O Livro da Loucura e das Curas

O Livro da Loucura e das Curas Regina O’Melveny




Resenhas - O Livro da Loucura e das Curas


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House of Chick 13/10/2013

Vários dias depois de ter terminado "O livro da loucura e das curas", de autoria de Regina O'Melveny, ainda me encontro anestesiada. Não há outra palavra para definir este título que não "arte". Regina, em seu romance de estreia, consegue centralizar inúmeros sentimentos em uma única obra. Apesar de este ser o primeiro romance da norte-americana, ela tem experiência com a escrita de poesias, o que talvez tenha colaborado para a criação dessa prosa tão delicada.

A história contada é a de Gabriella Mondini, uma médica impedida de exercer sua profissão simplesmente por ser mulher - a trama se passa na Itália do século XVI, época na qual o gênero era fator limitante para que uma pessoa fosse ou não considerada cidadã. O pai de Gabriella foi quem a ensinou o ofício, mas agora a protagonista se encontra sem seu maior guia: seu pai embarcou em uma viagem com o objetivo de conhecer e catalogar as mais diversas doenças conhecidas e desconhecidas, e, por meio de uma carta, anuncia que não pretende retornar para a família. Sem esse amparo masculino, porém, Gabriella não pode ser considerada médica. E ela, decidida a não permitir que isso ocorra, parte em busca de seu pai com o objetivo de fazê-lo voltar.

Gabriella é singular. Confesso que não esperava toda essa rebeldia e determinação por parte de uma personagem feminina em um contexto tão patriarcal. Ela ilustra o espírito guerreiro compartilhado por inúmeras mulheres que sobrevivem aos mais devastadores meios. Ela é forte o suficiente para demonstrar que cultura alguma domina, efetivamente, as mulheres. Além de Gabriella, outros dois personagens conquistam a atenção do leitor: Olmina e Lorenzo, criados de sua residência e, posteriormente, seus companheiros de viagem.

Procurando por seu pai, Gabriella passa por muitas cidades. Um recurso sensacional oferecido pelo livro é um mapa que ocupa duas páginas, auxílio que se mostra como em excelente diferencial. Ao acompanhar seu trajeto, o leitor conhece várias doenças que hoje são consideradas sentimentos, tais como angústia e inveja. Esses trechos convidam a uma interessante reflexão sobre sensações ruins e suas implicações não somente físicas, mas também psicológicas.

O viés histórico também é impactante: "O livro da loucura e das curas" permite que tenhamos contato com uma realidade pouquíssimo habitual, na qual mulheres cheias de importantes e úteis conhecimentos são condenadas e taxadas de bruxas. É muito interessante ter contato com esta época através da perspectiva de Gabriella, tão visionária, tão a frente de seu tempo.

A Novo Conceito mais uma vez não decepciona com a diagramação deste volume. Não tenho receio de dizer que a capa desse livro tem a melhor textura que já conheci, dotada de uma sensação fantástica e muito atrativa. O papel utilizado na impressão também é de excelente qualidade, as páginas amareladas facilitam a leitura e deixa o aspecto ainda mais bonito.

"O livro da loucura e das curas", apesar de voltado para um público mais maduro, é recomendado para todos que querem se envolver em uma trama muitíssimo bem construída, repleta de elementos históricos. Recomendo especialmente para o público feminino, para que as mulheres aprendam a cada vez mais que esse conceito de sexo frágil é absurdamente ultrapassado - mulheres, sem importar a cultura na qual estão inseridas, podem ser absolutamente o que elas quiserem ser.

Quotes:

"Tornei-me tão transparente quanto o vidro através do qual espiava, perigosamente invisível até para mim mesma. Foi então que percebi que deveria colocar minha vida em movimento, caso contrário, eu desapareceria." (Página 17)

"Não mandarei ninguém atrás de você, meu pai, decidi naquela noite. Eu mesma irei." (Página 28)

>> Comentários nessa resenha concorrem a prêmios!

site: Confira essa e outras resenhas no blog: www.houseofchick.com
Beth 13/10/2013minha estante
Muito bom a história e vou adorar acompanhar a trajetória da nossa personagem na busca pelo pai. Tomara que o encontre e ela possa conseguir realizar o seu sonho de ser médica. Beijos.
elizabethmsalles@hotmail.com
?Chance Extra ? Estou participando da fan page da Editora Novo Conceito?.


