Airechu0 26/05/2013
A caixa não era o que eu esperava mas eu gostei muito do que vi/li.
A tão aguardada Caixa Mundo de Arton finalmente saiu. E saiu causando polêmica!
Sua proposta inicial é servir como guia introdutório à Arton, voltado mais para os iniciantes no cenário que careciam de material descritivo desde o lançamento do Tormenta RPG: Módulo Básico em 2010. Isso ela consegue com maestria. Temos aqui quase toda a Arton descrita de forma sucinta, mas ampla e abrangente.
Fui um dos que criou uma expectativa altíssima sobre o conteúdo que a caixa reuniria. Os fãs mais antigos, eu incluso, esperavam um livro de mesmo peso que o Guia da Trilogia, o maior suplemento já produzido para TRPG, e que englobasse conteúdos de O Reinado d20, aclamado pelos fãs como o melhor suplemento já produzido para Arton, e o Panteão d20, esgotado já há um bom tempo. Talvez este tenha sido o cerne de boa parte das queixas e discussões mais acaloradas...
Bem, a caixa não era o que eu esperava mas eu gostei muito do que vi/li.
Como seus pontos fortes, eu destaco:
- Capa/Caixa/Novas Ilustrações: O Lobo Borges se superou nesta capa. Achei ela ainda mais bonita que a do TRPG:EdRevisada. A composição dos personagens novos e antigos ficou show. Temos Katabrok, Mina, Vallen Allond, Ripp, Fren, Aurora e a looouca, louquinha da Hit! *-*
Internamente belas e inéditas ilustrações de todos os 20 sumo-sacerdotes, também no traço do Lobo Borges, enriquecem o livro Panteão.
- Os 20 sumo-sacerdotes: figurinhas novas e outras nem tanto, mas com históricos bem trabalhados e interessantes. Eles agora rendem ótimos ganchos para aventuras de RPG e volta e meia o mestre pode trazê-los para sua campanha como excelentes adversários ou aliados do PJs.
- As cartelas, dos brasões e dos símbolos dos deuses, e o Mapa: a riqueza de detalhes e a beleza artística destes acessórios impressionam os olhos e enriquecem a experiencia de jogo. Fato inegável.
- As descrições detalhadas dos Lugares além do Reinado e das principais Ameaças do cenário com suas respectivas tabelas de Encontros Aleatórios: essas partes do cenário careciam de uma descrição melhor nos livros anteriores e esse problema foi resolvido com a caixa. Campanhas inteiras podem ser planejadas envolvendo apenas um destes lugares/ameaças.
Minhas únicas queixas vão para:
- A ausência dos Deuses no livro O Panteão;
- As capas dos livros internos poderiam ser coloridas, à exemplo da artes externas da caixa;
- Relativa quantidade de material realmente inédito para os fãs mais antigos de Tormenta.
E, só pra esculhambar, eu queria que a Wynna tivesse posto a Niele original de Holy Avenger no cargo de sumo-sacerdotiza. :P