Nada a invejar

Nada a invejar Barbara Demick




Resenhas - Nada a Invejar


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Cintia295 25/02/2023

Livro INCRÍVEL, confesso que sabia pouco só o básico sobre a Coreia do Norte e esse livro foi muito bem escrito, você sente o peso, o medo.
Super recomendo bem fácil de ler e te prende um jeito que só não terminei antes pois tinha outros livros como prioridade.
A fome, muitas mentiras/ invenções para iludir o povo.
" A Coreia do Norte começou a ficar sem comida, e quanto mais famintas as pessoas ficavam, menos energia tinham para trabalhar, e com isso a produção despencou ainda mais. A economia entrou em queda livre".
"No final de 1998, o pior da crise de escassez de alimentos tinha passado, não necessariamente porque alguma coisa tinha melhorado, e sim, porque havia menos boca para alimentar.
Todo mundo que era para morrer já tinha morrido".
Alessandra Leandro 25/02/2023minha estante
coloquei na minha TBR pra comprar e ler


Cintia295 26/02/2023minha estante
Leia só leia, é muito bom




Debora Odebrecht 24/07/2014

O melhor país do mundo
Antes de mais nada, é mais um drama. E esse não é um livro de ficção. Esse livro é sobre até que ponto a miséria humana pode chegar. É um livro feito de histórias reais. Talvez porque não seja necessário inventar e dramatizar muito pra produzir um livro chocante sobre a Coreia do Norte, pois ela já oferece mais que o suficiente pra isso, por si só.

A escritora, Barbara Demick, é jornalista, correspondente do Los Angeles Times, e se mudou para a Coreia do Sul a trabalho, onde morou por alguns anos e, no decorrer desse tempo, foi juntando em suas anotações as histórias de vida de pessoas que conheceu pelo caminho e tecendo a trama entre essas histórias e a História no que, tempos mais tarde, se tornaria um livro. É aquele tipo de livro onde as vidas personagens se mesclam de uma forma adorável, e você lê como se assistisse a uma novela. Leitura altamente enriquecedora em termos políticos, culturais e sociais, mistura notícias e romance numa viagem incrível guiada por encantadores norte-coreanos por sua terra inóspita.

http://blogabelharainha.blogspot.com.br/2014/07/nada-invejar-vidas-comuns-na-coreia-do.html

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Fabio Michelete 17/02/2015

De mosaicos a caleidoscópios
Somos todos diferentes. Diferentes traços genéticos nos definem feições, pesos e alturas diversos – um mosaico humano. Nossos talentos são diversos: uns são sensíveis às artes, outros hábeis com as mãos – ou raciocinam de maneira abstrata, desafiando os limites do universo. Somos gregários ou reservados, espirituais ou pragmáticos, ou qualquer posição nesses espectros entre o claro e o escuro.

Atirados no nascimento a um mundo que gira a 1660km/h – numa cultura que começou muito antes de chegarmos, somos esponjas a tentar entender nosso entorno. Desenvolvemos linguagem, habilidades motoras, preferências – e vamos assim plantando os alicerces para nos sentirmos seguros para nossas decisões e ações – um mosaico ideológico.

É desses alicerces que derivamos nossa visão de mundo, que construímos nossas certezas. Não há interpretação que façamos sem o filtro de nossas internalizadas ideologias. Essas certezas construídas são tão diversas quanto nossos modos de ser, mas nos aglutinamos em torno daqueles que se parecem conosco, e passamos a nos sentir parte de um todo.

Os coletivos pensam pelos indivíduos – o que também parece ser típico de nossa espécie – e formam-se estruturas de poder. Capazes de proteger seus “iguais”, essas estruturas se impõe a outras, arrebanham fiéis, elegem adversários. Surgem as agremiações, as religiões, os partidos políticos. Haverá nas ideologias vários alertas sobre as tentativas dos outros grupos em abalar “a única Verdade”.A esta altura, o indivíduo diluído que ousar questionar seu coletivo sofrerá sanções.