Leila 14/10/2013minha estante
Que capa linda! Acho que esse livro é indicado para mim... Adorei a resenha e estou morrendo de vontade de ler o livro!
@Leila_C_S
Leila


"Ana Paula" 14/10/2013minha estante
Outro livro que tenho e ainda não li! Olha, já li várias resenhas deste livro, mas, poxa, a sua ficou fantastica!!!!! Adorei mesmo! Deu até vontade de começar a lê-lo agora! Adoro histórias assim, onde a personagem é forte e enfrenta seus obstáculos!

bjo^^


Tatielle 18/10/2013minha estante
Eu amo em evolver com os livros pra ver se esqueço meus problemas e esse ai parece uma trama que não deixaria eu dormir a noite pq eu leria td de uma vez! EU QUERO PARTICIPAR! - fro_thielly@hotmail.com e curtos as paginas da novo conceito e da house of chick


Fabrício Rufino 18/10/2013minha estante
Quero conhecer mais esse livro, parece ser bastante calmo para se ler num dia chuvoso, me interessei sobre que antigamente alguns sentimentos eram tratados como doenças.. alem de poetico parece ser um livro emocionante!:-)

Participando da fan page da editora novo conceito e da house of chick no skoob




Literatura 08/10/2013

Um amor desmedido
Amor quando ultrapassa os limites da razão e transgride o bom senso deixa de ser amor? Não! Continua sendo amor, mas um amor desmedido e doentio. É assim que o amor de Gabriella se comporta. Digamos que esta tem amor demais para distribuir e desilusões demais para administrar. Numa época em que mulheres se preocupavam apenas com vestidos e chapéus, ela é uma médica.

O marido de Gabriella falecera e o seu pai, único que a entende e tutor da medicina – significa que ela só pode exercer a função de médica com constante observação do pai – se lança ao mundo em busca da cura das doenças. Então, nossa protagonista vive com a mãe, que por sua vez é uma frustrada por ter sido abandonada pelo marido e pela filha ser uma cópia fiel do pai e por a filha não seguir os padrões que a sociedade exige.

Então Gabriella decide colocar o pé na estrada e encontrar o pai, seguindo todos os rastros que o pai deixou vai ao encontro de amigos e acaba descobrindo coisas que a deixam atordoada. Ela percorre todas as cidades que o pai esteve e que evidenciou ter percorrido nas cartas que a enviava.

E essa busca por esse pai-amado, mostra a Gabriella o quão louca pode ser a nossa vida. Ela se descobre e precisa fugir de uma verdadeira caça as bruxas, afinal aquela, fim do século XVI, não era aceitável uma mulher independente e que tivesse uma profissão, quanto mais médica.

O livro da loucura e das curas (Novo conceito, de Regina O’Melveny , 350 páginas) foi um livro muito esperado por mim. E o melhor é justamente o final, quando o amor de Gabrielle encontra uma cura, uma salvação, uma calmaria. Engraçado como o amor encontra a cura no próprio amor...

Veja resenha completa no site:

site: http://www.literaturadecabeca.com.br/2013/10/resenha-o-livro-da-loucura-e-das-curas.html
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Clube do Livro 29/09/2013

Resenha
Esse livro é o primeiro drama da escritora, que já é uma consagrada poetisa mundo afora, e tem várias premiações pelos seus trabalhos. O livro é voltado para um público mais adulto, mas nada impede que jovens leitores apreciem sua leitura. Gostei bastante do modo da escrita da autora, porque é bem fluida, e quando eu li me pareceu que a história estava sendo contada para mim, me lembrou também uma poesia, então quando fui buscar algo sobre a autora pensei "está explicado!". Eu demorei um pouco para ler esse livro pois o começo dele é um pouco monótono, mas quando Gabriella começa sua viagem a história fica muito mais interessante!!! AMEI a Olmina e e seu marido Lorenzo, dei muitas risadas com esses dois. A Gabriella é bem cabeça dura, mas é muito inteligente e não desiste do que ela quer, o que gosto bastante em um personagem. Gostei também da parte mais histórica do livro, que se passa no século XVI, onde a sociedade que naquela época tomava as médicas e curandeiras como possíveis bruxas, da diferença das reações das pessoas dos diversos lugares que ela visita quanto ao seu status de Dotoressa, onde em alguns lugares ela pode exercer a profissão tendo a supervisão de um Dottore, e em outros é tomada logo como bruxa, tendo até que se disfarçar para proteger-se. O romance é uma coisa que eu não esperava (só digo isso XD). Adorei a ideia do livro das curas, é uma coisa unica para aquela época! A compilação de um manuscrito com enfermidades, suas possíveis causas e curas, por mais por mais banais que sejam, é um achado maravilhoso. Lógico que tem muitas crendices, e doenças que não existem, mas só o fato dessa pesquisa ser feita já achei impressionante. É também um livro que tem muitas reflexões, principalmente nas cartas do pai de Gabriella, e da mesma, e algumas são realmente tocantes e levam os leitores a pensar mais em determinados assuntos que muitas vezes deixamos de lado. É uma leitura que só tem a acrescentar, e a medida que se vai passando as páginas fica cada vez mais deliciosa!

