Holocausto brasileiro

Holocausto brasileiro Daniela Arbex




Resenhas - Holocausto Brasileiro


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Giovanna 06/12/2022

O retrato de uma tragédia
Adiei essa leitura durante 3 anos, e só agora me senti apta!
É uma narrativa intensa, triste e muito marcante - a Daniela Arbex é um jornalista dedicada a defesa dos direitos humanos - que escreveu sobre a vida de pessoas que viveram no maior hospício do Brasil, onde ocorria um genocídio.



Algumas passagens:

"Assim como a interna Celita Maria da Conceição, ela passou as próprias fezes no corpo durante o período em que esteve grávida no hospital. Questionada sobre o ato repugnante, Sônia justificou: - foi a única maneira que encontrei de ninguém machucar meu neném. Suja deste jeito, nenhum funcionário vai ter coragem de encostar a mão em mim. Assim, protejo meu filho que está na barriga."

"É difícil compreender como, depois de tanto anos de sofrimento, Elzinha ainda consegue sonhar. O fato é que a casa onde ela mora tem alma. É possível sentir isso desde a entrada, onde a varanda desperta sensação agradável."

"Enquanto o silêncio acobertar a indiferença, a sociedade continuará avançando em direção ao passado de barbárie. É tempo de escrever uma nova história e de mudar o final."
Coutinhox 06/12/2022minha estante
Meu Deus eu amo tanto esse livro, no sentido de ser muito bem escrito, lê cova 312 da Daniela tbm, é incrível


Giovanna 06/12/2022minha estante
Escrita perfeita msm, vou pôr na lista




Larissa Tavares 17/06/2020

Um dos piores capítulos da Psiquiatria
Estive hoje num campo de concentração nazista. Em lugar nenhum do mundo presenciei uma tragédia como esta.

Não, a frase acima não se referia a Alemanha. Era sobre o Brasil. A jornalista Daniela Arbex nos conta sobre o pior capítulo da história da psiquiatria mineira: o hospital Colônia, palco de cerca de 60 mil mortes de pacientes que, em sua maioria, não sofriam de problemas mentais.
A maioria que estava ali eram cidadãos pobres, homossexuais, mães solteiras, órfãos, mulheres estupradas pelos seus patrões, mendigos e até mesmo tímidos. Pessoas que, de alguma forma, não se encaixavam no padrão da sociedade.
Viver totalmente nus no frio, dormir no chão, comer lavagem, sobreviver entre choques e lobotomias, beber esgoto e conviver em um ambiente com fezes, moscas e urubus: esse era o espaço do Colônia.
Dor e tristeza de um submundo que a autora coloca em evidência e denuncia essa tragédia que foi fruto de uma "cultura higienista de um país que segregava todos que eram considerados diferentes" (nas próprias palavras da autora).
Consciente do poder humanitário da literatura, felizmente, a autora utiliza a escrita como forma dessa história não ser esquecida. Que ela seja lembrada para que jamais se repita.
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lina 04/07/2023

Um livro doloroso, mas necessário
Acho que esse livro vai além das notas do skoob
é um livro que nunca pode cair no esquecimento, que deve ser lembrado junto com todas as vítimas do Colônia.
a realidade retratada é brutal e faz jus a proposta de denunciar a crueldade que o ser humano é capaz de direcionar a outros seres humanos.
uma leitura realmente marcante.
Lotus 04/07/2023minha estante
Acredito que o colônia nunca teve intenção de recuperar ninguém sua verdadeira intenção era esconder os indesejados e punir quem só precisava de um pouco de humanidade




Julia 24/12/2020

Holocausto brasileiro
Livro que deve ser aplaudido de pé. A maneira com que Daniela Arbex conseguiu entrevistar e reunir tantas informações referente ao descaso ocorrido na cidade de Barbacena, é impressionante. Essa leitura revela um capítulo da história brasileira que caiu em esquecimento por muitos e tomar conhecimento desta obra é, antes de mais nada, desvendar o passado calamitoso de uma nação.
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Arielly 19/06/2020

Lendo pela 1° vez um livro-reportagem e estou embasbacada com os fatos narrados, a jornalista reuniu depoimentos e fotos para mostrar/denunciar os maus tratos que os pacientes viviam no Colônia, vulgo inferno, hospital psiquiátrico em MG. Além de todos condições subumanas o que me assustou ainda foi que "cerca de 70% não tinham diagnóstico de doença mental. Eram epilético, alcoolista, homossexuais, prostitutas, gente que se rebelava", o que podemos ver que pessoas que "incomodava" a sociedade estava sendo largada nesse local, episódio semelhante ao nazismo, por isso o título faz jus. Essa leitura é muito importante para que todos tomem conhecimento do genocídio que aconteceu no nosso próprio território.
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Fran.Bombassaro 02/03/2022

Omissão coletiva
Muitos pacientes tiveram sua humanidade confiscada neste lugar.
Ler este livro nao vai apagar o que aconteceu, mas vai manter a memória viva para evitarmos que coisas parecidas aconteçam.
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Sthephani 19/05/2023

Grata por Daniela Arbex ter escrito esse livro contando a história das milhares de pessoas que perderam sua humanidade e dignidade no "hospício" de Barbacena.

