k.s. 17/06/2023
A morte nos oprime.
é difícil definir a experiência de ler e ver a minissérie Crise de Identidade como um todo, gosto de usar a palavra difícil porquê se aplica perfeitamente o que se é Crise de Identidade como um todo mesmo, é difícil, é doloroso, é amargo, é triste, é depressivo e desesperançoso.
no mundo dos quadrinhos e graphic novels, é raro você ver eventos grandiosos como as Crises da DC serem destinados a uma ameaça tão pessoal, e destinado a personagens tão íntimos e próximos da narrativa, e este é certamente o maior charme de Crise de Identidade, é que por fim, ele se trata de um estudo de personagens, suas características e atitudes, e como elas irão se refletir com o desandar da narrativa.
É uma narrativa brilhante, cheia de cores mas excessivamente obscura, é ousado e criativo, certamente não há de se existir nada igual. Curto pensar na ideia de que Crise de Identidade funciona até mesmo como uma aula para nós leitores, eles incitam constantemente o teor da morte, e como ela pode chegar de forma repentina em nossas vidas, então por fim, Crise de Identidade acaba surgindo como um lembrete de que devemos nos apegar progressivamente a aquelas pessoas que amamos.
fazia um bom tempo que eu não saia com tanto êxtase lendo a algo, principalmente relacionado a quadrinhos, onde a última vez que senti um êxtase de emoção foi em Watchmen de Alan Moore, com isso, você já pode ter uma ideia do quão necessário se é dá uma chance a Crise de Identidade, pois eu ouso dizer sem sombra de dúvidas, que é uma obra-prima.