Bem espero que vocês tenham gostado da resenha, e comentem =D!!!!
Bjusss

Por: Rayssa Morais
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TeoriaMetalica 27/09/2013

Elegante, mas nem tanto.
O livro conta a história de Gabriella Mondini, uma italiana de 30 anos que trabalha como médica nos anos de 1590, porém ela é impedida pelo "conselho" de exercer a profissão depois que seu pai foge sem rumo mundo afora, desaparecido há 10 anos. Ela AMA a profissão, pensa nas suas pacientes e com isso em mente sai em busca do seu pai, junto com seus criados, que até então se comunicava com ela através de cartas.

Leia mais: http://tediosoc.blogspot.com.br/2013/09/Mondini.html
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Poly 27/09/2013

Assim que peguei o livro em mãos, senti a capa com textura aveludada, as letras em alto relevo e vi a imagem serena eu decidi que PRECISAVA lê-lo.
Adorei a harmonização do design da capa e o miolo é bem bonito. Há um mapa mostrando a viagem de Gabrielle, um sumário com os títulos dos capítulos e diversas citações de poesias e provérbio no meio da narrativa. Um trabalho belíssimo.
O livro conta a história de Gabrielle, uma jovem médica veneziana que decide partir ao encontro de seu pai, o Dr. Mondini, que há dez anos saiu de casa e há algum tempo parou de dar notícias. A história toda se passa no século 16, uma época em que as mulheres não podiam exercer a medicina sem que um médico homem ficassem responsável por elas.
Sem seu pai por perto, Gabrielle estava impedida de exercer a profissão que tanto gosta, assim, ela decide viajar pela Europa em busca do seu pai.
Gabrielle não sai sozinha nessa aventura, ela viaja com seus fiéis criados Olmina e Lorenzo. Conforme avançamos na leitura percebemos que Olmina e Lorenzo são mais que empregados e amigos, eles têm um carinho tão grande por Gabrielle que pode ser considerado como um amor paternal.
O relacionamento entre eles é lindo e bastante tocante.

"Quando se vê muitas coisas cedo demais, qualquer mudança é uma ameaça.
P.24"

Além da busca por seu pai, Gabrielle continua um projeto que começou com ele, que é a escrita de um livro de curas. Enquanto ela viaja e conversa com outros médicos, ela vai escrevendo o livro e acrescentando doenças e informações que encontra pelo caminho.
Então, além da história, o livro é recheado com as anotações do livro de Gabrielle e de cartas antigas que seu pai.
As doenças descritas por Gabrielle possuem nomes pomposos e alguns sintomas bizarros, acredito que hoje em dia, várias delas seriam classificadas como transtornos mentais.

"PORFÍRIA
Aversão à luz que faz com que a pessoa desenvolva úlceras e pelos de animal.
P. 249"

Acredito, inclusive, que Gabrielle desenvolveu algum tipo de transtorno, pois a busca pelo seu pai chega à obsessão. E, se seu pai também teve algum tipo de doença, só lendo a história completa para descobrir.
É uma leitura bastante densa e envolvente. Podemos sentir a angústia e a frustração de Gabrielle a cada parada por não conseguir encontrar seu pai. E também o anseio de Olmina para voltar para casa.