Eu não consigo nem imaginar tamanha dor dessas pessoas naquele momento e os traumas que os sobreviventes levam consigo até hoje... por anos foram tratados como lixo, dormindo em capim cobertos de moscas,se alimentando de lavagem,bebendo água do esgoto,debilitados levantando cedo e sendo expostos desnudos ao frio,mulheres grávidas que passavam fezes na barriga para que não mexessem com elas,como forma de proteger os filhos,que acabavam após o nascimento sendo separados das mães.
Um local que se dizia ser para pessoas com problemas psiquiátricos, tornando-se um lugar para epilépticos,mulheres que foram estupradas por seus patrões e engravidaram,mulheres que não casaram virgem,pessoas tristes,negros,pobres,diversas crianças e qualquer pessoa que fosse colocada no "trem dos doidos".
Ler esse livro é desacreditar de que o que aconteceu naquele lugar é real e o pior é pensar que o encerramento do Colônia se deu por volta de 1980,o que na minha visão é muito recente,muitos que começaram a ter sua dignidade aos poucos recuperadas apenas em 2003
O ser humano consegue ser podre demais e esse livro só me confirmou ainda mais.
Escrita maravilhosa,recomendadíssimo
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Marcio 06/02/2022

Documentário
Livro bem escrito, um documentário denso sobre um manicômio que relata algumas de suas atrocidades, muito triste...
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Luanabookclub 14/08/2021

COLÔNIA
Que leitura necessária para todos!

Livro de relatos, investigação e denúncia sobre a condição desumana que as pessoas eram tratadas nesse local, que devia ser para recuperação e cuidado.

O inferno tem nome e era o Colônia.

Não serão todos que irão conseguir terminar esse livro. O sentimento é de incomodo, angústia e nojo. Senti o cheiro do lugar lendo e fiquei tomada de indignação ao ver como essas pessoas eram tratadas, me questionei o que levou os funcionários a aceitarem esse sistema e se calarem diante das injustiças.

Necessário porém difícil, conhecer nosso passado para não repetir no futuro.
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Felipe 09/06/2021

Holocausto Brasileiro
Desde o dia que comprei esse livro, me perguntava se eu teria condições emocionais de adentrar a essa triste história do nosso país. Só de folhear o livro e ver as fotos do Hospital Colônia, dá dava aquele sentimento ruim, de profunda tristeza e impotência. Mas sempre acreditei que a literatura tem esse poder, de despertar em nós, novos sentimentos e, claro, conhecer a história é de suma importância para que eventos como esse não tornem a se repetir.

Eu cresci em Ubá, uma cidade da Zona da Mata mineira, umas 2h de Barbacena, onde ficava o Hospital Colônia e sempre escutei as frases “você que não se comporte que te mando para Barbacena hein!” ou “vou te mandar para o hospício de Barbacena se continuar se fazendo de doido”, ou ainda “lugar de doido é em Barbacena”. E jamais, em toda a minha vida, poderia imaginar que o que acontecia logo ali, na cidade vizinha, era um extermínio de pessoas, muitas, pelo simples fato de não ter emprego, por serem pobres, pretos, gays, ciganos ou jovens meninas grávidas que não podiam manchar as reputações das famílias mais abastadas da nossa sociedade. Estima-se que 60 mil pessoas morreram enquanto o Hospital Colônia estava em funcionamento. Sessenta mil pessoas que perderam suas vidas da forma mais cruel e perversa, comparado ao Holocausto na Alemanha nazista ou ao genocídio ocorrido em guerras civis como de Ruanda, no continente Africano.

Ler o livro da Daniela Arbex me deixou totalmente sem chão. É tanta crueldade que chega ser difícil a acreditar que tudo aquilo aconteceu, porque não é possível que a vida humana pode ser tão descartável da maneira que foi (e que ainda é). E como tudo foi verdade, fica aquele sentimento de impotência, de descrédito no governantes que deixaram aquilo acontecer porque era conveniente. Acho que vou morrer sem entender como pode ser conveniente matar uma pessoa, por qualquer motivo que for. É bizarro as histórias que são narradas por antigos pacientes, hoje sobreviventes do Holocausto e, também, por funcionários do antigo hospital.

Como disse no início, acredito no poder da literatura de transformar as pessoas. A literatura serve, também, para nos trazer a realidade dos acontecimentos passados para que possamos aprender com eles e nunca mais cometer os mesmos erros (apesar de nem sempre acontecer isso). Conhecer a nossa história é conhecer a nós mesmos! As pessoas, os governantes, o Brasil jamais pode deixar a história se apagar pois isso é um erro sem perdão. Sem a história, quem nós seríamos?!