A luta de uma sociedade por suas verdades leva a extremos, como nos mostra a jornalista Barbara Demick, no livro “NADA A INVEJAR, Vidas Comuns na Coreia do Norte”, que coletou relatos chocantes de pessoas que fugiram daquele país. As ideias socialistas se associaram ao confucionismo e a outros elementos culturais da península, resultando num regime político socialista e hereditário. O Partido dos Trabalhadores coreano representa os organizadores do regime, que coordena todos os meios de produção, estabelece leis e escolhe como fazê-las cumprir.

Com a abertura das economias chinesa e soviética a práticas capitalistas, a Coreia do Norte perde apoios. Sua dedicação a um programa nuclear complementam as justificativas para um embargo, relegando à miséria seus mais de 23 milhões de habitantes. Ajuda humanitária tenta prover comida, mas pessoas com mais influência utilizam seu poder para disputar os escassos recursos. E há sempre gente disposta a defender regimes totalitários dos quais seus habitantes arriscam a vida para fugir.

O exemplo extremo deste país e os trechos de fome e violência do livro mostraram para mim os riscos dessa rigidez, também presente em nossas vidas. Nossos mosaicos limitam nossa visão da realidade. Somos cheios de certezas, quando deveríamos “ser” mais dúvidas. Nossa recente passado político exemplifica nossa capacidade limitada de questionar tais mosaicos. Todos representamos coletivos que até hoje se enraivecem com os argumentos das outras partes a questionar nossas certezas.

Se pudéssemos alternar diferentes ângulos de visão ou sacudir esses mosaicos ideológicos às exigências da realidade, passaríamos de estruturas fixas a caleidoscópios, com maior diversidade. Nas múltiplas possibilidades, poderíamos buscar as alternativas mais ajustáveis a cada momento, livres de certezas construídas no passado de ideologias extremadas. Para isto, é preciso a coragem de deixar certezas para trás, expor-se a novos grupos e novos arranjos de ideias, enriquecendo nosso senso crítico. Estaríamos assim mais aptos a vencer a fome de alimento, cultura, planejamento e respeito mútuo em que nos colocamos.

site: http://www.doseliteraria.com.br/
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Juliana.Savi 18/02/2015

Mais do que um livro: um diálogo com moradores da Coréia do Norte
Um relato rico em detalhes sobre a vida na Coréia do Norte. A leitura desse livro propicia uma viagem tão completa ao íntimo daquela sociedade que não há turismo que a substitua. Vale a pena desfrutar de cada frase dessa obra.
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celia.bandreplothow 12/03/2015

Incrivel
A autora conseguiu acesso a diversos nortecoreanos que relatar a ela suas incríveis hostórias. Bom para conhecer mais de perto essa ditadura
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Lis 16/03/2015

Recomendo
Ótima leitura jornalística. A autora relata a vida de personagens reais quando viviam na Coréia do Norte.
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Dose Literária 01/04/2015

De Mosaicos a Caleidoscopios - Nada A Invejar
Somos todos diferentes. Diferentes traços genéticos nos definem feições, pesos e alturas diversos – um mosaico humano. Nossos talentos são diversos: uns são sensíveis às artes, outros hábeis com as mãos – ou raciocinam de maneira abstrata, desafiando os limites do universo. Somos gregários ou reservados, espirituais ou pragmáticos, ou qualquer posição nesses espectros entre o claro e o escuro.
Atirados no nascimento a um mundo que gira a 1660km/h – numa cultura que começou muito antes de chegarmos, somos esponjas a tentar entender nosso entorno. Desenvolvemos linguagem, habilidades motoras, preferências – e vamos assim plantando os alicerces para nos sentirmos seguros para nossas decisões e ações – um mosaico ideológico.

É desses alicerces que derivamos nossa visão de mundo, que construímos nossas certezas. Não há interpretação que façamos sem o filtro de nossas internalizadas ideologias. Essas certezas construídas são tão diversas quanto nossos modos de ser, mas nos aglutinamos em torno daqueles que se parecem conosco, e passamos a nos sentir parte de um todo.
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site: http://www.doseliteraria.com.br/2015/02/de-mosaicos-caleidoscopios-nada-invejar.html
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Caldeira.Filho 27/06/2015

Sem reação...
"Levamos três anos para pegar na mão. Outros seis para dar um beijo. Eu nunca sequer tinha sonhado em fazer mais do que isso. Na época em que deixei a Coreia do Norte, estava com 26 anos e era professora, mas não sabia como os bebês eram concebidos."