"Ele estava sempre partindo. Apertei a carta em minha mão. Minha mãe sabia distorcer a verdade e ainda conservar parte dela. Ela o conhecia de um modo diferente de mim. Teve sua afeição precoce arruinada pela arrogância (da parte dele ou dela?). Talvez nenhum dos dois ainda tenha conseguido superar as palavras ásperas que provocaram velhas mágoas.
P. 145"

Apesar da narrativa ser em um tom mais dramático, há um certo grau de aventura que nos prende à leitura. Gabrielle, Olmina e Lorenzo passam por muitas situações difíceis e perigosas.
Eles saem de Veneza, uma cidade cercada pelo mar, viajam pelo continente europeu, passando por regiões frias e com neve, vão de barco até Edimburgo, retornam pelo continente e vão parar no Marrocos. Eles vivenciam várias culturas e climas e conhecem diversas pessoas peculiares.
Há muitas passagens choráveis e eu teria chorado mais, se eu não lesse basicamente apenas em público.

"Alguns viajantes gostam de ler sobre os locais que visitam, sobre os companheiros de estrada que fizeram registros agradáveis ou admiráveis. Outros gostam de ler o trabalho de pessoas famosas que moraram nesses municípios ou cidades nais quais chegarão. Outros ainda divertem-se com as histórias locais compartilhadas nas tavernas e estalagens. Eu lia e relia as cartas de meu pai para descobrir em que estrada ou cidade adiante poderia achá-lo.
P.
167"

Gostei do livro por ele retratar uma realidade completamente diferente da minha, mas não há nada de excepcional nele para incluir como favorito ou ganhar 5 estrelas.
Não encontrei nenhum erro de digitação ou tradução. O título do livro foi traduzido ao pé da letra e eu gostei assim.
Regina O’Melveny é uma escritora basicamente de poesias, com seus textos publicados em diversos periódicos, mas como primeira obra narrativa, ela fez um ótimo trabalho. É um livro diferente de tudo que eu vi por aí e vale à pena a leitura para fugir do tradicional.
Não é um livro para sentar e devorar de uma vez só. Suas palavras foram escritas para serem saboreadas pouco a pouco. Recomendo uma leitura mais tranquila e pausada, para um melhor aproveito.
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Raffafust 21/09/2013

A capa do livro é tão linda, a textura e o trabalho que a editora teve de diagramação que lamentei muito não ter gostado tanto do livro como achei que gostaria. Para início de resenha, demorei 3 dias para lê-lo, pouco tempo para uns, muito para mim que quando gosto de verdade da leitura a devoro seja no almoço ou antes de dormir , eu lia e não tinha tanta curiosidade com o que aconteceria em seguida.
A história de Gabriella, uma médica de 30 anos que tinha como tutor seu pai que sumiu há anos deixando com ela o Livro das Doenças tinha tudo para ser uma história linda. Afinal, ela como vive no fim do século 16 uma mulher praticar Medicina era tida como bruxa e ninguém aceitava. Como se pai some e somente de vez em quando manda cartas sem pé nem cabeça, ela decide ir atrás dele deixando Veneza para trás e rodando a Europa com dois empregados: Lorenzo e Olmina. Os fiéis escudeiros a salvam de poucas e boas, porque nessa caça pelo pai ela vai sofrer alguns acidentes, vai tentar curar pessoas das mais diferentes classes sociais e não medir esforços para salvar tudo e todos , nem mesmo alguns amigos de seu pai lhe avisando que seria perigoso parece fazer com que ela sinta algum medo do que verá pela frente.
Com um dom de cura e a técnica aprendida com seu pai a força de Gabriela é bonita de se ver mas o livro é extremamente parado e longo demais, talvez falte ação no que queria ver no meio da história que apesar de boa é por muitas vezes tediosa.
Com um final que não gostei muito,por ser bem triste, eu não consigo dizer que gostei de verdade desse livro.
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Nath @biscoito.esperto 15/08/2013

"E que vida vale a pena ser vivida quando nos afastamos daqueles que nos proporcionam amor e consolo?"
O Livro da Loucura e das Curas conta a história de Gabriella, uma mulher de 30 anos que vive na Itália e trabalha como médica no ano de 1590. No entanto, por ser mulher, ela está sendo impedida de praticar a profissão. Seu pai, também médico, está desaparecido há dez anos, tendo saído de casa para fazes pesquisas para seu livro, O Livro das Doenças, e mandando ocasionais e vagas cartas.

