Bia 09/03/2018
Keith Jenkins, é professor emérito de História na University of Chichester, um dos maiores renomeados centros ingleses para formação de professores. É também autor de “O que é História?”, “A Historia Refigurada”, e outros . Livro, muito interessante, pois aborda o fato, que a História, deve analisar os fatos, vistos de baixo, ou seja, das camadas mais pobres, as minorias sociais, tentando recuperar seus fatos perdidos. A ciência Histórica, já se sofisticou em muitos aspectos, já mudou seu aspecto de olhar o passado, um e exemplo disso é que os positivistas tinham a concepção de que Historiador não podia ser parcial e que existe uma verdade absoluta para todo fato histórico e atualmente ele já pode ser um pouco, deste que aplique seus métodos da maneira mais eficaz possível e não existe uma verdade absoluta e sim relativa.
O autor se questiona, do que realmente é o passado, do que ele se trata, o que investiga, estuda, analisa, se são os ricos e pobres, mulheres e homens, crianças e adultos, se são as camadas inferiores, superiores, os somos todos iguais, perante os direitos e deveres e quais são nossas diferenças ideológicas, culturais ou politicas . Toda disciplina é constituída, de regras, metodologias, teorias, restrições ao pensamento e á imaginação, mas a História é complexa, cheia de tabus, pois seus métodos podem ser falhos, insuficientes, incorretos, rasos e o profissional na área, deve saber analisar se o fato, estudado é realmente histórico, ou apenas mostra um evento do passado, e o que vai determinar isso, é se evento, tem alguma importância, politica, cultural, econômica, ou apresenta algum tipo revolução.
A História é cheia, de teoria, modo de ver e analisar determinada situação, por isso existem varias intepretações do mesmo fato, como os marxistas e feministas, criacionistas e evolucionistas, mas também existe a metodologia, que o modo de fazer, de pesquisar as fontes e como usa-las. Mas o que realmente é História? Ela constitui um dos muitos meios de fazer discursos a respeito do mundo, ela tem o papel de fazer questionamentos, por exemplo, o que aconteceu, como e porque aconteceu determinado fato histórico, como o exemplo a Segunda Guerra Mundial ou A Revolução Francesa. O Historiador deve saber responder essas perguntas, mas tem que tem a consequência, que não vai responder todas de forma “correta”, pois ele deve sempre desconfiar de suas fontes, e saber que elas podem ser manipuladas, de outra forma por outros historiadores. A Historiografia, não se considerada ficcionista, embora seja em alguns pontos, já que entende o passado de determinada maneira, mas às vezes falha, ao manipular ao método.
Se fosse possível saber toda a verdade dos fatos, de uma vez, por todas, nem seria necessário, se escrever a Historiografia, pois qual seria o proposito dos historiadores estarem repetindo a mesma história, da mesma maneira o tempo. A fragilidade epistemológica permite que existam varias versões, sobre o mesmo período analisado, pois os relatos são fragmentados, as fontes são falhas, não vai existir apenas um procedimento de analisá-la que seja correto, mesmo que ela busque a verdade, nunca vamos ser capazes de encontrar toda a verdade. O mais erro do historiador é cometer o anacronismo, ou seja, analisar o passado , com a perspectiva do presente, por exemplo, se ele for analisar o feminismo no século XXI , ele terá que entender que as mulheres tinham um pensamento diferente, que eram tratadas de uma forma diferente, com maior nível de preconceito, a famosa frase “lugar de mulher, é na cozinha” , era mais usada e mais aceita pelo sexo feminino, elas não possuíam um trabalho assalariado . Por isso não se deve analisar os fatos do passado, com a mentalidade do presente. Mas as muitas maneiras de se ver o passado, pode ser interpretado como uma forma de poder, como uma forma dominação onde vai existir os dominantes e dominados. Para o autor, a verdade é algo inacessível, mas talvez ela seja apenas refusada por interesses, valores, sentimentos das classes dominantes e existe uma disputa pelo passado, mas , Keith não explica quem são os grupos que disputam e porque disputam . O autor também erra, ao dizer que a história não é nem ciência, nem arte, nem jogo de linguagem , mas ele não explica com argumentos sólidos o que é ciência o que é arte, o que é jogo de linguagens .