A morte do pai

A morte do pai Karl Ove Knausgaard
Karl Ove Knausgård




Resenhas - A Morte do Pai


56 encontrados | exibindo 46 a 56
1 | 2 | 3 | 4


Celso 03/01/2016

A Morte do Pai
Karl Ove Knausgard é autor da triologia Minha Luta, considerado como o novo fenômeno mundial de literatura. Livros enormes com 300 a 600 páginas, em cada volume, o escritor norueguês é realmente uma boa revelação para quem curte boas histórias.

O autor tornou-se este fenômeno inesperado por algumas características bem interessantes, na primeira delas a forma de se colocar no livro, em primeira pessoa, sendo Karl Ove o próprio personagem principal. A sua forma corajosa de se mostrar e se revelar é generosa e nos conecta imediatamente com a sua humanidade. Muitas vezes você se emociona por sentir aqueles sentimentos latentes em você.

Também vale a pena a forma como o autor apresenta alguns temas. No seu primeiro volume, em Minha Luta 1 - A Morte do Pai nos leva a pensar sobre a morte, as relações amorosas e familiares, a paternidade e a criação literária.

Em Minha Luta 1, lançado em 2013, no Brasil, Karl conta sobre seu pai, desde sua relação conflituosa na adolescência até a sua morte, onde os preparativos para seu enterro fazem com que o personagem entre em um universo de lembranças e de descoberta de si mesmo.

Se tem uma coisa que incomoda em Karl é seu proselitismo e detalhismo em alguns momentos, por exemplo, no reveillon que passará com alguns amigos e a faxina feita na casa do pai após sua morte. Os dois acontecimentos são narrados em várias folhas (com até 100 páginas!) com extremo detalhismo no ambiente, nas pessoas e nas consequências psicológicas. Algumas vezes repetitivo, mas após a leitura fica-se com a impressão de que cada página era mesmo necessária para aquela construção literária.

Li apenas o primeiro volume, porém o segundo já está aqui Minha Luta 2 - Um Outro Amor, agora focado em nas suas experiências amorosas. O novo volume de 600 páginas parece também interessante, tendo em vista que o autor já dá alguns bons recortes dos seu relacionamentos no primeiro tomo.

Recomendo muito a leitura para quem busca boa literatura, história bem escrita, honesta e uma boa reflexão para vida.


site: www.blogdocelsofaria.blogspot.com
comentários(0)comente



Flávio 05/02/2021

O cotidiano em detalhes
Como uma memória pessoal, o livro viaja de fatos corriqueiros com descrições precisas à sentimentos e percepções de eventos focados numa necessidade de aceitação perante a família, principalmente o pai.
comentários(0)comente



Julia.Francesco 12/08/2020

Nesse primeiro livro da coletânea Karl Ove descreve sentimentos e sensações vividas com ele de tal forma que conseguimos sentir junto ou mesmo relembrar as vezes que sentimos aquele mesmo sentimento.
Livro cheio de detalhes e muita descrição.
A sensação e que nos tornamos a cada página mais íntimos do autor e de sua vida.
comentários(0)comente



JocaBooks 28/12/2018

Imprescindível
Acabei de ler hj à 01h. Impactado. Estava c saudade de ler algo assim: cheio de detalhes. Alguns dirão q por isso é chato. Eu digo q provoca revoluções internas. Quero ler os outros. Mas q merece um intervalo, p metabolizações. Indico demais!
comentários(0)comente



Biblioteca Álvaro Guerra 06/06/2018

“Para o coração a vida é simples: ele bate enquanto puder. E então para.”
No primeiro volume da prestigiosa série que lhe rendeu fama mundial, Karl Ove Knausgård investiga sua própria juventude.Com A morte do pai, Knausgård inaugura um projeto monumental e ambicioso, que logo se tornou best-seller na Noruega e fenômeno literário internacional.
São seis volumes híbridos entre a ficção e a memória, em que o autor explora as possibilidades da ficção contemporânea.

Empreste esse livro na biblioteca pública

Livro disponível para empréstimo nas Bibliotecas Municipais de São Paulo. Basta reservar! De graça!


site: http://bibliotecacircula.prefeitura.sp.gov.br/pesquisa/isbn/9788535925883
comentários(0)comente



Biahhy 30/08/2017

Incrível e inesperado para mim essa leitura.
E que livro sensacional, demorei para concluir ele mas todo esse tempo lendo foi muito bem aproveitado cada palavra, que livro forte, sensível ao mesmo tempo, tocante,uma escrita fabulosa no qual o autor conta sua própria história desde a infância, o período da adolescencia e a fase adulta como se evolui ao longo dos anos e neste primeiro volume da série minha luta com ja 5 volumes publicados no Brasil ele fala principalmente da ligação com seu pai, sentimentos, a morte e sobre si mesmo.

Sem dúvida quero dar continuidade a essa série espetacular, de um autor norueguês algo que eu nunca havia lido nada de autor norueguês e só este mês já foram dois noruegueses lidos. Recomendo fortemente!

site: https://biahhysilva.wordpress.com/2017/09/04/serie-minha-luta-a-morte-do-pai-karl-ove/
comentários(0)comente



Escritor.Lucas 09/07/2022

Surreal
Não conhecia o autor, e foi recomendado pela guitarrista do Viper, Felipe Machado. Li em um dia, e gostei muito da escrita do Karl Ove. Extremamente bem descrito, nos mínimos detalhes. Para quem gosta de ler, um prato cheio.
comentários(0)comente