Cansada da censura que sofre, Gabriella decide sair em busca de seu pai Europa afora, apenas com a companhia de Olmina e Lorenzo, seus criados.

A cada cidade onde para, Gabriella acaba sofrendo acidentes, se hospedando em lugares peculiares, conhecendo pessoas mais peculiares ainda e escreve sobre doenças malucas que, para mim, poderia ser classificadas basicamente como fobias e doenças mentais no geral, sem tratamento possível com ervas. Não sou insensível à "magia" e ingenuidade científica da época, só estou falando. As doenças, com nomes pomposos, poderiam ser simplesmente "claustrofobia" ou "antropofobia".

Achei as viagem de Gabriella interessantes e os personagens, tanto médicos como estudantes, tanto mendigos como comerciantes, muito interessantes e até divertidos em alguns momentos. A angústia, amor e saudade que Gabriella sente são palpáveis, e achei muito importante ressaltar que mesmo vivendo literalmente como homem em vários momentos, Gabriella tem seu lado sensível e feminino, que busca pelo pai e pelo direito de ser feliz.

Mas ainda acho que faltou algo, um climax. Mesmo o final feliz não me convenceu. Eu queria algo, ação, qualquer coisa, mas não houve nada. O livro é lindo, emocionante, mas em alguns momentos se torna maçante. No entanto eu recomento a leitura para qualquer um que aprecie um bom drama, que não goste de supresas, e que goste de romances de época.

"Alguns podem pensar que o vazio é algo oco, mas não, é um fardo invisível, penetrante, atmosférico e quase esquecido, até que alguém seja golpeado inesperadamente com sua força".

site: www.nathlambert.blogspot.com
Pekena Val 29/11/2016minha estante
Tb n gostei desde livro Nath!!!




@APassional 11/08/2013

O Livro da Loucura e das Curas * Resenha por: Rosem Ferr * Arquivo Passional
Inexplicavelmente Magnífico.

Minha primeira impressão intuitiva deste tomo foi sua capa, a textura dela é feito pele humana quando deslizamos suavemente os dedos sobre ela, experimentem, sintam e me digam.

Ainda estou sob efeito colateral da aventura que nos proporciona la caríssima Gabriella Mondini, que nos guia gentilmente a uma jornada ao mundo interior feminino.

Denso, sensível, envolvente, profundo.

Regina O' Melveny, faz sua entrada na literatura com chave de ouro, seu romance condensa todos elementos que uma excelente jornada do herói, no caso heroína, devem conter e muito mais. Iremos caminhar com Gabriella, com ela vamos nos angustiar, emocionar, teimar, conhecer, duvidar, desvelar, afrontar o desconhecido e até nos apaixonar...

Uma aventura renascentista entre médicos e curandeiros,
bordada com todos os tons da época.

Um caleidoscópio de sentidos, cheiros, sabores, sensações, é o que desfrutamos a cada novo capítulo curto, leve, efêmero como a vida, como a morte que Gabriella em sua atividade de médica e curadora desafia, ao registrar as doenças e suas curas no livro que carrega, juntando pedaços de esperança em um mundo que o simples fato de ser mulher já era uma afronta à Inquisição.

O Pai como representação do eu.

Na busca de seu pai perdido, Gabriella vai descobrindo aos poucos, que está em busca de si mesma, é a sua cura que busca na ênfase de curar ao outro, por que o outro é o si mesmo. Olmina e Lorenzo estabelecem as polaridades para a descoberta de seu equilíbrio e, neste ponto, suas escolhas irão levá-la à encontros e perdas, epifanias e silêncios, de sonhos proféticos a pesadelos agourentos, mas ela como toda grande heroína segue determinada em busca de seu centro, suas origens.

Cartas sensoriais, contos em forma de diagnóstico,
fragmentos do passado como receituário.

E um amor... UAU, dos sonhos... ahhhh mulheres...

Uma leitura para ser saboreada aos poucos, equiparando-se à mágica escrita de meu amado Italo Calvino, esse notável romance nos remete em seus belíssimos capítulos finais ao contexto de “O céu que nos Protege” de Bertolucci!

Inesquecível! Encontro com a “Arte”.
Regina é sem dúvida uma irmã da “tradição”.
Aventurem-se também.

