ritita 15/02/2016Injeção de história!Nem sempre faço resenhas, tanta gente faz tão bem, mas esta história é muito boa, não só por Domitila - uma amante a mais, na época em que casta, títulos e dinheiro eram "moeda de troca" para casamentos dos ricos e, sim, pelos primórdios da política no Brasil.
Não é que D. Pedro, aparentemente apaixonado pela amante, conseguia se fazer presente na cama e na mesa da esposa, além de ótimo pai?
Paulo Rezzutti também contou que ele tirava dinheiro público (se é que alguma coisa era pública aquela época), para sustentar Titila e seus filhos, com casa, comida, roupa lavada, jóias e emprego remunerado?
Domitila era A mulher, na opinião de "demonão" e, depois, também, de Tobias de Aguiar, seu amante-marido, depois da morte do imperador. O livro não traz detalhes sobre as atividades sexuais dos dois, mas indica que ela seria expert na arte do pompoarismo.
Apesar dos mexericos e presunções inclusos na história, o autor faz questão de desmenti-los com dados seguros (documentos, cartas, pesquisas, etc.
Mais que a história de paixão entre um príncipe e uma senhora casada, é o retrato de uma época.
Fico imaginando que hoje, a marquesa fria o deleito dos paparazzos e seria figurinha fácil nas revistas de famosidades, ainda que coberta dos pés ao pescoço. EITA LIVRO BOM!!