Boa noite!
Nessa segunda semana de março que vai se despedindo eu venho com uma surpresa pra lá de boa. Esse livro em particular vou carregar com muito carinho por ter sido um dos poucos que despertou meu interesse por história.
"Nada a invejar, vidas comuns na Coreia do Norte" da autora Barbara Demick, consegue abrir uma fresta para que nós, leitores e estrangeiros possamos "espiar" um pouco do cotidiano dos que vivem nesse país com um dos regimes mais fechados do mundo. É de se espantar o culto obrigatório à personalidade dos ditadores, as crises de escassez e o controle do cotidiano dos cidadãos configuram uma realidade sufocante; porém, é possível perceber as brechas para o humor, os atos de heroísmo e a solidariedade.
Por incrível que pareça, depois de ficar espantado com a forma de pensar de alguns norte coreanos você acaba se identificando com a grande maioria e questiona seu comportamento a ponto de julgá-los, já que esse regime fechado acaba DESESTIMULANDO seu pensamento acerca de possíveis vertentes que possam mudar sua qualidade de vida. Afinal de contas, comunismo é comunismo, não é mesmo?
É tanta coisa boa que tem dentro desse livrinho que tenho receio de cansar vocês escrevendo demais, é muita informação valiosa que merece ser vista com muita atenção.
Compra certa gente, podem confiar. Boa leitura!
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04/08/2015

Livro digno de proporcionar pesadelos terríveis. Tudo pareceu muito surreal, muito Orwelliano, beira a ficção. Sabe aquele mundo de 1984?Aqui ele existe, e a semelhança é assustadora.

Nós acompanhamos a trajetória de basicamente seis norte-coreanos, e cada um com um perfil totalmente diferente: uma senhora de quase 60 anos que viu o surgimento do regime socialista no país; um jovem que conseguiu entrar na melhor faculdade de Pyongyang; uma moça que está no ponto mais baixo do sistema de castas; um “kochebi”, que são garotos órfãos, obrigados a encontrar o próprio meio de sobrevivência; uma médica que se vê presa a um sistema que não lhe oferece meios de ajudar o próximo e nem a si mesma.

Acontece sim uma lavagem cerebral pesada por lá, mas tem também essas pessoas que começam a se questionar. Principalmente quando assistem na TV (que é 100% controlada pelo governo) que o país conta com uma boa economia e que há comida e roupas para todos. Para todos, quem exatamente? Começam a olhar em volta e para a própria situação de total miséria e percebem que foram enganados esses anos todos. São números altíssimos de pessoas que morrem de inanição. Como um país inteiro pode sobreviver assim? É extremamente revoltante acompanhar essas partes.

Há um enorme culto à personalidade na Coreia do Norte em relação ao Kim Il-Sung, e até o momento que o livro foi escrito, em 2009, ao seu filho King Jong-Il. Há estátuas dos dois espalhadas pelo país, leis que obrigam que quanto maior o prédio, maior deve ser o retrato deles que estampa a fachada e são obrigatórios os retratos deles em todas as residências. Meio que Deus e Jesus Cristo e ai de quem não obedecer.

Os crimes em sua maioria são ligados ao desespero que a fome traz. São pessoas que roubaram fios de cobre ou começaram a comercializar algum produto no mercado negro. As penas são extremamente cruéis e exageradas, podendo ir de meses num campo de trabalho forçado até mesmo à execução.

Num contexto assim, não é a toa que muitos acabam tentando a sorte fugindo para a China, que é considerada a opção mais fácil. De lá tentam ir para a Coreia do Sul, já que a constituição sul-coreana prevê que apesar da divisão, a Coreia é uma só, sendo assim, os norte-coreanos são considerados cidadãos sul-coreanos, inclusive com direito a uma ajuda de 20 mil dólares para poderem se estabelecer inicialmente. Mas tem um porém, os norte-coreanos precisam encontrar um meio de chegar até a Coreia do Sul com recursos próprios para poder requerer o asilo.