Beijos Lunares!
Rosem Ferr:.

Resenha publicada no Blog Arquivo Passional em 09/08/2013.

site: http://www.arquivopassional.com/2013/08/resenha-o-livro-da-loucura-e-das-curas.html
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Samantha @degraudeletras 25/07/2013

Samantha Monteiro - Word in My Bag
O mundo estava errado. Havia vazio por todos os lugares.

Gabriella Mondini é uma jovem veneziana com 30 anos que dedica-se à Medicina, seguindo a profissão do pai, em plena Europa do século XVI. Uma mulher ruiva que trabalha com ervas e curas neste período é vista como bruxa e herege. A avó da garota, que era parteira e entendia de ervas medicinais chegara a ser acusada de bruxaria.

O pai de Gabriella saíra de casa quando ela tinha 20 anos com o intuito de estudar sobre as doenças e suas curas, podendo assim concluir seu ambicioso livro, O Livro das Doenças.

Após esperar 10 anos pelo retorno do pai, aos consolos de cartas enviadas por ele durante este período, Gabriella resolve trazê-lo de volta para casa. Ela viaja com sua mãe de leite e atual criada, Olmina, e Lorenzo, esposo dela. Seguindo as pistas de seu paiatravés de suas cartas e amigos que fizera durante a viagem, Gabriella arrisca-se pelos Alpes da Suíça, pelos campos da Alemanha e Marrocos, encontra-se com os médicos e estudiosos mais renomados da Europa, aprende e ensina não apenas sobre cura, mas também sobre a vida.


A capa deste livro é muito charmosa, o título me ganhou antes mesmo de eu ler a sinopse.

Durante a narração em primeira pessoa é pessível deparar-se com a leitura de algumas cartas do pai de Gabriella e as anotações dela sobre as doenças. A jovem apresenta preferências por descrever as doenças da mente e da alma.

A escrita de Regina OMelveny é encantadora e chega a romantizar os pensamentos dos personagens, talvez por ela já ter habilidade com a poesia. De maneira envolvente, viajamos com os personagens às ruas lamacentas da Europa do século XVI, onde era comum o cheiro de corpos queimados devido a caça às bruxas. A estória poderia ser uma aventura épica, uma jornada inesquecível ou algo absurdamente grandioso, mas a autora nos deixa em uma narrativa realista mostrando os infortúnios e desprazeres de uma viagem naquela época. A mistura desde realismo descritivo com a visão romantizada quando se trata das ideias trouxe um ar ainda mais agradável à leitura.

Os personagens são bem construídos. Lorenzo, cheio de sabedoria popular e mestre no trato com os animais. Olmina, a ama que entende de ervas medicinais, sensível e sensitiva, dedicou sua vida a cuidar da menina ruiva. Gabriella, determinada, inteligente e apaixonada pelas coisas da vida.

É estranho como Gabriella permanece em um constante estado de negação quando o assunto é a duvidosa sanidade de seu pai, por mais que todos relatem acontecimentos e façam comentários a respeito da mente adoecida dele, a jovem insiste em não acreditar nisto.

O Livro da Loucura e das Curas é um bom livro, mas não supriu tudo o que eu esperava dele. Ao longo da leitura ele mostrou-se cansativo, talvez pelo ciclo dos acontecimentos (chegar em uma cidade, se hospedar, conhecer algumas pessoas, estudar um pouco, escrever, descobrir uma nova pista, algumas vezes com um pouquinho de confusão e, então, partir para outra cidade), mas o final é surpreendente.

site: http://www.wordinmybag.com.br/2013/07/o-livro-da-loucura-e-das-curas-regina.html
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Rosana 10/07/2013

O livro da Loucura e das Curas – Regina O’ Melveny
Olá!

“O Livro da Loucura e das Curas” é uma narrativa prazerosa sobre Gabriella Mondini, que é uma médica que possui poderes extraordinários de cura que vão além do conhecimento científico. No século XVI, uma mulher médica, e com a sensibilidade de Gabriella, era um disparate inaceitável. Precisava ter o aconselhamento de um homem. Gabriella tinha o pai, porém ele tinha deixado a família há dez anos. “Ele era meu telescópio, minha lente de aumento, gentil instrutor e médico austero.” Ele partira em busca de informação para o Livro das Doenças que estava escrevendo, bem como praticar curas inimagináveis pela Europa do século XVI , cheia de crendices populares, superstições e magias.

