Van 23/12/2020A era medieval carrega em sua história grandes batalhas que transformaram seus protagonistas de heróis a vilões, numa fração de segundos. Entre tantas guerras que foram travadas nesse período, talvez a dos Cem Anos – disputada entre Inglaterra e França – tenha sido uma das mais famosas.
Bernard Cornwell, atualmente, é um dos maiores mestres capaz de unir fatos históricos e doses de fantasias, para criar uma jornada capaz de prender leitores do mundo todo. No seu livro chamado 1356, ele usa como plano de fundo a lenda da espada de São Pedro, chamada aqui de La Malice, para criar uma atmosfera miraculosa que unirá grandes personagens em uma busca desenfreada por poder e domínio.
Na trama nos reencontramos com Thomas de Hookton, nosso amado anti-heroi da trilogia do Graal. Agora, um cavaleiro, ele possui suas próprias terras e é o líder dos Hallequins – poderosos mercenários que escolhem as próprias causas para lutar. Com o próprio senso de justiça e lealdade, Thomas recebe a missão de encontrar a famosa La Malice, antes que ela caia em mãos erradas. Em seu caminho, o líder dos Hallequins, vai precisar enfrentar inimigos muito poderosos se quiser continuar vivo; e também, desempenhará um grande papel na famosa batalha dos Poitiers.
Durante a leitura, por conta das habilidades únicas do escritor, somos transportados para a era medieval. A cada narrativa é como se estivéssemos caminhando por castelos ou então lutando nas diversas batalhas apresentadas pela obra. A construção e o desenvolvimento dos personagens também são outro ponto alto do livro, aos poucos vamos entendendo a motivação de cada um e nos pegamos escolhendo um lado. Um ponto que pode causar certo incomodo, é o fato dos capítulos serem longos; contudo, não compromete o desenvolvimento da narrativa.
1356 é uma viagem alucinante por um dos fatos mais marcantes da Guerra dos Cem anos, leitura obrigatória para todos os amantes de história e os fãs de Tolkien, tem um novo ídolo para descobrir.
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