Muitos sofrem com a adaptação já que desconhecem até coisas mais simples como um eletrodoméstico (a eletricidade foi cortada há um bom tempo na Coreia do Norte). Mas o mais difícil é se livrar do sentimento de culpa, de sentirem que não foram gratos o suficiente ao Grande Líder, tamanha é a lavagem cerebral. Se sentem traidores quando na verdade deveriam se sentir traídos.
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Lilian 04/09/2015

Ninguém deveria ficar alheio ao conteúdo deste livro.
Este excelente livro reportagem mostra a realidade da Coreia do Norte do ponto de vista de Norte coreanos desertores. Os acontecimentos históricos, como a grande crise de alimentos, são contados em paralelo com os dramas pessoais dos entrevistados. Ao longo dos capítulos a autora narra a transformação não somente da economia norte coreana ao longo dos anos 90, mas também a transformação da visão que estes norte coreanos possuíam da sua própria sociedade e do líder. A leitura é extremamente fluida e envolvente, de modo que era difícil abandonar um capítulo na metade. Se você tem curiosidade sobre o assunto, vale muito a pena. Se você se interessa por distopias, com certeza vai gostar deste livro.
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Fabio Martins 24/02/2016

Nada a invejar
De tempos em tempos vemos nos jornais ameaças de ataques das forças armadas norte-coreanas contra os Estados Unidos e a Coreia do Sul. Os discursos são inflamados, as autoridades se enervam, a iminência de uma nova guerra cresce, mas no fim das contas a poeira baixa e a vida segue. O fim da Segunda Guerra Mundial (1939 – 1945) separou a Coreia em duas territorialmente e a conseguinte Guerra da Coreia (1950 – 1953) cortou todos os laços que uniam as diferentes partes. O Norte seguiu a linha comunista financiada pela União Soviética e se fechou totalmente para o resto do mundo. Já o Sul partiu para o capitalismo e o livre mercado.

A jornalista americana Barbara Demick foi correspondente do Los Angeles Times na Coreia do Sul entre 2001 e 2006 e teve acesso a muitos desertores vindo do Norte. Eles relatavam histórias absurdas sobre as suas vidas por lá, a opressão do regime, a doutrinação política e, principalmente, a falta de comida. Para não deixar passar os relatos em branco, ela decidiu reunir tudo e descrever no livro Nada a invejar.

A obra remonta desde as décadas seguintes da Guerra da Coreia até os anos recentes. No início, os norte-coreanos viveram relativamente bem, dentro dos padrões comunistas. Não havia excesso de produtos e dinheiro, mas não faltava moradia e estudos. Os subsídios da União Soviética e China é que possibilitavam este cenário. Com o colapso comunista no fim da década de 1980, os soviéticos pararam de fornecer ajuda à Coreia do Norte que, por sua vez, viu sua economia desabar.

Os anos seguintes foram desoladores. A produção parou, acabando com os empregos (que já mal pagavam salários). O racionamento de comida fornecida pelo Estado foi diminuindo até quase deixar de existir. A fome assolou o país e colocou toda a população em situação extrema. Estima-se que entre 600 mil a 2 milhões de pessoas (os números são incertos por causa do governo) morreram de fome na década de 1990, ou então, 10% da população.

Este é o ponto mais angustiante da obra. Histórias como a do namoro secreto de Mi-ran e Jun-sang, que se viam às escondidas tarde da noite e demoraram três anos para dar as mãos e mais seis para se beijarem. Ambos nutriam dúvidas em relação ao regime vigente e à idolatria inconteste dos líderes, mas nunca tocaram no assunto.

Já a Dra. Kim, que tinha que caçar ervas por conta própria para fazer remédios, não suportava mais seus pacientes morrendo diariamente sem poder fazer nada. Há também a história da Sra. Song, apoiadora ferrenha do comunismo, que perdeu familiares por causa da fome e do descaso do governo. Todas essas pessoas encontraram a mesma solução drástica: fugir do país mais fechado do mundo e tentar a vida na Coreia do Sul ou na China.