Indico demais essa leitura para que você possa conhecer essa história, se indignar, mas também ficar com aquela esperança de que podemos, sim, fazer diferente desde que olhemos para trás com respeito e empatia para que possamos acertar mais no futuro.
Amanda.Monteiro 10/06/2021minha estante
nossa, eu to chocada demais! Nunca tinha ouvido falar nesse história. Fiquei curiosa pra ler sobre o assunto, mas acho que vou precisar me preparar psicologicamente antes haha


edu basílio 10/06/2021minha estante
lipe, quando li este livro tive vertigens. é tanta crueldade abafada que ele traz à luz, e logo ali do lado... acho que as vertigens foram mais por ter grande convicção de que essa sociedade "de gente de bem" seria capaz de fazer tudo de novo igualzinho.


Felipe 10/06/2021minha estante
Amanda, é uma história chocante! Vale muito a pena a leitura, mas realmente precisa estar preparada pois é um livro pesado.


Felipe 10/06/2021minha estante
Edu, também tive esse pensamento sobre as "pessoas de bem" repetirem essa história sem nem um pingo de dó ou ressentimento.


Danielle 11/06/2021minha estante
linda resenha


Felipe 11/06/2021minha estante
Obrigado Diane! ??




Beka 25/09/2021

O tipo de história que todo mundo deveria conhecer, q trabalho impecável da Daniela, se vc é alguém sensível, a dica é: leia devagar, as histórias contadas são pesadas demais.
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João Pedro 19/06/2020

Brasil. Especialidade: apagar sua história.
O Brasil é um país que vive olhando para o futuro sabendo que nunca o alcançará, porque não se lembra de seu passado.

Se um assunto de extrema relevância, chocante e avassalador esfria na mídia e no debate público em questão de dias, quem dirá um fato de 10, 30, 100 anos atrás, não é?

Neste livro, a jornalista Daniela Arbex faz um trabalho genial, doloroso e necessário. Ela não só joga luz sobre um tema escondido no canto mais escuro e poeirento do armário em que abandona-se a história brasileira, como dá cara, nome e voz aos que viveram este inferno.

Mostrando que jornalismo e documentação histórica também podem ter poesia e uma escrita envolvente, este livro deveria constar nos programas de todas as escolas, como obra obrigatório para todo brasileiro.
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Barb 17/08/2023

Chocante, mas necessário
Como alguém que já ouviu do próprio pai que iria me "internar" quando fiquei com depressão, posso dizer como este assunto ainda é recorrente e tratado com tanta banalidade. É justamente por isso que este livro é tão importante, ainda hoje a gente não tem nem noção sobre algumas coisas e acabamos ficando alheios de como elas realmente são ou foram. É absurdo pensar que isso aconteceu no século passado, e que ainda deve acontecer por aí. Por mim, deveria ser livro obrigatório em ensino médio.
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Thamiris.Treigher 11/02/2022

Muito impactada
IMPACTADA! "Holocausto Brasileiro" fala sobre o Colônia, maior hospício do Brasil, em Barbacena. Pelo menos 60 mil pessoas morreram entre os muros do Colônia. A maioria dessas pessoas foram enfiadas nos vagões de um trem e internadas à força. Quando chegavam no hospício, as cabeças eram raspadas e as roupas arrancadas (muitas semelhanças com o Holocausto). Perdiam seus nomes, suas histórias, sua dignidade.

Cerca de 70% dessas pessoas não tinham diagnóstico de doença mental. Eram epilépticos, alcoolistas, homossexuais, prostitutas, gente que se rebelava, gente que se tornara incômoda para alguém com mais poder. Eram meninas grávidas, violentadas por seus patrões, eram esposas confinadas para que o marido pudesse morar com a amante, eram filhas de fazendeiros que perderam a virgindade antes do casamento. Eram homens e mulheres que haviam extraviado seus documentos. Alguns eram apenas tímidos. Pelo menos 33 eram crianças.

Homens, mulheres e crianças que muitas vezes comiam ratos, bebiam esgoto ou urina, dormiam no capim, eram espancados, violados, atirados ao relento nus ou cobertos apenas com trapos. Os pacientes do Colônia morriam de frio, de fome, de doença. Morriam também de choques. Em alguns dias, os eletrochoques eram tantos e tão fortes, que a sobrecarga derrubava a rede do município.

Cerca de 16 pessoas morriam por dia, e esses corpos cruelmente maltrados ainda geravam lucros, pois eram vendidos para diversas faculdades de medicina do país. Hoje, restam menos de 200 sobreviventes. E neste livro, Daniela Arbex localizou os sobreviventes e entrevistou ex-funcionários para resgatar de maneira detalhada e emocionante as histórias de quem viveu de perto esse horror. Um relato essencial sobre um capítulo horrendo da história brasileira. Não tem como não se chocar, se revoltar e se emocionar com esse livro arrebatador!
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sol 23/03/2023

Se existe inferno, o colônia era esse lugar
" Dentro do hospital, apesar de ninguém ter apertado o gatilho, todos carregam mortes nas costas."

mistura de tristeza e ódio lendo. leitura pesada, mas necessária - O descaso diante da realidade nos transforma em prisioneiros dela. Ao ignorá-la, nos tornamos cúmplices dos crimes que se repetem diariamente diante de nossos olhos. Enquanto o silêncio acobertar a indiferença, a sociedade continuará avançando em direção ao passado de barbárie. É tempo de escrever uma nova história e de mudar o final.
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