Resenhas - Os éguas

Vanessa 01/09/2023

O éguas
É um livro que fala da Belém do jeito que a Belém fala. É muito bom ler um livro com o nosso jetinho.
Os éguas é um livro paraense que conta um mistério por trás de um crime e que vai tr deixar preso lendo com um leitura fluída. Cheio de referências de uma Belém da década de 90 e que traz à tona a corrupção e o descaso pra muitos acontecimentos na cidade.

Giuliana 31/08/2023

Os éguas
Pensando em como ainda não tinha buscado autores paraenses pra ler... Agora quero ler tudo que Edyr Augusto publica e procurar outros autores tbm.
Um livro surpreendente, que se passa em Belém, vários pontos conhecidos são citados ao decorrer da história e que história... Dá vontade de ler tudo numa sentada.
Um romance policial com um mistério a ser resolvido e ainda com um pensamento de "será que vai ter parte 2?"

Wanessa Braga 30/08/2023

Os Éguas
Que frenético! Adorei ler, pela primeira vez, um escritor paraense, que coloca Belém como cenário de violência, crimes, corrupção policial e banalidades urbanas e regionais.
É legal ler sobre coisais que são familiares pra gente, né? Um apt na Padre Eutíquio, shopping Iguatemi, uma casa em Salinas, jogo do Remo no Baenão.
Adorei!
Leiaaaaam.

Patrícia 25/08/2023

Surpreendente
Uma leitura instigante e surpreendente. Um mistério a ser resolvido, um romance policial envolvente, com personagens muito bem desenvolvidos em um cenário muito real. De autoria regional, colocando Belém e suas peculiaridades como parte de um enredo chocante e desolador.

Fernanda1592 08/04/2023

Égua!
Que livro foi esse? Ainda estou em estado de completo choque tentando processar todos os acontecimentos e o final do livro.
Quantas perguntas ficaram em minha cabeça.
O polícia deteve?
Amélia descobriu o que houve com Gil?
Cesinha viveu com o pai monstro?
Quem matou Léo? Johnny, por quê? Descobriu o caso com selma?
A família que encontrou o disquete enriqueceu? Contou à polícia o que havia encontrado?

Livro surpreendente, se não fosse um autor paraense, com certeza este livro teria bem mais atenção.
Tem reviravolta, suspense, mistério e deixa aquele gosto de ?parte 2, AGORA?

Iago 25/03/2021

É-gu-a.
Um romance policial clássico, mas com aquele sabor regional e enredo surpreende. Com um texto dinâmico e que valoriza a oralidade, a narrativa segue rápida e incisiva. Os personagens são profundos e problemáticos, do jeito que é a cidade onde se passa. Podemos antecipar a conclusão da narrativa, que é lógica e brutal, o que pode acabar desagradando a muitos. Chocante em suas descrições, ricas nas sensações de medo e perda dos personagens.

Silvio 02/10/2020

Se estivéssemos nos EUA, esse livro estaria na lista dos mais vendidos do New York Times e o seu autor, o paraense Edy Augusto, já teria assinado um contrato milionário com Hollywood. Mas estamos no Brasil, então por isso esse escritor fantástico continua um ilustre desconhecido, principalmente aqui nas bandas do sul.

Os Éguas segue o enredo clássico dos romances do gênero: um assassinato a ser resolvido, o policial anti-herói, a fêmea fatal, uma trama complexa que vai se revelando aos poucos, tudo temperado com muito sexo e violência, bem ao gosto brasileiro. A história se passa em Belém, mas poderia ser em São Paulo, Rio, Recife ou Porto Alegre.

Augusto tem um texto dinâmico e um incrível talento para desenvolver personagens que nos prendem logo na primeira página.

Renata 06/08/2020

Suspense bom, mas o final tipicamente aquele que detesto
Talvez o livro não merecesse a nota 2 que eu dei, pois a trama é boa, os personagens interessantes. Dotado de uma violência excessiva (realmente necessário?), o final é daquele que me faz pensar que perdi muito tempo da minha vida lendo uma coisa dessas.

iagofelipeh 01/06/2020

Estreia acima da média!
São poucos os autores, mesmo entre os grandes, que se saem realmente bem no seu romance de estreia. Os Eguas, de 1998, é o marco inicial de Edyr Augusto por este caminho e o cara começou com o pé na porta!

Foi meu segundo livro do paraense, gostei de minha primeira experiência e decidi adentrar de uma forma mais cronológica nos seus escritos. Naturalmente esperava alguma queda de qualidade dado os anos de diferença e o histórico natural de amadurecimento literário por parte de escritores em geral. Todavia fui surpreendido por um livro visceral, que já escancarava suas marcas registradas: a oralidade, regionalismo e a realidade pela lente da violência e das vicissitudes inerentes ao ser humano.

Pelo pouco que eu (ainda) li do autor e pelo que já assisti e li sobre ele e sua obra, ficou-me evidente que a trama em si não é o mais relevante. Embora seja ótima, fluida, instigante, longe de ser simplória ou clichê, o autor prima, na realidade, por trazer a tona os pontos mencionados no últimos parágrafos. A realidade cruel de Belém que se expande pra várias outras regiões nacionais, a impotência das instituições perante à lógica maligna que rege a sociedade. As enormes mazelas do capitalismo como força motriz de boa parte do que ocorre. Lê-lo é ser jogado pra nossa própria realidade através da ficção.

Outrossim, vamos além das relevantes questões sociais, adentramos, mesmo que de modo incipiente em alguns casos, às confusões, ambivalencias e decadência dos indivíduos e suas emoções perante a realidade. Gilberto, o delegado e protagonista, é um policial prodígio e com potencial dentro daquela realidade, é honesto, demonstra empatia e age de modo a lutar pela justiça. É também um alcoolatra, se envolve com muitas mulheres, é passional com elas. Não tem pudor em traçar mulheres comprometidas e nem consegue se comprometer com a mulher que o ama e valoriza. Fica evidente através dessa amostra que não se trata de um herói horizontal, sem maculas, perfeitinho, etc. É gente como a gente, as vezes sentimos asco dele e, muitas vezes, torcemos por seu bem, mas sabendo que não é simples assim.

Não é um mero livro policial, Edyr Augusto é um grande talento literário contemporâneo.