Marcel 05/04/2017

Muito bom
Achei que fosse cançar de encarar o romance. Mas não. Levei cerca de um mês (talvez mais) para encerrar. Este livro foi minha companhia no metrô de SP por vários dias. A história é interessante e o autor tem insitghts incríveis - o mais marcante deles foi uma digressão assustadoramente alinhada a análise estética do Rookmaaker. Geleia quando li. Uma leitura para passar o tempo de ótimo qualidade. E ao final, fiquei instigado em encarar o Proust... Vamos ver se dou conta.
comentários(0)comente



Tulio.Gama 19/07/2023

Questão de paladar
Para mim, não foi uma experiência tão simples. Foi como mergulhar num breu, onde se espera que haja algumas luzes que norteiam seu olhar, mas era só breu mesmo. Propositadamente vaga no corriqueiro, no excessivo e frio tédio, uma saga vazia de catarses.
Tão interessante quanto perder um tempo contemplando o movimento urbano por uma janela de um prédio. Não há nada, e é este o algo.
Não foi simples, por exaltar o extenso oco que rechea o cotidiano. Como leitor, prefiro apreciar a construção da façanha imaginativa do autor. Aqui, não há. Breves reflexões pertinentes, mas não basta.
Entendi. Brilhante escritor. Mas o material não é pros meus paladares.
comentários(0)comente



Camila Faria 03/10/2016

Nesse primeiro volume Karl Ove investiga a própria juventude e narra o processo destrutivo que levou o seu pai a arruinar o núcleo familiar, culminando na sua morte. O autor investiga também o próprio presente: aos 39 anos, pai de três filhos, numa luta diária para escrever seu novo romance em meio à rotina familiar exaustiva e cheia de angústias.

Eu praticamente respirei os três primeiros livros da série. Karl Ove (como ele prefere ser chamado) escreve sobre si mesmo de maneira tão honesta e devastadora , que é impossível não sentir empatia ~ e também uma espécie de identificação, mesmo que os fatos narrados estejam tão distantes da sua realidade. O New Republic resumiu muito bem essa sensação quando disse que “ler Minha Luta é como abrir o diário de alguém e encontrar os seus próprios segredos“.

No universo de Knausgård, as fronteiras entre a memória e a ficção se misturam a tal ponto que a sua própria vida é recriada e ressignificada. Saltos no tempo, digressões (longuíssimas) e flashbacks pontuam os diferentes momentos da narrativa, demonstrando o total controle e talento do autor. Não se engane, você não vai conseguir parar de ler.

A série tem sido de rodeada de controvérsias, a começar pelo título Min Kamp, deliberadamente emprestado da autobiografia de Adolf Hitler Mein Kampf ~ e cujos paralelos foram esmiuçados nesse artigo do The New Yorker. Knausgård também enfrentou ameaças de processos e indignação por parte de familiares e amigos, que não gostaram nem um pouco de ter suas vidas expostas de maneira tão incisiva e impiedosa. Mesmo que, no final das contas, quem acabe completamente exposto é o próprio autor.

site: http://naomemandeflores.com/karl-ove-knausgard-minha-luta-1-2-e-3/
comentários(0)comente



Valério 31/08/2015

Inspiração que atrapalha
Karl Ove tem uma boa sensibilidade para passar ao papel os sentimentos.
Sabe extrair, de um tema que nos é comum a quase todos - a morte de seu pai - um bom texto, que transmite sensações através de pequenos detalhes que, apesar de serem apenas isso, detalhes, detalham e configuram cenas de nossa vida, criando a realidade. Poucos autores sabem fazer isso, descrevendo atos e fatos corriqueiros do dia a dia, atribuindo-lhes sensações e relacionando-os com os acontecimentos significativos.
O grande mestre nesta arte é Marcel Proust, autor francês que tem em sua obra de 7 volumes, "Em busca do tempo perdido" um dos maiores e mais fantásticos livros da história da humanidade.
Ao começar a ler "A morte do pai" pude enxergar a clara influência de Proust na obra. A singeleza do relacionamento do narrador com seu pai em muito lembrava a descrição de atos aparentemente corriqueiros da vida de Proust.
Não foi à toa. Em determinado ponto da leitura, o próprio Knausgard se declara leitor e entusiasta de Proust.
Mas o que poderia imprimir qualidade à sua obra terminou por dimunuí-la significativamente aos meus olhos.
Ao tentar adotar o estilo Proustiano, o autor começa bem. Depois, se perde em descrições que não alcançam o efeito desejado, tornando-se apenas descrições cansativas e sem significado, como exemplo destaco este trecho:
"No instante seguinte eu já estava de volta na sala, olhando em torno. Deveria comer alguma coisa? Beber? Sair para fazer compras?
Fui até o hall, dei uma espiada no quarto, na enorme cama desfeita, atrás dela a porta do banheiro. Podia fazer isso, pensei, tomar um banho, boa ideia, afinal teria que sair logo mais. Tirei a roupa, liguei o chuveiro, água bem quente, sobre a cabeça, escorrendo pelo corpo. Bater uma punheta, talvez? Não, pelo amor de Deus, papai morreu"

Por sua vez, algumas passagens tem seu valor:
"Pois a maneira como pensamos está, claro, intimamente associada com o ambiente concreto em que nos encontramos, com as pessoas com quem falamos e com os livros que lemos".
A segunda parte do livro ainda é melhor que a primeira, pois os acontecimentos giram em torno dos sentimentos que envolvem a morte do pai do narrador.
Enfim, não fossem os trechos onde o autor se perde, o livro poderia ser uma grande obra.
comentários(0)comente



56 encontrados | exibindo 46 a 56
1 | 2 | 3 | 4


Utilizamos cookies e tecnologia para aprimorar sua experiência de navegação de acordo com a Política de Privacidade. ACEITAR