Gabriella escrevia , em paralelo , sem que o pai soubesse, outra enciclopédia sobre as doenças. Intrigada com o desaparecimento dele, Gabriella parte ao seu reencontro acompanhada de dois servos fiéis: Olmina e o marido Lorenzo. Ela precisa saber aonde, e por que o pai se fora. “Quantas centenas de quilômetros teremos de percorrer? Olmina chorava baixinho, enquanto cavalgava, mas Lorenzo sorria feliz.” A viagem segue as pistas deixadas nas cartas que escrevia à filha. Gabriella percebe que a saúde mental dele está comprometida. Determinada a encontrar o pai (principalmente por essa razão), ela atravessa os Alpes Suíços e os campos da Alemanha. Vasculha as capitais europeias, sem deixar de escrever para enriquecer seu conhecimento, e completar o Livro das Doenças. Visita jardins e plantações com todo tipo de ervas.

Em suas reminiscências infantis fala da mãe que não a deixava só por muito tempo, com receio de que ela apresentasse sinais das “ obsessões” do pai.

Gabriella encontra-se com grandes médicos da Europa e aprende muito com eles. Não se abstém de conhecer cidades e vilarejos até chegar a Marrocos. Alguns viajantes leem sobre os locais que visitam, outros leem obras das celebridades que moravam nesses municípios,porém Gabriella lê e relê as enigmáticas cartas do pai. Sabe que o pai está doente. E que não é acesso de raiva ou inconstância. “Quando, verdadeiramente, sua mente pode ter afrouxado?”

Em Tubingem, o dr Rainer Tucks, professor de Botânica, entrega a ela o óculos do pai e mostra-lhe uma carta recebida do dr Mondini com visíveis sinais de perturbação mental.

O Livro das Doenças que Gabriella está escrevendo tem o objetivo de incluir enfermidades muito negligenciadas pelos médicos, especialmente, aquelas relacionadas à mulher.

Surpreende-se quando lhe devolvem o baú de medicamentos que ela havia perdido no Lago Costentz. Encontra-se, em Edimburgo, com Dr Hamish . Beijam-se.”Um encantamento e depois a separação, pior que a separação original; seria medo da felicidade?” Parte para Montpellier. Deixa para Hamish uma carta de despedida.”Lembrava-me das nossas conversas, seu corpo quente…”

Gabriella escreve o tempo todo. Quer terminar a enciclopédia . Reflete sobre a busca pelo pai e acha que isso está se transformando em obsessão. “Andei por onde ele havia andado. Rastreei os ambientes como um cão de caça segue uma pista.” Sente que o ânimo está enfraquecendo; são escassas as notícias. Pensa em voltar, mas ainda faltam Espanha e Marrocos. “ Não esgotei ainda as regiões por onde meu pai passou.”

Agora está só. Um urso matou Lorenzo, Olmina desistiu de prosseguir e retorna a Veneza. Chega às suas mãos uma carta de Edimburgo; é do dr Hamish Urquhart. Na noite, antes da partida para a cidade espanhola de Algeciras, lê a carta do pai marcada de Taradante. Segue para lá. Começa a decifrar os enigmas dessa longa aventura.

Para a aquisição dos saberes da Ciência ela enfrenta, com determinação, não só as trilhas da geografia, mas também aquelas que lhe revelariam o segredo de sua família.

Resenha publicada no Livrólogos.

site: http://livrologos.com.br/2013/06/o-livro-da-loucura-e-das-curas-regina-o-melveny/
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Vi 05/07/2013

