui se paga” Acho que é o que define o final de Rosário.
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fabioabu 30/01/2010

Rosario Tijeras
Livro corrido, leitura veloz, em que o título não denuncia o real assunto. Muito bom!!! Uma história de amor passado e latente. Uma leitura doce e suave sobre um(dois?) assunto(s) fortes.
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Paula 14/01/2010

Amor em tempo de guerra
Mais um dos livros que eu arrisco comprar em uma livraria sem nunca ter ouvido falar do título ou do autor, sem nenhuma recomendação (bem, tinha o comentário de Gabo na contra-capa...) e que não me arrependo.

Rosário Tijeras tem todos os elementos, não do realismo fantástico de Gabo, mas do realismo das favelas da Colômbia. O livro conta a história de Rosário Tijeras (em espanhol, tesouras), uma mulher sedutora e perigosa, altamente passional, que teve sua infância destruída na vida cruel e brutal da periferia. Para sobreviver, Rosario aprende a se defender com a mesma violência do ambiente que a cerca.

Mas Rosário também é perigosa por enfeitiçar os homens com sua beleza, sua impulsividade, sua força. A "heroína" da história foge a todos os arquétipos: se droga, se prostitui, mata muitas pessoas e se torna uma lenda. Mas tudo isso ganha um brilho especial ao ser contado através dos olhos apaixonados de Antonio, melhor amigo de Rosário e de Emílio (namorado de Rosário). É através dos olhos de Antonio que conseguimos ver, mesmo em meio a tanto caos, a menina sofrida que é Rosario, fruto de um mundo sem expectativas e repleto de violência, que também ama à sua maneira, e que sonha com uma vida melhor.

A história de Rosario é a história de Antonio, de seu amor por essa mulher que só o via como um amigo. É a história triste dos amores não correspondidos e dos estragos que eles deixam nos corações. Isso é muito bem retratado neste romance contemporâneo do colombiano Jorge Franco.

Gabriel Garcia Marquez disse que "Jorge Franco é um dos escritores colombianos para quem ele gostaria de passar a torcha". O que é um grande elogio. Não acho que ele seja um Gabo,talvez seja possível compará-lo com Gabo no que tange a intensidade e a paixão dos personagens. Mas ele é certamente um grande escritor. Com uma narrativa muito envolvente, apesar de tratar de temas que tornariam qualquer romance muito "pesado" como assassinatos, drogas, prostituição, estupro etc, o amor de Antonio por Rosario "amortece" nossos olhares. Espere encontrar no livro muitos palavrões, usados para caracterizar o linguajar desse submundo.
Mas espere encontrar também descrições românticas dessa paixão de Antônio por Rosário, paixões dessas de entregar a alma ao objeto desse amor.
Foi uma ótima leitura. Eu recomendo. E pretendo ler outros livros do autor.
Walaceboto 02/08/2013minha estante
Também comprei pelo comentário do Gabriel Gracia.
e Gostei muito da narrativa.




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