Os relatos impressionam e fazem o leitor refletir o poder que ditadores podem ter sobre a população. Mesmo comendo cascas de árvore para sobreviver, praticamente todos os norte-coreanos choraram aos prantos em via pública a morte do líder supremo Kim Il-Sung, em 1994. A doutrinação imposta pelo governo de culto aos líderes é tão brutal, que é compreensível aceitar a passividade das pessoas.

Nada a invejar é um título cirúrgico: um dos lemas do país, presente em músicas e livros é que os norte-coreanos não têm "nada a invejar do mundo". Seu conteúdo é duro, apesar de muito bem escrito e detalhado pela autora. Ela escancara a realidade assustadora de um povo graças a um regime interno fadado ao fracasso e a governantes despreparados. Barbara Demick consegue dar um soco no estômago do leitor. Até mesmo naqueles que já leram o fictício 1984, de George Orwell.

site: lisobreisso.wordpress.com
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tiagofaustino 17/08/2016

Livro fantástico
Conhecer um pouco mais dos males que o povo norte coreano sofreu com relatos deles mesmo é a forma de verdade mais crua que poderia ter. Uma leitura importante para entender como este país foi assolado por esse regime totalitário horrível.
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Ma Oda 17/09/2017

Incrível
Esse foi o terceiro livro que eu li sobre a Coréia do Norte. Barbara Demick revela a realidade norte coreana numa narrativa leve para um tema cruel. Diferente de outras obras autobiográficas sobre o mesmo tema, geralmente concentrado apenas na história do próprio biografado, o relato do dia a dia de diferentes pessoas amplia nossa visão sobre a formação da sociedade norte coreana mostrando que independente do nível na escala social, realmente não temos 'nada a invejar'.
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Lopes 14/01/2019

| Saudando o dilúvio |
Explorar o que permeia as entranhas das histórias contadas em “Nada a invejar: Vidas comuns na Coreia do Norte”, de Barbara Demick, é se deparar com um terreno fértil que dispõe de dimensões comuns, guardadas as devidas particularidades, com o mundo Ocidental quando investigamos a doutrinação política de uma nação. Demick tinge as folhas desta obra descrevendo pequenas razões para se substituir, deixar-se vago. Essa areia movediça clareia o ponto imagético sobre as circunstâncias dos personagens reais nos governos de Kim Il-Sung, seu filho Kim Jong-il e seu neto, Kim Jong-un, e articula desejos e a devoção numa medida desorientada, já que Barbara sente o Regime a partir daquilo que ela tece após vincular teorias de diferentes áreas, se aproximando da liberdade de cada vínculo físico, emocional e espiritual durante esse período politicamente engessado numa vertiginosa retração das condições de sobrevivência. Cada movimento do livro em direção ao equívoco norte-coreano demonstra uma delicada e fiel sensação de codificar intenções, ideias e vazios interpretativos. Somente uma nova codificação, com dados transparentes, pesquisas e realidade em sua mini, poderosamente única, vida, que pode emergir esse fino jornalismo literário que envolve outras áreas em suas ideias mais básicas e importantes. Essa intenção se sobressai no texto quando Barbara nos surpreende com as verdades contadas, registradas historicamente, que se contaminam entre si, como uma fruta podre no meio de um paralelo universo chamado cotidiano. E o que apodrece, vira alimento para a terra, logo, é possível se vincular com uma história específica, e desenvolver um sentimento sociopolítico numa escala parecida quando visto a obra por completa. A substância que forma o enredo da escrita de Demick é o apelo à audição artística, ouvimos as histórias, ouvimos ao ler cada sonoridade definitiva em cada pedaço de história. A oralidade pode encontrar a escrita diante do horror pela falta de liberdade e crítica de um país que evoca, em seu perfeito obscurantismo cômico, o delírio (in.)consciente que lava as vidas e em sintonia com o que se torna divinamente dessubjetivado.
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Guh 07/01/2020

Excelente!
Já fazia um tempo que eu buscava um livro que retratasse com detalhes a Coreia do Norte. E este livro não só trás informações fáceis de se compreender como também pode ser cionsiderado um romance porcentagem as histórias de desertores.
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