O Livro da Loucura e das Curas
O primeiro livro de Regina O’Melveny passa-se em 1959 na cidade de Veneza, Itália, e por encontrar-se em uma época tão conservadora, Gabriella Mondini sofre demasiadamente. Nascida em mundo tão preconceituoso e vivendo em uma sociedade com valores tão antigos, ela terá que ser uma forte heroína para conseguir chegar onde almeja.
Gabriela é a típica protagonista que luta durante toda narrativa. Luta contra si, e contra seu meio, pois além da pressão sofrida pela sociedade, ela possui estranhos poderes de cura que insistem em crescerem e explodirem dentro dela.
Narrado em primeira pessoa, o livro nos proporciona uma leitura lenta e extremamente emocionante, onde a mente feminina de uma médica é retratada, buscando compartilhar da sua louca viagem em busca de seu pai. E tudo se inicia com a morte do marido de Gabriella, fazendo com que o destino colocasse em prática sua missão. Ela volta a morar com seus pais. E tendo um brilhante médico como pai ao seu lado, Gabriella consegue manter seu serviço, pois o Conselho Médico é firme e rigoroso quanto a mulheres trabalhando como médicas. Mas o mundo resolve trazer novas surpresas para Gabriella, e isto chega a tona quando ela descobre que seu pai fugiu em procura de respostas e informações para continuar escrevendo “O Livro das Doenças”, o qual ela pode contribuir e ter e enorme satisfação de ajudar a escrever.
Com a partida de seu pai, o Conselho Médico tira a licença de Gabriella para atuar como médica, e depois de passar 10 anos recebendo enumeras cartas estranhas do seu pai, ela decide sair em uma inteligente e surpreendente aventura em busca dele. Abandonando sua vida, Gabriella e seus servos, Olmina e Lorenzo, seguem por todos os locais por onde o Dr. Mondini passou, guiados apenas por endereços das cartas, pela esperança e pela fé.
Nesta viagem, vemos o quanto Gabriella consegue absorver de conhecimento ao encontrar-se com médicos que conheceram seu pai. Informações e explicações de doenças da época, assim como diagnósticos e curas foram detalhadamente relatadas, dando um ar informacional ao livro, o que o torna cativante aos olhos dos curiosos.
E mesmo passando por todas as dificuldades, e tendo sua feminilidade colocada de lado, com seu cabelo e vestimentas masculinas, ao final da narrativa, temos um surpreendente desfecho, onde ela consegue encontrar um amor, e por fim, viver uma vida feliz.
Regina O’Melveny nos conduz a uma incrível viagem pela Europa, onde a luta pela vida e pela saúde é retratada por uma forte e misteriosa mulher. E contando com palavras e frases italianas, as quais são traduzidas na própria narrativa, o livro publicado pela Editora Novo Conceito traz uma capa linda, e disponibiliza aos leitores um mapa com o trajeto que Gabriella percorrerá ao longo da narrativa.
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Helana O'hara 01/07/2013

O Livro das Doenças
Gabriella Mondini, como a sinopse nos diz, é uma jovem médica que sonha em ser aceita pelo conselho médico de Veneza, afinal de contas, uma mulher era proibida de praticar medicina na época. Seu pai, um médico muito renomado viaja o Mundo para descobrir curas e terminar de escrever um livro que ele começou junto com sua filha “O Livro das Doenças.” Mas infelizmente Dr Mondini, some, suas cartas são raras e toda vez que chega são estranhas.
Movida pela curiosidade, força de vontade e de ajudar o próximo Gabriella parte atrás de seu pai, precisa descobrir o que aconteceu com ele e porque não voltou para casa.
Junto com seus criados Olmina e Lorenzo, eles fazem a mesma trajetória de Dr. Mondini a procura dele e a procura de novas cruas para doenças.

Ainda estou em dúvida sobre o que achei do livro. Esperei mais, muito mais, é sério gente.
Não que o livro seja ruim, Regina O’Melveny certamente passou aquilo que gostaria aos seus leitores, uma mulher no ano de 1590 a procura do seu pai e o sonho de ser uma grande médica.
Mas o desenrolar da história me agradou pouco. Para uma aventura como Gabriella passou acho que o ritmo da leitora poderia ser um pouco mais rápido. Em certos capítulos, Regina, enrolou demais e pouca coisa interessante realmente acontecia.


Gabriella não foi uma personagem forte, que me chamou atenção. O que me chamou atenção no livro foram as explicações de algumas doenças da época, como eram diagnosticadas e como eram curadas, creio que isso foi a parte mais interessante da história.
No geral, os personagens criados pela autora são bem leves, e por incrível que parece nenhum se destacou muito pra mim.

O final da história foi bem bonitinho. Em toda sua aventura, onde se veste de homem, corta cabelo, disfarça, ela encontra um amor, o final deles foi bonitinho, outro ponto que me agradou, confesso.
No demais, o livro é bom, apenas! Podem ler, mas não esperem se divertir com ele!
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